Capa de O Lobisomem de Richard Thomson. Sebo Clepsidra, abril de 2021. |
De forma tardia os lobisomens tiveram expressão literária.
A mitologia greco-romana e canções medievais deixaram vestígios de sua crença.
Porém, literariamente, ocorreu um silêncio sobre os lobisomens até a publicação de Tales of an Antiquary (1828). Nesta série de contos, um se chamou The Wehr-Wolf e seu autor era um bibliotecário e antiquário londrino Richard Thomson.
Este conto foi publicado na coleção "Raridades do Conto Gótico" (Sebo Clepsidra, abril de 2021) com o título O Lobisomem: uma lenda do limusino. A apresentação foi escrita por Cid Vale Ferreira e contextualiza a importância da obra como o primeiro registro de lobisomens no gênero conto. Segundo Cid, este conto de Thomson estabelece alguns dos princípios que marcaram o personagem literário: "o lobisomem é caracterizado como um proscrito, um pária antissocial, um indivíduo que habita os limites entre a civilização e os rincões da natureza selvagem". Outros aspectos que serão recorrentes, é o caráter contagioso da maldição e um membro decepado (como o braço) traria a fera a forma humana novamente.
Portanto, na busca das raízes literárias da construção narrativa do lobisomem, Richard Thomson no ano de 1828 é um referencial essencial a ser visitado.
Marcador de página do conto Lobisomem. Distribuído aos membros do clube de assinaturas da Editora Sebo Clepsidra. |
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