Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

quarta-feira, 26 de junho de 2024

HAMBURGO EM 1896

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/5592169716/in/photostream/

 O Porto de Hamburgo foi, no século XIX e primeiras décadas do século XX, o espaço portuário mais importante na navegação entre a Europa e o Porto do Rio Grande.  

Era o tempo em que os navios atracavam junto ao Porto Velho na Rua Riachuelo e as bandeiras ficavam visíveis para a população identificar embarcações e tripulação. O Porto estava no centro da cidade sendo possível observar a movimentação de cargas e saber o país de procedência. Veleiros e vapores se estendiam pela Riachuelo entre a Rua dos Andradas até a Rua Almirante Barroso. 

O Porto Novo (inaugurado em 1915), afastou a população deste convívio com embarcações provindas de diferentes países como a Alemanha, Inglaterra, Portugal, Espanha, França, Estados Unidos, Argentina, Uruguai e tantos outros. 

O Superporto no Distrito Industrial (década de 1970) profissionalizou e distanciou ainda mais este convívio. 

Sempre que vejo cartões com espaços portuários que remetem a antigos parceiros comerciais que frequentavam a cidade, busco reproduzir e ressaltar o esquecimento deste passado portuário que vivia dentro da cidade. 

O card da Liebig editado na Alemanha em 1896 (época de intenso comércio entre Hamburgo e Rio Grande), mostra parte ínfima da área portuária e a Prefeitura de Hamburgo (Rathhaus von Hamburg). O brasão da cidade também foi reproduzido. 

BEIRA-MAR EM 1889

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4251391226/in/dateposted/

O card editado em Paris pela empresa Au Bon Marché tem o título de "O Banho". 

Observam-se banhistas, num balneário francês, no ano de 1889. O nome da série é "Dias à Beira-Mar". 

A carroça para troca de roupas era colocada na água, na beira-mar, facilitando a independência e a privacidade familiar para os banhos e as trocas de roupa. 

FOTOGRAFIA EM 1891

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4183825817/in/dateposted/

 Série alemã da Liebig com o tema "Invenções do Século Dezenove". O ano de edição do card é 1891. 

O título é "As Cores da Fotografia" (Die Farben Photographie) e a imagem mostra uma mulher segurando uma lente cuja luz é refratada num suporte. Duas câmeras fotográficas e tripés, além de produtos para revelação, estão compondo o cenário. 

A fotografia foi uma das invenções que modificou a nossa percepção de preservação e reprodução da imagem. Propiciou o congelamento de um momento e de um lugar do tempo. Permitiu a visualização pessoal ou coletiva da noção de transitoriedade e experiência existencial. Possibilitou preservar um momento da trajetória de vida pessoal ou de um evento social ou político. 

Podemos considerar que o francês Nicéphore Niépce desenvolveu o primeiro processo fotográfico e obteve a primeira fotografia em 1826. A partir de 1829, Niépce se associa ao também francês Louis Daguerre que avança nas pesquisas e no ano de 1839 lança a primeira máquina fotográfica comercializada no mundo. Nasceu o Daguerrótipo que foi uma máquina capaz de captar cenas reais e preservá-las por tempo indeterminado, através da passagem da luz por uma placa de prata exposta numa câmara escura. 

Novos sistemas fotográficos foram surgindo nas décadas seguintes buscando fazer avanços na redução do tempo de exposição, facilitando o manuseio do equipamento e almejando baratear os custos da fotografia. As carte de visite será o momento desta popularização da arte fotográfica que sai do espaço das elites para fazer parte do cotidiano de maiores segmentos das sociedades humanas.  

terça-feira, 25 de junho de 2024

MONT BLANC

 

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4268553640/in/photostream/

Esta é a série "Ferrovia na Montanha" publicada em alemão pela Liebig em 1914. 

O Viaduto Saint-Marie Chamonix foi construído pela empresa responsável pela Linha Férrea PLM (Paris-Lyon-Mediterrâneo). São sete arcos com quinze metros de altura numa extensão de cinquenta e dois metros sobre o Rio Arve, nos Alpes Sabóia, na região cultural Ródano-Alpes na França. Em 1900 estava quase concluído. 

Ao fundo está a grande atração e um dos maiores destaques turísticos da França: o Mont Blanc a mais elevada montanha dos Alpes e da União Europeia com 4.808 metros. A localização fica na fronteira entre a França e a Itália. A estância de esportes de inverno de Chamonix é uma das mais famosas do mundo. Em 1965 foi inaugurado o túnel que percorre quase 12 quilômetros de extensão no interior da montanha e liga a França e a Itália em apenas 15 minutos.

Recordo o diário de viagem de Mary Shelley e Percy Shelley pela região do Mont Blanc (cruzaram por este local da imagem quando havia uma ponte, muito antes da construção do viaduto) e o encantamento que expressaram nos escritos ao contemplar aquela montanha de gelo e os movimentos agressivos do Rio Arve. 

Alguns trechos do poema Mont Blanc de Percy expressam um pouco do impacto das imagens convertidas na expressão poética:  

"O eterno universo das coisas
Flui pela mente e rola suas ondas rápidas,
Agora escuro - agora brilhante - agora refletindo escuridão -
Agora emprestando esplendor, de onde brotam fontes secretas
A fonte do pensamento humano que seu tributo traz
Das águas...
(...)
O Mont Blanc ainda brilha no alto: - o poder está aí,
O poder sereno e solene de muitas paisagens,
E muitos sons, e muito de vida e morte....
...A força secreta das coisas
Que governa o pensamento, e para a cúpula infinita
Do céu é como uma lei, habita em ti!
E o que eras tu, e a terra, e as estrelas, e o mar,
Se para a imaginação da mente humana
Silêncio e solidão eram vazios?".

VELEIROS EM HAMBURGO - 1899

 

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4252942505/in/dateposted/

Bela imagens de veleiros atracados no Porto de Hamburgo no ano de 1899. 

É um cenário que faz lembrar os grandes veleiros que atracavam no Porto do Rio Grande ao longo do século XIX. 

A partir da década de 1840 começam a surgir os vapores que são uma revolução no transporte marítimo. Não dependem do vento e, sim, da queima de carvão mineral, isto lhes dotava de maior autonomia e velocidade para as viagens marítimas. Porém, são das primeiras contribuições (ao lado das fábricas) para a emissão de CO2 e gases do efeito estufa. Já os veleiros, estavam com o vento em popa e a proa no futuro: a uso da energia eólica não poluente.  

Card alemão do Chocolate Stollwerck's de 1899. 

FERROVIA NO VESÚVIO

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4267798973/in/photostream/

 

Card alemão da Liebig editado no ano de 1914. A série é sobre "Ferrovias na Montanha". 

 A imagem mostra uma Ferrovia no Vesúvio. É um local que recebe turistas, pois um homem está com uma luneta (aluguel) para visualizar o vulcão e outro está vendendo frutas. A mula também é um meio de transporte para a escalada ou passeios na área. 

O projeto para construção de uma linha ferroviária ligando Nápoles ao Vesúvio teve início em 1896 e foi inaugurada em 1903. Em 1906 uma erupção danificou os trilhos, mas, foi rapidamente concertados com a ampliação de mais um terminal inaugurado em 1913. Os eletromotrizes poderiam levar até 34 passageiros. 

O Vesúvio é um extratovulcão (formato de cone, íngreme e por vezes com explosões violentas) que se localiza a nove quilômetros da cidade de Nápoles na Itália. A mais famosa de suas erupções foi em 79 d.C. quando soterrou as cidades romanas de Pompéia e Herculano. Inúmeras erupções foram registradas desde o ano 1.800 a.C. sendo as duas últimas em 1929 e 1944. Portanto, há oitenta anos o Vesúvio está em relativo silêncio. É tido como um dos vulcões mais perigosos do mundo devido a intensidade de algumas de suas erupções e por viverem 3 milhões de pessoas em sua proximidade. 

WILLIAM TURNER

 

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4276390970/in/photostream/

O pintor Joseph Mallord William Turner pintou The Fighting Temeraire em 1839. Esta é uma das pinturas favoritas dos britânicos e mostra o navio HMS Temeraire sendo rebocado para o sudeste de Londres onde será sucateado em 1838. Este navio de guerra participou da Batalha de Travalgar em 1805 (vitória naval inglesa frente aos franceses de Bonaparte). Porém, nesta batalha morreu o Almirante Nelson, o maior nome do Almirantado Inglês. 

Turner se especializou em pintar perspectivas atmosféricas, meteorológicas e efeitos de luz. Ele deixou registros de um fenômeno climático que foi o "ano sem verão" em 1816. Erupções no Monte Tambora (Indonésia, 1815) lançaram excepcional volume de partículas na atmosfera provocando anomalias climáticas (aerossóis presentes na atmosfera). O céu ficava alaranjado ou avermelhado no fim do dia. O frio excessivo destruir grande parte da produção agrícola europeia produzindo um período de fome e caos social. 

segunda-feira, 24 de junho de 2024

LUDWIG VAN BEETHOVEN

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4276395140/in/photostream/

 

The Moonlight Sonata ou Sonata ao Luar (Sonata para Piano n.14) foi a primeira audição que fiz de Ludwig van Beethoven.

A mídia era um disco de 78 rpm de meu avô que escutei em 1975. A impressão foi intensa e não tinha noção de quem era seu compositor. 

Quando compôs a Sonata, Beethoven estava em profunda crise. pois sofria de perda de audição que o angustiava. Ele previa o fim de sua carreira e do seu sustento. Neste período, também pensou em casamento com Giulietta Guicciardi, mas a jovem aristocrática estava distante de sua classe social. A introspecção e o peso inicial desta música é interpretado como o momento existencial vivido por Beethoven. 

O nome The Moonlight Sonata foi dado após a morte de Beethoven pelo crítico musical Ludwig Rellstab em 1832, numa analogia do luar tremulando no Lago Lucerna (Suíça). O nome se tornou muito popular. 

Card de 1924 dos cigarros Milhoff

PERCY SHELLEY

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4276390982/in/photostream/

 

Percy Bysshe Shelley publicou o poema Ode to a Skylark (Para uma Cotovia) em 1820. 

A inspiração foi um passeio noturno em Livorno (Itália) acompanhado de Mary Shelley. O poema descreve a aparência e o canto deste pássaro buscando compreender ilusoriamente a natureza e o seu significado. 

Card que circulou nos Cigarros Milhoff em 1924.


Trecho final do poema Para uma Cotovia em tradução de Fernando Pessoa:

"Mas se não tivéssemos
medo, e orgulho, e odiar,
se todos nascêssemos
pra nunca chorar,
nunca ao gozo poderíamos chegar.

Mais que todo o ouro
que um canto descerra
que todo o tesouro
que em livros se encerra,
teu canto ao poeta val’, desdenhador da terra!

Soubesse eu o que goza
tua alma, e tal fora
minha harmoniosa
lírica loucura
que o mundo escutaria como escuto agora".

EDGAR ALLAN POE - 1924

 

https://www.flickr.com/photos/ - cigcardpix. 


Card do ano de 1924 com Edgar Allan Poe com destaque para O Corvo (The Raven). 

O Corvo é um poema narrativo publicado em 1845 que projetou a obra literária de Poe nos Estados Unidos. Se tornou um dos poemas mais conhecidos em língua inglesa. 

O card circulou, há cem anos, na coleção "Men of Genius" anexados nas carteiras de cigarros de J. Millhoff & Cia (Londres). 

Última estrofe do poema em tradução de Machado de Assis:

"E o corvo ahi fica; eil-o trepado
No branco marmore lavrado
Da antiga Pallas; eil-o immutavel, ferrenho.
Parece, ao ver-lhe o duro cenho,
Um demonio sonhando. A luz cahida
Do lampeão sobre a ave aborrecida
No chão espraia a triste sombra; e fóra
D’aquellas linhas funeraes
Que fluctuam no chão, a minha alma que chora
Não sai mais, nunca, nunca mais!".

RIO AMAZONAS EM 1900

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4276856816/in/photostream/

 Série "Os Rios Mais Extensos do Mundo" editado pela Cibils no ano de 1900. 

O card mostra na América do Sul o Rio Amazonas com extensão de 5.700 quilômetros, conforme legenda.

A informação atual é de que o Rio Amazonas possui 6.400 quilômetros de extensão (percorrendo o Peru, a Colômbia e o Brasil) sendo o segundo maior do planeta (Rio Nilo em primeiro) e o maior em vazão de água (60 vezes a vazão do Nilo). As medições ainda são fator de pesquisas e polêmicas. 

A Amazônia tem a maior Bacia Hidrográfica do planeta com 20% da água doce mundial. Um quinto do volume de água doce despejada nos oceanos (no caso deságua no Atlântico) é realizado pelo Rio Amazonas. 

OBELISCO EGÍPCIO EM LONDRES

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/7307491048/in/dateposted/

 

Agulha de Cleópatra se refere a um obelisco em granito vermelho com 21 metros de altura e pesando 180 toneladas que foi levada para Londres em 1877 e colocado às margens do Rio Tamisa no Distrito de Westminster. 

O obelisco foi erguido na cidade egípcia de Heliópolis em 1.450 a.C a mando do faraó Tutmés II. Duzentos anos depois, foram esculpidas às inscrições em hieróglifos com vitórias militares de Ramsés II. No ano 12 da Era Cristã foram levados para a Alexandria. O vínculo de Cleópatra com esta cidade egípcia gerou esta associação do obelisco com a famosa rainha. Porém, Cleópatra morreu no ano 30 antes do nascimento de Cristo. Portanto, quarenta e dois anos antes da chegada do obelisco em Alexandria. 

Um segundo obelisco, "gêmeo" ao levado para Londres, foi colocado no Central Park, Nova Iorque, no ano de 1881. 

Card no Player's Cigarretes do ano de 1931. Série Picturesque London

ABADIA GÓTICA DE WESTMINSTER

 

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/7307507694/in/photostream/

Card de 1931 do Joker's Cigarretes com a série "Picturesque London". 

The Towers of Westminster remete a Abadia de Westminster com arquitetura gótica. Neste local, coroação e sepultamento de monarcas ingleses se tornaram uma tradição iniciada com a coroação de Guilherme, o Conquistador em 1066. Mais de 3.300 pessoas estão enterradas na Abadia. 

Em 960 foi instalada uma comunidade de monges beneditinos no local. A primeira edificação foi no estilo românico e se denominava Abadia de São Pedro. Em 1215 começou a construção atual que se caracterizou pelo estilo gótico. A construção só foi finalizada em 1722.  

domingo, 23 de junho de 2024

TURFE EM 1899

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4327180697/in/dateposted/

 Card alemão do chocolate Stollwerck'sche editado em 1899. 

Mostra uma corrida de cavalos ou Turfe esporte que surgiu na Inglaterra no século XVII. 

Na imagem do final do século XIX se observa que além do esporte e das apostas, o espaço do Turfe se prende as sociabilidades e requinte das elites. Pelo menos é o que se buscou mostrar neste cartão. 

BEIRA-MAR NA ALEMANHA EM 1910

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4534996448/in/dateposted/

 Card alemão da Hartwig & Vogel com o Tell-Chocolade

Uma cena idílica à beira-mar numa praia alemã em 1910. O relaxamento é supremo e parece intocável. Quem não dorme está em estado zen. 

O título Süsses Nichtstun seria algo como "o doce sabor em não fazer nada".  

PORTO DE LISBOA EM 1900

 

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4570645484/in/photostream/

Card francês de 1900 editado pela Biscuits Pernot com o tema "Les Grands Ports du Monde". 

Observamos uma imagem artística do Porto de Lisboa localizado no encontro das água do  Rio Tejo com o Oceano Atlântico. Em destaque está a Torre de Belém (1520) com uma bandeira de Portugal. 

Este porto foi fundamental para viabilizar as grandes navegações portuguesas e a colonização na América, África e Ásia. 

Em 1887 iniciaram as obras de modernização que dotaram o Porto de Lisboa da capacidade de ampliar consistentemente a movimentação de mercadorias. 

Deste porto partiram, ao longo de cinco séculos, para o Brasil cerca de 2 milhões de portugueses que foram essenciais na definição da identidade brasileira. 

No presente, o Porto de Lisboa está no cruzamento das principais rotas de comércio internacional e também dos cruzeiros marítimos. 

PORTO DE BUENOS AIRES EM 1900

 

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4570643586/in/photostream/

Card francês com os Grandes Portos do Mundo editado pela Biscuits Pernot em 1900. 

A imagem é de um pequeno trecho do Porto de Buenos Aires em que foi realizada uma obra monumental para o período. Entre 1887 até 1897 foi construído um porto moderno e amplo que fez esquecer o porto antigo que estava totalmente defasado para receber um intenso fluxo de vapores. A economia Argentina cresceu vertiginosamente até o final do século XIX e o porto estava estagnado. 

O empresário responsável pela construção foi Eduardo Madero. Daí a origem para a denominação até hoje utilizada de Puerto Madero

NOITE TEMPESTUOSA DE JUNHO

https://metsul.com/radar, 23-06-2024 00h30. 

Madrugada do dia 23 de junho com atmosfera muito turbulenta. Trovões, raios e chuva forte assolam a cidade do Rio Grande e o Sul do Rio Grande do Sul. 

O dia 22 foi de calor. A praia do Cassino e Avenida Rio Grande estavam cheias. Parecia um dia de verão, pois fazia 25 graus. Imaginei que o resultado não seria promissor. Calor fora de época é combustível para intensificar as tempestades que chegam alimentadas por uma frente fria. 

A imagem de radar meteorológico e do radar de raios evidencia a turbulência e absurda atividade elétrica.

https://metsul.com/raios/ 23-06-2024, 02h22. 


Nesta noite de sábado, dia 22, fiz esta fotografia da lua envolta por nuvens que já prenunciavam o mal tempo. Um comensal da morte se estende ocultando a lua. 
 
Luiz Henrique Torres, 22-06-2024. 


Esta fotografia mostra este navio começando a acessar os Molhes da Barra. Ele está parcialmente encoberto por uma neblina que cobria ou encurtava, no horizonte, o toque do céu com o mar. 

Luiz Henrique Torres, 18-06-2024. 


Outra imagem, remete a esta falsa tromba d'água (tornado na água) que o fotógrafo se interessou. Em tempos de eventos extremos qualquer movimento no céu já desperta a curiosidade e o receio da próxima praga do Antigo Egito que está chegando. 

Luiz Henrique Torres, 16-06-2024. 

ILHA DA MADEIRA

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4691087500/in/dateposted/


 Card da Chocolaterie D'Aiguebelle editado no ano de 1910. 

A Ilha da Madeira é a principal do Arquipélago da Madeira localizado no Oceano Atlântico a sudoeste da Costa de Portugal. A formação geológica é vulcânica. A capital é a cidade de Funchal. 

A Ilha foi colonizada por portugueses a partir de 1425 e a maior parte da população é de origem lusitana. A população atual é de 250 mil habitantes. 

Problemas ligados a monocultura (cana-de-açúcar e vinho) dependente do mercado externo e o grande crescimento demográfico, exerceram uma pressão pela emigração que se tornou um mecanismo "tradicional" e recorrente entre os moradores. Imigração foi realizada com destinos ao Brasil, Argentina, Guiana Britânica, Antilhas Holandesas, Havaí, Austrália, França, Nova York, África do Sul etc.

Esta trajetória é tão marcante que se utiliza o termo "Diáspora Madeirense". 

Em 1747, o rei de Portugal D. João V mandou recrutar casais para povoamento da Ilha de Santa Catarina. A crise econômica e alimentar levou a busca de encontrar novos espaços para o desenvolvimento da agricultura, da pesca e do pequeno comércio.  

Pelo Porto de Funchal milhares de madeirenses vieram para o Brasil e, apenas no período de 1886 a 1899, 14 mil chegaram a São Paulo atraídos pelo trabalho ligado a cafeicultura. 

Reproduzo a seguir o texto publicado na página da Região Autónoma da Madeira (https://ccmm.madeira.gov.pt/index.php/emigracao/historial-da-emigracao) que trata da imigração para o Brasil:

"A emigração madeirense para o Brasil processa-se ao longo de cerca de 500 anos de vagas migratórias. Existiram grandes saídas nos séculos XVII e XVIII e igualmente em finais do século XIX e durante a 1ª metade do século XX.
A ligação da Madeira àquele continente é, provavelmente, anterior à descoberta oficial. Muito possivelmente, teriam partido da Madeira, em inícios ou meados de 1493, as primeiras caravelas que exploraram e demarcaram a localização do território brasileiro, para incorporá-lo na área afecta à coroa portuguesa, definida no Tratado de Tordesilhas, assinado no ano seguinte de 1494.
A Madeira serviu também como modelo para a colonização do Brasil, baseado nas capitanias hereditárias e nas sesmarias.
Já em 1525, Antão de Leme, natural da Madeira, tinha sido o Primeiro Juíz Ordinário de Santa Catarina, segundo nos dá conta Mota de Vasconcelos, em a Epopeia do Emigrante Madeirense"
Nos inícios da segunda metade do século XVI, seguiram para o Brasil vários elementos ligados à cultura açucareira e, nos anos seguintes, indivíduos nascidos na Madeira continuavam a integrar a nova câmara da cidade de Salvador da Baía, registando-se igualmente a presença de madeirenses na área de São Vicente e de Santos. A partir dos meados e finais do século XVI, o Brasil foi o principal destino da emigração madeirense, situação que se manteve até muito recentemente.
A construção do Brasil, a partir do século XVI, fez-se por força da intervenção das gentes do reino, mas também das ilhas. Nos séculos XVI e XVII, a maior intervenção foi de madeirenses, enquanto que no século XVIII, nota-se a dominância de gentes de origem açoriana, para nas centúrias seguintes termos uma distribuição variada.
Nos séculos XVII e XVIII, milhares de famílias partiram para as colónias.
O Brasil apresentava-se como uma terra de enormes oportunidades para os portugueses, sem os perigos que tinham de enfrentar noutras regiões do mundo, atraídos pela exploração do açúcar, do tabaco e, mais tarde, do ouro e pedras preciosas.
Os fluxos migratórios eram suscitados pelas necessidades de mão-de-obra em inúmeras actividades, em especial as relacionadas com o comércio, a indústria, mas também as plantações de café e de algodão. Os emigrantes europeus, incluindo os madeirenses, foram substituindo esta mão-de-obra.
Com a implantação da República em Portugal, a vaga de emigrantes rumo ao Brasil continuou, mas em menor número.
Durante a longa permanência madeirense em terras de Vera Cruz, muitos foram os clubes, associações e missões criadas, sobretudo nas principais cidades costeiras brasileiras, mantendo-se vivo, ainda hoje, um património humano e cultural assinalável".

QUIOSQUE DE TRAJANO

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4708203347/in/photostream/

 Card do Chocolat D'Aiguebelle publicado em 1910. Série Antigos Monumentos (Ancient Monuments). 

Este é o Quiosque de Trajano que foi construído na Ilha de Philae (Alto Egito, próximo a Assuan) por este Imperador romano. Esta Ilha era dedicada a Ísis e com a construção da represa de Assuan (1971), o Quisque de Trajano, o Templo de Ísis e o Templo de Hathor foram transferidos para a Ilha de Agilika. 

O Imperador Trajano governou entre os anos 98 e 117, mandando construir a estrutura com 14 colunas com coroas floridas em homenagem a Ísis e Osíris.

Ilha de Philea em ilustração de David Roberts em 1838. Se observa os templos e outrs estruturas e o Quiosque de Trajano. 

A AMPULHETA E O TEMPO

 

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4606229289/in/photostream/

Card belga da Liebig editado no ano de 1905. Mostra um intelectual grego refletindo sobre algum tema e tendo a sua frente uma ampulheta. 

Sablier ou a Ampulheta é um objeto muito antigo para medir o tempo. O tempo transcorrido para a areia passar de um lado a outro das âmbulas correspondia a tantos minutos. 

Referências ao uso das ampulhetas recuam a Grécia Antiga e ao Egito quando a água era utilizada e não a areia. Um ponto de referência confiável sobre a origem e seu uso remete ao monge francês Liutprand que no século VIII utilizou na Catedral de Chartres na França. A partir da primeira metade do século XIV sua utilização se popularizou para além dos muros dos mosteiros. 

Na Idade Média a ampulheta passa a ser associada com a transitoriedade da vida que se escoa tal qual a areia. O timoneiro da transitoriedade é a morte representada como um esqueleto com uma foice numa mão (ceifar a vida) e a ampulheta na outra (o seu tempo acabou). 

sábado, 22 de junho de 2024

SIR RICHARD BURTON

 

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4726756258/in/dateposted/

Card da empresa  Pattreiouex Cigarettes, com a série Builders of the British Empire, ano de 1929. 

Sir Richard Burton (1821-1890) foi um escrito e explorador inglês que levantou ampla documentação e relatos sobre suas aventuras e observações em países da África e Ásia. Foi um dos pioneiros nos estudos etnológicos dominando 29 idiomas e 40 dialetos. A trajetória de experiências diplomáticas e antropológicas fez dele um dos personagens mais extraordinários na capacidade de transitar entre o mundo europeu, asiático e africano. Suas pesquisas no Oriente resultaram na publicação de Kama Sutra e de O Livro das Mil e uma Noites (baseado na edição Indiana de Calcutá impressa entre 1839-1842). Lendas indianas também foram publicadas em livro, inclusive, sobre vampirismo na Índia (Vikram e o Vampiro). Autores defendem que nenhum ocidental teve tantas informações etnológicas  e conhecimentos cotidianos sobre culturas distintas quanto Richard Burton. 

A amplidão de conhecimentos do autor em relação a muitas culturas em que conviveu, poderia ser ainda muito maior: assim que morreu, sua esposa incinerou a documentação que ele acumulou em quarenta anos de viagens. 

Sir Richard Bourton. 

PESCARIA DE CANIÇO EM 1899

 

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4757100699/in/photostream/

Card alemão da Liebig editado no ano de 1899. 

Se no Rio Grande do Sul é/era comum a gurizada pescar lambaris, na Alemanha e partes da Europa, os pequenos peixes a serem pescados de caniço são outros. A família é a Cyprinidae e o gênero é o Gobio. 

O Gobio tem 46 espécies e a maioria são peixes pequenos com até 12 cm de comprimento. Fisgá-los é um ótimo passatempo como o card busca evidenciar. 

PESCA DE ARENQUE

 

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4757100705/in/photostream/

Card Liebig de 1899 editado na Alemanha. 

A imagem é de uma pescaria com rede, possivelmente, realizada por pescadores alemães no Mar Báltico. 

O Häring ou Herring é o peixe Arenque. Registros históricos de 5.000 anos já mostram o consumo do Arenque que é característico do Atlântico Norte, Mar Báltico e Pacífico Norte. 

Este peixe do gênero Clupea é constituído por mais de duzentas espécies e se deslocam em grandes cardumes para a Europa e América do Norte na primavera. Sua captura é importante fonte de renda e hábito cultural de consumo gastronômico de várias comunidades. Fazem parte da culinária germânica, escandinava, dos Países Baixos, dos Países Nórdicos, judaica, japonesa etc. 

A qualidade nutricional, rica em ácidos graxos, torna o arenque um peixe saudável e de baixo custo para o consumo. No Brasil, poderia ser comparado com a sardinha. 

Em região de colonização alemã no Sul do Brasil, o hábito do consumo de Rollmops ainda se faz presente. O Romópis é um prato alemão constituído por um filé de Arenque na conserva enrolado em forma cilíndrica em torno de um pedaço de pepino, azeitona ou cebola. Como não há Arenque no Brasil, é utilizada a sardinha para a mesma função. 

Recordo das histórias de minha mãe que trabalhou (por volta de 1950-55) com a irmã que era ecônoma no Clube Aliança de Santa Cruz do Sul, de que fazia Rollmops para os frequentadores nos bailes ou atividades sociais. Que recebiam tonéis com sardinha salgada e que faziam uma adaptação à iguaria tradicional da Alemanha. Não recordo o recheio utilizado. O desesperador, ela me relatou, é que o consumo era tão voraz que a produção nunca era suficiente frente a comilança acompanhada por cerveja ou chopp. 

PESCA DE CAMARÃO

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4757100693/in/photostream/

 

Card alemão da Liebig publicado em 1899. 

Observamos um crustáceo muito conhecido em Rio Grande e relevante para economia dos pescadores artesanais da cidade: o camarão.

Em alemão, Garnele é Camarão e está sendo pescado junto a costa litorânea utilizando passaguás. Levam cestos para colocar os camarões. Esta forma de pescar camarão não é utilizada em Rio Grande. 

Em Rio Grande a espécie encontrada é o camarão-rosa Farfantepenaeus paulensis e a pesca realizada nas enseadas rasas do estuário da Lagoa dos Patos. O método mais usado é a rede de saquinho presa a estacas no período noturno e a colocação de uma luz (lampião à gás) para atrair os camarões para ficarem presos em seu interior. Outras formas de pescar camarão no estuário também são utilizadas sendo algumas proibidas como é o caso da rede arrasto manual ou motorizado.

PESCA COM TARRAFA EM 1899

 

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4757100683/in/photostream/

Card alemão da Liebig do ano de 1899.

Kleiner Weissfisch em alemão é "pequeno peixe branco". O termo peixe branco pode indicar várias espécies de captura comercial. 

Na imagem do card, homens em canoas estão pescando com tarrafas em um rio que cruza uma cidade da Alemanha.

Minha hipótese é que se trata do Arenque pela semelhança com estes peixes que nadam em cardume favorecendo a pesca com a tarrafa. 

O Arenque é uma das espécies mais capturada no mundo e, no presente, representa cerca de 2 bilhões de quilos pescados por ano. A importância econômica deste peixe lhe dotou o apelido de "a prata do mar". 

sexta-feira, 21 de junho de 2024

PEQUINÊS EM 1924

 

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4862829682/in/dateposted/

Série da Ardath Cigarettes mostra os "Cães Campeões" em 25 cards. 

Este é o ano de 1924, portanto, há cem anos. 

Pousando para a fotografia está o Campeão Fu-Yuh de Alderbourne (Inglaterra) um legítimo Pequinês propriedade da senhorita M. Ashton Cross.

O Pequinês é um cão oriundo da China e com registros a cerca de 4.000 anos. No Budismo era considerado um animal sagrado o "leão de Buda" e vivia isolado na Cidade Proibida em Pequim. A partir de 1860, com saques realizados por tropas britânicas na Cidade Proibida, cinco destes cães foram levados para a Inglaterra. A Rainha Vitória recebeu uma fêmea. 

Importações de pequinês da China foram realizadas na década de 1890 formando aos poucos a criação britânica desta raça que foi a referência para o Ocidente. Em 1894 foi realizada a primeira exposição da raça e o primeiro clube criado em 1904. Na China a raça estava quase extinta e os chineses tiveram de adquirir exemplares de ingleses e australianos. 

No Brasil as importações foram significativas a partir dos anos 1950. Entre as décadas de 1960-70 se tornou o cão mais popular de pequeno porte. Quem na época não teve ou quis ter um pequinês? 

E por falar em pequinês, não poderia faltar o Calvin. Um companheiro inseparável e fiel. 



MULHER BRASILEIRA OU ESPANHOLA EM 1900

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4928925054/in/dateposted/

 
A empresa alemã Boon's Dutch Cocoa (Berlin) lançou a série "The Home of Flowers" com doze cards no ano de 1900.

A planta escolhida para o Brasil (Brazil) foram duas espécies de orquídeas. 

O título é Die Heimat der Blumen Brasilien ou A Casa das Flores - Brasil.

Podemos observar a mulher brasileira que nada mais é que a caricatura de uma mulher espanhola em suas roupas, cabelo e flores no cabelo. Seja na França ou na Alemanha, o Brasil é pensado como uma colonização espanhola a mais na América do Sul. Isto evidencia como outros países europeus conheciam pouco sobre a história de Portugal e de suas colônias. 

ESTREITO DE GIBRALTAR

 

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4946479750/in/dateposted/

Série belga da Liebig com o tema dos "Estreitos da Europa" foi publicada em 1906. 

O Estreito de Gibraltar liga o Mar Mediterrâneo com o Oceano Atlântico entre a Espanha e o Marrocos (noroeste da África). São 58 quilômetros de comprimento e 13 quilômetros de largura no ponto menos largo. 

A mitologia grega explica a formação do Estreito devido a ação de Hércules que separou a formação rochosa com os braços permitindo o escoamento da água e a circulação entre o Mediterrâneo e o Atlântico. 

JERUSALÉM EM 1900

 

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4993853598/in/photostream/

Card do cigarro Player's do ano de 1900. 

Esta imagem quase bucólica de Jerusalém parece inacreditável frente ao cenário atual. 

Em 1896 a população era de 45 mil habitantes. Em 2024 é de 971 mil. 

Os turcos-otomanos conquistaram Jerusalém em 1517 e permaneceram até 1917 quando passou para o controle Britânico. Em 1900, quando desta imagem, a cidade ainda era parte do Império Turco Otomano. 

A fotografia a seguir é de Jerusalém no ano de 1900:

https://rarehistoricalphotos.com/jerusalem-ottoman-rule-pictures-1900-1918/

No presente é uma das áreas mais tensas e disputadas do planeta. Um local de raízes históricas para o Judaísmo, o Islamismo e o Cristianismo. 

Abaixo, a Igreja do Santo Sepulcro em 1915:

https://rarehistoricalphotos.com/jerusalem-ottoman-rule-pictures-1900-1918/

GOETHE E AS ANGÚSTIAS DO PRESENTE

 

Cardão alemão de 1901 que acompanhou os cigarros Ogden's. https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/5131637928/in/photostream/

Johann Wolfgang von Goethe é considerado o mais importante escritor alemão. 

Ele cultuava a estética da antiguidade clássica e o retorno do ser humano a natureza. Viveu num período de grandes conflitos entre as revoluções burguesas e a decadência das aristocracias e monarquias absolutistas. Um período de forte nacionalismo e militarismo, especialmente, entre França e Inglaterra. 

O crescimento industrial e urbano, o avanço das técnicas, começa a mudar o perfil civilizatório frente ao avanço do domínio do planeta entre o final do século XVIII e as primeiras décadas do século XIX. Os limites da revolução e do conservadorismo, os avanços do liberalismos econômico e as contradições do liberalismo político, trazem um período de instabilidade e perda de referenciais na arte de viver a vida cotidiana. Os princípios de moralidade vão sendo atropelados frente ao crescimento da acumulação capitalista e os receios do papel da ciência na modelagem do mundo. 

Temas como limites da ciência e o lugar da religião/fé se convertem em questionamento para os pensadores europeus destas primeiras décadas do século XIX. Um exemplo é Mary Shelley com Frankenstein e a crítica ao cientificismo sem princípios éticos. A desumanização poderia produzir monstros.  

Goethe é um destes pensadores, que influenciou de forma marcante o século XIX, buscando apegar-se às sensibilidades e limites do ser humano frente à uma época avassaladora em mudanças. Época em que se passa a acreditar no crescente domínio da natureza através da técnica e da razão instrumental. 

Nos escritos de autores como Goethe se sente a "angústia do tempo presente que os atormenta". Os resultados de processos históricos ocorridos nestes dois últimos séculos, estamos, no presente, colhendo as folhas maduras destas angústias.  

LORD BYRON

https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/5131639786/in/photostream/

Cartão colecionável dos cigarros Ogden's publicado em 1901. 

Uma imagem de Lord Byron foi reproduzida fotograficamente a partir de uma pintura. Afinal, a fotografia só surgiu no final da década de 1830. 

Byron teve uma grande relevância na construção da poesia romântica inglesa fundada na angústia e pessimismo frente ao surgimento da modernidade burguesa. O herói romântico se lança a defesa intransigente de valores ligados a liberdade e a defesa de ideais humanistas greco-romanos. A vida é uma transitoriedade a ser vivida intensamente frente as fugidio da impassível passagem  biológica. No Brasil, influenciou no surgimento da geração romântica do Mal do Século com destaque para Álvares de Azevedo. 

Neste ano de 2024 completou 200 anos da morte de Lord Byron ocorrida em abril de 1824.