O Rio Grande do Sul em Revista ano de 1932 publicou informações sobre o município do Rio Grande após o processo revolucionário de 1930 e do engajamento das autoridades locais favorável a ascensão de Getúlio Vargas.
A publicação estampa a fotografia de Antonio da Rocha Meirelles Leite (prefeito municipal) que é apontado como um "administrador de raras qualidades". É ressaltado que "nada falta a Rio Grande para ser uma cidade moderna": aparelhamento do porto, bondes elétricos, serviços de higiene, de assistência, de viação, de iluminação etc. A população neste ano de 1932 era de 60 mil habitantes no município sendo 47 mil na cidade.
Para esclarecer, este tipo de publicação é feita para enfatizar uma perfeição que está muito longe da realidade. Há excessos de qualificação pessoal ou institucional para enfatizar a positividade do projeto local em andamento e que busca se inserir no projeto nacional. Daí derivam os termos como "faz honra", "inestimáveis serviços", "modelar organização", "ampla, bela e bem cuidada Praça", "laborioso elemento operário", "estado financeiro assaz lisonjeiro", "extraordinária", "excelente luz elétrica", "magníficos bondes", "moderna, higiênica e de agradável aspecto" e tantas outras grandiloquências ou megalomanias.
Uma frase bem construída na Revista reflete a trajetória histórica e identifica o "centro nervoso" da centralidade urbana no início da década de 1930: "Cidade cosmopolita, de grande e forte comércio, essencialmente industrial e muito movimentada, principalmente nos pontos mais centrais, como sejam as ruas Marechal Floriano, Riachuelo, General Bacellar, Andradas, 24 de Maio e Uruguayana, onde se acham localizadas as mais importantes casas importadoras e exportadoras, de varejo, bancos, hotéis, cafés, companhias, restaurantes e associações...".
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