BROMBERG

 

Echo do Sul, 05-03-1912.

A Secção de Varejos da Bromberg comercializava uma grande linha de produtos. 

Este anúncio publicado no Echo do Sul do dia 5 de março de 1912 evidencia a diversidade de mercadorias.

CARTÃO DE SANTA MARIA

https://www.bvcolecionismo.lel.br/

 

Belíssimo cartão-postal colorizado (Edição da Papelaria União) mostrando o centro de Santa Maria por volta de 1907.

 Na centralidade da imagem está a Praça Saldanha Marinho. A Rua do Acampamento está na parte superior e a Avenida Rio Branco na sequência do logradouro (na parte inferior).  

No lado esquerdo se observa a Igreja Episcopal Anglicana em estilo normando/gótico inaugurada em novembro de 1906.

A fotografia (que originou o cartão) foi feita da torre da Catedral de Santa Maria que foi entre 1902 a 1909. 

ANSELMI & SCHMIDT

O Intransigente, 08-08-1912. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

A cervejaria Schmidt já estava presente em Rio Grande desde os primórdios dos 1900. 

Em 1912 estava sendo inaugurada uma nova fábrica fruto da parceria de Schmidt com o empresário Rafael Anselmi. 

BONDES ELÉTRICOS EM 1912

O Intransigente, 18-09-1912. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 

Para os usuários dos bondes elétricos da Companhia Francesa do Porto do Rio Grande segue os horários e itinerários dos bondes. 

Atenção: estes horários só valem a partir de 25 de setembro de 1912. 

ORIGINS E O EGITO

 

Collector's Edition Assassins Creed Origins, Ubicollectibles, 2017. Ubisoft.
Acervo: Luiz Henrique Torres

Reproduzo duas fotografias de Bayek e de sua águia Senu da Coleção de Colecionador Origins (dawn of the creed legendary) da Ubisoft.

A qualidade artística destas action figure são magistrais e o cenário das pirâmides e das ruínas egípcias faraônicas deslumbram o olhar. 

CONTOS GAUCHESCOS E O REGIONALISMO

O Intransigente, 24-9-1912. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

O livro Contos Gauchescos de João Simões Lopes Netto fora lançado em setembro de 1912. 

O jornal O Intransigente, de orientação político-ideológica no Partido Republicano Rio-Grandense, publicou no dia 24 de setembro uma matéria sobre este livro que se tornou uma referência no regionalismo rio-grandense. 

Em sua narrativa Lopes Netto resgatou a cultura gaúcha e revisitou a linguagem regionalista que ajudou a definir o morador do estado mais meridional do Brasil.  

O personagem Blau Nunes sintetiza a oralidade do homem da campanha e sua bagagem de experiência de vida. 

A matéria de O Intransigente registrou que uma obra referencial está nascendo na literatura do Rio Grande do Sul no ano de 1912. 

CENA URBANA

Acervo: Walter Albrecht. 

 

Na fotografia de Rubens uma das esquinas mais movimentadas da cidade: Rua General Neto (carroças) e Rua Marechal Floriano (bonde urbano).

Datação hipotética: final dos anos 1940.

CARTÃO DE SANTA MARIA EM 1907

 

https://www.bvcolecionismo.lel.br/

Este cartão-postal foi colorizado a partir de uma fotografia que remete a inauguração da Praça Saldanha Marinho ocorrida em janeiro de 1907. A Praça já havia recebido este nome em 1883 e agora estava sendo oficializada por receber aformoseamentos coerentes com a cidade de Santa Maria que estava num forte ritmo de crescimento comercial. Os dois prédios retratados ficam na esquina da atual das ruas Dr. Bozano e Venâncio Aires. 

Para a identificação cronológica de uma fotografia ou cartão-postal a legenda, como neste caso, explicitar o evento que está ocorrendo é excelente. 

Normalmente, a legenda é muito vaga ficando a delimitação cronológica fundada em outras variáveis da paisagem: arquitetura, indumentária, tecnologias disponíveis etc. Outra possibilidade é o estudo comparativo da paisagem (e suas modificações materiais e técnicas) a partir de outros cartões datados. Um estudo do estilo técnico do cartão e do tempo de atuação do editor (quando conhecido) também são variáveis para a identificação cronológica.  

Enfim, é um desafio identificar com precisão a data de produção ou de circulação de um cartão. Claro, quando no verso da cartão está manuscrito ou com o carimbo dos Correios a almejada data os sinos tocam na cabeça do pesquisador... 

SELFIE EM 1912

O Intransigente, 21-9-1912. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 O professor Agostinho, em Bagé, foi o inventor da selfie! 

O sistema fotográfico em 1912 (e permaneceu por longo tempo...) era analógico e não digital. Porém, a experiência do professor/químico Agostinho lembra muito o que conhecemos como selfie. 

Vale a pena ler a matéria do jornal O Intransigente do dia 21 de setembro de 1912. 

CINEMA IDEAL

 

Echo do Sul, 5-7-1912. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Em julho de 1912 o Cine Ideal estava divulgando a programação atual e os novos lançamentos. Entre eles o filme francês Os Mistérios da Ponte de Notre Dame.

Cartaz de O Mistério da Ponte de Notre Dame no cinema Bijou Salão (São Paulo) em 1912. Acervo: http://www.cinemasdesp.com.br/2016/02/bijou-theatre-1-local-criado.html

Cena do filme. https://www.imdb.com/title/tt0448643/mediaviewer/rm3825856769/?ref_=tt_ov_i

O filme que foi visto pelos cinéfilos do Cinema Ideal em 1912 pode ser conhecido neste endereço do youtube: https://youtu.be/EpnlRCRrfTg

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Com frequência sou questionado por acadêmicos sobre os passos para a realização do Trabalho de Conclusão do Curso.

 

Rabisquei algumas ideias coletadas intelectualmente ao longo de décadas de experiência e reproduzo abaixo. 

O texto é básico e apenas busca trazer algumas luzes iniciais a um momento difícil e essencial na formação universitária: a realização da monografia de conclusão onde se começa a produzir conhecimento científico. É um momento mágico da descoberta do mundo inesgotável da pesquisa e das interpretações. 

MODELO DE PROJETO DE TCC

 

Prof. Dr. Luiz Henrique Torres

 

 

O que é um projeto de TCC?

O Trabalho de Conclusão de Curso é uma atividade acadêmica de caráter obrigatório cuja narração escrita deverá ser defendida verbalmente perante uma banca que vai avaliar o desempenho do discente no exercício da pesquisa científica.  O projeto é o guia condutor para uma caminhada segura até a efetivação deste TCC.

 

 

Quais os passos para a elaboração?

1)Definir a área de investigação.

 

2)O tema: como se fosse o título do TCC. Ex: “Elementos Narrativos da  Literatura Gótica Oitocentista na obra Drácula de Bram Stoker”.

 

3)A viabilidade temporal para realizar o TCC.

 

4)O acesso à documentação nos acervos presencial ou digital.

 

5)O arrolamento bibliográfico.

 

6)Qual a pergunta central a ser respondida.

 

7)Frente ao arrolamento bibliográfico a pergunta central ainda agrega ineditismo?

 

8) A sequência de construção é: o tema, a introdução, o histórico, o problema, as hipóteses, os objetivos, a justificativa, a metodologia, o referencial teórico, o cronograma e a bibliografia. 

 

Estrutura do Projeto:

1)Elementos pré-textuais: capa, folha de rosto, palavras-chave, agradecimentos, resumo (máximo 250 palavras), sumário, dedicatória, listas de tabelas, ilustrações, abreviaturas e siglas.

2)Elementos textuais: Introdução (apresentação do objeto, do problema e até das motivações pessoais para a escolha), histórico, problema, hipóteses, justificativa, objetivos geral e específico, metodologia e referencial teórico.

3)Elementos pós-textuais: cronograma (definir prazos para realização de cada etapa da pesquisa), referências (conforme a ABNT), glossário (opcional), apêndice (opcional) e anexos.

 

 

Elementos Textuais:

1)Introdução: argumentar sobre a relevância em ter escolhido determinado tema. Situar no tempo e no espaço a temática.

 

2)Histórico: explicar a trajetória das motivações que levaram a escolha deste tema.

 

3)Problema: qual é a pergunta principal a ser respondida na pesquisa? O problema é o questionamento que conduzirá a pesquisa.

 

4)Hipótese: são as afirmações prévias do que pode ser encontrado ao final da pesquisa e que poderão ser confirmadas ou rejeitadas. É uma resposta inicial e provisória para desvelar o problema.

 

5)Objetivo geral e específico: qual a ideia central do trabalho e sua finalidade? Os objetivos devem ser utilizados no verbo infinito (terminados em ar, er, ir): identificar, especificar, registrar, definir, nomear, contribuir etc.

 

6)Justificativa: destacar a relevância do tema e a contribuição que trará para o conhecimento científico sobre este assunto. Se na introdução a subjetividade pode se fazer presente, neste tópico é preciso evitar a presença do pessoal.

 

7)Metodologia: são explicitados os procedimentos para coleta e análise dos dados. É uma sistematização em que se descreve os passos que se vai percorrer. Em outras palavras, é a descrição do processo de pesquisa. Na Metodologia deve ser explicado: a) finalidade do TCC: em um parágrafo breve, explicar o tema que será pesquisado; b) o tipo de pesquisa: exploratória (voltada a fenômenos pouco estudados), descritiva (levantamento e caracterização de um objeto de estudo buscando a padronização de dados – em tabelas ou questionários; e explicativa (para além da descrição aqui reside a complexidade em identificar e explicar os fatores que permitem caracterizar cientificamente o objeto abordado; c) a abordagem: qualitativa (o autor atribui significados ao objeto pesquisado por meio da interpretação e a análise dos dados) ou quantitativa (quantificação dos dados com recurso a tabelas e gráficos); quali-quantitativa (atribuição de significados a partir da quantificação – exemplo é a história serial); d) técnicas para a coleta de dados: ex. Pesquisa bibliográfica (utilização de livros ou artigos) ou documental (pesquisa realizada em documentos físicos ou virtuais, escritos ou imagéticos).

 

8)Referencial teórico: a “revisão de literatura” é quando se explicita os autores que serão utilizados para nortear o trabalho e qual os conceitos fundamentais que serão utilizados. O que já foi escrito e em que pode contribuir para a pesquisa são as duas questões essenciais presentes no referencial teórico.

 

 

Apresentação:

Na apresentação oral do projeto se faz uma síntese dos elementos constituintes da investigação científica que resultará no TCC. A exposição da proposta deve ser realizada em até 20 minutos com utilização de power point (opcional). Na sequência a banca fará questionamentos a serem respondidos.  

 

Outras orientações:

1)Elabore o projeto com antecedência temporal razoável para a realização da pesquisa/escrita.

 

2)Faça várias leituras, em dias diferenciados, buscando erros ou incoerências no projeto.

 

3)Defina o tema e os objetivos para depois concretizar o referencial teórico. E antes do fechamento do tema faça a leitura parcial da bibliografia para constatar dos enfoques já realizados e do ineditismo da proposta temática.

CARTÃO-POSTAL ANDREASSI & RIOS

O Intransigente, 27-08-1912. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Esta breve nota do jornal O Intransigente de 27 de agosto de 1912 trouxe uma relevante pista para os pesquisadores de cartões-postais. 

O editor Francisco Andreassi estava se estabelecendo com oficina gráfica na cidade do Rio Grande. O endereço era na Rua Marechal Floriano 102. 

A cronologia do editor com trabalhos de oficina gráfica tem o referencial de 1912. Já os cartões-postais fotográficos e não colorizados com vistas da cidade do Rio Grande são assinados como Andreassi & Rios. Hipoteticamente, remetem a década de 1920. 

A descoberta de novas informações possibilitará uma aproximação cronológica mais precisa deste editor e de seu sócio. Abaixo um exemplo dos cartões-postais de Andreassi & Rios. 

Acervo: https://www.levyleiloeiro.com.br/

 

GRANIZO EM 1912

 

O Intransigente, 17-08-1912. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Às 18h30 do dia 16 de agosto de 1912 uma intensa chuva de granizo se abateu sobre Rio Grande.

 As ruas apresentavam "um aspecto de um vasto lençol branco". Com o granizo, vidros e telhados se partiram, a intensa chuva alagou inúmeros prédios provocando muitas perdas materiais.

 

O fotógrafo Ricardo Giovannini teve severos prejuízos pois, para aproveitamento da luz solar na arte fotográfica, se usa sem parcimônia a cobertura com telhado de vidro. 

A fábrica de biscoitos Leal Santos sofreu danos de monta e teve de parar a produção. Somente nesta fábrica teriam se partido cerca de 4.000 vidros. 

Neste período, parte do Rio Grande do Sul estava sofrendo com chuvas excessiva e a enchente de vários rios. 

BIBLIOTECA NACIONAL

O Intransigente, 30-08-1912. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 Matéria do jornal O Intransigente reproduz uma entrevista do redator de A Imprensa com o diretor da Biblioteca Nacional. 

Em 1912 a biblioteca recebia 6 mil leitores por dia e tinha um acervo de 330.000 volumes. O diretor da Biblioteca Nacional considerava a instituição a melhor da América Latina e era superada apenas pelas bibliotecas de Washington e Nova Iorque. 

A Biblioteca Nacional teve origem em 1808 com a chegada de d. João VI e sua corte ao Rio de Janeiro. Na bagagem trouxeram 60 mil peças (livros, mapas, moedas etc) com a história de Portugal e suas colônias. Em 1810 é criada a Real Biblioteca disponibilizando este acervo para pesquisadores e em 1814 para o público. Em 1910 é inaugurado o atual prédio na Avenida Rio Branco. 

Atualmente é uma das dez maiores bibliotecas nacionais do mundo e a maior da América Latina. O acervo é de aproximadamente 10 milhões de itens.  A partir de 2006 iniciou a disponibilização do acervo digitalizado que já se aproxima de 3 milhões de documentos.

Cartão-postal com a Biblioteca Nacional em 1924. 

EXPOSIÇÃO CARMEN DA SILVA

Fotografias: Luiz Henrique Torres. 

No salão principal no térreo da Biblioteca Rio-Grandense foi aberta na noite de 19 de maio a exposição "Carmen da Silva". 

Os espaços privados de referência existencial da brilhante escritora remetem ao aconchego das materialidades e evidenciam a tênue fronteira entre o lúdico e a produção intelectual. 

Parabéns à curadora Luciana Gepiak pela escolha temática e pela expografia. 

NOITE DO CENTRO HISTÓRICO

Algumas imagens da "Noite do Centro Histórico" realizado na cidade do Rio Grande. 

Estas fotografias são do dia 19 de maio de 2023 e mostram apenas alguns dos espaços internos e externos onde ocorreram as atividades. 

 

O belo efeito visual produzido pelas luzes! 

Fotografias de Luiz Henrique Torres. 

Largo Barbosa Coelho com o prédio da Biblioteca Rio-Grandense e as Docas de venda de pescado. 

 

Atrações culturais na Biblioteca Rio-Grandense. 

Detalhe da fachada do prédio da Biblioteca Rio-Grandense. 

Centenas de pessoas visitaram a Biblioteca. 

Largo Eng. João Fernandes Moreira com prédio da Prefeitura no lado direito. 

Chafariz francês na Praça Xavier Ferreira. 

Escuna chegando do passeio no Cais ao fundo do Mercado Público. 

Obras de restauro em uma quatro fachadas do Mercado Público. 

Mercado Público na centralidade da fotografia tendo ao fundo a Câmara do Comércio. 

CAFÉ AMÉRICA

O Intransigente, 14-09-1912. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.

O Café América foi inaugurado em 1902. No mês de setembro de 1912 estava fechando as suas portas.

Em seu local, na Rua Marechal Floriano em frente a Praça General Telles (atual Xavier Ferreira), estava surgindo mais uma sala de projeções "de luxo" na cidade do Rio Grande: o Cinema Moderno.

NOITE DO CENTRO HISTÓRICO

Leão Marinho veio prestigiar o evento. Acervo: Rejane Martins Torres. 

 

Espaço gastronômico na Noite do Centro Histórico. Acervo: Rejane Martins Torres.

Chafariz das Três Graças na Praça Xavier Ferreira. Acervo: LHT. 

Mercado Público e Biblioteca Rio-Grandense. Acervo: LHT. 

Estas imagens foram realizadas em Rio Grande no dia 18 de maio de 2023 durante as atividades da "Noite do Centro Histórico". 

LEAL SANTOS E A SEMOLINA

Echo do Sul, 25-09-1912. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 

Este anúncio do dia 25 de setembro de 1912 divulga mais um produto comercializado pela Leal, Santos & Cia: a semolina fosfatada. 

A semolina é obtida a partir da moagem dos grãos limpos e desgerminados do trigo. É uma farinha rica em proteínas e em glúten formando uma massa resistente e ideal para a fabricação de massas italianas. 

Acrescentar fosfato tinha o objetivo de ajudar na formação de ossos e dentes das crianças. 

ERA DAS MÁQUINAS

O Intransigente, 12-08-1912. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 Com a Revolução Industrial se ampliou o uso de objetos que exigem lubrificação para um bom funcionamento. 

Eclodiu o mercado de fabricação de óleos lubrificantes para "lubrificar, evitar ferrugem, limpar e dar brilho". É o caso do "oleo 3 em 1" que estava sendo comercializado em Rio Grande no ano de 1912. 

ESTAÇÃO JUNÇÃO

 

Estação Junção. Fotografia de Marília Almeida, junho de 2004. 

A Estação Junção surgiu em 1884 como parte da Linha Ferroviária Rio Grande-Bagé. 

O texto  a seguir foi reproduzido do endereço: http://www.estacoesferroviarias.com.br/rs_bage_riogrande/juncao.htm

A estação de Junção foi inaugurada em 1884. Dali saía o ramal de Cassino, ligando à Vila Siqueira, balneário antigo. No início dos anos 1980 uma variante tirou a linha da cidade e da estação. 

"Hoje conversei com o sr. Roberto Gomes, morador da estação ferroviária da Junção. Ele é um ex-ferroviário e trabalhava em equipe de conserto de vagões, máquinas, etc. O sr Roberto é uma pessoa humilde e parece sentir muitas saudades do tempo em que trabalhava nas ferrovias. A estação, hoje muito descaracterizada, teve algumas portas e janelas trocadas. O forro foi rebaixado mas ele me disse que o original continua no mesmo lugar. Difícil tirar uma foto boa, pois ao redor do prédio há outras construções desalinhadas. Então ele foi me dizendo o que era original e fui fazendo fotos, dos detalhes. Também a cor das paredes foi modificada. Os trilhos foram arrancados. Mora na estação com sua família há mais de vinte anos. Ele disse que quando foi morar na estação teve que assinar um compromisso de manutenção, o que não está podendo cumprir muito bem, porque os cupins tomam conta e ele tem que reformar as partes danificadas a seu modo. Às paredes são de alvenaria. Ele me emprestou algumas fotos com sua equipe de trabalho, para copiar. Também me disse que a estação tinha plataforma dos dois lados: de um lado passavam os trens que iam para Pelotas e de outro, o que ia para o Cassino. O prédio tem um andar, com cobertura sobre a plataforma." (Marília Almeida, Rio Grande, RS, em 05/2004) A estação está hoje na linha desativada, ou ao lado de seu antigo leito, para a antiga estação de Rio Grande, junto ao porto velho. (Fontes: Guias Levi, 1940-1981; Revista Refesa, maio-jun 1968; Patrimônio Ferroviário do Rio Grande do Sul, IPHAE, 2002).

O traçado preto mostra os trilhos da V.F. do Rio Grande do Sul em 1956. A Estação Junção está assinalada. O traçado vermelho são rodovias. Fonte: IBGE. 

ESTAÇÃO RADIOGRÁFICA DA JUNÇÃO

O Intransigente, 13-08-1912. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 


No dia 12 de agosto de 1912 foi inaugurada "oficialmente" a "Estação Radiographica da Junção".

O Intransigente, 01-08-1912. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 

CENTRO PHILATÉLICO DO RIO GRANDE E A VARIG

 

Acervo: Luiz Henrique Torres. 

O Centro Philatélico do Rio Grande fundado em 1931 lançou  belíssima Folha Comemorativa que demarcou eventos ligados a fundação da Varig em 7 de maio de 1927. 

Em destaque como um dos pioneiros da aviação comercial no Brasil está o comerciante, que atuou em Rio Grande, o Sr. Carlos Albrecht Júnior. 

O selo destaca o primeiro avião comercial a atuar no Brasil: o hidro avião Atlântico que inaugurou a Linha da Lagoa (Rio Grande-Pelotas-Porto Alegre). 

SOCIEDADE PROTETORA DOS ANIMAIS

O Intransigente, 06-08-1912. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

No dia 4 de agosto de 1912 foi fundada em Rio Grande a Sociedade Protetora dos Animais.

Entre os objetivos da Sociedade estava coibir os maus tratos e a crueldade contra os animais.  

O Intransigente, 05-08-1912. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.