Jornal Rio Grande, 23 de janeiro de 1960. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
A proposta deste blog é instigar a leitura, o conhecimento e a investigação dos processos históricos. Livros com temas ligados a História do RS e Hist. do Município do Rio Grande estão disponíveis para leitura ou baixar (basta clicar em cima da imagem da capa do livro ou copiar o link com o botão direito do mouse). Também serão abordados temas de "História e Terror", "Literatura Fantástica", "Graphic Novel-HQ" etc. Administradora: Rejane Martins Torres. Facebook: Professor Torres
Porto do Rio Grande em 1908
sexta-feira, 31 de julho de 2020
SUÁSTICAS NO CASSINO
"PRÉ-BARÃO" DE ITARARÉ EM 1919
Jornal Rio Grande, 25 de janeiro de 1919. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
A MORTE DE STÁLIN - HQ
NURY & ROBIN. A Morte de Stálin, Três Estrelas, 2015. |
quinta-feira, 30 de julho de 2020
CENTRO FILATÉLICO
Jornal Rio Grande, 20 de janeiro de 1960. Biblioteca Rio-Grandense. |
UMA IMAGEM ESQUECIDA NO TEMPO
A denominação ”Casa dos Governadores” se refere ao espaço físico onde surgiu o poder administrativo público que comandava todo o Rio Grande do Sul português. Em 13 de agosto de 1760 foi criada a Capitania do Rio Grande de São Pedro e nomeado seu primeiro governador. Porém, já em 1763, com a invasão espanhola da Vila do Rio Grande, a Casa dos Governadores é usada como quartel general pelos espanhóis. Com a retomada portuguesa em 1776, o Tenente-General Heinrich Böhn passa a utilizá-la como Quartel General.
É neste ano que o cirurgião militar Francisco Ferreira de Souza elaborou esta aquarela (Demonstração da Vila de. S. Pedro do Rio Grande) muito conhecida dos pesquisadores. Porém, um detalhe escapou nas observações: a única imagem preservada da Casa dos Governadores está na aquarela! O georreferenciamento é feito pela Igreja Matriz de São Pedro em cuja frente está a Rua Direita (atual General Bacelar) que nos conduz a esquina da atual Rua Comendador Pinto Lima. Poucos prédios estão ilustrados com telhado de telhas, a maioria é de capim santa fé ou material semelhante. Observa-se na esquina um prédio com duas portas e três janelas em sua fachada com a Rua General Bacelar: a Casa dos Governadores nesta aquarela é denominada de Quartel General.
Um deleite visual no presente: estamos observando o primeiro prédio de administração civil do Rio Grande do Sul, comparável, de forma aproximada, com a função exercida, posteriormente, pelo Palácio Piratini em Porto Alegre.
Francisco Ferreira de Souza (1776). Acervo: Biblioteca de Évora (Portugal). |
MISTER NO REVOLUÇÃO, VIETNÃ - HQ
Mister No - Revolução- Vietnã, Panini, 2019. |
quarta-feira, 29 de julho de 2020
FESTA DOS NAVEGANTES
Jornal Rio Grande, 21 de janeiro de 1960. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
A PREMONIÇÃO DOS CUPINS
Jornal Rio Grande, 23 de janeiro de 1960. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
O ELÍSIO - HQ
O Elísio, Renato Dalmaso, AVEC, 2019. |
terça-feira, 28 de julho de 2020
CORES DO CÉU
FECHAMENTO DO FRIGORÍFICO SWIFT
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
O VELHO E O MAR - HQ
Thierry Murat O Velho e o Mar. Bertrand do Brasil, 2017. |
segunda-feira, 27 de julho de 2020
PRÉDIO DO BANCO DA PROVÍNCIA
Medalha emitida no centenário da Banco da Província em 1958. https://levyleiloeiros3.s3.amazonaws.com/imagens/img_m/238/206282.jpg |
CHURRASCO NA PRAIA
Jornal Rio Grande, 26 de janeiro de 1960. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
SAINT-HILAIRE E O RIO DE JANEIRO
Rio de Janeiro. Pintor italiano Nicolau, 1869. Acervo: http://historia.jbrj.gov.br/original/foto0043original.jpg |
domingo, 26 de julho de 2020
TORRE EIFFEL E O BIPLANO
Cartão-postal de Paris. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
Verso do cartão-postal de Paris. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
PONCHO DE MOSTARDAS
EMBARCAÇÕES FRANCESAS NO PORTO DO RIO GRANDE
sábado, 25 de julho de 2020
O CÃO E O LEÃO
CASAS NO MATO
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
Verso do Cartão-postal. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
PHARÓES
Quadro Estatístico e Geográfico da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, 1868. Antonio Eleutério de Camargo. Acervo: Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. |
COBERTORZINHO DE MOSTARDAS
http://www.rgpilots.com.br/ |
MOSTARDAS
Foi um rega-bofe a viagem, que durou três dias, a bordo dum lanchão;
foi outro rega-bofe a estadia, que durou duas semanas, em casa do padrinho.
Mostardas é uma povoação perdida entre areais, junto à
costa do oceano. Gente boa, do bom tempo. Tece o linho, de que faz desde os
enxovais de casamento até as camisas do diário; tece a lã
desde os xergões grosseiros até o picotinho lustroso.
Nesse tempo existia ai uma raça especial de ovelhas que produziam uma
lã tão aquecedora como nunca mais vi outra. Essas ovelhas morriam
muito no verão abafadas na pele, era necessário tosqueá-las
à navalha. A gente que trabalhava com tal lã suava em barba e
ficava com as mãos vermelhas, quentes, fumegando, como se estivesse lidando
com água esperta.
Mas eu, como criançola, pouca atenção dava a estas cousas.
O lanchão amarrou novamente; nele devia eu regressar. Na véspera
da partida, a santa da madrinha arrumou a minha bagagem. Minha, propriamente,
era apenas uma canastra pequena, forrada de couro cru, peludo. O mais eram presentes
que eu levava: um fardo de miraguaia salgada, uma barrica de camarões
secos, uma peça de picote, umas toalhas com renda de bilros, etc.
E para mim, expressamente meu, um cobertorzinho, feito da tal lã das
tais ovelhas especiais. O meu cobertorzinho era pequeno; dava apenas bem para
o meu corpo: muito leve, transparente e felpudinho. Do lado que devia ficar
com os pés tinha duas barras vermelhas e do lado da cabeça tinha
o meu – Romualdo – em letras azuis.
Fiquei encantado! E como já queria utilizá-lo na viagem, emalei-o
atando-o com uma embira larga, descascada a capricho.
Na manhã seguinte, sob bênçãos e lágrimas
dos meus padrinhos, embarquei.
O lanchão içou velas. Ainda uns abanados de mãos, de lenços…
e tudo lá ficou, para sempre, na volta do arroio!
Mal pus os pés em terra, meu pai disse-me que eu marcharia para Bagé…
como caixeiro.
Chorando, entreguei os presentes, as cartas, dei as lembranças, os recados
e os abraços que me confiaram.
Na minha desgraça só o meu
cobertorzinho me consolava. Mal toquei-lhe, para mostrá-lo a minha mãe,
a embira, de ressequida, esfarinhou-se. Não prestei a isso maior atenção,
mas já foi suando que o amarrei com uma ourela de pano piloto.
Minha mãe abanava-se de leque, como em dezembro.
Segui para Bagé. Na chegada, vi que meu patrão era um espanhol
baixinho, gordo e gritão. Pus a canastra ao ombro e marchamos para casa
do negócio.
Fazia frio!…frio!… Que frio fazia!… As fumaças o cigarro do espanhol
ficavam paradas no ar, endurecidas, talvez congeladas… Pouca gente a pé.
Muitos homens a cavalo; emponchados, todos. Na casa, o patrão conduziu-me
ao meu quarto, isto é, ao quarto da caxeirada. Atirei-me sobre o meu
pelêgo. Mas o frio cortava…
Meio de gatinhas, pés duros, canelas duras, ombros duros, mãos
duras, consegui abrira canastra e sacar meu cobertorzinho. Provavelmente eu
devia estar com a cara como uma batata roxa…
Tocar no cobertor foi uma satisfação, abri-lo um prazer, estendê-lo
sobre os meus pelêgos, uma alegria; meter-me debaixo dele, um consolo
divino… E ferrei num sono de pedra.
Lá pelas tantas acordei-me meio afogado, lavado em suor.
Acordei-me sob uma granizada de risadas e falaraz dos rapazes companheiros,
todos em trajes menores, sentados nos peitoris das janelas que davam para o
quintal.
Que abafamento! que calor! diziam eles.
Parece meio-dia de fevereiro!
Se tivesse água agora, era banho certo!
Eu, por mim, não podia mais; parecia-me que tinha um pano de fogo em
cima do corpo. Fui para a janela, como os outros.
Nisto o espanhol abriu a porta do nosso quarto e descalço, em ceroulas
e de poncho de pala enfiado bradou:
Eh! muchachos! Habrá fuego em la calle?
Que está caliente como um sol dormiendo!…
Que fuego, nem fuego! Calor da noite é que é.
Isto é tormenta!
E o calor aumentava. Casas abriam-se com rumor, acendiam-se os candeeiros e
as velas das “mangas” de vidro. Ouviam-se risadas, conversas, chamados.
Havia movimento em toda a parte, como se fosse dia.
As pessoas que chegavam de outros lugares queixavam-se de que o calor aqui no
armazém ainda era mais insuportável que lá.
De repente ouvimos um estouro forte, dentro do balcão; era um barril
de melado que arrebentava, espumando. Um dos caixeiros que fora servir a um
freguês avisou ao patrão que as velas de sebo e as barras de sabão
estavam pegadas, tudo quase como uma pasta.
O espanhol, corado, pingando suor, e sempre em ceroulas e de pala enfiado, correu
para os fundos.
Mira! Que cosa barbara!…
Do lado do arroio vinha uma algazarra alegre, gritos, gargalhadas, ditos: era
o povo que tomava banho!
Aquilo estava esquisito, estava… Nunca se tinha visto um tão curioso
calor em junho, entre Santo António e São João, que é
o tempo justo em que a geada cura as laranjas e branqueia como farinha, no terreiro
e nos telhados.
E o espanhol, bufando, repetia:
Que cosa barbara! que cosa barbara!
Eu, bem se imagina, estava atarantado com tudo aquilo; e sentindo a roupa empapada,
com receio de alguma constipação, resolvi mudar outra, enxuta…
e esgueirei-me para o quarto.
Quase não pude entrar, sufocava, lá dentro; era um forno. Contudo,
avancei até minha canastra: era insuportável, aí perto.
Então, só então, como um raio, foi que me lembrei do meu
cobertorzinho!
Era ele, só ele, o calor, a quentura da sua lã, que estava causando
todo aquele estrupido na cidade.
Fiquei aterrorizado… se o espanhol descobrisse!…
Muito caladinho, apressado, dobrei-o, amarrei-o e atirei-o para o fundo da canastra,
que fechei com o cadeado.
E disfarçado, vim para o balcão, com os companheiros. Dai a pouco
começou a abrandar a torreira; Foi abrandando; veio a viração
da madrugada; já se respirava melhor. Surgiram as barras do dia e todos
se foram deitar, para aproveitar ainda uma hora de sono.
Nunca ninguém soube disto. Dias depois, para tirar-lhe as pulgas, estendi
o meu cobertorzinho ao sol.
Foi o meu prejuízo: combinaram-se a quentura da lã e o calor do
astro… e pegou fogo!
Quando fui levantar a minha coberta, era pura cinza… e nem fumaça tinha
havido!
Olhem que era um cobertorzinho quente, aquele!…
sexta-feira, 24 de julho de 2020
"VENDEDEIRAS" DE PEIXE
Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
Verso do cartão-postal. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
O TRANSPORTE NAS ÁGUAS
Quadro Estatístico e Geográfico da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, 1868. Antonio Eleutério de Camargo. Acervo: Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. |
HOMICÍDIOS
Taxa de homicídios no RS nos últimos 10 anos — Foto: Secretaria de Segurança Pública-RS. |
quinta-feira, 23 de julho de 2020
ESTAÇÃO FERROVIÁRIA
Estação Ferroviária do Rio Grande. Acervo: Clube de Engenharia do Rio de Janeiro. |
Detalhe da Estação Ferroviária do Rio Grande. Acervo: Clube de Engenharia do Rio de Janeiro. |