A Grande Farsa. São Paulo: Comix Zone, 29 x 21cm, capa dura, p&b, p. 224, 2020. Roteiro: Carlos Trillo; Arte: Domingo Mandrafina.
Após três décadas da publicação de
sua primeira versão argentina (1990) esta novela gráfica chega ao Brasil em grande
estilo. A edição da Comix Zone é primorosa.
São duas histórias sendo a principal “A
Grande Farsa” que inicia em clima noir e vai aprofundando a trama política ao
longo das páginas. Desfilam ministros corruptos, ditador, cafetinas,
prostitutas, bêbados, nazista, femme fatale, virgem milagrosa e diversos personagens populares. A
voz narrativa se alterna com vários personagens que explicam o sentido de
atores e acontecimentos para a compreensão daquele momento presente. Sarcasmo,
ironia, perversão e medo conduzem a trama que vai revelando o perfil do ditador
e do personagem mais temido: o torturador e assassino “Iguana”.
A segunda história se chama "O Iguana" e Carlos Trillo se deleita no realismo fantástico para explicar a trajetória do
torturador mais temido daquele país.
Falta conhecer várias publicações,
mas, esta HQ deve ser um dos momentos máximos da produção argentina.
O roteiro de Carlos Trillo e a arte de
Domingo Mandrafina estão em sintonia e levam o leitor a se envolver na trama
que vaga entre o trágico e o cômico dos costumes e da vida política latino-americana.
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