Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

RIO DOS SINOS

Hermann Wendroth, Rio dos Sinos, 1852. Acervo: Autor. 


Numa canoa e escondido na vegetação o caçador espreita a ave que está pousada em uma árvore a poucos metros de distância! A ave que está na mira não é a do primeiro plano, mas, a segunda de baixo para cima. Se atirasse nas aves que estão nadando (possivelmente, marreca piadeira - Dendrocygna viduata; marreca caneleira - Dendrocygna bicolor; marreca parda – Anas flavirostris) nem precisaria mirar, pois, tem quase uma centena na água. Uma natureza “selvagem” e a civilização como elemento de desequilíbrio sendo expressa na linguagem da tecnologia da espingarda. 

A abundância da vida selvagem, a exuberância da vegetação e a solidão mortífera do caçador são captados neste desenho icônico. Ao fundo uma elevação com paredões nus e a horizontalidade do platô. Outro detalhe é a casa de joão-de-barro. É um cartão natural do Rio dos Sinos há quase 170 anos.

O homem e a espingarda. 

Marrecas. 

João-de-Barro. 

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