Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

QUAL É O NOME DESTE LOCAL?

As duas imagens a seguir fazem parte de um cartão-postal circulado em Rio Grande nos primórdios do século XX. 

Este é um local muito conhecido mas que mudou muito nestes últimos 120 anos. 

A primeira imagem permite uma identificação? 




E esta segunda imagem traz algum elemento material que possibilita identificar este local? 

RIO DOS SINOS

Hermann Wendroth, Rio dos Sinos, 1852. Acervo: Autor. 


Numa canoa e escondido na vegetação o caçador espreita a ave que está pousada em uma árvore a poucos metros de distância! A ave que está na mira não é a do primeiro plano, mas, a segunda de baixo para cima. Se atirasse nas aves que estão nadando (possivelmente, marreca piadeira - Dendrocygna viduata; marreca caneleira - Dendrocygna bicolor; marreca parda – Anas flavirostris) nem precisaria mirar, pois, tem quase uma centena na água. Uma natureza “selvagem” e a civilização como elemento de desequilíbrio sendo expressa na linguagem da tecnologia da espingarda. 

A abundância da vida selvagem, a exuberância da vegetação e a solidão mortífera do caçador são captados neste desenho icônico. Ao fundo uma elevação com paredões nus e a horizontalidade do platô. Outro detalhe é a casa de joão-de-barro. É um cartão natural do Rio dos Sinos há quase 170 anos.

O homem e a espingarda. 

Marrecas. 

João-de-Barro. 

QUAL É O PORTO? - RESPOSTA

 

Acervo: Walter Albrecht. 

Este cartão-postal colorizado mostra uma movimentada estrutura portuária na cidade do Rio Grande. O editor é a Livraria Americana e o cartão é de aproximadamente 1920. 

Esta imagem retrata o Porto Velho ou o Porto Novo? 
Este é o Cais do Porto Novo do Rio Grande inaugurado em 1915 e recentemente havia sido estatizado pelo Governo do Rio Grande do Sul. 

Abaixo o cartão-postal na íntegra:

Acervo: Walter Albrecht. 

VIDA DE GATO

 Indicação de leitura: Serge Baeken "Vida de Gato", DarkSide, 2020.

Como dá para perceber pela fotografia, Elisabete adorou a HQ. 

Fotografia: Rejane Torres.



 

domingo, 29 de novembro de 2020

POVOA DE VARZIM - A PESCA

A cidade portuguesa de Póvoa de Varzim (no Norte de Portugal) tem uma identidade voltada a pesca marítima desde o século XVI. A construção naval poveira já tinha destaque no tempo de D. João III. O desenvolvimento de estaleiros navais e da arte da pesca marítima avançou pelos séculos seguintes. 

Nas últimas décadas do século XIX, pescadores de Póvoa de Varzim, chegam a cidade do Rio Grande e promovem um incremento nas atividades pesqueiras da localidade. Os conhecimentos seculares passam a fazer parte da comunidade de pescadores do Estuário da Lagoa dos Patos junto a Barra do Rio Grande. 

    Isto não significa que outros moradores de Póvoa de Varzim não vieram esporadicamente, assim como milhares de portugueses fizeram desde o século XVIII,  com o objetivo de  povoar o meio rural ou se inserir nas atividades econômicas urbanas. 

A seguir, reproduzo alguns cartões-postais de atividades pesqueiras em Póvoa de Varzim nos primórdios do século XX. 

Acervo: http://arspblica.blogspot.com

Acervo: http://arspblica.blogspot.com

Acervo: http://arspblica.blogspot.com

http://arspblica.blogspot.com

QUAL É O PORTO?

Acervo: Walter Albrecht. 

Este cartão-postal colorizado mostra uma movimentada estrutura portuária na cidade do Rio Grande. O editor é a Livraria Americana e o cartão é de aproximadamente 1920. 

Esta imagem retrata o Porto Velho ou o Porto Novo? 

1942

No jornal A Noite (Rio de Janeiro) no dia 12 de junho de 1942 foi publicado o convite para missa de 7 dia do falecimento do Comendador Henrique Marques Leal Pancada (nascido em 1873). 

A publicação do falecimento em jornais de cidades brasileiras evidencia a projeção da Fábrica Leal, Santos & Cia que foi criada em Rio Grande em 1889 pelo português Francisco Marques Leal Pancada e outros sócios. 

Henrique (sócio e gerente da empresa) era filho de Francisco Pancada.       


http://memoria.bn.br/DocReader/Hotpage/HotpageBN.aspx?bib=348970_04&pagfis=15408&url=http://memoria.bn.br/docreader#

LEMOS

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Este cartão-postal do editor Pitombo Lima circulou na década de 1930 e mostra o tradicional prédio do Ginásio Lemos Júnior. 

O QUE MUDOU - RESPOSTA

 


Acervo: Autor.

Neste cartão dos anos 1940 se observa em primeiro plano vários automóveis estacionados em área hoje ocupada pelo hidroviária e por um posto de gasolina.

 Entre os postos instalados em Rio Grande, este é o Posto n.2. 

Na imagem se observa que já havia uma bomba de gasolina para abastecimento junto a Rua General Osório. 








sábado, 28 de novembro de 2020

ENCONTROS E DESPEDIDAS

 

Acervo: Walter Albrecht. 


Esta imagem da Estação Central da cidade do Rio Grande (Linha Ferroviária Rio Grande-Bagé) é um cartão-postal circulado por volta de 1910. 

Olhando para este cartão recordei da melodia da canção na voz de Elis Regina. A letra é reproduzida a seguir: 


ENCONTROS E DESPEDIDAS

Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero

Todos os dias é um vai e vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar

E assim chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida...

Todos os dias é um vai e vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar

E assim chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida...

É a vida desse meu lugar
É a vida...


Compositores: Milton Nascimento, Fernando Brant

O QUE MUDOU?

Acervo: Autor.

 Este cartão-postal fotográfico teve a sua imagem obtida da torre da Alfândega e o seu objeto central é o Mercado Público.

Estamos na década de 1940 e duas estruturas construídas  no presente ainda não fazem parte nesta foto (não tem a ver com o Mercado). 

No primeiro plano da imagem o que se destaca para o leitor? 

QUARTEL GENERAL EM 1904

 Esta fotografia do Quartel General foi realizada, no ano de 1904. 

O fotógrafo posicionou seu equipamento com tripé na calçada junto ao prédio da Biblioteca Rio-Grandense (na fachada para a Rua General Neto). 
BUCCELLI, Vittorio. Un Viaggio a Rio Grande del Sud. Milão: L. F. Pallestrini, 1906.

NOME DA PRAÇA? - RESPOSTA

 


Este catavento ficava na Praça Tamandaré em sua face com a Rua General Vitorino em sua esquina com a Rua General Netto. 

O prédio em destaque é o hospital Beneficência Portuguesa. 

A imagem é parte de um cartão-postal editado por R. Strauch/Livraria Rio-Grandense e circulado a partir de 1904. 

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

NOME DA PRAÇA?

 


Alguém sabe o nome da praça em que ficava este catavento? 

ESTÁTUA DE D. PEDRO I

 

Cartão-postal do Rio de Janeiro circulado em 15 de agosto de 1899.  
https://www.ebay.com/itm/Brazil-Rio-de-Janeiro-Estatua-D-Pedro-04-99/264868253730?


Este é um dos cartões-postais que se enquadra na classificação dos mais antigos editados no Brasil. O carimbo remete a 15 de agosto de 1899. 


                       Cartão-postal do Rio de Janeiro circulado em 15 de agosto de 1899 (verso).
https://www.ebay.com/itm/Brazil-Rio-de-Janeiro-Estatua-D-Pedro-04-99/264868253730?_

O tema tratado é uma fotografia da estátua equestre de D. Pedro I inaugurada em 1862 na Praça Tiradentes no Rio de Janeiro. 

Este portentoso monumento foi projetado pelo escultor brasileiro João Maximiano Mafra e esculpido e fundido em bronze, em Paris, por Louis Rochet. 

                                       Detalhes do monumento a D. Pedro I (cartão-postal).  

Para avançar no contexto de construção e na simbologia do monumento, reproduzo a seguir um trecho de artigo de Paulo Knauss: 

"O conjunto escultórico inaugurado em 1862 na cidade do Rio de Janeiro marcou a história da escultura no Brasil. Não apenas por seu tamanho, materiais nobres e qualidades artísticas. A estátua equestre de d. Pedro I , também, abriu a era da escultura cívica de lógica monumental que mobilizava a sociedade em torno do culto da nação. A marca destas imagens é se caracterizarem, também, como representações do passado que afirmam leituras da história.

Importa destacar que há uma estrutura narrativa que define a composição geral sob a lógica do monumento. No caso da estátua de d. Pedro I, o conjunto é simétrico, de base quadrangular com aspecto octogonal devido aos cantos chanfrados. A composição escalonada se organiza a partir de um gradil de proteção, uma base de cantaria, um pedestal e a estátua, propriamente dita. O gradil de ferro compõe um octógono que cerca a escultura e traz em cada coluna, a inscrição de uma data que demarca os principais fatos da história da independência e da afirmação do Estado nacional; o pedestal em granito apresenta em cada um de suas faces laterais alegorias de bronze que representam os rios do país - Amazonas, Madeira, Paraná e São Francisco - associando a imagem de índios e animais esculpidos em bronze; no alto do pedestal, antes da estátua, contorna a peça os brasões das vinte províncias imperiais, e, finalmente, encimando o conjunto, a estátua equestre do imperador em trajes militares sem insígnias monárquicas, com um braço esticado que traz na mão um livro, que representa a primeira Constituição nacional, outorgada em 1824. Mesmo o livro sendo de proporções pequenas, chama atenção pelo fato de ser o único elemento fora do eixo principal da composição simétrica, destacando-se do conjunto. Na face principal, na cimalha do pedestal, abaixo da estátua, aparece um escudo com a inscrição D. Pedro I, gratidão dos brasileiros.

A estrutura narrativa da escultura monumental se evidencia ao relacionar tempo, espaço e sujeito da história, afirmando um enunciado-chave. O tempo da história aparece na cronologia inscrita no gradil; o espaço da história é tratado no pedestal pelas alegorias dos rios nacionais e pelos brasões das províncias imperiais; o sujeito da história e o produto de sua ação se inscrevem na estátua do imperador com a Constituição na mão. Há assim, claramente a demarcação do tempo, do espaço e do sujeito da história para contar a história da afirmação do Estado nacional, por meio da escultura. A chave de leitura da história se afirma, no entanto, pela inscrição do enunciado da gratidão, que explica a razão do culto da imagem e a lembrança do passado no presente. Explicita-se um certo uso do passado que afirma o caráter cívico da história e da arte, definindo a escultura monumental como imagem do civismo". KNAUSS, Paulo. A festa da imagem: a afirmação da escultura pública no Brasil do século XIX. 19&20, Rio de Janeiro, v. V, n. 4, out./dez. 2010. Disponível em: <http://www.dezenovevinte.net/obras/pknauss.htm>.

MISCELLANEA RIO-GRANDENSE

 Atenção colecionadores de postaes (postais)!:

A loja Miscellanea Rio-Grandense recebeu um grande estoque de postaes do Brasil e do Exterior. 

Até os colecionadores mais exigentes ficarão satisfeitos com as novidades para o ano de 1908. 


ONDE FICAVA? - RESPOSTA

 

Cartão-postal. Acervo: Walter Albrecht. 

Neste cartão-postal editado por Ricardo Strauch/Livraria Rio-Grandense por volta de 1912 se observa a movimentação de navios e de vagões de trem no pátio da Estação Marítima que foi inaugurada em 1888. 

A Estação ficava junto ao Porto Velho na imediação das Rua Riachuelo com a Barroso.  

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

ONDE FICAVA?

 

Cartão-postal. Acervo: Walter Albrecht. 

Este cartão-postal circulado a partir de 1910 mostra uma paisagem urbana da cidade do Rio Grande. 

Que local é este?

CAIS DA RIACHUELO

 

Acervo: Fototeca Municipal Ricardo Giovaninni. 

Este cartão-postal, como quase sempre, não tem uma datação explícita em seu suporte. Como nos aproximar de uma datação?

Inicialmente, a espacialidade retratada. 

É a Rua Riachuelo na cidade do Rio Grande. Portanto, estamos no Porto Velho do Rio Grande quando ainda não havia o Porto Novo inaugurado em 1915. 

Muita mercadoria, especialmente barris, estão sobre o cais em frente das casas comerciais de exportação e importação. 

Neste caso, um detalhe é fundamental na identificação temporal: a iluminação é por lampiões e não por luz elétrica! Portanto, esta imagem é anterior a 1908-1910. Como conheço outros cartões neste estilo de edição com datações entre 1902-1905, hipoteticamente, sua datação é 1903. 

PORTO ALEGRE EM 1904

 

Cartão-postal de Porto Alegre, 1904. Acervo: https://www.ebay.co.uk/

Este cartão-postal com carimbo de dezembro de 1904 tem a dimensão dupla e mostra uma grande angular do Porto de Porto Alegre nos primórdios do século XX. 

Para ajudar na identificação do leitor: o Hospital da Santa Casa é o número 1; as duas torres na parte central identificam a Igreja Matriz (2). As duas torres no lado direito são da Igreja das Dores (3). 

Cartão-postal de Porto Alegre, 1904 (verso). Acervo: https://www.ebay.co.uk/ 

FILIAL DO BANCO DA PROVÍNCIA

O Banco da Província do Rio Grande do Sul foi o primeiro fundado no Rio Grande do Sul. Rio Grande e Pelotas foram as primeiras filiais deste banco que sobreviveu até a década de 1970 quando se fundiu com outras instituições para formar o Banco SulBrasileiro.  

Almanak Laemmert para 1907. Acervo: Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
 

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

MARECHAL COM DUQUE

Acervo: Fototeca Municipal Ricardo Giovaninni. 

 

Cartão da Rua Marechal Floriano altura da Rua Duque de Caxias. Fotografia realizada a partir da Praça Xavier Ferreira. Década de 1930. 

TATU

 

Hermann Wendroth, Tatu, 1852. 

Tatus são os mais antigos mamíferos da América do Sul a terem registro fóssil. Seu nome é de origem Tupi, significando “animal de couro duro”. Habita, matagal árido tropical ou subtropical, florestas secundárias altamente degradadas, bordas de matas e campos. 

No Brasil ocorrem onze espécies e no Rio Grande do Sul quatro: Dasypus hybridus (tatu-mulita), D. novemcinctus (tatu-galinha), D. septemcinctus (mulita-comum) e Euphractus sexcinctus (tatu-peludo). No desenho é possível identificar oito a nove cintas móveis na carapaça o que enquadra a espécie como sendo o Tatu-galinha (Dsypus novemcinctus) que apresenta nove cintas móveis na carapaça. O tatu-mulita (Dasypus hybridus) e D. septemcinctus (mulita-comum) apresentam sete cintas móveis na carapaça. O tatu-peludo (Euphractus sexcinctus) é de fácil identificação não sendo compatível com a imagem.

DOMINGOS MONIZ BARRETO E O RIO GRANDE EM 1778

      O Capitão de Engenharia do Regimento de Estremóz Domingos Alves Branco Moniz, Barreto escreveu, no ano de 1778 "Observações relativas a Agricultura, Comércio, e Navegação do Continente do Rio Grande de S. Pedro no Brasil". Barreto analisa a situação econômica do Rio Grande do Sul e propõe uma série de ações políticas e econômicas para o melhoramento da Capitania. 

    Um trecho relacionado a Rio Grande até o Taim, é reproduzido a seguir: 

       "A povoação principal deste Continente, que se denomina vila de São Pedro, está situada na latitude de 31 º e 58' e na longitude de 34° e 25'. A sua barra é perigosa pelos muitos bancos mudáveis que tem de areia, segundo as enchentes e correntezas d'água. Passando este obstáculo, acham as embarcações um ótimo lagamar para se abrigarem e ancorarem. Dentro deste lagamar, acha-se uma grande ilha chamada do Marinheiro, muito fértil. Nela se encontram todos os auxílios necessários para se poder fazer naquele Continente uma bem regulada povoação. Os nacionais deste Continente são dóceis, amáveis, sinceros e muito vigorosos para o trabalho. O seu torrão desde a barra que fica duas léguas de distância até a povoação é de areia. Na distância de duas léguas desde a barra até a povoação, pelo que pertence à parte do sul, se achavam vários redutos que hoje não existem. O terreno que se segue para a parte das demarcações, desde a vila de São Pedro até o Povo Novo, que dista sete léguas, ainda é bastante arenoso, sendo as suas campinas retalhadas de muitos e torcidos ribeiros e de excelentes pastos para gados, pelas muitas estâncias que estão ali estabelecidas. O terreno que se segue desde o Povo Novo até Taim, que fica distante vinte léguas e onde temos uma guarda nossa, é do mesmo modo fértil, e com as mesmas grandes fazendas de gado. Este terreno é muito próprio para se plantarem vinhas, que podem produzir em muita quantidade, ainda que me persuado Portugal não necessita deste socorro, por ter grande abundância deste gênero". 

Domingos Alves Muniz Barreto 1778. Acervo: Biblioteca Nacional de Portugal. 

terça-feira, 24 de novembro de 2020

PRAIA DE BELAS EM 1852

Hermann R. Wendroth, 1852. Acervo: Autor.


Nesta aquarela de Hermann Wendroth, datada de junho de 1852, o artista alemão realizou uma das mais belas obras. Do alto do Morro de Santa Tereza se visualiza parte de Porto Alegre. Ao alto a Igreja da Matriz (na atual Rua Duque de Caxias), as embarcações no Guaíba em área que hoje constitui o Bairro Praia de Belas. Muito aterramento foi realizado no século XX para formar o Bairro Praia de Belas o que reduziu radicalmente a enseada que está nos desenhos.

Wendroth, Praia de Belas. 

Parte desta área foi conhecida como Areal da Baronesa, devido a ser construída uma imponente residência por João Batista da Silva Pereira e sua esposa Maria Emília Pereira, respectivamente, Barão e Baronesa de Gravataí. No local do casarão, atualmente está edificado o prédio do Pão dos Pobres e em seu amplo entorno ficava a Chácara da Baronesa. Nesta área ruralizada, mas, junto à cidade, se fazia coleta de frutas nativas, caminhadas em vegetação cerrada e até existiam locais onde escravos fugidos se escondiam. 

150 ANOS

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 

Esta fotografia está comemorando 150 anos. 

Foi realizada em 1870 e mostra o prédio do Mercado Público que foi inaugurado em 1863. 

Personagens estão na atual Praça Xavier Ferreira e as bandeiras indicam alguma festividade. 

Ao fundo se observa os mastros dos navios ancorados no Cais do Porto Velho.   

A GRANDE FARSA - HQ

 


A Grande Farsa. São Paulo: Comix Zone, 29 x 21cm, capa dura, p&b, p. 224, 2020. Roteiro: Carlos Trillo; Arte: Domingo Mandrafina. 


Após três décadas da publicação de sua primeira versão argentina (1990) esta novela gráfica chega ao Brasil em grande estilo. A edição da Comix Zone é primorosa.

São duas histórias sendo a principal “A Grande Farsa” que inicia em clima noir e vai aprofundando a trama política ao longo das páginas. Desfilam ministros corruptos, ditador, cafetinas, prostitutas, bêbados, nazista, femme fatale, virgem milagrosa e diversos personagens populares. A voz narrativa se alterna com vários personagens que explicam o sentido de atores e acontecimentos para a compreensão daquele momento presente. Sarcasmo, ironia, perversão e medo conduzem a trama que vai revelando o perfil do ditador e do personagem mais temido: o torturador e assassino “Iguana”.

A segunda história se chama "O Iguana" e Carlos Trillo se deleita no realismo fantástico para explicar a trajetória do torturador mais temido daquele país.

Falta conhecer várias publicações, mas, esta HQ deve ser um dos momentos máximos da produção argentina.

O roteiro de Carlos Trillo e a arte de Domingo Mandrafina estão em sintonia e levam o leitor a se envolver na trama que vaga entre o trágico e o cômico dos costumes e da vida política latino-americana.

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

SALA DE CONFERÊNCIAS

Esta fotografia de aproximadamente 1910 
mostra uma imagem muito conhecida mas que se perdeu da memória no passar das gerações: a sala de conferências localizada no antigo prédio da Biblioteca Rio-Grandense. 

O palco apresenta uma estética típica dos teatros da época, pois, também ocorriam apresentações artísticas no local. O piano, centralizando a imagem, é um indicador da versalidade 
de apresentações. 
Entre outros intelectuais, aqui conferenciou Joaquim Francisco de Assis Brasil. 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

VAPOR CORCOVADO

 No dia 24 de junho de 1915 o Porto do Rio Grande recebeu o vapor Corcovado da Companhia Comércio e Navegação. 

Conforme o jornal Rio Grande, foi o maior carregamento já feito numa embarcação no Rio Grande do Sul.  Isto foi possível devido a inauguração do Porto Novo em março de 1915 e no aprofundamento do calado de acesso em até dez metros de profundidade. 



Matéria de 26 de junho de 1915 e publicada no jornal Rio Grande, 26 de junho de 1956.
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 




Uma fotografia do vapor Corcovado no dique da Companhia de Navegação e Comércio de Santos, aproximadamente 1880. 
Acervo: https://www.levyleiloeiro.com.br/peca.asp?ID=120842


VISTA DA CIDADE - RESPOSTA

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Estamos no início da década de 1940. 

Este cartão-postal fotográfico mostra uma Nossa Senhora olhando para uma parte da cidade do Rio Grande. 

Qual é a Nossa Senhora? CARMO. A fotografia foi realizada do alto desta Igreja.  

A chaminé ao fundo é de que fábrica? Fábrica Ítalo-Brasileira ou Fábrica Nova. A torre que se observa à esquerda da chaminé é a Igreja do Bonfim. 

domingo, 22 de novembro de 2020

VISTA DA CIDADE

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 


Estamos no início da década de 1940. 

Este cartão-postal fotográfico mostra uma Nossa Senhora olhando para uma parte da cidade do Rio Grande. 

Qual é a Nossa Senhora?

A chaminé ao fundo é de que fábrica?

ASILO CORAÇÃO DE MARIA

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 

Esta é uma rara imagem do antigo prédio do denominado "Asilo Coração de Maria" fundado em 1860. Ficava localizado em frente a Praça Sete de Setembro. Este prédio da fotografia é segundo a ser ocupado pelo Asilo e foi inaugurado em 1903 (foi destruído num incêndio em 1951).  O objetivo do Asilo era amparar e educar meninas órfãs ou abandonadas. Seu fundador foi o comendador Miguel Tito de Sá. 

PAVIMENTAÇÃO NO CASSINO

O jornal Rio Grande do dia 19 de janeiro de 1961 destaca a necessidade de calçamento nas ruas do Cassino. 

O periódico afirma que na década de 1940 ocorreram alguns avanços e desde então, novas obras foram esquecidas. 

Estava ocorrendo uma parceria entre os moradores e a prefeitura para efetivar a pavimentação. A fotografias do Balneário Cassino são autoria do fotógrafo Rubens.
 
Rio Grande, 19-01-1961. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.