Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

quarta-feira, 30 de junho de 2021

NOVALIS

São Paulo: Sebo Clepsidra, 2020. 

 

"Agora sei quando será a última de todas as manhãs - quando a Luz não mais espantará a Noite e o amor - quando o sono eterno se igualará a um sonho uno, interminável" Novalis (1800). 


São Paulo: Sebo Clepsidra, 2020.


Georg Philipp Friedrich von Hardenberg, Novalis, nasceu na Alemanha em 2 de maio de 1772 e faleceu de tuberculose em 25 de março de 1801. 

Poeta, romancista, filósofo, geólogo, engenheiro, matemático... Novalis é considerado um dos mais destacados representantes dos primórdios do romantismo alemão. 

Como destacou o crítico literário Gyorgy Lukács "Novalis é o único poeta verdadeiro da Escola Romântica (...) A vida e obra de Novalis - formam um todo indivisível, e como tal são símbolos da totalidade do Romantismo".   

Fiz a leitura do clássico de Novalis "Hinos da Noite" publicado originalmente no ano de 1800 na revista Athenaeun que era organizada por jovens intelectuais da cidade Jena. 

A edição do Sebo Clepsidra é de qualidade gráfica elogiável e com fundamentais esclarecimentos da obra realizados por Felipe Vale da Silva (tradução e posfácio), Claudio Willer (apresentação) e Filipe Florence Rios (colagens). É uma edição bilíngue (alemão-português).  

Os esclarecimentos contribuem para a compreensão parcial de um escrito difícil e sem respostas óbvias. Por isso mesmo, capta a essência do espírito romântico que veio para desconstruir a racionalidade iluminista e a previsibilidade. 

Leitura essencial pois é um autor que demarca a mudança de perspectivas de leituras "de mundo e sobre os sentidos humanos" e que influenciou dezenas de escritores do século XIX. 


Filipe Florence Rios (colagens).

Filipe Florence Rios (colagens).

terça-feira, 29 de junho de 2021

CICLONE

 

Ciclone em postagem do dia 29 de junho de 2021. https://metsul.com/ciclone-incomum-na-costa-chama-atencao-do-mundo-e-suscita-polemica/

Em Rio Grande estamos sentindo os efeitos dos fortes ventos que estão levando a sensação térmica para próximo de zero grau. É a conjugação de dois eventos: a poderosa massa de ar polar e a presença de um intenso ciclone extra-tropical na altura do Rio da Prata ao leste do Uruguai e se deslocando para o litoral brasileiro. Ao meio-dia desta terça-feira o olho do ciclone está distante em alto-mar (uns 400 quilômetros) e o limite de sua espiral está tocando o litoral na altura do Chuí. 

Entre a tarde e a noite de segunda-feira o ciclone "ganhou organização e passou a apresentar convecção ao redor do seu centro de circulação, inclusive formando um olho" ( https://metsul.com/ciclone-incomum-na-costa-chama-atencao-do-mundo-e-suscita-polemica/). 

Ou seja, um "olho de pré-furacão".

Detalhe do ciclone com o olho central. 


A Diretoria de Hidrografia Naval da Marinha do Brasil (DHN) classificou o ciclone como uma tempestade subtropical, ou seja, um sistema que se aproximou do tropical. A agência meteorológica dos Estados Unidos o classificou como tropical o que é raríssimo para nossa região ainda mais num período de inverno. A saudável polêmica entre meteorologistas está posta e a Metsul interpreta como um ciclone extratropical. 

Maiores informações no endereço: https://metsul.com/ciclone-incomum-na-costa-chama-atencao-do-mundo-e-suscita-polemica/

*Em tempo: O "coqueiro meteorologista" que está sacudindo desvairadamente desde ontem e se equilibrando num ar em movimento com rajadas de até 80 km/h, acompanha a interpretação da Metsul. Ele quer acreditar que as pragas do antigo Egito, adaptadas ao pampa gaúcho (pandemia, massa polar e furacão), não podem desembarcar todas de uma vez.  

Coqueiro meteorologista em 29-06-2021. 


FRANKENSTEIN DE MARY SHELLEY

 

Edição de 1831 de Frankenstein de Mary Shelley. Acervo: Universidade da Pensilvania. 

A primeira edição de Frankenstein, publicada em 1818, não foi assinada por Mary Shelley , pois uma mulher escrever uma obra desta profundidade e com esta temática poderia causar uma reação negativa neste período.

Acreditava-se que o autor era Percy Shelley um dos grandes poetas ingleses do seu tempo.  Porém, a partir da segunda edição Mary Shelley assina como autora de um dos livros mais importantes da literatura de horror.

Com componentes góticos e de ficção científica na narrativa, os limites da vida e da morte são flexibilizados e o direito do saber médico buscar a criação da vida e questionar o poder que era considerado monopólio de Deus parece um sacrilégio. A proposta inicial de uma história de fantasma transcendeu para uma reflexão sobre a manipulação da vida a partir do conhecimento e suas consequências éticas.

Questões sobre o bom selvagem de Jean-Jacques Rousseau estão presentes em Frankenstein: a rejeição da sociedade levou a criatura - construída com restos de corpos roubados de cemitérios-  a se tornar um assassino e ter a sua maldade despertada. Mary Shelley também questionou o  desenvolvimento iluminista que sacraliza a ciência como único caminho confiável, podendo conduzir a uma pretensão divina de poder, criando o dogma da ciência.


Mary Shelley. 

segunda-feira, 28 de junho de 2021

LOBISOMEM (1828)

Capa de O Lobisomem de Richard Thomson. Sebo Clepsidra, abril de 2021. 

 De forma tardia os lobisomens tiveram expressão literária. 

A mitologia greco-romana e canções medievais deixaram vestígios de sua crença. 

Porém, literariamente, ocorreu um silêncio sobre os lobisomens até a publicação de Tales of an Antiquary (1828). Nesta série de contos, um se chamou The Wehr-Wolf e seu autor era um bibliotecário e antiquário londrino Richard Thomson. 

Este conto foi publicado na coleção "Raridades do Conto Gótico" (Sebo Clepsidra, abril de 2021) com o título O Lobisomem: uma lenda do limusino. A apresentação foi escrita por Cid Vale Ferreira e contextualiza a importância da obra como o primeiro registro de lobisomens no gênero conto. Segundo Cid, este conto de Thomson estabelece alguns dos princípios que marcaram o personagem literário: "o lobisomem é caracterizado como um proscrito, um pária antissocial, um indivíduo que habita os limites entre a civilização e os rincões da natureza selvagem". Outros aspectos que serão recorrentes, é o caráter contagioso da maldição e um membro decepado (como o braço) traria a fera a forma humana novamente.    

Portanto, na busca das raízes literárias da construção narrativa do lobisomem, Richard Thomson no ano de 1828 é um referencial essencial a ser visitado.  

Marcador de página do conto Lobisomem.
Distribuído aos membros do clube de assinaturas da Editora Sebo Clepsidra.  

POTENTE MASSA DE AR POLAR

 Nesta noite de domingo, 27 de junho, a massa de ar polar continua a ingressar no Rio Grande do Sul. A sensação térmica em Rio Grande é de 2 graus com vento fraco. Nos próximos dias o vento será forte e a sensação deverá ser alguns graus abaixo de zero!

A previsão entre segunda e quarta-feira é a intensificação do frio devido a um intenso ciclone no Rio da Prata que vai provocar fortes ventos e sensação térmica negativa. O Oceano ficará muito agitado com ressacas que podem fortes e provocar erosão costeira.  As geadas podem alcançar grande parte dos municípios do Sul do Brasil

Essa massa de ar polar tem trajetória continental e chegará com intensidade até o Mato Grosso e Goiás.

No Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina poderá ocorrer neve nas áreas mais elevadas como os Campos de Cima da Serra até o Planalto de Palmas. Chuva congelada poderá ser um fenômeno ainda mais comum em áreas que não nevar.  

Manter o aquecimento corporal é essencial para não reduzir as defesas do organismo neste período pandêmico. 

Dias congelantes nos aguardam. 

Maiores informações podem ser obtidas na Metsul: 

 https://metsul.com/poderosa-massa-de-ar-polar-chega-ao-brasil-com-chance-de-neve-no-sul-do-pais/

Não esqueçam de também aquecer os quatro-patas. Calvin e Elisabete. 

domingo, 27 de junho de 2021

AS RUÍNAS DA ABADIA (1801)

 

https://www.seboclepsidra.com.br/

Na apresentação do volume 3 da coleção Raridades do Conto Gótico, As Ruínas da Abadia de Fitz-Martin, Cid Vale Ferreira afirma que o livreto Romances and Gothic Tales (1801) foi uma das principais "portas de entrada ao universo antes elitizado da literatura gótica em seu tempo". O lançamento destas publicações "baratas, geralmente com 36 ou 72 páginas, ofereciam ao público leitor de baixa renda os calafrios anteriormente restritos aos dramas e romances góticos". 

Uma das seis narrativas do Romances and Gothic Tales é As Ruínas da Abadia de Fitz-Martin escrita pelo inglês Thomas Isaac Horsley Curties e que era um admirador de Ann Radcliffe. 

Os componentes góticos estão ligados a viagem noturna de um grupo por uma floresta distante e sombria, a chegada numa abadia abandonada, "as tentativas de arrombamento de portões enferrujados, corredores tomados por teias e a descoberta de masmorras que são verdadeiros ossários ornados por ferramentas de tortura". 

Seguindo na contextualização do conto realizada por Cid Vale Ferreira "habilmente, o autor guia o leitor passo a passo por um ambiente que, idealizado no passado como um espaço acolhedor e sagrado, sofreu profundas transformações devido às crueldades e profanações perpetradas no decorrer de sua história, ações essas responsáveis por fazer com que um local de sublimação pela fé se transformasse em um temido e evitado antro de terror".  

Temos mais uma raridade esquecida que me trouxe uma grande satisfação em descobri-lá e degustar o ambiente gótico dos primórdios dos oitocentos. 



Marca página encartado na série Raridades do Conto Gótico. https://www.seboclepsidra.com.br/


RARIDADE DO CONTO GÓTICO - A FREIRA (1801)

 

https://www.seboclepsidra.com.br/

A edição extra do Raridades do Conto Gótico (https://www.seboclepsidra.com.br/) lançada em janeiro de 2021 traz a continuidade do conto As Ruínas da Abadia de Fitz-Martin assinada por T. I. Horsley Curties. 

O conto é A Freira Sangrenta do Mosteiro de Santa Catarina e foi publicada na antologia Romances and Gothic Tales (1801). A estratégia narrativa é remeter a  leitura de um documento antigo para dar veracidade ao relato dos horrores vividos por personagens naquela abadia. 

Conforme enfatizado pelo editor Cid Vale Ferreira na apresentação "o documento lido ecoa o lugar-comum
do manuscrito encontrado, recurso marcante tanto do primeiro romance gótico - O Castelo de Otranto (1764), do inglês Horace Walpole- quanto o de outros expoentes desta tradição". Esse expediente tem um triplo objetivo: "ele traz um pano de fundo histórico  que reforça a verossimilhança das lendas sussurradas no primeiro excerto, ele ressignifica a goticização do cenário ao atestar como uma série de crueldades passadas ali fez dele um local amaldiçoado (o locus horrendus ou locus terribilis) e, por  fim, ele justifica o caráter fragmentário do storytelling dessas duas narrativas curtas, oferecendo ao leitor uma sensação de desfecho que prescinde de um enredo que percorra todas as etapas de uma sequência narrativa tradicional" (Cid fez uma análise comparativa de A Freira e As Ruínas). 


Marcador de página. https://www.seboclepsidra.com.br/

sábado, 26 de junho de 2021

FANTASMAGORIANA

Capa de Fantasmagoriana. Sebo Clepsidra e Aetia. In: https://www.catarse.me/projects/133258

 Retomando a disciplina História e Terror que ministro na Furg, as leituras literárias góticas se intensificam. 

Participo das campanhas do Catarse para financiamento coletivo de obras. Porém, não fui atento para o financiamento de uma campanha de publicação do livro Fantasmagoria que é uma coletânea francesa de 1812 que reuniu oito narrativas alemãs de fantasmas. 

Quando percebi a campanha havia sido encerrada e agora é esperar agosto para comprar diretamente no site do Sebo Clepsidra

Fantamagoriana, livro inédito no Brasil, é aquele citado por Mary Shelley na edição de Frankenstein de 1831 e foi uma das fontes de inspiração para criação do "Prometeu Moderno". 

Villa Diodati, gravura de W. Brochedon (1832). In: https://www.catarse.me/projects/133258

No verão "invernoso" de 1816, Mary, Percy Shelley, John Polidori e Lord Byron ficaram alguns dias confinados na mansão de Vila Diodati junto ao Lago Genebra. O resultado foi o nascimento do Vampiro moderno escrito por Polidori e da obra Frankenstein de Mary Shelley.

Conhecer o conteúdo de Fantasmagoriana é juntar algumas peças a mais no quebra-cabeça da inspiração narrativa para criação de dois monstros que há duzentos anos influenciam a literatura, o cinema, os graphic novel etc. 

Apel, Clauren, Musäus e Laun. Autores das narrativas.  In: https://www.catarse.me/projects/133258


A PANDEMIA

Estamos vivendo um marco referencial na história do planeta!

A cronologia não pode prescindir de um A.P e um P.P. 

O Antes da Pandemia (A.P.) e o Pós-Pandemia (P.P.). 

Estamos no intervalo do durante a Pandemia e não sabemos quando chegaremos no P.P. 

Plenamente justificável nos questionarmos sobre os motivos de estarmos vivendo este período de medo, sofrimento e morte!

Investigar qual a origem do mal que nos aflige e que deixará muitas sequelas na saúde e no restabelecimento da vida cotidiana, é um exercício necessário e premente. 

Estamos diante de um processo de grandes dimensões e de ocultamentos premeditados. De interesses financeiros e geopolíticos múltiplos. 

Onde estará a verdade? As descobertas serão mais aterradoras que a pandemia?

Neste conto de horror é preciso encontrar as lógicas ainda ocultas que possam explicar os eventos. 

Os resultados já sabemos e que se traduzem em milhões de mortos e centenas de milhões de infectados. 

O futuro no planeta depende da busca desta verdade para evitar que mentiras ainda maiores se transformem em mordaças e grilhões.  

Acabei de lei esta matéria da CNN e compartilho com os leitores as minhas apreensões. 

O link de acesso é: 

 https://www.cnnbrasil.com.br/saude/2021/06/24/origem-do-coronavirus-morcegos-ou-acidente-de-laboratorio

LUAR DE INVERNO

 

Fotografias: Luiz Henrique Torres. 

A lua cheia na noite do dia 24 de junho estava bastante nublada. A nebulosidade do mal tempo ainda estava por se dissipar durante a madrugada. 


A lua cheia na noite do dia 25 de junho se apresentava com uma atmosfera limpa de nebulosidade. Porém, o frio se intensificando fez com que ela ficasse encoberta pela fumaça proveniente da chaminé. Uma típica noite fria do inverno gaúcho se faz presente e da uns tons a um cenário gélido mas aconchegante. 

sexta-feira, 25 de junho de 2021

CATARATAS DO IGUAÇÚ

 

Acervo: Luiz Henrique Torres. 


Na série emitida pelo Brasil Correio denominada "Propaganda Turística" foi lançado em 1937 este selo das "Cataratas de Iguassú" ou "Iguaçú" impressos em Londres. 

Foi a primeira que as Cataratas foram reproduzidas filatelicamente o que voltou a acontecer a partir da década de 1970. 

O rio Iguaçú, "rio grande" na língua Tupi estava exuberante na imagem de 1937. Neste mês de junho de 2021 está mais para um "imirim" ou rio pequeno e Tupi.    

Nos anos de 2020 e 2021, ocorreram períodos em que o nível das águas ficaram tão baixo que a queda d'água desapareceu em vários paredões.  

Cataratas do Iguaçú em abril de 2020. https://correiodoscampos.com.br/wp-content/uploads/2020/04/

RARIDADES DO CONTO GÓTICO

Comecei a assinar o projeto "Raridades do Conto Gótico" um clube de assinaturas do Sebo Clepsidra. 

O formato de bolso ficou muito simpático nesta proposta de contos inéditos e breves. É possível conhecer autores ou contos nunca publicados no Brasil e ampliar a leitura sobre o universo literário gótico setecentista e dos primórdios dos 1800. 

A tradução é de Carlos Primati e a apresentação é de Cid Vale Ferreira.

Comecei a leitura com este conto escocês de Agnes Musgrave. O enfoque são bruxas e observar a forma de abordá-las a mais de duzentos anos é sempre uma viagem temporal a outros imaginários e construções narrativas.


 



quinta-feira, 24 de junho de 2021

VARNEY, O VAMPIRO

 

Varney, o vampiro. Editora Sebo Clepsidra, 2021.
Ótimo exemplo de um penny dreadful inglês publicado entre 1845-1847.


Quero dar as boas-vindas aos acadêmicos inscritos na disciplina História e Terror

Inicialmente, faremos uma abordagem das raízes históricas do vampirismo. 

O terror lendário, documental, literário, cinematográfico e nas graphic novel é o nosso objeto de deleite.
Varney, o vampiro. Editora Sebo Clepsidra, 2021. 

PRIMEIRA FESTA NACIONAL DO TRIGO - BAGÉ


Selo da Festa do Trigo de Bagé, lançado em novembro de 1951. Acervo: Luiz Henrique Torres. 

 Há setenta anos, no mês de novembro de 1951, estava sendo comemorado em Bagé a "Primeira Festa Nacional do Trigo" e também o "Primeiro Congresso Nacional de Triticultura". O crescimento da produção tritícola bageense teve início a partir da instalação em 1929 da Estação Experimental Fitotécnica da Fronteira e a atuação do geneticista e agrônomo sueco Iwar Beckman.  

Um pouco do cenário de Bagé, chamada de "A Rainha da Fronteira" pode ser visto no documentário da Leopoldis-Som e produção da Prefeitura de Bagé disponível no youtube no endereço: https://www.youtube.com/watch?v=8Ctoda-O4sc

O documentário de doze minutos ressalta que o Distrito de Hulha Negra era o maior centro produtor de trigo de Bagé e que foram seis famílias de origem alemã que se estabeleceram na região em 1925 com o objetivo do plantio mecanizado. A área total de plantio em Bagé em 1951 era de 18.000 ha e a colheita de 12 milhões de quilos.  Em 2016 a área de plantio era de apenas 500 ha. 

O documentário mostra o movimento urbano, os festejos e a mecanização no meio rural. Há 70 anos Bagé tinha uma população de 40.000 e hoje são 121.000 habitantes. 

Printei alguns trechos do documentário e reproduzo a seguir:

Documentário Leopoldis-Som, novembro de 1951. 

Cartaz da Festa. 

Trigal nos campos ondulados de Bagé. 

Faixa de saudação aos visitantes. 

Centro de Bagé. 

Centro de Bagé. 

Centro de Bagé. 

Detalhe da placa da Varig que atuava em Bagé. 

Avenida central. 



Mecanização no campo. 

Chegada do governador Ernesto Dornelles em avião da Varig. 

Sindicato Rural. 

Desfile de carros alegóricos e máquinas agrícolas. 

Máquina de colheita de trigo. 

Máquina de colheita de trigo. 

terça-feira, 22 de junho de 2021

VARIG EM 1928


O Boletim Informativo do Museu da VARIG, n.4, reproduziu um folheto datado de 10 de novembro de 1928. Este documento traz dados sobre os primeiros 18 meses da empresa aérea nascida no Rio Grande do Sul e que teve, para sua formação, o aporte de expressivo capital da cidade do Rio Grande.

Até aquela data já haviam ocorrido 400 viagens na Linha da Lagoa (Porto Alegre-Pelotas-Rio Grande) e foram transportados 3.854 passageiros e 24.150 kg de correios e cargas. Os aviões venceram "fortíssimas tempestades" sem ocorrer acidentes. 

Acompanhando as informações estavam estes três anúncios da Varig. No primeiro está pousando o hidro-avião Atlântico. No segundo o Atlântico e o hidro-avião Gaúcho com a divulgação do correio aéreo que era bastante lucrativo; no terceiro o Gaúcho transportando correspondências e mercadorias.  

Boletim Informativo do Museu da Varig, n.4, 1979. 


Boletim Informativo do Museu da Varig, n.4, 1979.


Boletim Informativo do Museu da Varig, n.4, 1979.

O AVIÃO ATLÂNTICO E A VARIG

Boletim Informativo do Museu da Varig, ano I , n.4, 1979.  


O Boletim Informativo do Museu da Varig n.4, dedicou algumas páginas ao primeiro avião utilizado por esta Companhia Aérea. Diga-se que foi o primeiro avião comercial registrado no Brasil e que foi utilizado na Linha da Lagoa ligando Porto Alegre-Pelotas-Rio Grande.

Este documento reproduzido acima remete ao pioneirismo da primeira linha aérea brasileira realizada pelo avião Atlântico
Conforme o Boletim, a Intendência Municipal de Pelotas mandou imprimir 500 envelopes para demarcar a primeira viagem regular do avião Atlântico e os carimbos remetem ao dia 28 de março de 1927 quando a Companhia ainda é a Condor Syndicat que seria, alguns meses depois, comprada pela nova empresa que foi organizada com capital dos rio-grandenses: a Varig. 
De fato, pouco mais de 20 envelopes circularam e este é um destes documentos dos primórdios de uma experiência modal que revolucionou, nas décadas seguintes, a noção de distância e de temporalidade. 

segunda-feira, 21 de junho de 2021

COMPANHIA RIO-GRANDENSE DE SEGUROS

 Quem recorda da Companhia Rio-Grandense de Seguros?

O logo da empresa estava nestes envelopes e a datação de emissão no segundo envelope é de 1955. Se observa no segundo envelope que o endereço é a Rua Benjamin n. 57 ou seja, o edifício Rio-Grandense que foi inaugurado em 1950. 

Acervo: Luiz Henrique Torres. 




Edifício Rio-Grandense em 1955. 

Se esta empresa é a mesma "Companhia Aliança Rio Grandense de Seguros Gerais" ela foi fundada em 1928 e sua de era em Porto Alegre (conforme  Decreto nº 42.764, de 7 de dezembro de 1957). 

Outra hipótese é ser a Companhia Rio-Grandense de Seguros Marítimos e Terrestres fundada em Rio Grande em 1886. 


Ou nenhuma das hipótese anteriores contempla o nosso questionamento?