A filatelia brasileira é uma das mais conceituadas do mundo.
Fomos o segundo país a adotar o selo postal: a Inglaterra em 1840 e o Brasil em 1843.
Na Inglaterra a Rainha Vitória estampou o primeiro selo editado: o "One Penny Black".
Usar a efigie do Imperador D. Pedro II foi ventilada desde os primórdios mas surgiu dúvida sobre a vulgarização da imagem do monarca num meio de circulação ainda pioneiro.
Outras escolhas ocorreram para as primeiras emissões como é o caso do lançamento dos "Olhos de Boi", "Inclinados", "Olhos de Cabra" etc.
Em 1866 a efígie do Imperador Pedro II foi lançada nos selos com valores de 10, 20, 50, 80, 100, 200 e 500 réis. A produção foi realizada nos Estados Unidos pelo American Bank Note com base numa fotografia do Imperador realizada no Rio de Janeiro pelos fotógrafos Stahl e Wahnschaffe no ano de 1865.
D. Pedro II em selos de 1866. Acervo: Luiz Henrique Torres. |
Como hipótese de pesquisa utilizaria a necessidade de ampliar a circulação da imagem de D. Pedro II em nível nacional e internacional em tempos de Guerra do Paraguai. O Imperador teve uma atuação enfática neste conflito, inclusive visitando a frente de combate em Uruguaiana no ano de 1865.
Os selos são um objeto para reflexão pois sua historicidade está ligada aos projetos políticos e construção de imaginários que transcendem apenas ao uso postal.
D. Pedro II é que inaugura no Brasil esta divulgação da imagem do governante pois até então os selos estavam restritos a estampar valores monetários que correspondiam as distâncias percorridas.
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