https://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_manuscritos/mss1457334/mss1457334.pdf |
Nesta breve descrição observamos o nascimento da economia pecuarista luso-brasileira na região de Rio Pardo. É o ano de 1778 em que Domingos Alves Muniz Barreto está analisando as possibilidades de desenvolvimento do Continente do Rio Grande no manuscrito Observações Relativas a Agricultura, Comércio e Navegação do Rio Grande de São Pedro no Brasil:
"Os povoadores do Rio Pardo e do porto que neste rio de novo abriram, e por isso denominada a sua povoação Freguesia Nova, levam toda a vantagem aos outros em estâncias de gados, bestas e cavalos e nisto empregam todo seu cuidado. A grande multiplicação que há destes animais faz que sem embargo da grande extração que têm para as diferentes capitanias do Brasil e principalmente para a de São Paulo, pelo muito pouco que custa cada besta se não sinta por isso falta alguma. A povoação em si é a mais informe de todo aquele Continente e poucas são as casas de telha que nela há, pois o comum é serem cobertas de palmas.
Há outros rios que se comunicam com este, de que não trato, por serem as suas margens de menos produções e povoadas de gente mais ociosa.
As campinas que vão pela fronteira do Rio Pardo ter à Santa Tecla, e depois tomam a pegar com Santa Teresa, são de imensos gados, em tanta cópia que não se podem fazer ferrar nem se sabe quem são seus donos. Este espaçoso caminho tem sido o teatro das façanhas do nosso grande Rafael Pinto Bandeira e de seu pai, de que ele tomou o nome e o exemplo das suas proezas".
Nenhum comentário:
Postar um comentário