Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

quinta-feira, 30 de abril de 2020

PRAÇA XAVIER FERREIRA EM 1938

     Os três flagrantes fotográficos do Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional de Rio Grande, mostram o estado da arte da Praça Xavier Ferreira no ano de 1938. 

        Possivelmente, é o melhor momento de sua história, pois, recentemente fora remodelada com cuidados estéticos e paisagísticos que lhe deram a morfologia no tempo atual. O lago também era recente e os cisnes do pescoço negro a tornaram conhecida em parte do Brasil.

        A primeira fotografia é uma vista superior obtida da torre da Alfândega e o clean salta aos olhos. Inclusive a Estátua da Liberdade está visível sem o excesso de vegetação a encobrindo. A qualidade original do material fotográfico é precário, mas, esta é uma das mais belas visões da cidade do Rio Grande, tendo a Praça em primeiro plano e os prédios da Marechal Floriano ao fundo. 
      A segunda fotografia mostra a Praça durante a noite e se constata a preocupação com a iluminação noturna que a embeleza em outra perspectiva.

    A terceira fotografia enfatiza o lago da Praça Xavier Ferreira, um dos locais mais frequentados, e um dos seus principais atrativos: os cisnes! 

Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional de Rio Grande, 1938. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 



RIO GRANDE EM 1932




       O Rio Grande do Sul em Revista ano de 1932 publicou informações sobre o município do Rio Grande após o processo revolucionário de 1930 e do engajamento das autoridades locais favorável a ascensão de Getúlio Vargas. 

     A publicação estampa a fotografia de Antonio da Rocha Meirelles Leite (prefeito municipal) que é apontado como um "administrador de raras qualidades".  É ressaltado que "nada falta a Rio Grande para ser uma cidade moderna": aparelhamento do porto, bondes elétricos, serviços de higiene, de assistência, de viação, de iluminação etc. A população neste ano de 1932 era de 60 mil habitantes no município sendo 47 mil na cidade.   


     Para esclarecer, este tipo de publicação é feita para enfatizar uma perfeição que está muito longe da realidade. Há excessos de qualificação pessoal ou institucional para enfatizar a positividade do projeto local em andamento e que busca se inserir no projeto nacional. Daí derivam os termos como "faz honra", "inestimáveis serviços", "modelar organização", "ampla, bela e bem cuidada Praça", "laborioso elemento operário", "estado financeiro assaz lisonjeiro", "extraordinária", "excelente luz elétrica", "magníficos bondes", "moderna, higiênica e de agradável aspecto" e tantas outras grandiloquências ou megalomanias.  

      Uma frase bem construída na Revista reflete a trajetória histórica e identifica o "centro nervoso" da centralidade urbana no início da década de 1930: "Cidade cosmopolita, de grande e forte comércio, essencialmente industrial e muito movimentada, principalmente nos pontos mais centrais, como sejam as ruas Marechal Floriano, Riachuelo, General Bacellar, Andradas, 24 de Maio e Uruguayana, onde se acham localizadas as mais importantes casas importadoras e exportadoras, de varejo, bancos, hotéis, cafés, companhias, restaurantes e associações...".   

MICTÓRIO MUNICIPAL

Acervo: Fototeca Municipal Ricardo Giovaninni. 
     Ao lado da Biblioteca Rio-Grandense (prédio da esquerda) e tendo as bancas do Mercado Público existiu, como prova a fotografia, um "mictório público" por volta de meados da década de 1920. Fazia parte do complexo do Mercado Público como se depreende pela semelhança com o prédio ainda existente, junto ao Mercado Público de Pelotas. 

       Construído e demolido em data desconhecida (ou melhor, a ser pesquisada...), estava posicionado na linha da calçada da Rua General Osório (local pouco discreto). O atual banheiro, atualmente está posicionado nos fundos da Biblioteca Rio-Grandense num prédio nada "glamoroso" como o da fotografia. 

      No local do extinto prédio já foi edificada uma pequena praça mas, atualmente, não há edificações permanentes mas sim atividades sazonais. 

LOJA CLARK

         No ano de 1938, véspera da Segunda Guerra Mundial, o Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional de Rio Grande indicava a Loja Clark como o espaço por excelência para a compra de calçados. O endereço era na Rua Marechal Floriano 293. 


Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional de Rio Grande, 1938. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

quarta-feira, 29 de abril de 2020

A LUZ DE ÓLEO DE PEIXE

Bisturi, 23 de março de 1890. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

         A charge de Thadio Alves de Amorim está voltada a uma decisão da Câmara de Vereadores de, para economizar, retirou os lampiões à gás que iluminavam internamente o Mercado Público e iriam trocá-los por lampiões de azeite de peixe (luz escura e com cheiro desagradável). O jornal arremata, "há quem diga que estamos no século das luzes enquanto a Câmara trata de nos deixar no escuro". 
Iluminação de azeite de peixe (José dos Reis Carvalho, 1851). Acervo:  Fundação Biblioteca Nacional. 
        A iluminação artificial era feita pela queima de óleo vegetal ou animal (peixes ou baleias). Incorretamente, era chamado de "azeite de peixe ou de baleia" - azeite é o produto extraído das azeitonas e o restante é "óleo". 
Na década de 1870 a iluminação a gás foi implantada em algumas ruas da cidade e deve ter sido colocada no Mercado Público. A sua retirada era vista como um retrocesso pois a qualidade da luz era muito inferior. 

        Machado de Assis no livro "Memórias Póstumas de Brás Cubas" escreveu uma breve passagem sobre esta iluminação: "Eu deixei-me estar com os olhos no lampião da esquina, - um antigo lampião de azeite - triste, obscuro e recurvado, como um ponto de interrogação".

TERCEIRO PAVIMENTO DO LEMOS JR. (1956)

Rio Grande, 24 de março de 1956. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

      O Colégio Lemos Júnior começou a funcionar em 1906 e se tornou uma referência em ensino público estadual no Rio Grande do Sul. 

     No ano de 1956, ao completar 50 anos de existência, teve início a obra de construção de mais um andar no prédio localizado na Rua Dr. Nascimento. Os dois pisos vão se tornar três e, pouco a pouco, a memória da cidade vai se adaptando com os três pavimentos e esquecendo que nem sempre foi assim. 

VIAÇÃO FÉRREA EM 1926

Acervo: https://www.ihgrgs.org.br/mapoteca/cd_mapas_rs/CD/imagens/mapas/cap_4/cap_4.3/images/566-310.jpg

       Este mapa da Viação Férrea do Rio Grande do Sul publicado por W. Regius em 1926 especifica as localidades e estações servidas pelos "caminhos de ferro". 

         Observe-se no detalhe das "comunicações férreas entre os Estados do Sul do Brasil" que o Rio de Janeiro e São Paulo estão interligados com o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A produção industrial paulista e carioca teve um impacto dramático na economia do Rio Grande do Sul que perdeu o seu isolamento geográfico terrestre que possibilitou uma produção industrial sem excessos de concorrência (capitalismo difuso). A concentração de capitais, desde a década de 1920, se fez num crescendo no eixo São Paulo-Rio de Janeiro em detrimento das economias periféricas dos estados brasileiros.  

GRAND PARIS HOTEL

      Ao longo das décadas, o Paris Hotel foi se consolidando como uma referência hoteleira na cidade. 

   No ano de 1938, o proprietário era Carlos Melloni e o Paris Hotel não havia perdido a pose das primeiras décadas do século XX: era o único em Rio Grande com luxuosos apartamentos que possuíam banhos e água corrente em todos os quartos. 


Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional de Rio Grande, 1938. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

terça-feira, 28 de abril de 2020

PRAÇA TAMANDARÉ EM 1938

       Como estava a Praça Tamandaré no ano de 1938? 

    Três fotografias da Praça foram publicadas no Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional de Rio Grande.

      Na primeira se visualiza o chafariz francês em frente ao prédio do Hospital da Beneficência Portuguesa. 

    A segunda fotografia mostra uma das pontes com os tradicionais patos nadando no lago. 

     Na terceira se identifica o cata-vento na esquina da General Neto com a Luiz Loréa e também, numa ilha, a escultura em ferro fundido da Fundição francesa Val d'Osne a "Vênus ao Banho" da década de 1870.    

Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional de Rio Grande, 1938. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

O DITADO E O FOLHETO

      Vasculhando os jornais, surgem algumas preciosidades que quero dividir com os leitores. 

        Vou destacar duas destas "curiosidades". 

     A primeira é esta breve matéria que cita um ditado que até hoje, 130 anos depois, continua a ser repetido: o diabo não é simplesmente diabo porque é diabo, mas, que é diabo porque é... velho". 

    Escutei tantas vezes esta frase que está relacionada ao tempo de experiência de vida, da aprendizagem frente aos problemas que te dão outra dimensão crítica: isto vale para o bem como para o mal. E o diabo pode ficar cada vez mais astuto..

Bisturi, 01-06-1890. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 
        
      A matéria a seguir chamou a atenção pela atuação da homeopatia em Rio Grande, o que não é nenhuma novidade, muito pelo contrário. O que chama a atenção é a publicação de um folheto de 48 páginas, editado por Laboratório Homeopático Humanidade com a relação de medicamentos, preços e outros produtos naturais. 

       Fiquei pensando se uma cópia deste folheto sobreviveu em alguma gaveta da Biblioteca Rio-Grandense: poderia se ter, em apenas uma obra, a lista dos medicamentos homeopáticos que eram consumidos (e suas indicações), em Rio Grande, no ano de 1890.  

Bisturi, 01-06-1890. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

FILMES EM CARTAZ - RESPOSTA

     Os cinéfilos com certeza descobriram as duas preciosas películas que estavam passando no Cine Carlos Gomes. 

Cine-Teatro Carlos Gomes. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 
      Vamos para as respostas ampliadas por comentários:

1)Quais são os títulos dos filmes? "Ana do Brooklyn" e "O Príncipe e a Parisiense". 
     "Ana do Brooklyn" (Anna di Brooklyn) é uma comédia que estreou na Itália em 19 de abril de 1958. Dirigido por Vittorio de Sica e estrelado Gina Lollobrigida.  


     "O Príncipe e a Parisiense" (título em Portugal que foi utilizado em Rio Grande), "Uma Parisiense" (Brasil) e "Une Parisienne" (original na França) é uma comédia que estreou em Paris em dezembro de 1957. O filme estrelado por Brigitte Bardot, Charles Boyer e Henri Vidal.  

https://m.media-amazon.com/images/jpg

2)Em que ano foram lançados? 1958 e 1957, respectivamente. 

3)Qual a provável data desta fotografia? 1958. 

     Mas nem tudo é perfeito no campo da pesquisa histórica... Na fotografia está uma datação que nos leva um ano para frente no ajuste do tempo do "Delorean Time Machine" (De Volta para o Futuro).  

. Cine-Teatro Carlos Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

      Não foi pegadinha com vocês, pois, a fotografia que pesquisei não tinha a anotação com a datação (encontrei posteriormente). A datação de 12 de junho de 1959 corresponde a data da fotografia? Significa que os dois filmes não acompanharam a estréia mundial mas foram projetados um ano a um ano em meio após os lançamentos? 

     Como resolver o problema? Pesquisa histórica em jornais seria essencial. O registro de muitos eventos diários ficam preservados nos jornais. É o caso da programação de cinema que pode ser averiguada em mais de um periódico deste período. 

    Não tenho a resposta neste momento, mas, a dúvida pode ser esclarecida no acervo da Biblioteca Rio-Grandense! 

 É muito "divertido" investigar a data de algum acontecimento, como é o caso de um filme em cartaz. Pois, é o princípio do procedimento científico: uma problemática de identificação da data de uma fotografia conduz a busca de fontes que garanta a precisão. O próximo passo é ampliar as perguntas sobre o filme e suas características (buscar fontes sobre o assunto), sobre a sala de Cinema em que foi projetado, sobre a recepção da linguagem cinematográfica naquela cidade. Que segmentos sociais frequentam as salas de cinema e qual o perfil sócio-econômico da cidade. A cada resposta surgem novas perguntas para serem desveladas, exigindo apoio bibliográfico para orientar a caminhada. 

  Tudo pode nascer com um problema que parece irrelevante, como uma data, desdobrando-se em processos investigativos cada vez mais complexos os quais, invisivelmente, cada comunidade está inserida.   

segunda-feira, 27 de abril de 2020

FILMES EM CARTAZ

         Aos cinéfilos de plantão!

     A fotografia mostra a fachada do Cine-Teatro Carlos Gomes na Rua General Bacelar.

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

      Dois filmes estão em cartaz e podem ser identificados (é só ampliar a fotografia) a partir de uma pesquisa na internet.
  
Vamos lá:

1)Quais são os títulos dos filmes?
2)Em que ano foram lançados?
3)Qual a provável data desta fotografia?  

URES E A UNESCO


Jornal Rio Grande, 21-02-1956. 

      A União Rio-Grandina de Estudantes Secundários (URES) foi muito atuante na vida social, esportiva e cultural da cidade do Rio Grande. Sua presença na imprensa local é constatada, nas matérias referentes as atividades que participava ou organizava. 

      Nesta matéria do jornal Rio Grande do dia 21 de fevereiro de 1956, a URES está organizando, para o mês de março, um "Seminário Cinematográfico" em que a UNESCO disponibilizaria 38 filmes de curta-metragem. Quais foram estes curtas? Qual o seu conteúdo?

       Possivelmente, foi projetado o filme documentário "World Withouth End" (1953), um dos mais famosos produzidos por britânicos para a UNESCO e que circulou por algumas cidades brasileiras em 1954. 

         Este projeto de cinematográfico da UNESCO levou para os mais diversos países do planeta, documentários sobre a diversidade cultural, atuação da UNESCO e desafios para melhoria de vida nos Continentes.  

          *Sugestão de leitura: Rosana Elisa Catelli. A Divisão de Filmes: a UNESCO e o Cinema Documentário. https://periodicos.ufsc.br/index.php/esbocos/article/view/2175-7976.2012v19n27p196/23193

PEDRO E PAULO

Jornal Rio Grande, 26 de março de 1956. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

           Quem recorda dos Pedro e Paulo? 

     Este era o apelido para os dois "brigadianos" que caminhavam pelas ruas para fazer o policiamento "in loco".

      Nas últimas décadas, a redução de efetivo levou ao quase desaparecimento deste tipo de policiamento e também ao esquecimento do apelido "Pedro e Paulo".  

       A coluna Corujando do jornal Rio Grande do dia 26 de março de 1956 está exaltando o retorno deste tipo de policiamento para combater a atuação dos "amigos do alheio" e trazer um pouco de "segurança e tranquilidade aos moradores da Noiva do Mar". 

O HOMEM DE 131 ANOS

        Informes curtos de ocorrências da semana eram publicadas no jornal Bisturi. Na edição de 16 de fevereiro, por vezes, a informação se mistura com o jocoso. 

          O personagem Zé Povinho é muito utilizado como sendo o cidadão comum que observa a bandalheira em sua volta, especialmente num momento de crise política vivida pelo Rio Grande do Sul nos primeiros anos da instalação da República. Havia uma forte disputa pelo poder e o Zé Povinho concluiu que não eram os liberais, os conservadores ou os republicanos que governavam o RS, pois quem estava no poder era a "Fatalidade". 

         O falecimento de um ancião na Torotama chamou a atenção: ele teria 131 anos de idade! Se era natural de Rio Grande, o seu nascimento foi em 1759, pouco antes da invasão espanhola. Será?

        Uma companhia espanhola de zarzuelas chegou a Rio Grande. A existência do Porto era o atrativo para a vinda de tantos grupos de artistas de vários países e também de brasileiros. Esclarecendo: a zarzuela é um gênero lírico-dramático espanhol cuja apresentação é composta por cenas cantadas, faladas e com danças. 

Bisturi, 16-02-1890. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

domingo, 26 de abril de 2020

QUEM É? RESPOSTA

      Esta é uma fotografia do Cavaleiro Luiz Loréa. A sua biografia já foi publicada aqui no blog e pode ser consultada na "busca" ao digitar o nome Luiz Loréa. 

    Reproduzo a seguir a matéria publicada no Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional de Rio Grande, 1938. 

     As empresas de Loréa, até este ano de 1938, são descritas neste Guia. 

Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional de Rio Grande, 1938. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 


QUEM É?

       Alguém conhece este personagem? 

      A dica é que ele foi um dos maiores empresários da cidade do Rio Grande. Outra dica: uma Rua do centro da cidade recebeu o seu nome.    



Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional de Rio Grande, 1938. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

BROMBERG - SECÇÃO DE MÁQUINAS

Almanaque Comercial Ilustrado Rio-Grandense (1914).


        Este anúncio é muito relevante para dimensionar a importância da Bromberg empresa alemã criada em Hamburgo e que teve forte presença em capitais como Rio de Janeiro, Buenos Aires e Montevidéu. Na cidade portuária do Rio Grande sua atuação foi das mais destacadas frente a variedade e o capital envolvido em suas negociações. Vale a pena passar os olhos no anúncio com a variedade de produtos para a indústria e agricultura em sua Secção de Máquinas. 

          Esta seleção de produtos se refere ao ano de 1914 e um passeio na Bromberg significava ter acesso ao que havia de mais avanço na tecnologia mundial da indústria, comércio, agricultura e pecuária daquela época.  

DESPACHANTE ADUANEIRO

      Apenas no primeiro semestre de 1937 entraram pela Barra do Rio Grande 680 navios sendo 486 vapores brasileiros e 194 vapores estrangeiros. No mesmo período entraram outras 2.468 embarcações menores (rebocadores, iates, chatas, barcaças etc). 


      Para resolver as questões legais para circulação das embarcações e das mercadorias, um número considerável de despachantes aduaneiros exerciam atividade na cidade. 

     Alguns destes despachantes são citados no Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional de Rio Grande para o ano de 1938. 



Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional de Rio Grande, 1938. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 
Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional de Rio Grande, 1938. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

CINÉFILOS TUPINIQUINS - RESPOSTA

      Vamos para a nossa investigação cinematográfica que recua a década de 1950: 

      Estamos no hall do Cine Glória e o Gato Tom está tonto de tanto respirar nicotina e alcatrão. 

      Largando do pé do Tom, vamos para a pergunta: 

      ➽➽➽Qual o título e o ano de lançamento deste filme. Como decorrência, nos aproximamos de descobrir o ano em que esta fotografia foi realizada.  

     O título é "Meus Amores no Rio" uma comédia e romance com co-produção brasileira e argentina. Ataulfo Alves interpreta algumas canções no filme que se passa no Rio de Janeiro e investe na divulgação do samba.  

   O filme estreou em 26 de março de 1959. Se foi projetado em Rio Grande num período próximo da projeção nacional a fotografia pode ter sido realizada entre o final de março ou no mês de abril de 1959 (hipótese a ser investigada na pesquisa em jornais). 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.

sábado, 25 de abril de 2020

CINÉFILOS TUPINIQUINS

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

      A fotografia contribui para alguns esclarecimentos: constatamos que quando o Gato Tom não está apanhando do Rato Jerry ele está fazendo um bico no Cinema segurando uma escarradeira ou um cinzeiro? Pela aparência é um cinzeiro! 

        Mas que hall de cinema é este? Hipoteticamente, é o Cine Glória! 

         Espera aí... Estou perguntando e respondendo... Assim perde a graça. 

    Vejamos uma pergunta para testar os cinéfilos tupiniquins. 

          Ao lado do Tom está uma estrutura com a divulgação de um filme brasileiro. Pergunto:

➽➽➽Qual o título e o ano de lançamento deste filme. Como decorrência, nos aproximamos de descobrir o ano em que esta fotografia foi realizada.  

A FEALDADE ENCOBERTA PELA BELEZA



   Este anúncio foi publicado no Almanaque Comercial Ilustrado Rio-grandense editado em Porto Alegre no ano de 1914.

     Fábrica Alliança (grande manufatura de fumos e cigarros) de Manoel José de Araújo & Cia. Desconheço maiores informações sobre esta empresa que tinha um agente depositário em Porto Alegre.

Detalhe dos produtos da Fábrica Alliança. 
     Anúncio foi impresso em seleção de cores com arte sofisticada evidenciando um investimento consistente por parte da empresa. 
O uso erotizado das mulheres associadas ao tabagismo foi um recurso muito usado nas propagandas.  
        A ênfase é vender a satisfação sentida pelo consumidor a partir dos sorrisos e na posição sensual de duas belas mulheres trajadas com vestuário no estilo belle époqueDos cigarros que as mulheres estão tragando sai a fumaça que forma a imagem de um carro com seus tripulantes devidamente trajados (transmitindo modernidade, sofisticação e arrojo) e um homem e uma mulher se beijando tendo a seus pés (num cenário que insinua um menage a trois) outra mulher em estado de êxtase. O consumo do fumo promete fornecer um verdadeiro "paraíso artificial..." ao seus consumidores.
A potência do carro é associada com a voluptuosidade do exercício sexual masculino. A erotização, a sensualidade e as expressões faciais e corporais indicam a satisfação feminina. Tudo está envolvido numa neblina ambiental e psíquica produzida pelo cigarro ou charuto.


       Os anúncios, desde os primórdios dos 1900, contribuíram para associar o tabagismo com a afirmação sexual e a satisfação pessoal. A nicotina e outros componentes viciantes garantiram a perpetuação do consumo. Conforme o Atlas do Tabaco, apresentado pela American Câncer Society em Dublin, durante a Conferência Global de Câncer em 2009, ao longo do século XX, 1 bilhão de pessoas morreram em decorrência de doenças provocadas pelo consumo de tabaco.

ESTAÇÃO MARÍTIMA EM 1956

       Depois desta matéria a Estação Marítima ainda levou quase quatro décadas para finalmente "ruir". Mas o jornal Rio Grande do dia 2 de março de 1956 captou o "estado da arte" que nada mais era que o "estado de abandono" deste prédio que fora construído no final da década de 1880.

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

      Pela descrição de um "barracão apodrecido, com o telhado em péssimas condições" o prédio deve ter recebido manutenção em anos posteriores. Porém, a previsão de deixar "a causa como está, até cair" acabou se confirmando nos anos 1990.   

ALBERTINO E A VILA NAVAL

     O título busca interligar dois temas que parecem diferentes: o anúncio do construtor Albertino de Moraes que atuava em Rio Grande desde 1910 e a Vila Naval que foi construída, a partir de 1936. 

          A relação é que foi a empresa de Albertino de Moraes que construiu os belíssimos prédios em estilo colonial português que formam o conjunto arquitetônico da Vila Naval. A fotografia abaixo elucida que prédios foram feitos por este empreiteiro. 
     
      Estas informações foram reproduzidas do Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional de Rio Grande, 1938.

Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional de Rio Grande, 1938. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.
Guia Ilustrado Comercial, Industrial e Profissional de Rio Grande, 1938. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

QUEM RECONHECE? - RESPOSTA

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.
       A fotografia do ano de 1923 é um pouco anterior a colocação de um belíssimo monumento no centro desta Praça: o Barão do Rio Branco em 1925. 

         Estamos na Praça Sete de Setembro e o destaque da foto é a Igreja da Conceição que começou a ser construída em 1872 e foi finalizada no estilo atual em 1890. 

sexta-feira, 24 de abril de 2020

QUEM RECONHECE?

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 
        Esta fotografia do ano de 1923 foi obtida a partir de uma Praça e o seu foco era uma Igreja. 

           Pergunto:

          Qual o nome desta Igreja?

           Que Praça é esta? 

LEAL, SANTOS & CIA BISCOITOS

Almanaque Comercial Ilustrado Rio-Grandense. Porto Alegre, 1914. 

      No ano de 1914, o anúncio da Leal, Santos & Cia, destaca que é a empresa sediada em Rio Grande é a maior fábrica de biscoitos do Brasil. Também ressalta que a Leal, Santos & Cia. vinha obtendo os primeiros prêmios em exposições industriais. Realmente, a empresa se notabilizou nacionalmente pela qualidade de suas linhas de biscoitos. 

A ESCOLA DE ENGENHARIA

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.  

       O jornal Rio Grande em sua primeira página divulgava um fato histórico de relevância: o nascimento do Ensino Superior em Rio Grande com a inauguração da Escola de Engenharia. 

        A data magna do nascimento do Ensino Superior na cidade é o dia 5 de março de 1956, quando é dado o primeiro passo decisivo para a efetivação de um projeto surgido no início dos anos 1950 e que se desdobrou na década seguinte na criação de várias Faculdades. 

IDENTIFIQUE SE PUDER - RESPOSTA

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

        Esta esquina é uma das minhas preferidas na cidade do Rio Grande. No tempo em que estes prédios estavam edificados eram o perfeito cartão-postal que deleita os olhos e a imaginação sobre os tempos antigos.  


1)Qual o evento que está sendo comemorado? Semana da Independência do Brasil no ano do seu Centenário

2)Qual o ano desta comemoração? 1922 (conforme visível num cartaz aéreo na esquina).

3)Que ruas da cidade do Rio Grande se cruzam nesta esquina? Rua Marechal Floriano com Rua Duque de Caxias. 

4)Que atividades eram desenvolvidas nestes dois prédios?
No da esquerda, o Cine Ideal e depois o Café Java; no belíssimo prédio da direita era a sede da Associação dos Empregados no Comércio do Rio Grande.  

*Em primeiro plano um homem caminha na calçada junto a atual Praça Xavier Ferreira.