Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

PRAÇA XAVIER FERREIRA

Acervo: http://guaipecapapareia.blogspot.com/

Uma cena tranquila mostrando trecho da Praça Xavier Ferreira. 

Em primeiro plano o chafariz das Três Graças e ao fundo o Mercado Público.  

A iluminação é uma das mais belas instaladas na cidade. Cenário que remete a meados dos anos 1940. 

A JUVENTUDE ELEGANTE

 

Revista Tudo, 20 de maio de 1920.  Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

A juventude elegante (jeunesse dorée) da cidade do Rio Grande estava sendo convidada a frequentar o "luxuoso centro de diversões" do Club Centro Caçadores localizado na Rua Riachuelo n. 145. 

Era o ano de 1920 e o anúncio informava que o funcionamento do Club era todos os dias a partir das 22 horas. 

EM 1920

 

Revista Tudo, 20 de junho de 1920. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

A Livraria Americana foi estabelecida em Pelotas por Carlos Pinto em 1871 e a filial em Rio Grande foi instalada em 1885. Posteriormente, a administração ficou com J.P. Souza Pinto e Eleutério Pinto que são retratados nesta imagem publicada na Revista Tudo em 20 de junho de 1920.  

Junto com a imagem dos proprietários está a fachada da Livraria Americana na cidade do Rio Grande. 

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

POLYTHEAMA

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 A revista Tudo número 5 de 20 de maio de 1920 publicou duas fotografias de uma tradicional sala de espetáculos da cidade do Rio Grande: o "Polytheama Rio-Grandense". 

As fotografias foram realizadas pelo fotógrafo Amílcar Fontana e são raros flagrantes da fachada do prédio e do interior do Polytheama. 

O prédio, demolido no final dos anos 1950, ficava na esquina das Ruas Andradas com General Câmara. 

CAIS DO PORTO NOVO

Cartão-postal do Porto Novo do Rio Grande. Editor J. I. Greco. Acervo: www.delcampe.net (o cartão está à venda no site citado). 

 Este cartão-postal está datado de 25 de julho de 1924 e foi expedido de Rio Grande para Bruxelas (Bélgica). 

Retrata o Porto Novo do Rio Grande e o fluxo de embarcações em seus cais inaugurado em 1915. 

ANTIGA CÂMARA DO COMÉRCIO

 

Acervo: Museu da Cidade do Rio Grande. 

Esta fotografia foi realizada da torre do prédio da Alfândega.

 Além do Mercado Público com vários iates no cais junto a Lagoa dos Patos, é visível um prédio em primeiro plano à esquerda: é uma das faces da antiga Câmara do Comércio que ocupou este imóvel desde a década de 1840. O prédio foi demolido na década de 1930 para construção, no mesmo local, do edifício atual inaugurado em 1940.  

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

GERIBANDA

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 

Os poços de abastecimento de água para a população estão visíveis nesta fotografia de 1865. Esta área arenosa é a Geribanda (atual Praça Tamandaré) antes de receber obras que a tornaram um espaço para a recreação e lazer. 

Estes poços foram fechados a partir de 1870 com a instalação da Companhia Hidráulica Rio-Grandense. 

BUARQUE DE MACEDO

Acervo: Fototeca Municipal Ricardo Giovaninni. 

Fotografia da Avenida Buarque de Macedo, possivelmente, no início da década de 1990.  

O sentido do tráfego junto a Viação Ferroviária (à direita) conduzia ao centro da cidade. 

Atualmente, as duas vias fazem o escoamento do tráfego apenas no sentido centro-bairro.  

O BONDE

 

Acervo: Fototeca Municipal Ricardo Giovaninni. 

Bonde urbano da Prefeitura Municipal do Rio Grande por volta do ano de 1950. 

Era comum os bondes ostentarem propagandas e fui verificar o que é o anúncio com a mulher sorrindo e o nome "Odol". 

O Odol é uma pasta de dente criada na década de 1910 pelo laboratório Daudt que iniciou suas atividades em Santa Maria em 1882 (onde fundou o primeiro laboratório farmacêutico do Brasil). O laboratório publicava o famoso almanaque "A Saúde da Mulher".  

Abaixo está uma propaganda desta pasta de dente nos anos 1940. 


Propaganda do Odol nos anos 1940.
Acervo:https://www.propagandashistoricas.com.br/2014/02/creme-dental-odol-fumantes


segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

ANIVERSÁRIO DO MASCOTE


 Hoje o mascote do blog está completando dois anos na nova casa. 

Ele descobriu um novo mundo de possibilidades lúdicas e de cuidados com a saúde.

O amigo expressa com afeto a felicidade que sente em seu lar doce lar. 

O LAGO DOS CISNES

Lago dos Cisnes na Praça Xavier Ferreira. Acervo: Arquivo Nacional do Rio de Janeiro. 

 Um dos mais belos cenários da cidade do Rio Grande é esta face da Praça Xavier Ferreira. O Lago dos Cisnes foi inaugurado em 1937 no contexto do cenário das intervenções visando mudanças arquitetônicas e paisagísticas na praça.  

Este cartão é dos anos 1940 e a visão de conjunto agrada aos olhos. 

PORTO VELHO MOVIMENTADO

;Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 Este pode ter sido um dos dias mais movimentados da história do Porto Velho. Os jornais contabilizavam mais de seis mil pessoas ocupando o Cais que neste período era muito diminuto. 
Era o dia 16 de julho de 1865 e o Imperador D. Pedro II está desembarcando na cidade. Uma frota naval o acompanhou do Rio de Janeiro e o destino é cerco da cidade de Uruguaiana que estava controlada por tropas paraguaias. 

INFANTARIA DO RIO GRANDE (1767)

Estampa do sabonete Eucalol, anos 1940. Acervo: Autor. 

 A estampa 3 da série 79 (Uniformes do Brasil) recua ao período colonial no extremo sul do Brasil e mostra um "Praça da Infantaria do Rio Grande do Sul" em 1767.  

O período é de ocupação espanhola  (1763-1776) na Vila do Rio Grande de São Pedro e este Regimento estava sediado ao norte da Barra do Rio Grande, atual, São José do Norte. O desenho é de autoria de José Washt Rodrigues. 

domingo, 27 de dezembro de 2020

CONVERSA DE CÃO E GATO

 A estória que tu me contou, me faz lembrar de outra. 

Parece meio fantástica, mas, é real e tem um vira-lata que viu tudo. 

Sabe aquele cachorro que late com voz rouca na outra quadra. 

Pois é este mesmo! Elisabete, tu não vai acreditar... 
Papo cabeça do Mascote com a Elisabete. 

SETE DE SETEMBRO

Sete de Setembro na primeira metade da década de 1940. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Em outubro de 1831 foi criada a Sociedade Sete de Setembro que foi responsável pela construção do prédio situado na rua Direita (atual General Bacelar) e que tinha a saída na atual praça Júlio de Castilhos. A inauguração foi no dia 7 de setembro de 1832. 


Em 15 de novembro de 1949 o Cine-Teatro Sete de Setembro sofreu ampla reforma foi reinaugurado com a mais moderna sala de projeção da cidade e administrada pela Empresa Cupello. 

A fotografia permite observar o interior do prédio e suas galerias antes da reforma de 1949.

TAMANDARÉ E A 24 DE MAIO

 

Cartão-postal Ricardo Strauch/Livraria Rio-Grandense, 1930. Acervo: Autor. 


Este cartão-postal fotográfico foi editado por Ricardo Strauch/Livraria Rio-Grandense em 1930. Mostra a face da Praça Tamandaré no sentido Ruas Luiz Loréa para Vitorino. 

Contrastando com o espaço fluido hoje temos uma saturação de estruturas (paradas de ônibus junto a calçada) e a frequência diária de dezenas de milhares de pessoas neste espaço. 

Era assim há 80 anos no passado!

ÁGUAS DA LAGOA

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 

Em maio de 1941 as águas da Lagoa dos Patos estavam no limite para invadir o Hospital da Santa Casa. Somente de embarcação para entrar ou sair do hospital. 

sábado, 26 de dezembro de 2020

MERCADO

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 A lente de Amílcar Fontana, posicionada na torre da Alfândega, registrou esta imagem da "parte do sul" da cidade do Rio Grande. Cronologicamente é cerca de 1910. 

Em primeiro plano o Mercado Público que era constituído por salas cobertas e por "barracas" destituídas de telhado. Ou seja, a maior parte da área do Mercado não tinha cobertura. Isto facilitava o aproveitamento da luz solar, pois, os lampiões com óleo de baleia ou os poucos lampiões à gás não eram satisfatórios para uma boa iluminação. 

VISITA DO IMPERADOR

 

Praça Xavier Ferreira em 1865. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

Quando da vinda do Imperador D. Pedro II a Rio Grande (em julho de 1865) foi construído um Arco do Triunfo na Praça Xavier Ferreira. Nesta fotografia do mesmo ano é possível observar que o “Arco” ainda está em construção, que a arborização da praça ainda é precária e que os alagamentos são constantes com as chuvas (conforme os jornais da Época descrevem). Obras de melhorias seriam realizadas na década de 1870 inclusive com o cercamento da área. O formato estético atual é da década de 1930. O monumento à liberdade retratando o fim da escravidão é de 1889, já o monumento ao Brigadeiro José da Silva Paes foi inaugurado em 1939. 

400 ANOS DA COLONIZAÇÃO

 


Primeiro selo comemorativo brasileiro (1900). 



No dia primeiro de janeiro de 1900 foi lançado o primeiro selo comemorativo do Brasil. O selo postal comemorativo possui uma tiragem limitada, alusivo a um evento de destaque sociocultural. Até então os selos eram ordinários ou regulares com tiragem ilimitada e frequente repetição de estampas com modificação dos valores (em Réis). 
Este o foi o primeiro de uma série de quatro para os festejos dos 400 anos da colonização portuguesa no Brasil. 
Este selo de 100 Réis enfatiza o conceito de liberdade republicana. A estampa retrata índios, a chega de um português, a tecnologia marítima que são as duas caravelas e a Cruz da Ordem de Cristo. 
A postura do indígena é de imponência em relação ao português que está num plano abaixo. Com a Proclamação da República no Brasil (1889) e Portugal permanecendo Monarquista até 1910, se amplia a ênfase de uma representação do índio como o símbolo brasileiro frente ao opressor português que representa o colonialismo e a subjugação. É intensa neste período a discussão da liberdade e da não submissão ao despotismo. 

 
Detalhe do selo.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

IMAGENS E LEMBRANÇAS

Rua Marechal Floriano. Aproximadamente 1900. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 

Às imagens nos fazem lembrar que estes fragmentos da trajetória de realizações humanas em espaços de sociabilidade possibilitam inesgotáveis leituras de práticas culturais. Nos permite constatar que o espaço e o tempo nas sociedades estão em interação indissociável criando a cultura. 

Nesta foto os passos dos dois personagens se projetam para um futuro que está continuamente sendo criado e que se transforma em fragmentos históricos quando visto da distância do contemporâneo. 

A fotografia retrata um momento congelado do tempo, que no presente chamamos de passado. Nosso olhar sobre as imagens é um processo de criação, um despertar para uma longa caminhada da humanidade que se faz conjugando passado, presente e futuro, num processo contínuo, de uma história de permanências e passeidades.

BIBLIOTECA EM 1882

Echo do Sul, 15-08-1882. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

No mês de agosto de 1882 o jornal Echo do Sul publica matérias exaltando a Biblioteca Rio-Grandense em seu aniversário.  

Uma das matérias destaca o papel da Biblioteca Rio-Grandense, na "instrução do povo”, mantendo aulas noturnas de “primeiras letras”, as quais possuíam 60 alunos e as aulas de desenho, com 18 alunos frequentes. A redação do jornal exalta “a instrução como a causa primordial do engrandecimento dos povos”, tendo a Biblioteca Rio-Grandense prestado relevantes serviços neste contexto, e encerra sua homenagem com as seguintes palavras:

"Hoje que esta nobilíssima instituição de ensino, comemora o seu trigésimo sexto aniversário, temos imensa satisfação em felicitar a todos quantos tem concorrido para o seu engrandecimento atual, entre os quais seja-nos permitido declinar os nomes dos Srs. Barão de Villa Izabel, Alfredo Mello, Arnaldo Pereira, João Luiz Vianna e Benjamin Flores.
Consagrando a nossa primeira página ao auspicioso aniversário da Biblioteca, graças ao valioso concurso dos inteligentes cavalheiros signatários dos escritos que damos em seguida, manifestamos a nossa viva e sincera adesão ao nosso principal e honrosíssimo estabelecimento de instrução, e animamos, nos limites das nossas forças, os promotores da sua estabilidade e do seu progresso.
Salve a Biblioteca Rio-Grandense!" (ECHO DO SUL, 15/08/1882, p. 1).

*Estas informações foram obtidas na Tese de Doutorado de Mateus  de Moura Rodrigues "UM MAJESTOSO TEMPLO DAS LETRAS E DO PROGRESSO: A BIBLIOTECA RIO-GRANDENSE SOB A ÓPTICA DA IMPRENSA PERIÓDICA RIO-GRANDINA (1878 – 1898)" (PPGLetras/FURG, 2020). 

SYNDICATO CONDOR

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0c/Syndicato_Condor_Lda.jpg

Este logo do Syndicato Condor (subsidiária da alemã Lufthansa) traz a história dos primeiros tempos da aviação comercial brasileira. Este início recua ao ano de 1927 no Rio Grande do Sul quando é organizada a Linha da Lagoa ligando Rio Grande-Pelotas-Porto Alegre com o uso de hidro-avião. Era o Condor Syndicat, empresa alemã, que foi a base para o surgimento da VARIG em 7 de maio de 1927. No Rio de Janeiro foi fundado o Syndicato Condor em dezembro de 1927 e que perdurou até a entrada do Brasil na II Guerra Mundial. Em 1943 passa a chamar-se Cruzeiro do Sul para se afastar de qualquer referência a Alemanha e os aviões, posteriormente, passarão a ser fornecidos pelos Estados Unidos.  

 

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

CHAFARIZ

 

Acervo: Fototeca Municipal Ricardo Giovaninni. 

Em Rio Grande um chafariz num lago só pode ser... na Praça Tamandaré. 

O chafariz francês da Fundição Durrene foi instalado na Praça Tamandaré em 1878 e foi transferido para o lago em 1902. Pelas poucas fotografias disponíveis não teve um grande destaque nas obras de arte públicas da cidade. 

A fotografia foi tirada da ponte que compõe o aformoseamento do lado edificado em 1895 e as casas ao fundo são da Rua 24 de Maio próximo a esquina com a Rua General Vitorino. 

Hipoteticamente, a fotografia é da década de 1930.   

GAÚCHO NA GUERRA DO PARAGUAI

Acervo: Autor. 

 

Esta é a estampa 5 da série 125 do sabonete Eucalol . Coleção que teve início em 1930 e se estendeu até 1957. 

Esta é uma das séries dedicadas a fardamentos utilizados no Brasil desde o período Colonial. A estampa mostra um combatente da Guarda Nacional do Rio Grande do Sul durante a Guerra do Paraguai.  A indumentária é muito conhecida no presente. 

O HORROR DE FRANKENSTEIN

O Horror de Frankenstein (1970). Acervo: https://media.fstatic.com/

 

A obra de Mary Shelley (1818) "Frankenstein ou O Prometeu Moderno" recebeu várias interpretações para a linguagem do cinema desde a década de 1910. O clássico de 1932 da Universal com Boris Karloff é uma das referências do monstro no horror gótico em preto e branco. 

Na década de 1950 a Hammer buscou uma interpretação colorida do gótico com roteiros mais carregados no vermelho do sangue e no apelo erótico. E a estréia nesta proposta de revisitar os monstros sagrados da literatura e do folclore  e que receberam adaptações ao cinema foi "Frankenstein" (1957) com atuação magistral de Peter Cushing. Um novo monstro havia nascido e teve continuidade em filmes posteriores. 

Um destes filmes da Hammer foi lançado em 1970, "O Horror de Frankenstein" o qual considero especial pela leitura diferenciada e pela atuação do ator Ralph Bates, como Victor. 

O Dr. Victor é, com muita calma e desprendimento, o perfeito psicopata: calmo, frio, sem palavras excessivas ou descontroles emocionais. É um filme de dinâmica lenta, de desprendimento arrastado, de diálogos vagarosamente fluídos e não hiperativos. Para quem não vive sem o ritmo da Marvel é melhor esquecer... 

A interpretação de Ralph Bates é permanente, sem ápices, como se fosse um diálogo de alguém muito íntimo que apenas quer juntar pedaços de cadáver para fazer o seu Prometeu. Sentir-se o criador da vida, pois, ele acredita que o seu talento e habilidade transcende os limites do bom senso científico. Ele abandona a Faculdade de Medicina pois julga que a academia não tinha mais nada a acrescentar em suas investigações.  

Observar o trabalho de Victor é olhar para a produção científica que recorre a criatividade, sistematização, experimentação, falhas e retomadas. Especialmente, no caso de Victor, a investigação recebe uma pitada de falta total de ética, afinal, o importante é realizar o projeto da criação...

Para os críticos é um filme que beira o "B". Eu o coloco como "A", afinal, as percepções pessoais oriundas da experimentação da arte do cinema nem sempre corresponde a uma necessária crítica fria e distante do objeto. As imagens e as palavras muitas vezes acessam outras frequências da psique e produzem reações ou sensações amparadas pela irracionalidade.     

São 50 anos do "O Horror de Frankenstein". 

Ralph Bates (Victor) e o Monstro. Acervo: https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcTNnG-VL5tPEcA0SA_htCGip73bxAdUVgjC9g&usqp=CAU

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

CARMILLA

Ingrid Pitt em cenas do filme Carmila (1970) da Hammer Filmes. 

 Um dos melhores filmes de terror para conhecer o clima gótico da Hammer Filmes é assistir Carmila (ou Vampire Lovers) que chegou ao 50 anos de idade.

O filme foi lançado em 1970 e foi estrelado por Ingrid Pitt no papel da vampira Carmila criada pelo escritor irlandês Joseph Sheridan Le Fanu em 1871. A narrativa é um dos momentos mais altos da produção literária vampírica que remonta a 1820 com John Polidori. Diferente de outras obras, Fanu centraliza a ação na presença feminina da vampira de Karnstein e seu poder sedutor sob suas vítimas mulheres. 

O gótico da Hammer com seus castelos, cores intensas, névoas, cemitérios e diálogos oitocentistas está presente em grande estilo. Considero que Ingrid Pitt vive o seu melhor momento interpretativo que se alterna entre a necessidade vital do sangue e momentos de crise frente ao sentido de uma eternidade sem completude. 

50 anos depois do seu lançamento este é um filme que não merece ser conhecido ou revisitado.  


 Em 2021 completa 150 anos da publicação de Carmila. Voltarei a este assunto em breve. 

CONJUNÇÃO

 

Acervo: Autor. 

Com esta fotografia do entardecer teve início o espetáculo da conjunção dos planetas Júpiter e Saturno no dia 22 de dezembro. No ano da morte de São Francisco de Assis e das conquistas de Gêngis Khan no ano de 1226. 


Respectivamente, Júpiter e Saturno. Acervo:  https://pbs.twimg.com/media/EpxPTIwXIAUP9_e?format=jpg&name=900x900

Com o smartphone obtive a mísera imagem abaixo:

Acervo: Autor. 

 Nada como buscar o site da metsul e encontrar esta preciosidade realizada com um telescópio pelo colaborador Daniel Hahn da cidade de Novo Hamburgo. É possível ver os pontos luminosos próximo a Júpiter (os seus satélites) e os anéis de Saturno. 


Acervo: https://metsul.com



A PRAÇA E O HOSPITAL

 

Acervo: Fototeca Municipal Ricardo Giovaninni. 

Em primeiro plano temos, no lago da Praça Tamandaré, o chafariz francês dos "anjinhos" e ao fundo o prédio do hospital Beneficência Portuguesa. 

Edição do Foto Postal Colombo de meados dos anos 1950. 

REGIMENTO DE DRAGÕES DO RIO GRANDE

Sabonete Eucalol, década de 1940. Acervo: Autor. 

 

A estampa 4 da série 79 do sabonete Eucalol traz a imagem de um soldado do Regimento de Dragões do Rio Grande. Este Regimento é uma legenda estabelecida em Rio Grande no ano de 1740 e que teve uma marcante atuação no controle da fronteira luso-brasileira em sua fronteira com os espanhóis. O desenho foi realizado por José Wasth Rodrigues. 

HAMBURGO EM 1876

 

Ilustração Brasileira, 1-8-1876. Acervo: Biblioteca Nacional Digital. 

A revista Ilustração Brasileira (Rio de Janeiro) de 1 de agosto de 1876 publicou esta ilustração da partida, pelo Porto de Hamburgo, de imigrantes alemães (Estados Alemães). 

O ambiente frenético fazia parte dos embarques nos navios que cruzavam o Oceano Atlântico trazendo imigrantes para a América. 

Com maior ou menor agitação, é este cenário presenciado por imigrantes alemães que desde 1824 começaram a chegar ao Rio Grande do Sul.   

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

CINE GLORIA

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

O fotógrafo Gerson, na segunda metade da década de 1950, captou esta imagem da movimentada esquina das Ruas Dr. Nascimento com Benjamin Constant. 

A instalação do Cine Gloria neste local mudou a fisionomia da pacata região e por décadas, implantou  a cultura do lúdico cinematográfico no cotidiano. 

PRAÇA XAVIER

 

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 


Alguém reconhece esta estrutura na Praça Xavier Ferreira?

É um belo conjunto de colunas com uma estrutura superior que possibilita o
crescimento de trepadeiras. O resultado será projetar uma sombra que protege os frequentadores dos raios solares.
Esta fotografia deve ter sido feita nos anos 1940. Sua construção deve ter sido finalizada em torno de 1937. 

No centro da imagem, se observa uma parte do chafariz das Três Graças.  

O LIVRO E O JORNAL

Este texto foi publicado no jornal da cidade do Rio Grande Echo do Sul no dia 21 de abril de 1887. 

É uma reflexão relevante para os historiadores que utilizam esta fonte histórica para a investigação do passado.  


O LIVRO E O JORNAL

Caleidoscópio de todos os fenômenos das sociedades

modernas, é o jornal o livro de todos os dias como o livro

é a história de todos os tempos.

O jornal é a pêndula que gradua todas as oscilações

do pensamento humano, desde o pálido raio de luz às

maiores irradiações; todas as lutas, todos os ímpetos, todas

as evoluções desse mecanismo inextrincável que se

chama sociedade, nele se refletem.

É o livro o grande e luminoso centro onde tudo se

depura, se refunde e depois se volatiliza em caudais de luz

pelos dédalos escuros dos crânios juvenis e pela alma

imensa das grandes massas populares.

O jornal é a primeira folha de um livro; o livro

é a primeira folha da história de um povo. Ambos se compreenderam e unificaram, e desse consórcio surgiu

esse grande centro luminoso que conhecemos

sob o nome de biblioteca.

Rio Grande, 8 de agosto de 1885.

Albino Costa

Publicado na sessão “Álbum de Visitantes da

Biblioteca Rio-Grandense”, do jornal Echo do Sul de 21 de abril de 1887.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

RUA DOS ANDRADAS

 

Acervo: Autor. 



Mais um dos postais da empresa Colombo de São Paulo que realizou sobrevoos em Rio Grande em meados de 1950. 

Em primeiro plano a Rua dos Andradas e o prédio da Alfândega. 

VILA NAVAL


Jornal Rio Grande, 26 de janeiro de 1954. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 
 

A pedra fundamental para construção da Vila Naval foi colocada no dia 26 de janeiro de 1935. 

MERCADO DE PORTO ALEGRE

 

Acervo: http://bndigital.bn.gov.br

Este cartão-postal fotográfico remete a Porto Alegre nos primórdios da década de 1940. 

O imponente prédio que ocupa o quarteirão é o Mercado Público. Em sua proximidade, o belíssimo prédio da Prefeitura de Porto Alegre inaugurado em 1901 (com sua torre central em destaque). 

O movimento dos bondes e dos transeuntes conferem ao cartão uma dinâmica "metropolitana" que os fotógrafos buscavam captar neste período. 

domingo, 20 de dezembro de 2020

MÓPI

 Nos anos 1970, a felicidade de muitas famílias passava por ter uma barraca de camping para o veraneio, adquirir em parcelas infinitas um fusca e adotar um pequinês. 

O pequinês padrão GG está na fotografia: é o Mópi

Quando o meu pai chegou em casa carregando o filhote e afirmou que havia escolhido o maior da ninhada todos se olharam... O resultado foi um afastamento das características da espécie (um GG) e a aquisição desta preciosidade que aprontou muito...

 Era muito companheiro, cheio de personalidade e dotado de falta de desconfiômetro sobre seu lugar no Jiu Jitsu canino, como a maioria dos exemplares desta bela espécie. 

Fora ter tentado morder a metade da vizinhança... bons momentos o Mópi propiciou ao longo de sua longa vida canina. 

Chegou filhote nos braços e aos 14 anos, nos mesmos braços do meu pai, fez sua última visita ao veterinário e não retornou ao lar.   

O amigo partiu e deixou saudade. 

A memória, instigada pela fotografia que estava esquecida a longos anos, desencadeou muitas lembranças. 



Mópi. Por volta de 1978 na cidade de Santa Maria. 

CAIS DE PEDRA


Acervo: Biblioteca Rio-Grandense 

 

Esta imagem foi publicada por Amílcar Fontana em 1912 e faz referência ao "cais de pedra" construído na Rua Riachuelo entre 1872 e 1876. Fontana cita a data de 1882 o que é bastante razoável como datação hipotética para esta fotografia. 
O navio em primeiro plano e o casario colonial com a torre da Alfândega ao fundo dá um clima de filme de horror como o clássico "Nosferatu" de Murnau. 

TESE DE DOUTORADO EM LETRAS

 Participei no dia 18 da banca de Doutoramento em Letras (História da Literatura-FURG) de Mateus de Moura Rodrigues com a tese "UM MAJESTOSO TEMPLO DAS LETRAS E DO PROGRESSO: A BIBLIOTECA RIO-GRANDENSE SOB A ÓPTICA DA IMPRENSA PERIÓDICA RIO-GRANDINA (1878 – 1898)". 

A pesquisa buscou esclarecer qual o papel e a relevância da Biblioteca Rio-Grandense, sob a óptica da imprensa periódica rio-grandina, enquanto espaço de leitura e difusão cultural no município do Rio Grande no período de  1878 a 1898.

 É mais uma produção que contribui para o estudo da nossa Biblioteca enquanto um lugar de memória e um lugar de sociabilidades fundamental para a comunidade local. 

Parabéns ao novel Doutor Mateus de Moura Rodrigues.
 
Satisfação ter encontrado e dialogado com uma banca tão qualificada: Prof. Dr. Francisco das Neves Alves (Orientador), Reto Mônico (Doutor Universidade de Genebra), Marcelo França de Oliveira (Doutor em Letras/FURG) e Mauro Nicola Póvoas (PPG Letras/FURG). 



sábado, 19 de dezembro de 2020

CONJUNÇÃO

 Calibrando a conjunção entre Júpiter e Saturno que ocorrerá no próximo dia 21, data que marca o início do versão no Hemisfério Sul, ocorreu uma conjunção parcial entre a Lua, Júpiter e Saturno no último dia 16.

Para este tipo de fotografia o smartphone é muito limitado. Porém, dá para ter uma ideia aproximada do fenômeno. 


Pontos luminosos da esquerda para à direita: Lua, Júpiter e Saturno. 

No dia 21, Júpiter e Saturno estarão tão próximos que parecerão apenas um astro celeste. 

VISCONTI E O SELO DA REPÚBLICA

 

https://eliseuvisconti.com.br/visconti-designer-selos-postais/

Este estudo para selo do ano de 1903 foi realizado pelo pintor e designer ítalo-brasileiro Eliseu Visconti (1866-1944) e, infelizmente, nunca foi editado. 

Conforme o site "projeto Eliseu Visconti" (https://eliseuvisconti.com.br/visconti-designer-selos-postais/) o modelo deste selo segue a representação de "Marianne" "uma alegoria à liberdade e à república originária da Revolução Francesa, e que é caracterizada pelo busto de uma figura feminina cuja cabeça é adornada por um barrete frígio. Versões aperfeiçoadas da “Marianne Tropical” foram emitidas em 1893, 1894 e 1900, e estes selos apresentavam um design extremamente rebuscado, repleto de ornamentos de inspiração historicista". 

Eliseu Visconti participou de um concurso de elaboração de estudos para selos promovidos pelos Correios do Brasil em 1903 sendo o vencedor, porém, seus projetos não foram efetivados. "Naquele momento, a Casa da Moeda enfrentava uma série de dificuldades para imprimir os selos brasileiros, especialmente no que se refere às injunções políticas, mas a empresa também recebia pesadas críticas dos correios por conta da má qualidade de impressão dos selos. Esses problemas levaram o governo brasileiro a encomendar selos postais nos Estados Unidos, ficando a American Bank Note Company encarregada de sua produção. Cabe comentar que tal decisão pode ter sido determinante para a não aceitação dos projetos de Visconti, embora também se mencione a oposição do então ministro de Viação e Obras Públicas, Lauro Müller. De qualquer maneira, desferiu-se um duro golpe no design gráfico brasileiro, que já demonstrava ter condições de dominar o ciclo de criação e produção industrial de selos postais. O aspecto mais cruel da não aceitação dos estudos de Visconti está no fato de que os selos postais emitidos logo depois insistiam em soluções gráficas antiquadas.

A primeira série de selos de Visconti guarda semelhanças com estudos de selos postais realizados por Eugène Grasset em 1895. O tratamento é essencialmente monocromático, uma exigência decorrente das tecnologias de impressão então disponíveis, que Visconti e Grasset rapidamente souberam compreender. No estudo de selo dedicado à República, Visconti introduz sua própria interpretação de figura feminina para representar a instituição republicana, modificando o barrete da típica “Marianne” vista nos estudos de Grasset. A figura feminina de Visconti é destacada do fundo através de um arco que lhe serve de moldura e, ao mesmo tempo, serve de suporte para a frase “República do Brasil”".

FLINTSTONES - 60 ANOS

Flintstones. Acervo: https://i.pinimg.com/originals/df/f0/9b/dff09b78b6ae5b6cd999450a8b27601f.jpg


Os Flintstones já são sexagenários!

  No dia 30 de setembro de 1960 estreou nos Estados Unidos, na Rede ABC. No Brasil a estréia foi em 1962. 

As aventuras e cotidiano de uma família na Idade da Pedra era transmitida no horário nobre da TV pois era destinado a audiência adulta. Foi a primeira série animada de comédia a ser exibida neste horário e um grande trunfo dos produtores William Hanna e Joseph Barbera. 

A fórmula deu certo e foram produzidos 166 episódios ao longo de seis temporadas. Somente os Simpsons em 1997 superaram este número de episódios. 

Quem recorda? Que memórias traz?