Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

domingo, 31 de janeiro de 2021

QUAL É A RUA - RESPOSTA

 

Acervo: Leonardo Barbosa. 


Este cartão-postal da Livraria Americana (edição n. 9) mostra um trecho da Rua Marechal Floriano por volta de 1905. 

Ao fundo é visível o prédio da Wigg. Na primeira esquina à esquerda é o Beco do Afonso. A fotografia foi realizada da proximidade da esquina com o Beco do Carmo (atual Rua Benjamin Constant). 

sábado, 30 de janeiro de 2021

QUAL É A RUA?

Acervo: Leonardo Barbosa.


Este cartão-postal da Livraria Americana foi editado por volta de 1905. A fotografia contempla uma rua da cidade do Rio Grande. A maioria dos casarões foram demolidos, porém, alguns ainda estão edificados. 

Quem sabe o nome desta rua? 

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

A GAÚCHA

Tudo, 20 de maio de 1920. Anúncio de A Gaúcha. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

No ano de 1920, o público masculino que desejava comprar um perfume ou uma deo colônia poderia visitar uma loja especializada neste ramo e localizada na Rua Marechal Floriano: A Gaúcha propriedade do empresário C. A. Cuello que também tinha uma loja que comercializava jóias. 

Cuello deixou um legado arquitetônico em Rio Grande: o prédio na Avenida Rio Grande, no Cassino, hoje conhecido como sobrado dos Bianchini. Em visita a Itália, Cuello teria fotografado uma casa na Toscana que o inspirou a reproduzi-la no Cassino. O engenheiro Alberto Rheingantz elaborou um projeto e o italiano José Fortunato foi o construtor do famoso casarão que foi inaugurado em 1918 e adquirido e ampliado pelos Bianchini em 1964.  

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

INFLAÇÃO


Jornal O Tempo, 17-04-1960. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Sessenta anos no passado! Rio Grande enfrentava uma grave crise em seu parque industrial. 

A dimensão do problema era ainda muito maior devido ao processo inflacionário vivido no Brasil: em 1960 a inflação foi de 25%  e continuou subindo para 50% em 1962 e 92% em 1964. 

O salário mínimo sofreu uma intensa desvalorização com a majoração descontrolada dos preços dos produtos e do custo de vida.  

Frente ao alto desemprego na cidade este cenário inflacionário agravou ainda mais os problemas sociais. 

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

CICLONE-BOMBA?

Esta quarta-feira será um dia problemático no Rio Grande do Sul. O risco de chuva excessiva e de temporais é muito alto. 

Fiz a leitura de notícias publicadas pelo  grupo oceano (https://www.grupooceano.com.br/noticias) e pelo Diário Popular (Pelotas) com a previsão da passagem de um ciclone-bomba por Rio Grande, por volta das 17 horas deste dia 27 de janeiro. 

Certamente, o cenário é de apreensão por parte da Defesa Civil que está mobilizada para enfrentar problemas que possam ocorrer com a passagem deste centro de baixa pressão. A condição atmosférica é favorável a ocorrência de fortes ventos e de chuva excessiva em curto espaço de tempo. Falta de energia, alagamentos e danos poderão ocorrer. Porém, o ciclone-bomba ou ciclogênese explosiva é um cenário meteorológico muito mais grave que poderia trazer devastação considerável em determinados locais onde for mais intenso. 

Esperei o posicionamento científico da Metsul e o esclarecimento desta empresa descartou a ocorrência de um ciclone-bomba. Obviamente, a Metsul ressalta que há potencial para temporais isolados de vento forte, possibilidade de alamentos e transtornos diversos no Oeste e no Sul 
gaúcho. Porém, ciclogenese explosiva não! 

Conforme a Metsul: "Alguns meios de comunicação têm noticiado, sem identificar fonte na informação que seja profissional na área meteorológica, que este centro de baixa pressão que avançará pelo Oeste e o Sul gaúcho nesta quarta daria origem a um ciclone bomba. A MetSul informa que não há o menor fundamento em tal previsão. 

Uma bomba meteorológica ou ciclone bomba se trata de um centro de baixa pressão que passa por rápido aprofundamento e cuja pressão atmosférica central declina 24 hPa (hectopascais) em um intervalo mínimo de 24h. Este centro de baixa ingressará pelo Oeste gaúcho com 1001 ou 1002 hPa e estará no Sul gaúcho e na costa do Litoral Sul depois com 998 ou 999 hPa. O aprofundamento será discreto e não deve ser superior a 5 hPa, logo muito distante de uma queda de 24 hPa para a classificação de um ciclone bomba. Não será, assim, uma ciclogenese explosiva, até porque não haverá encontro de massas de ar frio e quente que pudesse gerar um intensificação explosiva" (https://metsul.com/quarta-feira-de-alto-risco-no-rio-grande-do-sul/). 

Hoje é um dia de observação e acompanhamento das condições do tempo e de muita torcida para que os efeitos sejam mais brandos e que as previsões pessimistas não se realizem.  

Mapas rodados pela Metsul para o cenário atmosférico em 27-01-2021. Acervo: https://metsul.com/quarta-feira-de-alto-risco-no-rio-grande-do-sul/

AEROGERADORES

Aerogeradores no Cassino. Acervo: Luiz Henrique Torres. 

 Esta é uma visão dos aerogeradores do parque eólico na Praia do Cassino. O local é nas proximidades do antigo camping Stela Maris. 

As torres de mais de 90 metros de altura se tornaram uma referência visual à beira-mar.  

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

CASSINO 131 ANOS

Trem chegando ao Cassino em 1908. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 Hoje, há 131 anos um trem que saiu do Parque (junto ao pórtico da cidade do Rio Grande) levando moradores e veranistas, inaugurou oficialmente o Balneário Cassino. 

Era o ano de 1890 e estava nascendo o primeiro  balneário planificado do Brasil.  

RUÍNAS DO HOTEL

Acervo: Luiz Henrique Torres. 


Nas proximidades do navio Altair, direção Sul, imagens fantásticas marcam o cenário da Praia do Cassino. 

As ruínas de um hotel construído a cerca de sete décadas mistura surrealisticamente concreto e dunas de areia ao som intermitente das ondas. 

Do alto das dunas é possível observar a força da natureza envolvendo a ação humana e soterrando fragmentos de suas obras. 

Local para reflexão e percepção das forças naturais envolvidas na modelagem da paisagem junto a planície costeira do Litoral Sul.   

Acervo: Luiz Henrique Torres. 


Acervo: Luiz Henrique Torres. 


 Acervo: Luiz Henrique Torres. 

LUAR NO VERÃO

Lua cheia em 26 de janeiro de 2021. Acervo: Luiz Henrique Torres. 

 

Lua cheia desta madrugada ou será um cometa difuso que assinala um período de instabilidade no tempo no Rio Grande do Sul? 

FECHAMENTO DA SWIFT


Jornal O Tempo, 12-04-1960. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 
Por cerca de quatro décadas o Frigorífico Swift atuou em Rio Grande. 

Suas portas cerraram em 1959 após períodos de crises e incertezas.

O jornal O Tempo de 12 de abril de 1960, na coluna de Ismail Fernandes trazia uma reflexão sobre o impacto do fechamento desta empresa para o operariado da cidade do Rio Grande. Afinal, a empresa chegou a empregar dois mil trabalhadores diretos e e seu fechamento gerou uma legião de desempregados. 

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

BOSSA NOVA NA POLÍCIA

 

O Tempo, 17-04-1960. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

A matéria policial do dia 17 de abril de 1960 descreveu algumas ocorrências que traz elementos sobre o cotidiano da cidade. Bem... o cotidiano das experiências que foram parar no registro policial! 

A narrativa utiliza um linguagem coloquial, irreverente e passa ao largo do politicamente correto, uma invenção das últimas décadas ainda desconhecida pelo jornal O Tempo

domingo, 24 de janeiro de 2021

CIDADE NOVA EM 1960

Jornal O Tempo, 06-04-1960. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 

A matéria do Jornal O Tempo do dia 6 de abril de 1960 traz algumas propostas para impulsionar o turismo em Rio Grande. 

O periódico propõe a abertura de ruas que partindo da Avenida Getúlio Vargas desemboquem no "mar" (Lagoa dos Patos) como é o caso da Domingos de Almeida que ainda não tinha a extensão atual. 

A matéria também ressalta as dificuldades de infraestrutura do Bairro Cidade Nova e a necessidade de criação de comissões de moradores para levar suas reivindicações aos órgãos competentes.  

sábado, 23 de janeiro de 2021

A BARRA DO RIO GRANDE

 No antigo local de travessia de barcas para São José do Norte a visão da Barra do Rio Grande é espetacular. 

Acervo: Autor. 


No lado norte é possível observar, além de outros prédios, o farol da Barra (1852) e a Atalaia (1820), dois referenciais históricos na longa busca de segurança marítima para ingressar na Barra do Rio Grande.

   

Acervo: Autor. 

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

A CRISE EM 1960

O Tempo, 13-04-1960. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

O ano de 1960 carregou uma forte herança da década de 1950 em Rio Grande: a crise econômica foi sem precedentes frente ao fechamento das fábricas e Luiz Loréa, da Swift e da Ítalo-Brasileira. 

A decadência da "cidade das chaminés" estava estampada no jornal O Tempo que propunha alternativas para a superação dos problemas de desemprego e do fechamento de empresas. 

O jornal faz críticas aos astronômicos recursos financeiros gastos para a construção de Brasília sob a batuta de Juscelino Kubitschek. Decadência no sul, miséria no nordeste e investimentos no planalto central: conforme o periódico "a vida é cheia de contrastes".   

212 MIL

Acervo: https://www.paho.org/sites/default/files/styles/max_1300x1300/public/bra-covid19-corona-borealis-studio-1000x545.jpg?itok=Zc1YQ081

Enquanto o planeta se aproxima dos 100 milhões de casos confirmados de coronavírus, o Brasil já atingiu a marca dos 212 mil mortos. 

A estimativa de população do município do Rio Grande é de 212 mil habitantes. Ou seja, a população de uma cidade como Rio Grande sucumbiu no Brasil até o momento desta epidemia.  

Infelizmente, não é ficção os dados que diariamente vem a tona referentes a contaminação e mortes. 

Os cuidados pessoais e a consciência individual permanecem essenciais para frear a tragédia em curso. 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

CORPO E MENTE

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 
 

Será o treinamento de um grupo de malabaristas?

Exercícios de um grupo de escoteiros?

Trata-se de atividades físicas realizadas pelos alunos do Ginásio Lemos Júnior! 

O ano é 1924 e o desenvolvimento intelectual é acompanhado de atividades físicas obrigatórias. A saúde do corpo era uma das preocupações educacionais deste período. Os uniformes lembram uma escola militar deste período: tanto meninos como meninas usavam trajes militares e as regras de disciplina eram rígidas. 

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

INAUGURAÇÃO DE BRASÍLIA

 

O Tempo, 21-04-1960. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

O prefeito municipal do Rio Grande enviou para o presidente Juscelino os parabéns pela construção de Brasília. 

A nova capital brasileira foi inaugurada em 21 de abril de 1960. O sonho de Juscelino Kubistchek  se realizou. 

JK na inauguração de Brasília. Acervo: https://agenciabrasilia.df.gov.br/

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

A ESQUINA...

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Esta fotografia mostra um cenário de aproximadamente 1930.

 É a esquina das Ruas Marechal Floriano com Duque de Caxias. 

O prédio da esquina estava sendo ocupado pela Secção de Máquinas Bromberg & Cia. Neste local, atualmente, está o Hotel Atlântico. 

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Aniversário da vovó

 


38 anos de cabeça e 83 de idade. Sempre buscando ajudar as pessoas e  compreender as suas dificuldades. 

Parabéns neste dia de aniversário. 


DRUMMOND E O PRAZER FILATÉLICO

Selo em homenagem a Carlos Drummond de Andrade (1995). 

 Em 1973 Carlos Drummond de Andrade publicou este poema em que recorda o tempo em que colecionava selos. Como escreveu o poeta colecionar selos era viajar por países e culturas e exercitar uma das práticas de sua época: o prazer filatélico. 


 PRAZER FILATÉLICO

“Colecione selos e viaje neles

por Luxemburgos, Índias, Quênia-Ugandas.

Com Pedr'Alvares Cabral e Wandenkolk

aprenda História do Brasil. Colecione.

Mas sem dinheiro Devaste os envelopes da família. Remexa as gavetas.

Há barbosas efígies imperiais à sua espera.

Mortiças cartas guardam peças raras.

Tudo vasculhe. Um dia

arregalado à sua frente há de luzir

em arabescado fundo negro

o diamante, o sonho, a maravilha

chamada olho-de-boi 60.

Troque. Vá trocando, Passe a perna,

se possível. Senão, seja enganado

mas acrescente sua coleção

de postas magiares, moçambiques,

osterreiches, japões, e seu prestígio

há de aumentar: o baita

colecionador da rua principal.

E brigue, boca e braço,

ao lhe negarem esta condição.

Até que chegue o tédio de possuir,

a tentação do fósforo e do vento

o gosto de perder a coleção

para outra vez, daqui a um mês,

recomeçar, humílimo, menor

colecionador da rua principal”.

(Carlos Drummond de Andrade, 1973)


domingo, 17 de janeiro de 2021

UM PROBLEMA MODERNO EM 1952

A Noite Ilustrada, 20-05-1952. Acervo: Biblioteca Nacional.  

 A revista A Noite Ilustrada (Rio de Janeiro, 20 de maio de 1952) em sua coluna "Informações aos Pais" questionava a exposição de crianças ao aparelho de Televisão: as crianças, "ficam horas e horas junto ao aparelho...). 

Parece inacreditável, mas em 1952, dois anos depois do surgimento da Televisão no Brasil e cujo acesso era reduzidíssimo, já se começou a discutir este "problema moderno para os pais resolverem".  

Imaginem, depois de quase 70 anos, a complexidade desta questão em relação aos games, internet e redes sociais? 



sábado, 16 de janeiro de 2021

CLICHÊ


Tudo, 25 de dezembro de 1919. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 Clichês (do francês clichés) é uma matriz gravada em placa metálica destinada a impressão. Esta imagem ou texto pode ser tipograficamente reproduzida. 

A revista Tudo estava vendendo clichês com fotografias ou textos de colaboradores que haviam sido publicados neste magazine. Conforme é ressaltado no texto acima, a funcionalidade do clichê superava a impressão tipográfica em revista ou jornal: "um cliché representa um retrato eterno; com ele pode se marcar papeis de carta, envelopes, etc, e até lenços, como se usa na Europa".  

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

TEMPORAL




 

 

O temporal que se abateu na cidade na noite do dia 11 de janeiro produziu destelhamentos e cenas inusitadas. 

Na Avenida Portugal uma árvore tombou com a força do vento "descolou" do solo a grama e terra em estava fixada. 

Foram vários episódios de quedas de árvores, teve pânico na lancha que fazia a travessia para São José do Norte e uma vítima fatal por choque elétrico.  

A REITORIA DO LEMOS JÚNIOR


Ginásio Lemos Júnior. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 
 

Esta glamourosa "Reitoria" foi fotografada no ano de 1924. 

Desta sala era administrado o Ginásio Lemos Júnior, um dos espaços de formação educacional mais respeitados do Rio Grande do Sul. 

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

LIVRARIA AMERICANA

 

Tudo, 20 de junho de 1920 Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 


Este anúncio foi publicado na revista Tudo no ano de 1920. A Livraria Americana já estava em Rio Grande há 35 anos e era a responsável pela publicação do periódico Tudo

A Livraria Americana e a Livraria Rio-Grandense foram as duas maiores empresas que atuaram na cidade (entre o final do século XIX e primeiras décadas do século XX) nos ramos de tipografia, impressão, encadernação, pautação, artigos para escritório, papelaria, pintura, desenho e livraria.  

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

O VITRAL

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 

A fotografia deste vitral foi realizada em 1924 quando este prédio havia sido inaugurado a pouco tempo e se denominava "Ginásio".  

Quem entrar pelo porta principal do Colégio Lemos Junior vislumbra este belíssimo vitral que foi confeccionado para comemorar a construção do prédio ocorrida a partir de 1922. 

O texto que está escrito na parte superior é "Gymnasio Municipal Lemos Junior, Scientia et Virtus, 1906-1922". Na parte de baixo: "Comemorando o primeiro centenário da Independência do Brasil o Exmo. Intendente do Município Dr. Alfredo Soares do Nascimento mandou construir este edifício".    

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

ALTAIR 2021

Fotografias: Luiz Henrique Torres. 


O navio Altair continua a nos contemplar com belas imagens.
 
Em 2021 ele está completando 45 anos no cenário da Praia do Cassino. 

O desgaste tem se intensificado e as marcas da vida marinha se tornam cada vez mais visíveis em seu casco.



Pelo menos uma visita por ano ao Altair se tornou uma atividade obrigatória que sempre traz belas imagens e boas lembranças.   


segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

DEODORO DA FONSECA

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

A República no Brasil foi proclamada em 15 de novembro de 1889 e passou por várias crises nos seus primeiros anos.

 Deodoro da Fonseca assumiu a presidência com a queda de D. Pedro II e as crises políticas se estenderam até 3 de novembro de 1891 quando Deodoro manda fechar o Congresso Nacional. A reação de políticos, de setores civis e da Armada (Marinha) lançaram as sementes da eclosão de uma guerra civil que levou a renúncia de Deodoro da Fonseca em 23 de novembro de 1891. 

A fotografia mostra um flagrante da multidão na Rua Riachuelo comemorando a renúncia de Deodoro e a posse de Floriano Peixoto. Muitas embarcações são visíveis no cais do Porto Velho neste tumultuado dia.  

domingo, 10 de janeiro de 2021

CABO SUBMARINO



Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 A revista Tudo publicada em Rio Grande pela Livraria Americana em seu número 4 de 15 de abril de 1920, reproduziu uma fotografia do prédio em que funcionava o Cabo Submarino. 

O endereço é a Rua Fernando Duprat esquina com Rua General Bacelar. O prédio centenário é atualmente ocupado pela 18 Coordenadoria Regional de Educação.    

sábado, 9 de janeiro de 2021

O CORONA E O GENE EGOÍSTA

Transporte de caixões com mortos da gripe espanhola. Revista Fon-Fon, 23-11-1918. Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. 

 
O novo corona vírus tem um comportamento diferente do vírus da gripe espanhola de 1918: ele é muito sádico!

Ele não tem pressa para contaminar e vai matando aos poucos: é mais letal a partir dos 50/60 anos e trabalha nas comorbidades. O vírus da gripe espanhola (H1N1) era muito contagioso e muito letal na faixa etária dos 0 aos 28 anos. Não tinha preconceito com qualquer faixa etária ou gênero mas tinha uma dificuldade maior em se reproduzir naqueles que criaram anticorpos com a gripe russa de 1890. 

Um exemplo está em Rio Grande onde a gripe espanhola matou 600 pessoas e deixou pelo menos 22 mil doentes. A população em 1918 era de 44 mil habitantes e o vírus atuou por cerca de 3 meses. Chegou arrasando em outubro e desapareceu, em termos significativos, nos primórdios de 1919.  

Numa proporção entre o corona e a gripe, significa que o corona em apenas três meses teria causado cerca de 3.000 óbitos em Rio Grande. De fato, depois de quase um ano da presença do corona, os óbitos na cidade são em conta-gotas e com acelerações pontuais. Aí está a dimensão sádica: ele não tem pressa e trabalha nos descuidos com o distanciamento, nas aglomerações, nos descasos cotidianos, ou seja, no mundo real que nos deparamos no dia-a-dia da nossa urbe. Em outras cidades do Brasil os cuidados estão sendo tão diferentes?

Trem levando caixões com mortos da gripe em São Paulo. Revista Fon-Fon 23-11-1918. Acervo: Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. 

Este longo tempo pandêmico leva a um cansaço e também a flexibilização dos cuidados. O tempo é inimigo dos humanos e amigo dos vírus. O cansaço ou desleixo de um é a supremacia do outro. E o tempo traz a produção dos mitos sobre a doença e especialmente a banalização da epidemia e das mortes.     

Hoje, o mito criado pelos jovens é de que estão imunes à letalidade deste mórbus reinante. Mas serão imunes a possíveis danos deixados pelo vírus em órgãos do corpo? Somente o tempo dirá. 

Estão psiquicamente imunes aos resultados devastadores da transmissão para pessoas com comorbidades ou idosos? Será que um ego bem alimentado vale mais do que mil palavras de conscientização? 

Se o vírus é uma fantasia a ser ignorada, será que a aritmética também está equivocada: oficialmente (que é uma sub-notificação como se observou na mortalidade da Rússia), já são quase 2 milhões de mortos e 90 milhões de casos confirmados.    

A esperança hoje esta lançada nas vacinas ou viveremos um ciclo contínuo de descontinuidades do cotidiano e de apreensões psíquicas e/ na economia que gera os empregos. A vacinação não pode tardar devido as mutações deste vírus. Uma mutação com alta virulência e alta letalidade seria um cenário devastador. Quanto mais tempo o corona convive em muitos hospedeiros mais buscará a fórmula perfeita dos cavaleiros do apocalipse! 

Uma reflexão mais ampla que faço desta epidemia é em nível paradigmático: ela expressa um teste global de comportamentos sociais que contrapõem o Ocidente e o Oriente. O comportamento ocidental e os prejuízos financeiros e humanos até agora contraídos evidenciam um fracasso civilizatório. Não me refiro ao sentido da técnica, do conhecimento e de alicerces civilizatórios: o fracasso reside na egolatria dos indivíduos e da necessidade mágica de manipulação dos seres e coisas a sua volta. A noção de individualidade transcende a noção de limite. O ponderável/razoável torna-se um algo distante que não satisfaz as necessidades imediatas do indivíduo. O gene egoísta é a essência das relações com o mundo. 

Na prática epidêmica começo a entender as reflexões de historiadores e teóricos frente a decadência do Ocidente...     

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

MATADOURO MUNICIPAL

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Esta fotografia mostra a fachada do prédio do Matadouro Municipal. Foi publicada na revista Tudo em 15 de abril de 1920. 

Há cem anos esta região era basicamente um anecúmeno e este foi exatamente um dos motivos para instalar o Matadouro: a distância da área urbana.

 Em 1922, com o surgimento do Hipódromo Municipal, haverá uma motivação a mais para a circulação da população por esta área frontal a Lagoa dos Patos e tendo a bela vista da Ilha dos Marinheiros. Além de passar um dia relaxante nas dunas do Bosque também havia corridas de cavalos como atividade recreativa. 

  

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

MARECHAL

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Estamos na Rua Marechal Floriano entre 1915-1920. 

Praça General Telles (Xavier Ferreira) à esquerda e prédio do Cinema Ideal à direita (esquina da Rua Duque de Caxias). 

O fotógrafo armou o seu equipamento no meio da rua... 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

RUA RIACHUELO

Acervo: Museu da Cidade do Rio Grande. 

Uma vista "dominical" (pela pasmaceira...) da Rua Riachuelo.

Os trilhos são visíveis e os postes são as estruturas para o trem elétrico. Ao fundo a Alfândega e no canto direito os armazéns do Porto Velho construídos em meados dos anos 1920. 

Estimativa de datação deste cartão-postal é de 1930. 

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

CLUB DO COMÉRCIO

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 

Um dos mais tradicionais clubes da cidade do Rio Grande foi o Club do Comércio fundado no ano de 1861. 

A primeira Associação Comercial do Rio Grande do Sul foi fundada em Rio Grande em 1844. Dois anos depois, em 1846, foi organizada a Biblioteca Rio-Grandense com decisiva participação de comerciantes. Esta força comercial era advinda das atividades econômicas ligadas ao Porto do Rio Grande.   

Em 9 de junho de 1920 o estatuto do Club do Comércio foi alterado sendo publicada uma cartilha com as diretrizes que orientavam a postura dos associados. 

A publicação tem cem anos! Desconheço se o Club, atualmente, foi dissolvido ou ainda existe como pessoa jurídica. Existindo, no próximo estará completando 160 anos de existência. 


segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

NOS ANOS 1950

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Nos primórdios dos anos 1950 estamos observando uma Rua Marechal Floriano muito pacata. Os pedestres podem calmamente atravessar a rua e apenas um carro é visível na fotografia. 

Outra observação é que os edifícios com vários pavimentos ainda são peças raras no cenário urbano. 

Para facilitar a localização a capela de São Francisco está em primeiro plano à direita da imagem. 

O cartão é de 1953. 

domingo, 3 de janeiro de 2021

MERCADO

 

Mercado Público na década de 1920. Acervo: Museu da Cidade do Rio Grande. 

Esta uma vista tradicional e muito utilizada em cartões-postais: o Mercado Público da cidade do Rio Grande visto da torre da Alfândega.

 Inúmeros iates para transporte de mercadorias estão atracados junto ao Cais. 

sábado, 2 de janeiro de 2021

RUA DA PRAIA

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Ao longo da história da cidade do Rio Grande, a Rua da Praia (atual Marechal Floriano) foi a mais importante para o comércio de varejo e prestação de serviços. 

A importância desta rua já foi destacada por Saint-Hilaire em 1820, quando este descreveu o plano urbano da então Vila do Rio Grande que era composta por “seis ruas muito desiguais, atravessadas por outras excessivamente estreitas, denominadas becos”. A mais extensa era a Rua da Praia e nessa rua estavam situadas “quase todas as lojas e a maioria das vendas, umas e outras igualmente sortidas. Várias casas com janelas envidraçadas, cobertas de telhas e com sacadas de ferro, estão situadas na Rua da Praia”. 

Na fotografia de 1865 se observa a atuação de um vendedor de água em pipa e provavelmente a foto mais antiga de um figurante muito difundido na cidade até o presente: um cachorro.