Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

domingo, 3 de abril de 2022

CANAL DE SUEZ

 

 Acervo: Luiz Henrique Torres. 

Estes selos foram adquiridos em leilão e, possivelmente, são falsificações baseadas nos originais. Se observa diferenças entre os dois selos superiores. Foram comprados num álbum constituído por vários selos clássicos - a maioria também deve se constituir de cópias. A hipótese da falsificação se deve ao irrisório preço pago pelo conjunto de selos que de fato são bem cotados no mercado internacional. 

Mas como o meu objetivo é escrever história a partir dos selos, eles se tornaram peças filatélicas muito úteis para este intento. 

Esta série de quatro selos foi emitida em julho de 1868 pela Companhia do Canal de Suez que recebeu autorização para emissão de selos para correspondência circulante entre Port Said e Suez. Porém, já em agosto de 1868 o governo do Egito assume o serviço postal do Canal de Suez e estes selos são retirados de circulação. Isto lhes dotou de uma relativa raridade e surgiram muitas cópias que ainda circulam no espaço filatélico. 

Representação de um navio a vapor cruzando o Canal de Suez. 
 
O selo retrata um dos locais mais importantes do planeta: o "Canal Maritime de Suez" no Egito. A obra possibilitou que navios se desloquem da Europa (pelo Mar Mediterrâneo) até a Ásia sem precisar contornar a África pelo Cabo da Esperança. Para ligar o Mediterrâneo Oriental ao Mar Vermelho (extensão de 193 quilômetros) foi construído entre 1859-1869 este Canal. O engenheiro francês Ferdinand Lesseps dirigiu as obras ficando a França e o Egito como proprietários em conjunto. Porém, a Inglaterra comprou ações do Pasha Ismail e se tornou a maior acionista da "Companhia Universal do Canal Marítimo de Suez". Em 1882 os ingleses realizaram a ocupação militar do Egito com o intuito do controle do Canal de Suez. 

O Canal se tornou estratégico para o Reino Unido e um local muito almejado por países, o que catalizou o nacionalismo egípcio: em 1956, Nasser nacionalizou o Canal. O resultado foi a guerra envolvendo o Egito, Reino Unido, França e Israel. Posteriormente, em 1967, nova guerra em que o Canal esteve envolvido ficando fechado até 1975.

Estratégico para a economia mundial, Suez permanece como uma excepcional obra de engenharia e um atalho ligando o Ocidente com o Oriente. Cerca de 20 mil navios cruzam anualmente o Canal. 

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