Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

sexta-feira, 30 de abril de 2021

O CÃO PESCADOR E O NAVIO

Navio saindo dos Molhes da Barra do Rio Grande. Fotografia: Luiz Henrique Torres.


 Enquanto "la nave" rompe a linha dos Molhes e adentra o Oceano... 

Cão pescador na praia do Cassino. Fotografias: Luiz Henrique Torres. 


No tímido córrego que se projeta no Atlântico um quatro patas está em ação... 

Os pequenos peixes recebem mais uma visita indesejada, além das sempre presentes e comilonas garças... 

É o "cão pescador" do Cassino que constantemente sacode o rabo e passa o dia correndo atrás dos peixes (ou quase alevinos). 

O que pensarão as garças a respeito deste novo concorrente?  



CENTENÁRIO DO SELO

 

Acervo: Luiz Henrique Torres. 

Dentro as várias atividades e lançamentos de material filatélico ocorrido quando das comemorações do centenário do selo postal no Brasil, uma das peças lançadas em 1943 foi este bloco. 

Foram reproduzidos pela Casa da Moeda do Brasil os clássicos "Olhos de Boi" nos seus três valores de emissão: 30, 60 e 90 réis, adaptados para os "centavos de cruzeiro" que havia sido criado no Brasil em 1942. 

Em destaque o "jovem D. Pedro II" e o presidente brasileiro Getúlio Vargas. 

O clima contextual é o Estado Novo e a formalidade das atividades e construção imagética filatélica se baliza pela orientações gerais da brasilidade do estado-novismo. 

quinta-feira, 29 de abril de 2021

EX LIBRIS DO BARÃO DO RIO BRANCO

 

Acervo: Luiz Henrique Torres. 

Esta folhinha filatélica lançada no Rio de Janeiro é comemorativa do centenário do nascimento do Barão do Rio Branco (1845-1912). 

Os carimbos indicam a data de 20 de abril de 1945 ainda no transcurso da II Guerra Mundial. 

Além dos três selos comemorativos a folhinha  reproduz o ex libris do Barão do Rio Branco, um termo que caiu em desuso e que, literalmente, significa "dos livros de". Ex libris é uma representação artística que está associada a um proprietário de livros ou de uma biblioteca que pode ser identificado apenas pelo símbolo carimbado ou impresso.    

O Barão do Rio Branco era  um pesquisador de ex libris e ele próprio desenhou a sua marca de identificação com as palavras latinas: "ubique patrie memor". Traduzindo: "em qualquer lugar terei sempre a pátria em minha lembrança".

quarta-feira, 28 de abril de 2021

GETÚLIO EM 1940

Acervo: Luiz Henrique Torres. 

 Esta folha emitida pelo Departamento dos Correios e Telégrafos faz a divulgação da "Exposição Filatélica Comemorativa do Decênio do Governo Getúlio Vargas". 

Compõem a Folha uma fotografia de Getúlio, o carimbo comemorativo do decênio de seu governo e o selo de 400 réis com o perfil do Presidente e a data 10-11-1937 que é o início do Estado Novo.  Este selo foi emitido em 10 de novembro de 1938 quando do primeiro aniversário do Estado Novo. 

Selo emitido em 1938. Acervo: Luiz Henrique Torres. 

Getúlio Vargas chegou ao poder com a Revolução de 1930 ocorrida em outubro daquele ano. Em 1940 estava muito fortalecido politicamente e ampliou a construção de sua imagem como "o pai dos pobres" da nação brasileira. 

Abaixo o selo emitido a partir de 1941 no valor de 100 réis com o perfil de Getúlio e na base escrito "Estado Novo".  

Acervo: Luiz Henrique Torres. 

terça-feira, 27 de abril de 2021

SCHOTTISCHE

Casais dançando "Quadrilha" na França em gravura de Lebas (1818). https://pt.wikipedia.org

 

O jornal Diário do Rio Grande do dia 21 de fevereiro de 1852 fez a seguinte referência: 

“A noite realizou-se na Sociedade Recreação Familiar o grande baile oferecido ao desembargador Pedro Fernandes Chaves. A orquestra teve a regê-la Joaquim dos Santos Paiva. O baile esteve animadíssimo dançaram-se nove quadrilhas, três valsas e um schoteish, terminando a função as 3 e ½ da manhã do dia seguinte”. 


Os ritmos dançados no baile foram "quadrilhas", "valsas" e "schoteish" ou schottische. Este último ritmo foi introduzido no Brasil por José Maria Toussaint, em 1851 e já estava em Rio Grande no ano seguinte. Isto evidencia a inserção cultural da elite rio-grandense nas influências europeias e da capital do Império.

Schottische é uma palavra de origem alemã e se refere a uma dança de salão de origem centro-europeia conhecida em Portugal por "chotiça" e no Brasil por "xote". Temos desde os xotes gaúchos até os forrós nordestinos que foram influenciados por este ritmo.

Originalmente, foi uma dança das elites brasileiras da segunda metade do século XIX. 

segunda-feira, 26 de abril de 2021

OS PRIMEIROS SELOS COMEMORATIVOS

 Os primeiros selos comemorativos do Brasil foram lançados em 1 de janeiro de 1900. 

Os lançamentos faziam parte das comemorações do "IV Centenário do Descobrimento do Brasil". 

O "Descobrimento" ocorrido no ano de 1500 contemplou o selo de 100 réis. Num período de afirmação da República proclamada em 1889, se buscou enfatizar elementos de um processo de consolidação da identidade brasileira. O Descobrimento português foi apenas o primeiro referencial. 

Acervo: Luiz Henrique Torres. 

A ruptura com o colonialismo com a Independência do Brasil em 1822 contemplou o selo de 200 réis que apresenta os dizeres de D. Pedro I: "Independência ou Morte".


A abolição da escravatura será outra matriz orientadora de um país que caminhava para a construção da cidadania (que se fez excludente) e que no selo de 500 réis destaca a abolição com o 13 de maio de 1888. Uma mulher com asas de anjo traz a liberdade e segura nas mãos os grilhões rompidos da escravidão. É como se a escravidão tivesse sido uma dádiva e não uma conquista. 



O selo de valor mais alto é o de 700 réis. É a culminância do desenvolvimento histórico que tomou forma com a República proclamada no dia 15 de novembro de 1889. Num cenário da natureza formosa do Rio de Janeiro uma mulher com o barreto rígio - símbolo da República - segura um livro que busca traduzir a estabilidade constitucional e a modernização de um país unificado. De fato a República é uma construção que passava por constantes crises na relação autonomia estadual e centralização administrativa do governo central. A República é um discurso de coesão num cenário de intensificação de relação patrimonialistas e favorecimentos a grupos locais/regionais. 




Mas a definição dos selos estão em sintonia com alguns referenciais essenciais na trajetória histórica do Brasil: o descobrimento e a inserção no colonismo lusitano; a ruptura política com a Independência e as novas dependências advindas e desafios decorrentes; a escravidão como referencial essencial para entender a sociedade brasileira; a República e seus projetos de civilidade, cidadania e persistência de práticas fisiológicas que recuam ao período colonial. 

domingo, 25 de abril de 2021

UM TOTEM NO CASSINO

Fotografias: Luiz Henrique Torres. 



 

Como interpretar esta formação natural na beira da Praia do Cassino?

O córrego recortou profundamente a faixa de areia, trabalhou artisticamente e produziu este totem. 

A lapidagem não é perfeita e o tempo de duração não deve ser prolongado pela fragilidade da formação arenosa. 

O bloco se desprendeu do paredão e flutua sob uma camada tênue de areia ameaçada pela ação hidrodinâmica. 

Num passado de cinco mil anos, um grupo de caçadores-coletores que estivessem cruzando pelo local poderia fazer leituras sobrenaturais e místicas para esta formação. 

Arthur Clarke poderia ter se inspirado e fazer uma outra versão para o monólito negro de "2001: uma odisseia no espaço".    

Ou devemos deixar o delírio e apenas reconhecer que a natureza em movimento fez um belo trabalho no extremo-sul do litoral brasileiro... 



CASA ALT

Acervo: Samuel Gorberg, A Propaganda no Brasil através do Cartão-Postal (Rio de Janeiro, 2002). 

Algumas dicas presentes na imagem me levaram a identificação deste cartão. 

A Casa Alt foi uma loja que funcionava em Rio Grande na primeira década do século XX. 

A referência a Cruz Vermelha Rio-Grandense conduz a cidade do Rio Grande. Rio Grande era denominada em correspondências e cartões como Rio Grande do Sul  e Rio-Grandense como o gentílico local e não como referência aos moradores do Estado do Rio Grande do Sul. 

Estes termos acabam prejudicando, para a maioria dos leitores/pesquisadores, a identificação da cidade do Rio Grande. Afinal, Rio-Grandense parece remeter a todo o Rio Grande do Sul! Rio Grande do Sul (sem escrever cidade na frente) "parece" remeter ao Estado do Rio Grande do Sul e quase sempre se pensava tratar da cidade de Porto Alegre... 

Em resumo: muitos cartões da cidade do Rio Grande são creditados como de outras localidades ou se ignora o local que está sendo retratado!

Outra pista do cartão é a data de 1917 e uma kermesse para angariar dinheiro para a Cruz Vermelha. A data já indica a mobilização da Primeira Guerra Mundial que colocou em lados opostos o Brasil contra a Alemanha e seus aliados.  

sábado, 24 de abril de 2021

GÓTICO MEXICANO

 

Livro Gótico Mexicano da editora DarkSide. Capa, cartões inclusos no livro e cards da série DarkLove. Fotografia e montagem Luiz Henrique Torres. 

Um recente lançamento é o livro Gótico Mexicano da escritora Silvia Moreno-Garcia (DarkSide, capa dura, 16x23cm, p. 288, 2021). 


Reproduzo a apresentação da DarkSide para a obra:  

"Noemí Taboada é uma jovem independente e chique que mora na fervilhante Cidade do México. Entre as manhãs de estudo na faculdade e as noites glamourosas de festas e bailes, ela gosta de passear em seu carro conversível, ouvir música e sonhar com um futuro onde as mulheres possam fazer suas próprias escolhas — e viver grandes aventuras.

A rotina de Noemí muda drasticamente quando seu pai recebe uma carta de sua prima Catalina, recém-casada com um inglês. A carta é, na verdade, um pedido desesperado de socorro, pois Catalina acredita que corre perigo em High Place, a mansão isolada onde vive confinada com o marido e a família dele. Convocada a investigar o mistério na cidadezinha de El Triunfo, Noemí parte com seu batom vermelho, seus melhores looks e uma dose extra de coragem. Mas nem mesmo nossa intrépida heroína estava preparada para os horrores que a esperavam em uma mansão assombrada por um mal abominável.

Em Gótico Mexicano, um dos lançamentos mais aguardados da marca DarkLove, a escritora Silvia Moreno-Garcia combina elementos reconhecíveis do legado gótico — a mansão imponente e assombrada, a paisagem envolta em uma densa neblina, o cemitério gélido e fantasmagórico — com o colorido vibrante de uma protagonista corajosa que desafia o estereótipo da mocinha frágil, à espera de um salvador que a resgate do perigo.

Embora a trama se passe na década de 1950, a escrita de Moreno-Garcia aborda e problematiza pautas contemporâneas, como o combate à influência nociva do patriarcado, discriminação racial, xenofobia e relacionamentos abusivos. Na trama de Gótico Mexicano, também há espaço para a desconstrução da representação caricatural dos personagens latinos que, segundo a autora, “em geral são representados como imigrantes sofridos e incultos”.

Finalista do Bram Stoker Awards 2020, eleito o melhor livro de horror no Goodreads Choice Awards 2020, escolhido como um dos favoritos do ano de publicações como New Yorker, Washington Post, Book Riot, Library Journal, Electric Lit, Vanity Fair, Marie Claire, além de best-seller do New York Times, Gótico Mexicano vai virar série de tv pela Hulu, com produção executiva da própria autora.

Silvia Moreno-Garcia, que tem uma dissertação de mestrado sobre H.P. Lovecraft e já editou antologias inspiradas em sua obra, prova que um romance de horror adulto pode ser, ao mesmo tempo, fiel ao legado dos clássicos e original. Neste livro, ela presta homenagem a clássicos como O Morro dos Ventos Uivantes, Rebecca, Jane Eyre e a obra de Lovecraft, e nos conduz por um universo soturno permeado por mistérios, pesadelos vívidos e ameaças monstruosas absolutamente originais. Uma leitura intensa e inesquecível".

sexta-feira, 23 de abril de 2021

LOPES & FARAL


 

Belíssimo cartão da Casa Lopes & Faral especializada em aviamentos farmacêuticos e fabricação/comercialização da "tinta americana". 

Na parte superior consta "lembranças do Rio Grande" e em letras diminutas a legenda da imagem que foi reproduzida: "vista do Porto do Rio Grande" onde se avista a Rua Riachuelo com o prédio da Alfândega e os casarões comerciais/residenciais.

 Esta imagem está no livro de Samuel Gorberg "A Propaganda no Brasil através do Cartão-Postal" o qual adquiri ha uns dez anos e não tinha observado que se tratava da cidade do Rio Grande. No livro são reproduzidos 1908 cartões e finalmente fiz a identificação da localidade de cada item.  

Outro aspecto do cartão que considero relevante está na parte inferior direita: foi editado na litografia de Ricardo Strauch, Rio Grande. Ou seja, um dos primeiros editores de cartões-postais do Brasil foi o responsável por este cartão. Data provável: entre 1900-1905.   

quinta-feira, 22 de abril de 2021

VISTA DO CENTRO NOS ANOS 1980


Acervo: Luiz Henrique Torres. 

 Este cartão-postal da Edicard Editora Cultura Ltda mostra o centro da cidade do Rio Grande na segunda metade da década de 1980. 

Destaque para a Rua Marechal Floriano, a Praça Xavier Ferreira e parte do Cais do Porto Velho na Rua Riachuelo.  

quarta-feira, 21 de abril de 2021

MISCELÂNEA RIO-GRANDENSE

Acervo: Samuel Gorberg, A Propaganda no Brasil através do Cartão-Postal (Rio de Janeiro: Gorberg, 2002). 

 Este cartão-postal que apresenta mais de uma versão (não colorizado e colorizado) mostra a Rua Marechal Floriano na altura da Praça Xavier Ferreira (que na época era chamada Praça General Telles). 

O Café Papagaio se estabeleceu no local nos primórdios do século XX e a Loja Miscelânea Rio-Grandense se especializou na venda de cartões-postais e cartões colecionáveis. Era uma rede de casas comerciais com este nome que se fazia presente em outras cidades do Rio Grande do Sul. Além de ter o maior acervo a Miscelânea também editava cartões-postais, sendo a maioria colorizados e com acabamento superior que concorria com R. Strauch e com a Livraria Americana. 

O cartão foi editado/circulado por volta 1905. 

terça-feira, 20 de abril de 2021

IN MEMORIAM

 In Memoriam de César Augusto Ávila Martins

 

"Quando a vida fracassa

A Humanidade fracassa junto.

 

Quando a fala se cala

A razão se perdeu nas trevas.

 

Quando a insuportabilidade se impõe

A arte do convívio feneceu.

 

Quando a escolha foi o adeus

É preciso respeitar o teu desejo".

 

Lamento a tua partida, mas...

Faça livremente a tua longa viagem, Companheiro!

segunda-feira, 19 de abril de 2021

TAMANDARÉ

O Bicentenário de Fundação do Rio Grande do Sul, 1937, Prana-Filmes. https://www.youtube.com/watch?v=ysQAuwSZmoo

 Em 1937 esta era a fachada da casa construída no terreno onde nasceu, em 1807, o Almirante Tamandaré. 

Em fotografia da década de 1880 o estilo arquitetônico e as aberturas são diferentes. Qual terá sido o estilo do prédio original edificado pelo pai de Tamandaré, o prático da Barra Francisco Marques Lisboa? 


ELISABETE E A FILATELIA

 

Fotografia: Luiz Henrique Torres. 

O interesse de Elisabete pela Filatelia só tem aumentado... 

Basta abrir o livro de referência para identificação de selos e ela deita sobre o mesmo.

Nesta página ela está viajando entre a Europa e o Brasil, no ano de 1930, a bordo do dirigível Zeppelin.   

domingo, 18 de abril de 2021

PRAÇA TAMANDARÉ EM 1937

 Alguns recantos da Praça Tamandaré são mostrados nestas imagens do ano de 1937. 

Na sequência está uma face da praça com a Rua General Neto; uma das pontes; os inúmeros patos nadando no lago; o coreto; o monumento a Bento Gonçalves da Silva. 


Documentário O Bicentenário do Rio Grande doSul. Pan-Filmes, 1937. Acervo: https://www.youtube.com/watch?v=ysQAuwSZmoo






sábado, 17 de abril de 2021

OCEANOS

Fotografias: Luiz Henrique Torres. 

 

Atrás das dunas, mostrada na fotografia, está o Oceano Atlântico?

Não... naquela direção fica o Oceano Pacífico! Porém, está muito longe, milhares de quilômetros distante. Está para além das dunas, campos, montanhas e fica próximo a Cordilheira dos Andes. 



Subimos na mesma duna e invertemos o sentido do olhar. 

Nesta abertura em que a areia descompactou-se vislumbramos o Oceano Atlântico. 

Ele está muito próximo dos nossos sentidos: ruidoso em nossa audição, colorido em nossa íris e projetando maresia em nossa pele. 

Em nossa frente - nos oceanos -, se vislumbra a origem da vida no planeta Terra. 

É uma lâmina profunda de água por onde flutuam as embarcações que conectam mercadorias e culturas.   

Movimento de ondas, areias lavadas e uma espuma que brilha nos raios de sol.  

Lástima que o Oceano ainda é uma vastidão inacessível para uma relação fundada na sabedoria e no bom senso humano. 


sexta-feira, 16 de abril de 2021

UNIÃO FABRIL

Acervo: Samuel Gorberg. A Propaganda no Brasil através do Cartão-Postal

 

Este cartão-postal mostra o intenso movimento de operários na Avenida Rheingantz na saída da Fábrica União Fabril.

Datação hipotética entre 1912-1915.

quinta-feira, 15 de abril de 2021

GETÚLIO

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 A Rio Grande do Sul em Revista (editada em Porto Alegre) para o ano de 1932 publicou a imagem dos "vultos célebres da Revolução de 24 de outubro de 1930. 

No centro dos personagens está o presidente Getúlio Vargas que foi uma referência fundamental da formação política brasileira até sua morte em 1954.  

quarta-feira, 14 de abril de 2021

80 ANOS DA ENCHENTE

Acervo: Relatório da Grande Enchente de 1941. 

 

No próximo mês completa 80 anos da Grande Enchente de 1941

No Relatório Municipal dedicado a Enchente no ano de 1941, Carlos da Silva Santos deixou um relato contundente dos efeitos da elevação das águas da Lagoa dos Patos no município do Rio Grande. 

Na fotografia se observa a Rua 24 de Maio e o prédio da direita é o da atual CEEE onde funcionava a usina elétrica municipal em 1941. 

Em maio conversaremos sobre a Enchente. 

terça-feira, 13 de abril de 2021

A PRAÇA - RESPOSTA

Detalhe do cartão-postal da Livraria Americana, 1902. Acervo: Luiz Henrique Torres. 

 

Alguém reconhece esta praça? 

O fotógrafo está mostrando a Praça Sete de Setembro tendo a Avenida Silva Paes ao fundo. 

O ano é aproximadamente 1900-1902 e se observa o prédio do Hospital do Carmo no local onde hoje está edificada a Escola Juvenal Miller. 

Em primeiro plano está o chafariz francês instalado em 1874. 

Esta imagem é raríssima pois traz detalhes de que haviam quatro postes para iluminação e também uma cerca no entorno da estrutura. O chafariz era composto por oito personagens, constituindo no maior e mais complexo dos quatro chafarizes instalados na cidade. 

segunda-feira, 12 de abril de 2021

PERSPECTIVAS E CORES

 

Fotografia: Luiz Henrique Torres. 

O que flutua no ar: as folhas da palmeira ou as nuvens?

O que colore a paisagem: o azul, o verde ou os tons formados pela condensação da água?

A PRAÇA

 


Alguém reconhece esta praça? 

Amanhã ela será identificada... 

domingo, 11 de abril de 2021

RIO PARDO

 

Fotografia da Rua da Ladeira em Rio Pardo, cerca de 1880. Acervo: https://www.riopardo.rs.gov.br


Visito Rio Pardo desde criança, pois, minha avó paterna e vários parentes lá residiam/residem. Posteriormente, meus pais foram lá foram morar e as visitas se tornaram estadias.

Uma pacata cidade luso-açoriana-brasileira vivia um tempo quase imóvel para um viajante chegado de Santa Maria ou Porto Alegre.

A observação ingênua dos lugares, os transeuntes e falares, as expressões várias do dia-a-dia ficaram em minha memória ao longo destas viagens. O olhar sob Rio Pardo foi mudando ao longo do tempo, conforme os momentos psicossociais, e para além das aparências urbanas e das construções mentais, sobreviveu a curiosidade pelo modo-de-vida de populações em outros espaço-tempo espalhados na geografia desta cidade.

A atual decadência com o abandono e ruína de prédios e os sítios arqueológicos a céu aberto espalhados pela área urbana, demarcam ainda um passado do século XIX que persiste nas fachadas, pisos e azulejos. A história ainda está documentada nesta matéria arquitetônica.

A transitoriedade humana e das civilizações intriga o historiador! Nas experiências do passado, preservadas em documentos fragmentados, movimentam-se agentes sociais que a partir de análises e interpretações, são construídos intelectualmente frentes aos olhares do presente. Esta construção promove releituras das historicidades, realimenta trajetórias esquecidas em pedras tumulares, em ruas mascaradas pela urbanidade do passamento das décadas e no resgate dos registros existentes na documentação escrita.

Conviver com Rio Pardo e morar em Rio Grande, dois universos de um projeto luso-brasileiro, induz a fazer paralelos ou buscar aproximações de experiências históricas. Cidades que nasceram na disputa luso-espanhola e que demarcam projetos civilizatórios que originaram a sociedade rio-grandense do século XVIII. São espacialidades voltadas para as águas: do Rio Jacuí e do Rio Pardo; da Lagoa dos Patos e do Oceano Atlântico.

sábado, 10 de abril de 2021

DILIGÊNCIA PARA MONTEVIDÉU

 O jornal Diário do Rio Grande do dia 10 de fevereiro de 1854 informava que uma diligência havia chegado de Montevidéu e partiria para a mesma cidade no dia 13. 

Quem quisesse viver uma grande aventura era só embarcar na diligência e percorrer os cerca de 600 quilômetros que  separam Rio Grande da capital do Uruguai. As estradas no período não passavam de picadas e como seriam as pontes? 

O proprietário Cruz Echenique nem perguntava aos passageiros se queriam emoção na viagem...

As pessoas interessadas deveriam dirigir-se à rua da Boa Vista n. 10, ou seja, a atual Rua Riachuelo junto ao Porto Velho.  

Um registro detalhado de uma destas viagens seria uma fonte histórica relevante para refletir sobre a vida cotidiana nas terras do pampa uruguaio-brasileiro em meados do século XIX.

   

Imagem do filme No Tempo das Diligências (1939). 

sexta-feira, 9 de abril de 2021

A MUTAÇÃO PERSISTENTE DA NATUREZA

 Ontem (8 de abril)... O céu no entardecer!

Fotografias: Luiz Henrique Torres. 


Hoje (9 de abril)... O céu no entardecer!





O tempo está mudando... É a dinâmica persistente da natureza em mudança... 

D. PEDRO II E O SELO

 A filatelia brasileira é uma das mais conceituadas do mundo. 

Fomos o segundo país a adotar o selo postal: a Inglaterra em 1840 e o Brasil em 1843. 

Na Inglaterra a Rainha Vitória estampou o primeiro selo editado: o "One Penny Black". 

Usar a efigie do Imperador D. Pedro II foi ventilada desde os primórdios mas surgiu dúvida sobre a vulgarização da imagem do monarca num meio de circulação ainda pioneiro. 

Outras escolhas ocorreram para as primeiras emissões como é o caso do lançamento dos "Olhos de Boi", "Inclinados", "Olhos de Cabra" etc. 

Em 1866 a efígie do Imperador Pedro II foi lançada nos selos com valores de 10, 20, 50, 80, 100, 200 e 500 réis. A produção foi realizada nos Estados Unidos pelo American Bank Note com base numa fotografia do Imperador realizada no Rio de Janeiro pelos fotógrafos Stahl e Wahnschaffe  no ano de 1865. 

D. Pedro II em selos de 1866. Acervo: Luiz Henrique Torres. 





Como hipótese de pesquisa utilizaria a necessidade de ampliar a circulação da imagem de D. Pedro II em nível nacional e internacional em tempos de Guerra do Paraguai. O Imperador teve uma atuação enfática neste conflito, inclusive visitando a frente de combate em Uruguaiana no ano de 1865. 

Os selos são um objeto para reflexão pois sua historicidade está ligada aos projetos políticos e construção de imaginários que transcendem apenas ao uso postal. 

D. Pedro II é que inaugura no Brasil esta divulgação da imagem do governante pois até então os selos estavam restritos a estampar valores monetários que correspondiam as distâncias percorridas.  


quinta-feira, 8 de abril de 2021

A VIAGEM

 

Bono. 

Hoje completou dois meses da viagem de um honrado e fiel amigo. 

Sua presença ainda preenche o cotidiano. 

JECA TATU

 As cópias digitais do livreto reproduzido a seguir foi enviado pela acadêmica de História (FURG) Rosemary Bianchi que o guarda como um presente do seu pai. 

É uma publicação de 1959 do "Instituto de Medicamenta Fontoura S. A." e reproduz a história clássica criada por Monteiro Lobato do personagem de criação literária mas fundado na realidade brasileira: Jeca Tatu. 

A crítica social e política do brasileiro do meio rural foi publicada originalmente por Monteiro Lobato no livro de contos "Urupês" em 1918. 

Quem não conhece a história vale a pena fazer a leitura. 

Acervo: Rosemary Bianchi.