Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

AMAZÔNIA EM CHAMAS

Fumaça na atmosfera do Cassino em 29-08-2029. Fotografia: LHT. 


 O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais registrou na Amazônia 3.224 focos de calor nesta sexta-feira. Foi o recorde do ano e atingiu severamente o Pará. Somente em agosto foram 36.088 focos o maior da série histórica desde 2010. 

Estamos na contramão dos discursos ambientalistas de proteção da floresta. Estas queimadas comprometem ainda mais as já crescentes emissões de CO2 em nível mundial.

Fumaça que ainda está chegando ao Rio Grande do Sul de outros incêndios na Bolívia e Amazônia estará intenso neste sábado. 

FARINHA ARGENTINA DE ROSÁRIO (1905)

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 No Diário do Rio Grande do dia 6 de setembro de 1905, foi publicado o anúncio sobre a importação da Argentina pela empresa Thomsen & Cia (Rio Grande) da Farinhas de Trigo Molino Fenix da empresa Werner & Cia

A farinha de trigo argentina era fundamental para o abastecimento do mercado interno brasileiro. 

A empresa Werner & Cia estava sediada em Rosário de Santa Fé e o trigo, conforme o anúncio "é muito superior ao de Buenos Aires, dando uma farinha mais clara e de melhor qualidade". 

Um vapor de propriedade da empresa, o Albertina, navegava mensalmente entre Rosário de Santa Fé (Vila Cacilda que se tornou cidade em 1907) para o Rio Grande do Sul (Porto do Rio Grande) e para Santos. 

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

O CASSINO E AS QUEIMADAS NA BOLÍVIA E AMAZÔNIA

 

Sol com neblina e fuligem das queimadas na Praia do Cassino no dia 29-08-2024, 16h.
Fotografia: Luiz Henrique Torres. 

Estranha a aparência do Sol hoje à tarde na Praia do Cassino. Não era o entardecer e o astro ainda estava elevado no horizonte para produzir este efeito visual entre o salmão e o sépia. 

A cinza das fumaça de queimadas vindas da Bolívia e da Amazônia, trazida por correntes de vento, é a responsável por esta imagem. 

Somado a tragédia ambiental das queimadas que vem ocorrendo no Brasil, os incêndios florestais na Bolívia estão batendo recordes com mais de 20 mil focos no mês de agosto.  Conforme a Metsul: "Na Bolívia, camponeses e agricultores realizam queimadas de restos de culturas e pastagens em tempos de seca para renovar os pastos e cultivos, mas frequentemente os incêndios saem do controle, o que é considerado uma prática inadequada pelos ambientalistas" (https://metsul.com/incendios-fora-de-controle-na-bolivia-levam-mais-fumaca-para-o-brasil/).

Este é mais um cenário climático, de impacto ambiental e humano, que transcorre neste difícil ano de 2024. 

https://metsul.com/o-combo-cinza-nuvens-nevoa-e-fumaca/29-08-2024,19h21.


Sol com neblina e fuligem das queimadas na Praia do Cassino no dia 29-08-2024, 16h.
 Fotografia: Luiz Henrique Torres. 

UNIÃO OPERÁRIA (1905)

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Diário do Rio Grande, 27 de dezembro de 1905. 

A matéria descreveu atividades realizadas na União Operária no dia 24 de dezembro. Ocorreu a premiação de alunos que se distinguiram nos exames de final de ano, a posse da nova diretoria da associação e a apresentação de uma peça teatral. 

O drama A Honra Proletária foi escrito por Agostina Guizzardi com temática de crítica social e política socialista. A proposta, era mostrar "o papel do proletário na sociedade e os meios de conseguir a sua emancipação, isto é, instruindo-se". Neste período, o teatro socialista denunciava a opressão sofrida, no campo e na cidade, pelos trabalhadores. Nesta peça, a desagregação familiar de imigrantes italianos que foram para a área rural de Minas Gerais foi o tema sócio-político levantado.  

ALFAIATARIA E MODISTA (1938)

Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938.
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.

No ano de 1938, a confecção sob medida de vestuário masculino e feminino era um mercado ainda promissor na cidade do Rio Grande. 

São várias propagandas voltadas a confecção de roupas. Mais dois exemplos estão nestes anúncios: Alfaiataria Martinelli e Modista Josefina Martins.  

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

CARTÃO POSTAL DE 1939

https://www.conradoleiloeiro.com.br/

 Este cartão-postal remete a três cenários. 

O impresso original com fotografia da Praça Floriano Peixoto no Rio de Janeiro.

Dois carimbos comemorativos da Primeira Exposição Filatélica e Numismática do Ceará ocorrida em 7 de setembro de 1939. 

O selo de 300 réis lançado em 1937 e comemorativo do Bicentenário da Fundação do Rio Grande (do Rio Grande do Sul e da cidade do Rio Grande). A efígie do selo é o Brigadeiro José da Silva Paes

terça-feira, 27 de agosto de 2024

SEMINÁRIO DE HISTÓRIA

 


Nos dias 29 e 30 de agosto vai ser realizado na Biblioteca Rio-Grandense o IX Seminário Internacional para Pensar a Pesquisa Histórica: Periodismo e História. 

Maiores informações estão descritas no folder reproduzido acima. 

RIO PARDO EM 1778

 

https://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_manuscritos/mss1457334/mss1457334.pdf

Nesta breve descrição observamos o nascimento da economia pecuarista luso-brasileira na região de Rio Pardo. É o ano de 1778 em que Domingos Alves Muniz Barreto está analisando as possibilidades de desenvolvimento do Continente do Rio Grande no manuscrito Observações Relativas a Agricultura, Comércio e Navegação do Rio Grande de São Pedro no Brasil:

"Os povoadores do Rio Pardo e do porto que neste rio de novo abriram, e por isso denominada a sua povoação Freguesia Nova, levam toda a vantagem aos outros em estâncias de gados, bestas e cavalos e nisto empregam todo seu cuidado. A grande multiplicação que há destes animais faz que sem embargo da grande extração que têm para as diferentes capitanias do Brasil e principalmente para a de São Paulo, pelo muito pouco que custa cada besta se não sinta por isso falta alguma. A povoação em si é a mais informe de todo aquele Continente e poucas são as casas de telha que nela há, pois o comum é serem cobertas de palmas. 

Há outros rios que se comunicam com este, de que não trato, por serem as suas margens de menos produções e povoadas de gente mais ociosa. 

As campinas que vão pela fronteira do Rio Pardo ter à Santa Tecla, e depois tomam a pegar com Santa Teresa, são de imensos gados, em tanta cópia que não se podem fazer ferrar nem se sabe quem são seus donos. Este espaçoso caminho tem sido o teatro das façanhas do nosso grande Rafael Pinto Bandeira e de seu pai, de que ele tomou o nome e o exemplo das suas proezas". 

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

PORTO ALEGRE EM 1778

https://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_manuscritos/mss1457334/mss1457334.pdf


O português Domingos Alves Muniz Barreto escreveu em 1778 Observações Relativas a Agricultura, Comércio e Navegação do Rio Grande de São Pedro no Brasil. 

Porto Alegre, que começava a se dinamizar após a expulsão dos espanhóis da Vila do Rio Grande (1776), foi assim descrita por Barreto:

"Daquele grande lagamar [em São José do Norte], nasceu um rio caudaloso [Laguna dos Patos] que vai ter à vila de Porto Alegre, a qual, ficando situada quase no centro do Continente, dista da vila de São Pedro [Rio Grande] sessenta léguas, com pouca diferença. Esta aprazível habitação, que antes de ser criada vila se denominava Porto dos Casais, é a mais deleitável de todo o Continente. Está situada em uma eminência e desta desce até as margens de um doce lago comunicado de aprazíveis rios, onde podem ancorar corvetas de muito bom lote e navios. O torrão é um dos bons daquele Continente, e apesar de estar na segunda classe de cinco, chamados semelhantes terrenos por este grande naturalista medianamente férteis, por serem terras delgadas misturadas com alguma areia, pelo contrário, além de produzirem quanto é próprio daquele país com abundância, não têm em si aquela excessiva mistura que se conclui em quase todo o Brasil de outras muitas ervas selvagens que roubam a fertilidade e a nutrição das que podem servir e servem. Produz com abundância todas as frutas da Europa e com muito excesso pêssegos, pois até as divisões e cercas das estâncias e fazendas são de pessegueiros. Para a cultura do trigo é especial e produz muito mais que em outra alguma parte. Para o reduzir a farinha, além das muitas azenhas que para isso têm, inventaram uns moinhos de vento feitos de madeira sobre rodas, que se movem puxados por bois segundo sopram os ventos de uns para outros sítios. Há em todos os seus arrabaldes famosas estâncias de gado, e nestas grandes fábricas de queijos de muito bom gosto e duração, à semelhança dos de Inglaterra. Abunda o porto do seu rio em todos os sábados da semana de grandes canoas, carregadas de víveres e frutos conforme o tempo, de que prodigamente se alimentam os seus habitantes.  Toda esta provisão desce de outras pequenas povoações que se comunicam ao porto principal por formosos e deleitáveis rios".
 

domingo, 25 de agosto de 2024

DISTOPIA PAULISTA

 

Fumaça e poeira em Ribeirão Preto na tarde do dia 24 de agosto de 2024. Reprodução. 

Cenas futuristas e de ficção espacial foram registradas em cidades de São Paulo. Cenário avermelhado do planeta Marte, cheiro intenso de fumaça e poeira lançada ao ar por rajadas de vento, fizeram de várias cidades paulistas um cenário distópico e assustador. 

As 1886 queimadas registradas apenas ontem deixaram o ar em níveis críticos para a respiração. A bolha de calor, a baixa umidade, a formação espontânea de focos de incêndio e possíveis incêndios criminosos deixaram São Paulo em alerta. Soma-se o cenário das queimadas que tem sido críticos no Pantanal Mato-grossense e na Amazônia neste ano de 2024. 

A situação não se restringe a São Paulo pois outros sete estados brasileiros e o Distrito Federal estão com a qualidade do ar prejudicial à saúde. 

Recomendo a leitura das seguintes matérias para contextualizar a grave situação ambiental e atmosférica que transcorre no país:

https://metsul.com/brasil-arde-em-fogo-e-gela-com-neve-o-que-esta-acontecendo/?fbclid=IwY2xjawE4rplleHRuA2FlbQIxMQABHXMdleQsZ9LPmkZl_QuPB7rohEa842qCIdZxh9T0pVeQ39kP-tHAfw7UmA_aem_6qJLQ7pwVRry2k5gpl_CIQ

https://metsul.com/qualidade-do-ar-insalubre-em-nove-estados-e-distrito-federal/?fbclid=IwY2xjawE4sgFleHRuA2FlbQIxMQABHXj9MuerNt9QjVxfAvw-3zognirLhvQCElqelspHySUFkF1J6W2PHdrn2A_aem_scV0ZuQZgqOWI7KdHXyDfQ


SÃO JOSÉ DO NORTE EM 1778

https://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_manuscritos/mss1457334/mss1457334.pdf

 O Capitão de Engenharia do Regimento de Estremóz Domingos Alves Branco Moniz, Barreto escreveu, no ano de 1778 "Observações relativas a Agricultura, Comércio, e Navegação do Continente do Rio Grande de S. Pedro no Brasil". 

Ele fez o seguinte registro de São José do Norte: 

"Pelo que pertence às terras situadas na parte do norte, ou, para mais bem dizer, ali chamadas do estreito de São José do Norte, de que só estávamos de posse até a guerra de 1774, em que invadimos as terras do sul, são as mais férteis daquele Continente. Está toda povoada de estâncias de gado. É capaz para produzir em muita abundância todas as sementeiras de grão e muito particularmente para a cultura do linho. Ali, mais que em outra alguma parte, se conhecem todas as frutas da Europa, com mais abundância e mais bem sazonadas".

sábado, 24 de agosto de 2024

NEVE NO SUL DO BRASIL E FOGO EM SÃO PAULO

 

https://metsul.com/wp-content/uploads/2024/08/neve2308a.jpg

Na sexta-feira, 23 de agosto, o Estado de São Paulo registrou 1886 focos de fogo. 

Foi a maior quantidade de queimadas desde o início das medições naquele Estado na década de 1990. O governo estadual organizou um Comitê de Crise para fazer frente aos transtornos causados pelo fogo e pela fumaça que atinge milhões de paulistas.

No mesmo dia a Metsul divulga informações sobre a grande chance de cair neve no Sul do Brasil no sábado, domingo e segunda-feira. Maiores chances no Planalto Catarinense e nos Campos de Cima da Serra. A Serra Gaúcha também apresenta uma chance de chuva congelada ou neve, mas com chance menor. 

Cenário bizarro em que altas temperaturas e baixa umidade do ar tem fustigado inclementemente grandes áreas do Brasil e ao sul teremos episódio de frio excessivo e até neve.  

Maiores informações no endereço: https://metsul.com/neve-pode-cair-em-tres-dias-no-sul-do-brasil-veja-onde-quando-e-quanto/?fbclid=IwY2xjawE2WONleHRuA2FlbQIxMQABHQGgSj3YWXI9-UBiiK9o-bpZc67uUa-Me3S3_Jq4oZ2_Qf5Up55tSu3-7Q_aem_QzqQklGsdYpWAsCU5Qn2Jg

GUIA COMERCIAL EM 1938

 

Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938.
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.

O Guia Comercial do Rio Grande para 1938 traz mais algumas informações sobre as diferenciadas prestações de serviço nesta cidade. 

Armazém 3 M é mais um comércio a atuar no ramo dos secos e molhados e garantir "preços sem competência". Havia em Rio Grande uma Fábrica de Carimbos de Borracha propriedade de Pedro Marques. Em tempos de forte comércio e indústria, exigindo controles de compra, venda e registros fiscais, o uso de lápis, borracha, caneta e papel era essencial. Em tempos de computação e internet, aqueles objetos foram se tornando mais distantes ou muito distantes. Inclusive a assinatura, muitas vezes, pode ser a assinatura digital. 

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

CABELISADOR


Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938.
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.

 Armazém Coroa é mais uma das dezenas de comércios de secos e molhados que funcionavam em Rio Grande em 1938. 

Os salões de beleza também proliferavam como o denominado Ondulação Permanente que utilizava um alisador de cabelos chamado de Cabelisador. Estava localizado na Rua das Trincheiras n. 16. 

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

PHOSPHOROS LUZ EM 1901

 

O Artista, Rio Grande, 20 de setembro de 1901. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Este anúncio publicado no jornal O Artista do dia 20 de setembro de 1901, me levou a retomar o tema do surgimento das indústrias de fósforos no Brasil.

Trata-se de anúncio dos Phosphoros de Segurança Marca Luz. A empresa responsável pelas vendas era bastante conhecida na cidade do Rio Grande: a Corrêa Leite & Cia. que eram os únicos vendedores para localidades como Porto Alegre, Bagé, Jaguarão etc.

Soube da existência desta empresa pela fotografia publicada no Guia Bemporat de 1908. Outra fonte informava que 65 operários trabalhavam na fábrica no ano de 1907 e o proprietário era Pedro Perez. Sua localização era na Rua Dr. Nascimento (na época se chamava Rua Yatahi n. 83) nas proximidades da Rua Trindade em terreno que já estava abandonado em 1924. No local foi edificada a fábrica de fogões de Rogélio Perez e preservada a chaminé de 8 metros que pertenceu a fábrica de fósforos. A poucos anos a chaminé foi demolida e pode ser observada na fotografia. 
 
Guia Bemporat, 1908. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

O anúncio fez recuar de 1907 para 1901 a existência da fábrica de fósforos. Certamente, ela antecede esta data e se coloca como uma das primeiras no ramo no Brasil. A primeira teria sido fundada em São Paulo em 1893. Conforme a página https://portaldamooca.com.br/a-fabrica-de-fosforos-fiat-lux/, em 1893, Vittorio Migliora fundou, na Mooca, em sociedade com José Scarsi, a primeira fábrica de fósforos do Brasil. Mais tarde, em 1904, a empresa passou a ser denominada Cia. Fiat Lux. O nome da empresa vem do Gênesis, Cap I, v. 3: Dixit Deus: “Fiat Lux!” et lux facta est. – Disse Deus: “Faça-se a luz e a luz se fez!”. Para definir o nome, não foi também inspirador a marca Luz de Rio Grande?

Uma segunda referência em antiguidade remete ao Rio Grande do Sul em 1895.  "Fundada em 17/6/1895, pelas famílias Jung e Secco, a Fábrica de Phósporos Sul-Riograndense que se instalou em um terreno junto aos trilhos da viação férrea em São Leopoldo, na rua Flores da Cunha. Além de facilitar a exportação, os trens também permitiam à empresa acessar sua principal matéria prima: as florestas de eucalipto plantadas ao longo do trajeto até Porto Alegre. Em 1914, essa indústria, que já era a maior fábrica de fósforos do RS com produção de 1.200 caixas".  (https://www.facebook.com/mhvsl/posts/f%C3%A1brica_de_f%C3%B3sforosfundada-em-1761895-pelas-fam%C3%ADlias-jung-e-secco-a-f%C3%A1brica-de-p/1364999353648353/).

São duas referências que podem ser repensadas com o avanço das informações provindas de outros estados brasileiros. A fábrica em Rio Grande, hipoteticamente, pode recuar aos anso 1898 ou 1899. A investigação poderá trazer avanços em relação a cronologia que é um ponto inicial para buscar os eventos. 

 Mais um pequeno avanço foi encontrar a imagem de um lote vendido pelos Leilões Bortolan (https://www.bortolanleiloes.com.br/peca.asp?ID=17846246&ctd=1) mostrando algumas caixas de fósforos produzidas em São Leopoldo, Rio Grande e locais não identificados. Nas caixas de Rio Grande se lê Conill & C. Cruzando com este anúncio temos a assinatura do anúncio como sendo Conill & C. confirmando ter sido produzido em Rio Grande. Afinal, por vezes, Rio Grande era uma relação com o Rio Grande do Sul (quase sempre com Porto Alegre) e não necessariamente com a cidade. 

Trata-se de duas imagens nas caixas de fósforo. Numa (repetida duas vezes) em seleção de cores, há um casal abraçado. Na outra imagem, fixada na superfície superior da caixa de fósforo, está uma mulher sentada com uma sombrinha (estilo feminino belle époque dos anos 1900). Como datar estes rótulos? O leiloeiro considerou o lote raríssimo situando-os entre o final do Império e início da República (1889). Pelo jeito ele nunca havia visto estes objetos. Os rótulos são variados desde às temáticas infantis de fábrica não identificada, até as imagens de Jung & C. de São Leopoldo (temas com crianças, animais e posses femininas) até os mais intimistas (casal e mulher só olhando para a natureza) da empresa Luz. Os rótulo de Rio Grande eu trabalho com a hipótese de 1910. 

https://www.bortolanleiloes.com.br/peca.asp?ID=17846246&ctd=1

Eis os pequenos fragmentos da memória que foi sendo perdida. 




quarta-feira, 21 de agosto de 2024

MAIS UMA NOITE TEMPESTUOSA

https://metsul.com/raios/21-08-2024, 02h43. 

 
Mais uma madrugada tempestuosa de agosto!

O mapa de raios do início da madrugada desta quarta-feira mostra o tumultuado cenário atmosférico no Uruguai e no Sul do RS. 

Estamos adentrando o quinto dia de chuvas e relâmpagos em Rio Grande. O "mês do desgosto" está se superando em pluviosidade e a chuva segue até quinta-feira. Na sexta-feira ingressa mais uma intensa frente fria que fará o mês de setembro iniciar com temperaturas amenas. 

Enquanto isto, entre o norte do Paraná e os estados do Centro-Oeste, Sudeste e Norte do Brasil, a temperatura está escaldante com marcas de até 42 graus. Neste momento em Rio Grande estamos com 14 graus e sensação de 12. É como se estivéssemos em outros país e faz sentido nos sentirmos muito diferentes e com o pé em sintonia com a Região Platina. Mas a vingança do calor, quando romper o bloqueio das frentes frias, poderá ser marcante. O que a primavera e o verão estarão planejando?

PADARIA E CONFEITARIA NACIONAL

Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938.
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.

Padaria e Confeitaria Nacional de Braz & Irmão. 

No ano de 1938 atendia o público na Rua Moron n. 695 e tinha uma filial na Estação da Quinta, local em que os trens da Linha Rio Grande a Bagé, faziam uma parada para o desembarque de passageiros vinham de Rio Grande ou para o embarque daqueles que tinham por destino Pelotas, estações intermediárias ou a cidade de Bagé. 
 

terça-feira, 20 de agosto de 2024

CASA LUX (1938)

Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938.
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.


 Mais algumas casas comerciais atuantes na cidade do Rio Grande em 1938. 

O ramo fotográfico parece estar em alta pois mais uma empresa comercializava artigos fotográficos, além de perfumaria e produtos musicais. Trata-se da Casa Luz de A. Tosi, localização em área nobre para o comércio: Marechal Floriano em frente ao prédio da Alfândega. 

segunda-feira, 19 de agosto de 2024

GUIA COMERCIAL, INDUSTRIAL E PROFISSIONAL PARA 1938

Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938.
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.

 O Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade do Rio Grande para o ano de 1938 foi surpreendentemente amplo. São centenas de casas comerciais, industriais e profissionais liberais que atuavam em Rio Grande. Os campos de atuação são inúmeros e muitos especializados em venda ou concerto de determinado produto. 

Rio Grande é uma cidade portuária e operária. O número de trabalhadores ativos, apenas nas indústrias, era mais de seis mil em 1938. Muitos atuavam como comerciários. Proprietários de casas comerciais, autônomos e funcionários públicos ampliavam o poder aquisitivo dos segmentos consumidores que podem justificar tão variada oferta de produtos e serviços. 

domingo, 18 de agosto de 2024

COMERCIANTE EM 1808

 Documento de 1808 do acervo da Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro) traz uma Relação dos Comerciantes que atuavam na Capitania do Rio Grande de S. Pedro do Sul. A relação inicia com a Vila de Porto Alegre e segue com a Vila do Rio Grande e Quartel do Rio Pardo. 

Em Rio Grande, nos primeiros anos a partir de 1737, pequenos comerciantes já se fazem presente na então Comandância Militar. Enquanto cidade portuária, o comércio realizado por luso-brasileiros ou estrangeiros foi constante ao longo desta história que avança para três séculos. Quando da invasão espanhola em 1763, a maioria dos vereadores que fugiram para Viamão eram comerciantes que tudo perderam na Vila do Rio Grande. A retomada luso-brasileira em 1776,  faz retomar lentamente as atividades comerciais. O documento de 1808 evidencia a relevância dos comerciantes para a economia local incrementada pelo Porto do Rio Grande. 

Nesta relação os nomes são de origem portuguesa, açoriana ou das Ilhas dos Açores. Obviamente, luso-brasileiros radicados no Rio de Janeiro e outras Capitanias também estão presentes. A partir da década de 1820-30 passam a proliferar sobrenomes de outras nacionalidades como alemães, franceses, ingleses, espanhóis etc. 

https://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_manuscritos/mss1458213/mss1458213.pdf




Para facilitar a leitura, eis a lista de comerciantes da Vila do Rio Grande. 



sábado, 17 de agosto de 2024

NOVO EL NIÑO?

 

https://metsul.com/wp-content/uploads/2023/10/Infografico-El-Nino-e-La-Nina-atualizado-.jpg

A Universidade britânica Reading divulgou um comunicado com o título "No El Niño descoberto ao Sul do Equador".

Este estudo científico analisou uma pequena área do Sudoeste do Oceano Pacífico, perto da Nova Zelândia e da Austrália. Esta área pode desencadear mudanças de temperatura que afetam todo o Hemisfério Sul. Este é um novo padrão climático chamado de “Padrão Circumpolar de Onda-4 do Hemisfério Sul” ou W4 ou SST-W4. Este padrão de latitudes médias é independente dos sistemas climáticos dos trópicos como El Niño e La Niña.

Conforme matéria da Metsul:

"É preciso ter cuidado com a equivalência feita com o El Niño. As diferenças entre este Padrão Circumpolar de Onda-4 do Hemisfério Sul (SST-W4) e o aquecimento anômalo das águas do Oceano Pacífico Equatorial, o El Niño, são enormes. Seja no processo de formação, a área onde ocorre, a extensão da anomalia e a monumental diferença de amplitude das consequências no padrão geral de circulação atmosférica do planeta. A coincidência principal entre a W4 e o El Niño é que ambos são uma variáveis no clima, dentre tantas que existem no oceano e na atmosfera. Meteorologistas no Brasil atentam para um enorme conjunto de oscilações que interferem no clima além do fenômeno ENOS (El Niño e La Niña). Podem ser citadas a Oscilação de Madden-Julian (OMJ), Oscilação Antártica (AAO), Oscilação do Ártico (AO), Oscilação do Atlântico Norte (NAO), Dipolo do Índico (IOD), Oscilação Decadal do Pacífico (PDO), dentre outras variáveis. (...) Em síntese, o que se anuncia agora como uma descoberta já não é tão novo para a comunidade climática com estudos publicados sobre o tema ao menos desde 2021. Tampouco esta nova variável climática deve ser vista como um novo El Niño porque diferente em vários aspectos e com impactos muito menores no Brasil e no resto do mundo, sendo apenas mais uma de tantas variáveis no clima".
A matéria completa pode ser acessada no endereço https://metsul.com/que-historia-e-essa-de-um-novo-el-nino/. 15-08-2024. 

GUARANIS DE 5 A 10 MIL ANOS?

Datação de sítios arqueológicos Guarani no Rio Grande do Sul. Elaboração: Danilo Alexandre Galhardo.  https://journals.openedition.org/confins/docannexe/image/13918/img-5.jpg

 

Uma desinformação está circulando pelos canais de notícias! 

Após a enchente de abril/maio de 2024 no Rio Jacuí, em Dona Francisca, apareceram na superfície de um vasto terreno onde ocorria plantio de arroz, centenas de fragmentos de material cerâmico e lítico. 

O problema inicial é a grandiloquência noticiosa de quando ocorre uma descoberta: possível maior sítio arqueológico do Rio Grande do Sul e cronologicamente muito antigo com 10 mil anos

Vejamos a informação da CNN Brasil:

"Um sítio arqueológico de um povo que viveu há 10 mil anos no local onde hoje fica o município de Dona Francisca, região central do Rio Grande do Sul, foi descoberto em decorrência das enchentes que atingiram o estado em maio deste ano. Moradores e agricultores do município encontraram em uma lavoura de arroz alguns vestígios como pedras lascadas e cerâmicas do povo Guarani, que habitaram o local no passado" (https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/sitio-arqueologico-de-povo-que-viveu-ha-10-mil-anos-e-descoberto-apos-enchentes-no-rs/#:~:text=Um%20s%C3%ADtio%20arqueol%C3%B3gico%20de%20um,estado%20em%20maio%20deste%20ano). A construção narrativa induz o leitor a associar 10 mil anos com os Guaranis e em outras passagens, a referência direta é de 5 mil anos. Ambas estão incorretas. 


Abordagem do G1:

"A enchente que atingiu o Rio Grande do Sul em maio revelou um sítio arqueológico de um povo que viveu há 10 mil anos em Dona Francisca, na Região Central do estado. Em uma lavoura de arroz, foram encontradas pedras lascadas de caçadores coletores, bem como cerâmicas do povo Guarani, que habitou o estado há 5 mil anos". João Heitor Silva Macedo (arqueólogo da UFSM) diz que "o povo Guarani era o grupo predominante no estado há 5 mil anos, período em que migrou da Amazônia". https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2024/07/24/sitio-arqueologico-de-povo-que-viveu-ha-10-mil-anos-no-rs-e-encontrado-em-lavoura-de-arroz-apos-enchente.ghtml 

Porém, qual o povo de 10 mil anos que está sendo referido? Num vídeo que acompanha a matéria do G1 trata-se dos Guaranis, aprofundando de forma ainda mais absurda as informações.  Em outras passagens do vídeo os Guaranis voltam a ter 5 mil anos naquela área. 

Portanto, uma nova teoria da migração Pré-Histórica Brasileira precisa ser elaborada, pois os Guaranis se desenvolveram no Rio Grande do Sul e depois foram para a Amazônia? Se acreditava que os Tupi-guarani tiveram por epicentro a Amazônia e a cerca de 2.500 anos iniciaram migrações que os levaram a colonizar de norte ao sul do Brasil. Constituíram o grupo com maior difusão espacial da América do Sul. Chegaram ao Rio Grande do Sul, no Rio Uruguai, a cerca de 2.000 anos. Na região Central, onde está localizada Dona Francisca, a cerca de 1.500-1.700 anos. O sítio mais antigo Guarani nesta área Central foi datado no município de Agudo com 1.800 anos. Os 10.000 anos deve ser referência aos caçadores-coletores da Tradição Umbu, pequenos grupos nômades em busca de caça. Os Guaranis eram sedentários, horticultores, ceramistas, viviam em aldeias com até centenas de integrantes, navegadores, praticando também a caça e a pesca.  São grupos completamente diferenciados na esfera cultural e tecno-tipológica. A história ceramista brasileira também teria de se reescrita. 

Outros canais estão repetindo as mesmas informações incorretas num processo dominó. Acaba se construindo uma desinformação sensacionalista sobre o povoamento Pré-Histórico do Rio Grande do Sul. Se realmente foi repassado para os jornalistas estes dados, caberia cruzar a informação com um especialista para revisar os fundamentos noticiosos antes de divulgar um possível disparate formador de opinião. 

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

FORTE JESUS- MARIA-JOSÉ



Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Primeiros Fortes do Rio Grande foi publicado no livro Apontamentos Históricos, Corográficos e Estatísticos para o Relatório Consular por Luiz Leopoldo Flores. Rio Grande do Sul, 1897. Impresso em Lisboa, 1898.

Foi reproduzido por Flores passagens do Almanaque Literário e Estatístico do Rio Grande do Sul com texto escrito por seu editor Alfredo Ferreira Rodrigues.

O tema são as primeiras fortificações no Rio Grande do Sul, com destaque para o Forte Jesus-Maria-José e Fortificação do Estreito, além da atuação do Brigadeiro José da Silva Paes no estabelecimento de linha defesa/fortificações até as imediações do Arroio Chuí.

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

ALBINO JOSÉ DA CUNHA (1894)

https://memoria.bn.br

Almanach Popular Brazileiro para o ano de 1894 publicou  anúncio de produtos vendidos pelo agente comercial Albino José da Cunha & Cia da cidade do Rio Grande. 

Albino Cunha se projetou com a instalação do moinho de beneficiamento de trigo em Rio Grande no ano de 1895. Posteriormente, abriu filial em Porto Alegre. 

O capital levantado para tamanho investimento na construção do moinho pode ser remetido ao comércio de exportação e importação pelo Porto do Rio Grande. Desde 1876, Albino Cunha atuava no comércio marítimo internacional que pode explicar o nível de capitalização. 

Os anúncios se voltam a importação do Cognac Balança (França), Cognac Moscatel de Setubal, Cognac Tamarez (Faro) e Chá Fama Chineza.  
 

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

FÁBRICA DE CONSERVAS TULLIO MARTINS DE FREITAS

https://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_iconografia/icon1486970/icon1486970.jpg

 Rótulo de uma lata de morangos da Fabrica a Vapor de Conservas Alimentícias de Tullio Martins de Freitas

A fábrica estava instalada no Boulevar 14 de Julho (Avenida Portugal). Em 1911 a empresa passou a se chamar Companhia de Conservas Rio-Grandense

Este rótulo pode ter sido impresso entre 1906-1910.  

terça-feira, 13 de agosto de 2024

UNIÃO FABRIL EM PELOTAS

 

https://wp.ufpel.edu.br/memoriagraficadepelotas/files/2022/02/almanaque1931.pdf

A Rheingantz foi atuante não apenas em Rio Grande. Em Pelotas possuía uma Agência da Companhia União Fabril em que comercializava os tecidos da fábrica em Rio Grande e também vendia os Chapéus de sua fabrica sediada em Pelotas. Atuava com atacado e varejo, disponibilizando Atelier de modas e confecção para senhoras e Alfaiataria sob medida e confecção. 

Anúncio publicado no Almanaque de Pelotas do ano de 1931. 

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

RIO GRANDE E O OLHO DE BOI

 

https://www.oselo.com.br/produto/1843-60-reis-olho-de-boi

Selo Olho de Boi de 60 réis com carimbo da cidade do Rio Grande do ano de 1843. 

A série de Olho de Boi foi lançada pelo Brasil em 1843 se constituindo no segundo país do mundo a utilizar selos postais. O primeiro foi país emissor foi a Inglaterra em 1840. 

Rio Grande era uma cidade relevante em termos do Brasil Império pois sediava o único espaço portuário marítimo da Província do Rio Grande de São Pedro do Sul. O contexto histórico reforçava a busca de integração da Província com o Império, afinal, a Revolução Farroupilha estava em andamento desde 1835. A cidade portuária se manteve sob controle Imperial durante todo o período da Guerra e contribuiu decisivamente para garantir a vitória do Governo Central. 

Porto Alegre recebeu para venda Olhos de Boi já em 31 de agosto de 1843. Rio Grande pode ter recebido os selos no mesmo período (vieram via Porto do Rio Grande), sendo das primeiras localidades brasileiras a colocarem os carimbos para obliterar os selos. 

No caso, se observa com nitidez o "GR" e o "84" ficando o restante do carimbo no envelope. Como a identificação do selo foi realizada por especialista que emite certificado de autenticidade AIEP, é confiável tratar-se de emissão da cidade do Rio Grande para outra localidade brasileira. Possivelmente, foi enviada para o Rio de Janeiro a bordo de uma embarcação. Quando enviado do Rio de Janeiro para outras cidades, o carimbo era o clássico Correio Geral da Corte.  

domingo, 11 de agosto de 2024

SANTA CRUZ DO SUL EM 1922

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Informação sobre os primórdios da indústria fumageira em Santa Cruz do Sul. A empresa Irmãos Schütz foi fundada em 1905 e, em 1922, já alcançará destaque regional e nacional com os seus cigarros. Na data da matéria a empresa estava incorporada a Companhia de Fumos Santa Cruz

A fonte reproduzida é o livro: As Forças Econômicas do Estado do Rio Grande do Sul no Primeiro Centenário da Independência do Brasil (1822-1922) autoria de Vicente Blancato e editado em Porto Alegre pela Livraria do Globo.


BANCO NACIONAL DO COMÉRCIO EM SANTA MARIA

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Fotografia da filial do Banco Nacional do Comércio em Santa Maria. Este é o ano de 1922 quando estava sendo comemorado um século do nascimento do Brasil independente de Portugal. 

A fonte reproduzida é o livro: As Forças Econômicas do Estado do Rio Grande do Sul no Primeiro Centenário da Independência do Brasil (1822-1922) autoria de Vicente Blancato e editado em Porto Alegre pela Livraria do Globo. 


sábado, 10 de agosto de 2024

SÃO PAULO E O CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO

Militão Augusto de Azevedo (Photographia Americana) é um dos maiores nomes da fotografia brasileira. Seus registros da nascente cidade de São Paulo são um valioso documento visual para o estudo da evolução urbana da maior capital brasileira. 

Aqui estão três fotografias do ano de 1862 mostrando como São Paulo ainda era uma cidade "acanhada" e "bucólica". No primeiro censo oficial em 1872 a população era de 31 mil habitantes. Dez anos antes deveria ser de 23 a 25 mil habitantes. Porém, a política de imigração urbana, a economia cafeicultora e o rápido desenvolvimento da indústria de bens de consumo não duráveis mudou drasticamente o cenário: em 1900 já eram 240 mil habitantes. Em menos de quarenta anos a população aumentou dez vezes. Pelo Censo de 2022 são 11 milhões e 451 mil habitantes. Mais do que a população de todo o Rio Grande do Sul. 



https://brasilianafotografica.bn.gov.br/brasiliana/handle/20.500.12156.1/1939

https://brasilianafotografica.bn.gov.br/brasiliana/handle/20.500.12156.1/1939

 
https://brasilianafotografica.bn.gov.br/brasiliana/handle/20.500.12156.1/1920

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

BOTAFOGO EM 1835

https://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_iconografia/icon35707/icon35707_05.jpg

Belíssima gravura da praia de Botafogo no Rio de Janeiro. Autoria de Friedrich Salathé e publicado na Suíça por J. Steinmann no ano de 1835. 

A moldura é constituída por inúmeras representações imagéticas com ênfase na presença africana no Brasil Imperial. 
 

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

GUIA ILUSTRADO

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional da Cidade e Município do Rio Grande

Este Guia foi editado na Tipografia das Escolas Profissionais Lyceu Salesiano Leão XIII no ano de 1938. Traz uma ampla relação de empresas e profissionais atuantes em Rio Grande. 
 
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

SUPERAQUECIMENTO NA ANTÁRTIDA

 

https://metsul.com/wp-content/uploads/2024/08/antartida0208a.jpg

Matéria da Metsul assinada por Estael Sias e publicada no dia 5 de agosto de 2024, enfatizou a "onda de calor" na Antártida que poderá trazer impactos no Brasil e parte do Hemisfério Sul. 


"TEMPERATURA 30ºC ACIMA DO NORMAL NA ANTÁRTIDA TERÁ IMPACTO NO BRASIL. As temperaturas superficiais em partes da Antártida subiram quase 30ºC acima do normal nos últimos dias. Embora não seja calor e o clima seja congelante, os cientistas descrevem como uma “onda de calor” antártica, um evento raro e de longa duração que ocorre pela segunda vez em dois anos, o que preocupa os cientistas pelas mudanças no clima. O incrível e extraordinário evento de aquecimento na Antártida terá impacto no Brasil. O enfraquecimento do cinturão de ventos ao redor da Antártida é identificado pelo que se denomina de Oscilação Antártica, uma variável que prestamos muito atenção na MetSul Meteorologia porque ela tem influência em chuva, chegada de massas de ar frio e mesmo formação de ciclones no Atlântico Sul. A chamada Oscilação Antártica (AAO) ou Modelo Anular Sul ou Meridional é uma das mais importantes variáveis que impacta as condições no Brasil e no Hemisfério Sul, tanto na chuva como na temperatura. Os seus valores neste começo de agosto estão com desvios sigma de até -4 a -5, muito abaixo do normal com valores raro de se observar. Do que se trata a oscilação? Trata-se de um índice de variabilidade relacionado ao cinturão de vento e de baixas pressões ao redor da Antártida. A Oscilação Antártica tem duas fases. A positiva e a negativa. Na positiva, o cinturão de vento ao redor da Antártida se intensifica e se contrai em torno do Polo Sul. Já na fase negativa, o cinturão de vento enfraquece e se desloca para Norte, no sentido do Equador, obviamente sem atingir a faixa equatorial.Com a maior ondulação da corrente de jato na fase negativa, crescem as chances de episódios de chuva mais volumosa e ciclones. Estudos mostram que na fase negativa há uma maior propensão para chuva no Sul e Sudeste do Brasil. Independente da condição do Pacífico (El Niño, neutralidade e La Niña), períodos de AAO- (fase negativa) têm potencial de incrementar a precipitação no Sudeste da América do Sul com maior frequência de ingresso de massas de ar frio de origem polar nos meses de inverno. No nosso caso, modelos numéricos já indicam uma incursão de ar gelado nas latitudes médias da América do Sul no final desta semana que vai trazer muito frio para o Sul do Brasil. Os mesmos dados apontam ainda que no começo da semana que vem há chance de um segundo pulso de ar frio". https://metsul.com/temperatura-30oc-acima-do-normal-na-antartida-tera-impacto-no-brasil/?fbclid=IwY2xjawEf0LlleHRuA2FlbQIxMQABHYrVBnEx-iXo-OshBzbrOK92XLSczXlAO0x8e5kjTmUvuOyURKq9_YFQFA_aem_L_KagnO-DFNRnEACoQNu4g.