Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

sábado, 30 de abril de 2022

RIO GRANDE EM 1922 - 3

 

Alfredo Costa. Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Globo, 1922. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

No ano de 1922 a população do município do Rio Grande era estimada em 50.500 habitantes. 

A atração de empregos na indústria fizeram Rio Grande passar, em cerca de duas décadas, de 30 (em 1900) para 50 mil habitantes (em 1922). Foram os maiores índices de crescimento demográfico anual da história da cidade. 

sexta-feira, 29 de abril de 2022

RIO GRANDE EM 1922 -2

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 


Alfredo Costa o organizador da obra Rio Grande do Sul continua a caracterizar a divisão administrativa do município do Rio Grande no ano de 1922. Também foi realizado um resumo histórico da formação local contextualizada na expansão ultramarina portuguesa em direção ao Rio da Prata.  

É reproduzida uma imagem de um Titan trabalhando na construção dos Molhes da Barra (obra inaugurada em 1915). 

Uma fotografia do setor de infantaria da Guarda Municipal busca evidenciar a manutenção da ordem pública. Em outra, do ano de 1917, está ocorrendo uma reunião do Conselho Municipal. 

quinta-feira, 28 de abril de 2022

RIO GRANDE EM 1922

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 


 No ano de 1922 foi publicado por Alfredo R. da Costa dois opulentos volumes da obra O Rio Grande do Sul - completo estudo sobre o Estado. Porto Alegre, Livraria do Globo.  
Fotografia de Alfredo Costa. 

Um dos municípios contemplados pelo autor foi Rio Grande onde foi realizado um levantamento das atividades administrativas e econômicas da cidade que se destacava pela presença do porto e de uma considerável industrialização. 

Entrevistas, pesquisas e muitas fotografias foram realizadas pela equipe responsável pela obra. 

Vinte e seis páginas foram dedicadas a Rio Grande. 

Ao completar o centenário da publicação, farei a reprodução, numa série de postagens, dos principais temas tratados por Alfredo da Costa. Este material possibilita traçar um perfil parcial da história política, econômica e social da cidade no ano de 1922. 

A primeira página dedicada ao Município do Rio Grande caracterizou os limites geográficos com outros municípios, a formação geológica, topográfica, os cursos de água e as ilhas. Também começa a se esboçar a evolução político-administrativa desde 1737. 

Duas fotografias são reproduzidas na página: o Intendente Municipal Alfredo Soares do Nascimento e a fachada da Intendência Municipal, atual, prédio da Prefeitura Municipal. 

Era o ano dos festejos do Centenário do Brasil e em livros de caráter oficioso, se buscava ressaltar o espaço administrativo enquanto dimensão do avanço civilizatório de uma comunidade.

quarta-feira, 27 de abril de 2022

VARIG - PORTO ALEGRE A NEW YORK

 

Acervo: Luiz Henrique Torres. 


Este belíssimo envelope assinala o primeiro voo da Varig de Porto Alegre para Nova York. 

Carimbos de diferentes anos (do Brasil, França e Estados Unidos) e dois selos, um de 1955 e outro de 1977, acompanham o envelope. 

Este primeiro voo que partia de Porto Alegre até New York foi realizado num avião Caravelle no dia 12 de dezembro de 1959. 

A imagem do avião no envelope não é de um Caravelle mas de um Super G. Constellation que em 2 de agosto de 1955 realizou o primeiro voo do Rio de Janeiro até New York. Todos estes voos tinha escalas, pois, a autonomia dos aviões não possibilitava um voo direto.  


Acervo: Luiz Henrique Torres. 

terça-feira, 26 de abril de 2022

CICLONE BOMBA

Projeção do modelo meteorológico europeu ECMW para a manhã de quinta-feira (28) de um ciclone extratropical poderoso com pressão central em torno de 933 hPa no extremo Sul do Atlântico, nas proximidades das Ilhas Geórgia do Sul, e a frente fria associada se estendendo pelo Atlântico até o Rio Grande do Sul.  https://metsul.com/ciclone-bomba-vai-se-formar-no-atlantico-sul/ .

Quem estiver com passagem marcada para viajar para as Ilhas Sandwich do Sul nesta semana deveria remarcar as datas! 

Um ciclone bomba vai se formar no leste da Argentina entre quarta e quinta-feira e vai se deslocar para a Antártica com impacto nas Ilhas Sandwich do Sul e Geórgia. A pressão atmosférica deverá baixar para 936 hPa e as rajadas de vento poderão chegar a 200 km/h. A navegação se tornará muito difícil e perigosa. 

Felizmente, Rio Grande está muito distante deste horizonte de eventos do ciclone bomba. Mas o vento deve se intensificar entre amanhã e quinta-feira com a possibilidade de elevados volumes de chuva no oeste e no sul gaúcho. Diga-se que a chuva seria muito bem vinda em Rio Grande. 

Mais informações no endereço: https://metsul.com/ciclone-bomba-vai-se-formar-no-atlantico-sul/

BIBLIOTECA RIO-GRANDENSE

 

Fotografias: Luiz Henrique Torres. 





A reforma no salão de leitura da Biblioteca Rio-Grandense revitalizou este espaço. 

Vale a pena fazer uma visita para conhecer ou revisitar esta instituição que preserva e difunde o conhecimento. 

SANTA CRUZ E O FUMO

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

O Álbum do Estado do Rio Grande do Sul organizado por W. Regius em 1928, apresenta algumas fotografias de Santa Cruz do Sul. 

Além de uma vista geral do perfil urbano, o destaque foi para a manufatura do fumo cuja matéria prima é o tabaco. A capitalização consistente da cidade e região esteve ligada ao cultivo do tabaco e a construção de grandes estruturas industriais de beneficiamento cuja origem foi o capital estrangeiro. 

segunda-feira, 25 de abril de 2022

SIMPÓSIO NACIONAL DE ESTUDOS MISSIONEIROS

Pasta do VII Simpósio Nacional de Estudos Missioneiros, 1987. Acervo: Luiz Henrique Torres .

 O Simpósio Nacional de Estudos Missioneiros foi um evento acadêmico que ocorria a cada dois anos em Santa Rosa, noroeste do Rio Grande do Sul. A proposta era agregar pesquisadores e incentivar os estudos referentes ao processo histórico missioneiro no Brasil e no Prata.
  
A primeira edição ocorreu em 1975. E a última, a décima primeira, foi realizada em 1995.  

Nestes onze encontros foram apresentadas palestras e comunicações por pesquisadores do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile etc. 

Anais do Simpósio de 1983. 

Em fevereiro de 1990 fui convidado a ser docente na Graduação em História do Instituto Educacional Dom Bosco (UNIJUÍ) em Santa Rosa. O contrato era de 52 duas horas semanais de trabalho com aulas, orientações e a coordenação do Centro de Estudos Missioneiros. Outro objetivo era organizar o IX Simpósio Nacional de Estudos Missioneiros que ocorreu entre 8 a 10 de outubro de 1991. Durante um ano fiz muitas leituras no acervo missioneiro da Faculdade e circulei pela região missioneira e pelas barrancas do Rio Uruguai (repleta de sítios arqueológicos). A experiência presencial com ruínas missioneiras dos Sete Povos das Missões, da Argentina (Província de Missiones) e do Paraguai (Trinidad etc) foi um fator que instigou a busca de novas leituras que resultaram na Tese de Doutorado.

Anais do Simpósio de 1991. 
  
A caminhada missioneira presencial encerrou, no início de 1991, quando assumi a vaga de docente na FURG  (fruto de um concurso que realizei no final de 1989). A gangorra passou radicalmente do projeto histórico missioneiro para o projeto histórico luso-brasileiro. Alcançar o equilíbrio entre as Missões e o Litoral Sul foi um desafio, pois, são dois projetos históricos muito diferentes. Porém, conhecer os dois lados da moeda foi essencial para fugir da passionalidade. Hoje, observando fotografias daquela época, percebo que a minha expressão facial era de um jesuíta espanhol do século XVIII. Mais tempo por lá poderia ser perigoso pela internalização do objeto de pesquisa...  

Anais do Simpósio de 1981. 

Pelo que pesquisei, o Simpósio encerrou na XI edição em 1995. Neste sentido, teve uma duração de 20 anos e deixou um legado de artigos em que desfilaram as principais autoridades científicas nos assuntos missioneiros e temáticas afins. Esta produção está preservada nos Anais que foram publicados e circularam por instituições científicas pelo planeta. Inclusive, o diretor da Faculdade me ressaltava do cuidado que se deveria ter para a posterior publicação dos Anais, pois, eles eram enviados, inclusive, para a Vatican Apostolic Library (Biblioteca do Vaticano). Contou-me que recebera uma carta do papa com um agradecimento pelo envio da publicação.  
 
Anais do Simpósio de 1979. 

Enfim, foram muitas histórias que escutei ou fiz parte em apenas um ano de experiências em Santa Rosa. Os Anais do Simpósio Nacional de Estudos Missioneiros são um portal para as recordações. 


Anais do Simpósio de 1995. 


domingo, 24 de abril de 2022

CARTA GEOGRÁFICA


W. Regius. Álbum do Estado Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Livraria do Globo, 1928. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 Este "Esboço da Carta Geográfica do Rio Grande do Sul" foi publicada por W. Regius em seu Álbum do Estado do Rio Grande do Sul

O Estado foi dividido em Campanha (abarcando Rio Grande e Pelotas), Região Missioneira, Região Serrana, Colonização Antiga (Porto Alegre, Santo Antônio da Patrulha etc) e Colonização Nova (Santa Rosa etc). 

Em quase um século, a classificação e a nomenclatura modificou bastante. Os termos "Colonização Antiga" e "Colonização Nova" desapareceram das publicações. 

sábado, 23 de abril de 2022

O RS NO CENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 

O ano de 1922 assinala o Centenário da Independência do Brasil! 

O lançamento da obra O Rio Grande do Sul - completo estudo sobre o Estado foi lançado por Alfredo R. da Costa no ano de 1922 dentro do contexto de ressaltar os avanços realizados no RS até o ano do centenário brasileiro. 

É uma obra opulenta com 1.036 páginas divididas em dois volumes no formato 27 cm por 37 cm e capa em madeira.   

Se buscou traçar um perfil das atividades realizadas nos principais municípios do Rio Grande do Sul se constituindo numa obra histórica, descritiva e ilustrada. 

As orientações do Partido Republicano Rio-Grandense estão reproduzidas por Alfredo Costa, em linhas gerais, nas abordagens do livro. Como em qualquer obra historiográfica é preciso um olhar analítico e crítico frente as representações ideológicas construídas. Uma reflexão sobre os lugares políticos pré-determinados que o autor tenta nos levar... Mas, tenham a certeza, que isto não é uma característica de autores do passado, pois, contemporaneamente, devemos estar sempre numa posição crítica frente aos lugares interpretativos que tentam nos conduzir... Não é mesmo?

As fotografias são um dos pontos altos da obra. Afinal, foram reproduzidas mais de duas mil imagens de um passado que se fazia história há cem anos! 

Documento fotográfico magnífico num livro que buscava mostrar o desenvolvimento do Estado mais meridional do Brasil nos anos do festejo do primeiro centenário da Independência.  


Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

sexta-feira, 22 de abril de 2022

O NOTICIADOR

 

Acervo: Biblioteca Pelotense. 


O primeiro jornal a circular no interior do Rio Grande do Sul foi O Noticiador que surgiu na Vila do Rio Grande em 1832. Associado ao ideário farroupilha, o redator Francisco Xavier Ferreira transferiu o jornal para Porto Alegre que havia sido ocupada pelas tropas farroupilhas. Com a retomada legalista da capital, a circulação encerrou em 1836. 

Desconhecia que um novo O Noticiador voltou a circular no mês de fevereiro de 1848.  Encontrei um exemplar, o número 16, de 22 de março de 1848, no acervo da Biblioteca Pelotense. 

Que motivos levaram os redatores, cujos nomes não constam, a utilizar o nome de um periódico liberal radical associado aos farroupilhas? Quanto tempo perdurou a publicação? Qual o ideário político do periódico?


Acervo: Biblioteca Pelotense. 

quinta-feira, 21 de abril de 2022

O CICLO

Fotografia: Luiz Henrique Torres. 

No final de tarde o bando se desloca para um lugar seguro onde passará a noite. 
No final da madrugada do dia seguinte retomarão o voo e permanecerão ao longo do dia buscando alimento. 

Este é um ciclo vital que se repete diariamente.  




quarta-feira, 20 de abril de 2022

O CARTÃO COMO FONTE HISTÓRICA

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Observar um cartão-postal, para além do espontâneo deleite das imagens, permite viajar, mesmo que superficialmente, nos processos históricos. 

Um cenário, quando fotografado ou reproduzido pictoricamente, parece consistir numa imagem congelada do tempo que vai se perpetuar eternamente. Entretanto, o fato é que a dinâmica social, cultural, econômica e política modifica os espaços e as conjunturas transformam as modalidades da ocupação humana. A historicidade age sobre os espaços e os transmuta. O espaço, com suas dinâmicas naturais, podem modificar as ocupações humanas exigindo abandonos ou resiliências. A dialética é que define o fazer história! 

Este cartão-postal apresenta o carimbo do correio em Rio Grande com  a data de 14 de julho de 1930. Está, no verso,  um selo postal alemão e o carimbo registrou o nome Rewahl. Portanto, o selo enviado deste balneário para a cidade do Rio Grande.  

Este espaço de sociabilidade vivia um outro momento que se modificou rapidamente pouco mais de uma década depois.  

Rewahl atual Rewal é uma vila sede de uma comunidade rural no noroeste da Polônia. Está localizada na costa do Mar Báltico perto da cidade de Trzebiatów. É uma cidade termal da Pomerânia Ocidental que tinha a fama de possuir águas iodadas e não poluídas. 

No tempo deste cartão, 1930, era um balneário povoado por famílias alemãs e que recebia uma afluxo de turistas no veraneio. Com o final da Segunda Guerra Mundial, a União Soviética conquista o espaço e transfere o controle para a administração polonesa. Os alemães foram expulsos da região e suas casas ocupadas.  

A dinâmica da história falou com ênfase em Rewal! 

Uma certeza persiste: um cartão-postal pode ser motivador para a busca das historicidades retidas no congelamento de uma imagem e possibilitam, cruzando com outras fontes, diversificadas interpretações dos processos históricos.  

Verso do cartão-postal com selo alemão emitido em setembro de 1928 com a efígie de Paul von Hindenburg. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

terça-feira, 19 de abril de 2022

NUVENS DE ABRIL

 Fotografias obtidas em Rio Grande próximo ao entardecer captaram algumas formações de nuvens de magnífico efeito visual.

 A estiagem prossegue convicta enquanto as nuvens continuam belas porém magérrimas na produção de chuva. 

As nuvens ainda continuam flertando com a morfologia do algodão. 

Fotografias: Luiz Henrique Torres. 




segunda-feira, 18 de abril de 2022

ERA DO AUTOMÓVEL

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 A Era do Automóvel já estava chegando a Rio Grande! 

Em 25 de dezembro de 1919 a Revista Tudo publicou este anúncio de pneus marca Dunlop. 

A Dunlop é uma empresa britânica fundada em 1888 pioneira no pneu movido a câmara de ar, o pneumático. Os pneus de borracha sólidos perderam mercado com a invenção do pneu com câmara a ar.  

domingo, 17 de abril de 2022

OPERÁRIOS

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Fotografia publicada na Revista Tudo de 15 de fevereiro de 1920. 

O proprietário de uma serraria e fábrica de sacos de papel pousa com seus operários e várias crianças. As mulheres presentes também serão operárias da fábrica? 

sábado, 16 de abril de 2022

SOCIETÁ MUTUA COOPERAZIONE

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 


Societá I. Mutua Cooperazione foi fundada em Rio Grande em 1884 para auxiliar os imigrantes italianos que chegavam ao Porto do Rio Grande em situação de penúria financeira. 

Na fotografia publicada na revista Tudo de 15 de abril de 1920, observa-se o prédio, inaugurado em 1904, que sediava esta Associação de Mútuo Socorro. 

sexta-feira, 15 de abril de 2022

JUVENAL MILLER

 

https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/rio-grande/historico

Quando de sua vinda a Rio Grande, a empresa paulista Foto Postal Colombo produziu uma longa série de postais aéreos e em terra. 

Neste caso está o postal número 18 com um agitado cenário da fachada da Escola Juvenal Miller. 

É o ano de 1959.  

quinta-feira, 14 de abril de 2022

CHAFARIZ DA TAMANDARÉ

 

Acervo: https://www.bvcolecionismo.lel.br/

Este cartão-postal fotográfico é um dos poucos registros do chafariz francês dos "anjinhos" em lago da Praça Tamandaré.

 Na esquina da Rua General Vitorino com Rua General Neto se observa a Igreja do Salvador que fora construída a poucos anos. 

O prédio que se destaca na parte central do postal é o Palácio dos Poock que é a atual Câmara de Vereadores.    

O cartão é de aproximadamente 1905. 

quarta-feira, 13 de abril de 2022

HOTEL FAMILIAR


Revista Tudo, 25 de dezembro de 1920. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 
 

No final do ano de 1920, quatro anúncios evidenciam algumas prestações de serviço disponíveis na cidade portuário do Rio Grande: carpintaria; construção civil e instalação hidráulica; bazar com amplo sortimento, inclusive, três mil discos para gramophone; hospedagem em "Hotel Familiar".  

terça-feira, 12 de abril de 2022

BALNEÁRIO CASSINO

 

Acervo: Luiz Henrique Torres. 

Calmaria na Avenida Rio Grande no Balneário Cassino. 

É o final da década de 1950 quando a empresa Foto Postal Colombo realizou esta fotografia do Hotel Atlântico. 

A centralidade histórica do Cassino se irradia a partir deste espaço que começou a surgir em 1890. 

segunda-feira, 11 de abril de 2022

ESTIAGEM EM RIO GRANDE

 

Os últimos dois anos foram de estiagem no Rio Grande do Sul!

A Confederação Nacional dos Municípios considera que os prejuízos provocado pela falta de chuvas já chegam a 42 bilhões de reais. 

Em relação a cidade do Rio Grande, minha observação empírica do ressecamento das plantas e da cobertura vegetal do pátio em minha residência, remete a um volume pífio na precipitação. Desde dezembro, a mangueira não tem dado conta em fornecer água suficiente para as plantas que acabam ressecadas pelo intenso calor solar. Não tenho a informação de quantos milímetros choveu em Rio Grande desde janeiro, mas, nas proximidades da área urbana deve ter sido um volume muito inferior a média histórica para estes meses. 

A cidade do Rio Grande está em estado de emergência e nos primórdios de março de 2022 já registrava 136 milhões de reais em prejuízo (especialmente na soja e pecuária de corte). As dezenas ou centenas de incêndios ocorridos na área rural e junto a área urbana tem evidenciado o ressecamento da vegetação. 

As previsões de chuva para a cidade, que com frequência acompanho a chegada das frentes pelo radar meteorológico e fico na expectativa, parecem se dissipar e previsões de 20mm se tornam 1mm. São observações persistentes porém empíricas sem um procedimento científico. Mas, filosoficamente, me questiono: a precipitação de chuvas em Rio Grande não será neste ano de 2022 uma das menores do Rio Grande do Sul? 

Nas fotografias mais uma das queimadas na vegetação seca e que, neste caso, levou a fumaça para a Vila da Quinta. Era o dia 6 de abril de 2022, por volta das 16h. 

Fumaça encobrindo o sol na Vila da Quinta. Fotografias: Luiz Henrique Torres. 

Foco do incêndio na vegetação na proximidade da Vila da Quinta. 


Fumaça encobrindo o Arroio das Cabeças. 

domingo, 10 de abril de 2022

DESASTRE SILENCIOSO

 

A Sombra da Dúvida nos Molhes: qual o real impacto da poluição?. Fotografia: Luiz Henrique Torres. 

A Metsul  publicou a matéria "Um Desastre Ambiental Global Silencioso" destacando os efeitos da poluição do ar na saúde humana. Anualmente, cerca de 7 milhões de pessoas morrem no planeta em decorrência da poluição do ar. Em dois anos de pandemia de Covid morreram 6,2 milhões e esta tragédia nos salta os olhos. A morte decorrente da poluição é silenciosa e se tornou naturalizada nas sociedades industriais. Se difunde na mortalidade por fatores pulmonares, cardiovasculares, câncer etc. Mas não parece ter sido causada pela poluição... 

A Organização Mundial de Saúde está intensificando suas ações de esclarecimento sobre os perigos provocados pela poluição atmosférica decorrente da queima de combustível fóssil. A OMS também tem ampliado as medições terrestres das concentrações médias de dióxido de nitrogênio (NO2) e medição de partículas PM10 e PM2,5. Cerca de 2.000 cidades/assentamentos humanos estão sendo monitorados para medir os níveis de poluição atmosférica relativas a estes materiais particulados. 

A matéria pode ser lida no endereço: https://metsul.com/um-desastre-ambiental-global-silencioso/


Nossa cidade, com um vigoroso parque industrial poluente, merecia uma atenção mais rigorosa dos níveis de poluição. Especialmente, com a previsão de instalação de uma poderosa fonte de queima de combustível fóssil - gás - em mega empreendimento a ser instalado brevemente. 

A OMS poderia utilizar Rio Grande como um modelo dos impactos da poluição atmosférica na saúde da população. Confirmariam que Rio Grande é uma cidade livre de poluição? Poderiam comprovar as hipóteses defendidas cientificamente no RIMA ligado ao projeto de Regaseificação e Usina Termelétrica que os níveis de segurança para a saúde humana serão garantidos?

ESQUINA DA 24 DE MAIO

Acervo: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/rio-grande/historico

 Esta fotografia trará lembranças para quem viveu em Rio Grande nos anos 1970. 

Esta é a esquina das ruas 24 de Maio com General Vitorino. 

À direita se observa a tradicional casa de confecções Haddad. 

Desfilam pelo pavimento um VWTL, um VWBrasília e um Ford Corcel I. 

 

sábado, 9 de abril de 2022

BENTO GONÇALVES

Acervo: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/rio-grande/historico

 A exuberante cobertura vegetal sobressai nesta fotografia da Praça Tamandaré. 

A centralidade está no monumento-túmulo à Bento Gonçalves. 

A imagem remete a década de 1950.

sexta-feira, 8 de abril de 2022

RIO GRANDE MODERNO

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

A Revista Tudo faz referência ao "Rio Grande Moderno". A data da edição é 15 de setembro de 1919. 

Em seu tempo presente (1919) a modernidade se expressava na Rua Marechal Floriano esquina com Rua dos Andradas. Iluminação elétrica, telefone, trilhos de bonde no centro da rua, obras de esgoto que recentemente ocorreram. 

Mas o "antigo" está por toda parte: os sobrados com sacadas com proteção em ferro ainda demarcam a arquitetura do século XIX. À esquerda o portentoso prédio da Alfândega construído na década de 1870. 

As técnicas vão se estabelecer num crescendo que acompanhou o crescimento industrial no planeta e foi intenso na cidade. 

As invenções vão se multiplicar ao longo deste século até a chegada da Era Digital em que estamos submersos.   


quinta-feira, 7 de abril de 2022

O QUADRO

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Esta fotografia, possivelmente de autoria Amílcar Fontana, foi publicada na Revista Tudo de 15 de janeiro de 1919. Ressalte-se que a fotografia é pelo menos uma década mais antiga. 

A imagem mostra o denominado "Quadro" que ficava de frente ao Hotel Cassino. Eram 40 casas de aluguel cuja estrutura está completamente modificada no presente. Sua localização é entre a Av. Rio Grande, a Av. Osvaldo Cruz, a Rua Lisboa e a Rua Alfredo Ferreira Rodrigues. 

quarta-feira, 6 de abril de 2022

HOTEL ATLÂNTICO

 

Acervo: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/rio-grande/historico

Se Hitler esteve com Eva Braun no Hotel Atlântico na Praia do Cassino, ele observou este tipo de cenário externo. Neste local, ele teria assistido a apresentação da bailarina Leskova em junho de 1947. 

Lendas urbanas? 

terça-feira, 5 de abril de 2022

CRA

Acervo: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/rio-grande/historico

 Esta fotografia da Companhia Rio-Grandense de Adubos (CRA) remete aos anos 1950. 

A indústria se localizava junto ao Porto Novo do Rio Grande na Avenida Honório Bicalho. Fazia fronteira com o Bairro Getúlio Vargas (BGV). 

Denúncias foram proferidas, com destaque na imprensa, criticando a brutal poluição emanada deste local. Num tempo de fragilidade nas normativas de defesa ambiental e anti-poluição às críticas eram palavras ao vento. 

O tempo passou e as normas de proteção ambiental ocupam tomos e mais tomos em prateleiras. Muita celulose para a poeira se debruçar em sua superfície. Frente a tanta legislação e rimamentos, as indústrias poluidoras se envernizaram frente a este saber teórico. Os caminhos da legitimação dos processos poluidores em nome de supostos paliativos científicos nos coloca, no presente, numa situação mais fragilizada e patética que nos anos 1950-60. 

segunda-feira, 4 de abril de 2022

ANTIGA CASA


Tudo Rio-Grandino, junho de 1935. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 Entre as fotografias que ilustraram a reprodução de um discurso de Edgar Fontoura sobre a Independência do Brasil está esta curiosa imagem do que seria uma casa muito antiga edificada em Rio Grande. 

Possivelmente recue sua construção ao final do século XVIII e estava localizada na Rua Conselheiro Pinto Lima. 

No presente esta é uma rua sem destaque, mas, ela sediou a primeira Câmara de Vereadores do Rio Grande (1751) e a sede do Governo do Rio Grande (1760), que numa analogia imprecisa, seria atualmente o Palácio Piratini em termos de importância administrativa. 

Um dos últimos vestígios do século XVIII deve ter sido demolido por volta de 1920. A decadência não está apenas no prédio mas o calçamento da rua é puro abandono. 

Sei que mesmo hoje seria delirante falar em preservar este testemunho arquitetônico setecentista, mas, na época da publicação, o cenário não era muito diferente: a discussão era sobre a demolição da Igreja Matriz de São Pedro que não ocorreu por muito pouco.   

domingo, 3 de abril de 2022

CANAL DE SUEZ

 

 Acervo: Luiz Henrique Torres. 

Estes selos foram adquiridos em leilão e, possivelmente, são falsificações baseadas nos originais. Se observa diferenças entre os dois selos superiores. Foram comprados num álbum constituído por vários selos clássicos - a maioria também deve se constituir de cópias. A hipótese da falsificação se deve ao irrisório preço pago pelo conjunto de selos que de fato são bem cotados no mercado internacional. 

Mas como o meu objetivo é escrever história a partir dos selos, eles se tornaram peças filatélicas muito úteis para este intento. 

Esta série de quatro selos foi emitida em julho de 1868 pela Companhia do Canal de Suez que recebeu autorização para emissão de selos para correspondência circulante entre Port Said e Suez. Porém, já em agosto de 1868 o governo do Egito assume o serviço postal do Canal de Suez e estes selos são retirados de circulação. Isto lhes dotou de uma relativa raridade e surgiram muitas cópias que ainda circulam no espaço filatélico. 

Representação de um navio a vapor cruzando o Canal de Suez. 
 
O selo retrata um dos locais mais importantes do planeta: o "Canal Maritime de Suez" no Egito. A obra possibilitou que navios se desloquem da Europa (pelo Mar Mediterrâneo) até a Ásia sem precisar contornar a África pelo Cabo da Esperança. Para ligar o Mediterrâneo Oriental ao Mar Vermelho (extensão de 193 quilômetros) foi construído entre 1859-1869 este Canal. O engenheiro francês Ferdinand Lesseps dirigiu as obras ficando a França e o Egito como proprietários em conjunto. Porém, a Inglaterra comprou ações do Pasha Ismail e se tornou a maior acionista da "Companhia Universal do Canal Marítimo de Suez". Em 1882 os ingleses realizaram a ocupação militar do Egito com o intuito do controle do Canal de Suez. 

O Canal se tornou estratégico para o Reino Unido e um local muito almejado por países, o que catalizou o nacionalismo egípcio: em 1956, Nasser nacionalizou o Canal. O resultado foi a guerra envolvendo o Egito, Reino Unido, França e Israel. Posteriormente, em 1967, nova guerra em que o Canal esteve envolvido ficando fechado até 1975.

Estratégico para a economia mundial, Suez permanece como uma excepcional obra de engenharia e um atalho ligando o Ocidente com o Oriente. Cerca de 20 mil navios cruzam anualmente o Canal.