A proposta deste blog é instigar a leitura, o conhecimento e a investigação dos processos históricos. Livros com temas ligados a História do RS e Hist. do Município do Rio Grande estão disponíveis para leitura ou baixar (basta clicar em cima da imagem da capa do livro ou copiar o link com o botão direito do mouse). Também serão abordados temas de "História e Terror", "Literatura Fantástica", "Graphic Novel-HQ" etc. Administradora: Rejane Martins Torres. Facebook: Professor Torres
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Vista do movimento de embarcações no Porto de Hamburgo no ano de 1899.
O card foi publicado pela Stollwerck's Chocolade.
A Stoolwerck com sede na cidade de Colônia na Alemanha, foi fundada em 1839. Atualmente, ainda permanece como uma das maiores empresas de chocolate da Europa.
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| Capa da HQ V de Vendetta (V de Vingança). Ed. Vertigo, 2008. |
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A representação artística remete a uma leitura da "noite" com o sono de uma mulher com uma expressão tensa e ao seu lado um "anjo criança". Possivelmente, é um anjo da guarda frente aos perigos da escuridão noturna.
O céu noturno está constituído por estrelas, nuvens e por um clarão provocado pela Lua e filtrado pelas nuvens.
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Card Liebig de 1895 com o tema "O curso do dia" - "L'Aurore".
A Aurora é a transição das sombras da noite para os primeiros raios do sol.
A luz solar representa que a noite chegou ao fim e ocorreu um renascer da natureza e da existência humana. O mundo não foi devorado pelos demônios da trevas noturnas.
O pequeno anjo pode apagar a tênue luz do lampião. O galo está saudando mais um dia e chamando os vivos para o renascimento.
Um novo dia nasce com a luz que garante as atividades cotidianas do artesanato e da agricultura. O cansaço coincidirá com a chegada de mais uma noite e o ciclo terá continuidade.
Mas a apreensão pela espera da Aurora sempre existirá. Uma simbologia é a mão da mulher abrindo a cortina da noite para a entrada dos raios solares.
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Card editado em 1900 e anexado no extrato líquido de carne Cibils, empresa da Bélgica.
A série é sobre o "Serviço de Incêndio" em alguns países europeus.
Na imagem um incêndio está ocorrendo na área urbana da Viena (Áustria) no ano de 1840. Carroças com tonéis estão se deslocando para levar água.
Os incêndios fazem parte da "história do medo", em especial, nos centros urbanos onde as aglomerações e especulação imobiliária tornavam as residências geminadas. Uma casa comunicava as chamas a outra provocando grande devastação.
No Porto do Rio Grande, já neste período da década de 1840, os comerciantes faziam seguros contra fogo frente ao medo de perderem sua propriedade e mercadorias num sinistro. E os incêndios eram comuns num período em que não havia luz elétrica e se utilizava velas, lampiões, querosene etc.
O fogo descontrolado em meio urbano é uma das maiores histórias do medo ao longo da história da humanidade.
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Extrato de carne da empresa belga Cibils fundada em meados da década de 1880.
Em 1900, foi lançado este card com o tema "os rios mais longos do mundo".
Em foco está o Rio Nilo, uma estrutura arquitetônica numa ilha e as pirâmides na necrópole de Gizé.
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Explico em minha defesa que trabalho com Literatura Fantástica e temáticas ligadas a história do Fantástico. Flertar com a realidade e a imaginação é corriqueiro. Mas se a cabeça flutua, os pés continuam bem no chão.
Nunca havia visto esta imagem no radar e explico: roxo escuro e roxo claro são de altíssima refletividade ligada a um evento extremo de granizo ou até de ocorrência de um tornado. Parece um ciclone em movimento giratório com o olho do furacão no centro (em branco), intensas chuvas e ventos (em vermelho) e poderosas projeções de granizo e vento irradiando em forma circular.
E o que de estranho está ocorrendo neste mundo em que vivemos? Eu diria que quase tudo, mas, serei mais objetivo.
Observando o radar por volta das 23h59 desta quinta-feira surgiu uma imagem assustadora e inédita nas longas andanças observacionais das turbulências atmosféricas.
Nunca havia visto esta imagem no radar e explico: roxo escuro e roxo claro são de altíssima refletividade ligada a um evento extremo de granizo ou até de ocorrência de um tornado. Parece um ciclone em movimento giratório com o olho do furacão no centro (em branco), intensas chuvas e ventos (em vermelho) e poderosas projeções de granizo e vento irradiando em forma circular.
Guerra dos Mundos? Invasores de Corpos?
A primeira hipótese foi extraterrestre: um meteorito ter colidido na região e provocado a perturbação atmosférica.
Em outro enfoque, parece que uma bomba (não vou nem especular a tipologia do artefato) com impacto de dezenas de quilômetros, havia explodido próximo a cidade de Santiago, no oeste do Rio Grande do Sul.
Um tornado F5 na dimensão espacial de um pequeno ciclone estava atuando?
Ou era uma intensa chuva de granizo que assumiu uma assustadora forma no radar?
Com urgência conectei o endereço da Rádio Santiago para obter notícias ao vivo e realmente ocorria algo fantástico na cidade: a rádio discutia o Campeonato Brasileiro e enfatizava a atuação do Vasco da Gama e suas possibilidades em ser campeão. Isto foi extraordinário.
Sei que o mundo hoje está conectado, mas o time do Vasco como pauta na rádio Santiago...
O insistente erro persistia, 45 minutos depois da primeira observação, no mesmo lugar da tela do computador. Isto é impossível, pois o planeta Terra gira de oeste para leste e as massas de ar não vão permanecer sobrevoando o mesmo espaço no solo. O fenômeno já deveria estar atuando em Santa Maria da Boca do Monte ou ter se dissolvido.
Surge a ideia da abertura de um "buraco de minhoca" (Ponte Einstein-Rosen) ligando dimensões espaço temporais mui distantes do Cosmos. Esta Ponte produziria tanto vapor d'água para formar compactos núcleos de granizo? Os meteorologistas vão ter de começar a estudar "buracos de minhoca" para entender fenômenos atmosféricos?
Inúmeras hipóteses foram se sucedendo até se aproximar do óbvio: como não foram registrados eventos extremos em Santiago e região, surgiu a nova hipótese: uma porção de catchup e mostarda que cobria harmoniosamente o cachorrão consumido pelo operador, se projetou na tela do radar produzindo o fenômeno.
No contexto do Fantástico foi a ideia mais razoável e mundana possível que obtive para explicar este "enigma do outro mundo" que ocorre numa noite chuvosa na cidade do Rio Grande.
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| https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4244457549/in/photostream/ Card francês dos Biscuits Pernot publicado por volta de 1900. É uma série dedicada a "mulheres francesas famosas". Juliette Récamier (1777-1849) foi um ícone do neoclassicismo. Considerada uma musa da literatura, organizava encontros culturais no salão de sua residência em Paris. Intelectuais e literatos se reuniam para discussões literárias e poéticas, inclusive políticas, durante o crítico desenrolar da Revolução Francesa e no período Napoleônico. Suas aproximações com personagens monarquistas ou anti-bonapartistas, ocasionaram a sua expulsão da França. Entre os inúmeros frequentadores do salão de Juliette estava François-René de Chateaubriand, um desbravador do romantismo na França. Sua obra e vida ligou literatura com política, definindo a vague des passion ou intimações de paixão. A força emocional influenciou de Lord Byron a Victor Hugo. A amizade de Chateaubriand com Juliette perdurou até o seu passamento em 1848: a amiga estava ao seu lado no leito de morte. Abaixo, retrato de Juliette realizado por François-Gerard em 1802 (acervo: Museu Carnavalet). _-_mus%C3%A9e_Carnavalet.jpg) |
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Este card da Margarina Palmin foi editado por volta de 1910.
O nome comercial Palmin surgiu na Alemanha em 1894 associado a margarina produzida com óleo de coco. Em 1907 surge a margarina com outros óleos vegetais. Para impulsionar as vendas, os cards foram importantes como ocorreu com os cards da Liebig nos extratos de carne.
Artistas eram contratados para produzirem estas gravuras de qualidade gráfica impressionante.
O tema do card alemão é a Marseillaise - o Hino da República Francesa.
Um garoto com tambor, três homens e três mulheres estão freneticamente lutando pela construção da República Francesa.
A mulher que está segurando o escudo "R.F." e está com o barrete frígio (a touca que simboliza a liberdade), é Marianne: sua representação remete a liberdade, igualdade e fraternidade defendidas no contexto da Revolução Francesa.
Poucos anos depois, em 1914, iniciou a Primeira Guerra Mundial em que Alemanha e França se enfrentaram em batalhas devastadoras. O hino não seria novamente reproduzido num card alemão da Palmin com tanto espírito patriótico francês...
Trecho do hino francês foi reproduzido abaixo:
Avante, filhos da Pátria
Allons, enfants de la Patrie
O dia da glória chegou
Le jour de gloire est arrivé
Contra nós, da tirania
Contre nous, de la tyrannie
O estandarte sangrento é hasteado
L'étendard sanglant est levé
Às armas, cidadãos
Aux armes, citoyens
Formem vossos batalhões
Formez vos bataillons
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Estes cards da empresa Liebig tratam do tema "corridas de automóveis" e foram lançados em 1931.
Circularam nas carteiras de cigarros Ogden's, firma fundada em Liverpool, em 1860.
Os cards remetem ao Grande Prêmio da Irlanda, 500 Milhas de Indianápolis, Grande Prêmio de Mônaco e Grande Prêmio em Casablanca.
Ao olhar para as gravuras, recordei instantaneamente do clipe da banda norueguesa a-ha com a música Take on Me (1985). Naquele clipe a abordagem é a corrida com motos, mas, a arte também explora a sensação de velocidade dos carros e o efeito de velocidade nos traços do artista.
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| Cenas do clipe do a-ha produzido com a técnica de Rotoscopia (filmagem quadro a quadro para produzir movimentos realistas). |
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Card de 1910 que acompanhava o Tell-Cacao produto da empresa Hartwig & Vogel, fundada em 1870 em Dresden, Alemanha.
Esta empresa produzia chocolate, cacau, biscoitos, waffel etc. Os cards, de alta qualidade gráfica, eram uma motivação para as vendas num período de colecionismo em alta.
A coleção trata de estilos de luta antigos. O enfrentamento é entre os carros de combate assírios contra tropas egípcias. Os assírios (atual áreas do Irã, Iraque, Síria e Turquia) invadiram o Egito e ali permaneceram, entre vitórias e derrotas em batalhas, no período de 673 a 663 a.C.
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Card Liebig editado em alemão com uma prova de turfe no ano de 1896.
Em Rio Grande, ocorria provas de turfe neste período?
Como hipótese de trabalho a resposta é sim. Pesquisas em jornais podem trazer maiores esclarecimentos. Na Argentina e Uruguai as corridas de cavalo eram comuns em coerência a relevância da pecuária na economia e na sociedade. A cultura rio-grandense teve seus fundamentos na pecuária, latifúndio e charqueada. O cavalo teve uma importância central na operacionalização das atividades campeiras. Uma corrida de cavalos fazia parte da cultura dos gaúchos platinos ou rio-grandense. Eram as carreiras ou pencas
Como exemplo, em Porto Alegre em 1872 já funcionava o Prado do Campo da Várzea.
Documentalmente, o jornal Diário do Rio Grande de 30 de janeiro de 1898 anunciava a inauguração do Prado Cassino. Exatamente! Trata-se do Balneário Cassino que passava a receber corridas "organizadas de cavalos".
Em 1922 foi inaugurado o Hipódromo Independência que se notabilizou como espaço organizado para a prática do turfe.
Em síntese: as corridas de cavalo e o turfe eram um esporte já conhecido na cidade do Rio Grande na última década do século XIX.
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Na gravura de 1896 estão ciclistas num velódromo disputando uma corrida com suas bicicletas.
Em Rio Grande, esta imagem seria muito "estranha" neste período?
A resposta é não, pois, o esporte já começava a ganhar adeptos locais. No dia 28 de novembro de 1898 foi fundado na cidade o Club dos Ciclistas. E a praça Sete de Setembro foi escolhida para sediar o primeiro velódromo (pista para corridas e instalações para o público).
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Diferente do futebol, este esporte já era conhecido na cidade do Rio Grande desde setembro de 1860. Neste ano, pela primeira vez no Rio Grande do Sul, ocorreu uma regata junto ao Porto Velho do Rio Grande.
Em julho de 1865, quando da vinda de D. Pedro II a Rio Grande, ocorreu uma regata real em homenagem ao Imperador.
A prática das regatas se tornou institucional e sistemática com a criação do Clube de Regatas Rio Grande em 22 de agosto de 1897.
Ou seja, a imagem do card alemão de 1896 era familiar nesta cidade marítima.
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Este é apenas um card a mais sobre um tema tão tratado que é o futebol?
Em termos de Brasil não!
Esta peça foi editada na Alemanha em 1896. Trata-se de uma imagem ligada ao futebol alemão. Nos pés estão sapatos, garantindo muitas fraturas nas canelas. A falta de coerência nas camisetas evidencia a informalidade e não oficialidade destes praticantes em foco. Todos estão com gorros na cabeça para evitar que a bola com a válvula para fora, ao ser cabeceada, provocasse cortes. O cenário remete a prática do futebol em horários livres/intervalos para trabalhadores no comércio e em indústrias - como é o caso da chaminé que demarca uma indústria alemã.
Na Inglaterra, o primeiro time surgiu em Londres no ano de 1857. Na Alemanha, a primeira partida de futebol ocorreu em 1874. Em 1900 já existiam 86 clubes.
No Brasil há vários hipótese para o início da prática do futebol. A mais reconhecida é a do inglês Charles Miller ter implantado o esporte com a criação do São Paulo Athletic Club formada em 1894 e com partidas a partir de 1895. Outras fontes remetem a experiências futebolísticas que recuam a década de 1870. Se existiram, foram efêmeras.
O time mais antigo do futebol brasileiro ainda atuante é o Sport Club Rio Grande fundado 19 de julho de 1900.
Ou seja, no card de 1896, o futebol ainda engatinhava no Brasil e só se tornaria o esporte nacional a partir das décadas de 1920-1930.
Se um brasileiro observasse este card Liebig quando foi lançado, acharia a imagem da "correria" atrás da bola algo muito estranho.
A história não precisa ser um objeto do passado. Pode estar ao seu lado no presente. E obviamente sempre está no presente, mas, se desfazendo continuamente e deixando vestígios. Alguns mais fugidios e outros mais duradouros. Inclusive as experiências da memória, que parecem eternos, vão se desfazendo levados pelo esquecimento.
O "prolegômeno a toda metafísica futura" é para dizer que passei ao lado de um veículo em chamas na tarde do dia 18 de março, por volta de 17h20.
Tratava-se de um veículo Duster da Brigada Militar que propagava fumaça e labaredas intensas até virar uma carcaça carbonizada.
Pairou a dúvida se o tanque de combustível já tinha explodido ou esperava exatamente o momento da passagem do meu carro para ser detonado. O trânsito parava e andava permitindo, quando parava, fazer um clic.
No primeiro momento imaginei uma intensa troca de tiros com bandidos para o início da combustão.
Conforme informações vagas encontradas em notícias na internet teria sido uma mangueira de combustível rompida que levou ao incêndio. Consta que ninguém saiu ferido. O sinistro ocorreu no km 21 da BR-392, sentido Rio Grande-Pelotas.
Eventos que fogem ao cotidiano repetitivo podem ocorrer subitamente/inesperadamente passando a sensação de estarmos num filme de ação e fazendo a história num recorte da vida com personagens desconhecidos.
Os registros fotográficos são de péssima qualidade mas refletem um momento muito próximo do real. Que passadas várias horas já é um passado registrado num documento visual.
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| https://www.flickr.com/photos/44841559@N03/4183825815/in/photostream/ |
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| Reproduzido de: https://metsul.com/eua-recordam-100-anos-do-pior-tornado-do-pais-com-vento-de-400-km-h/ |
O dia 18 de março de 2025 marca o centenário do maior tornado já registrado nos Estados Unidos.
Conforme matéria da MetSul Meteorologia, a data de 18 de março de 1925 é lembrada como "o dia da infâmia na história do tempo severo nos Estados Unidos".
Este tornado devastador atingiu os estados do Missouri, iIlinois e Indiana, tendo percorrido 352 km e durado cerca de 3 horas e 30 minutos. Milhares de prédios desabaram, 695 pessoas morreram e milhares ficaram feridas.
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| Jackson County Historical Society. In: https://metsul.com/eua-recordam-100-anos-do-pior-tornado-do-pais-com-vento-de-400-km-h/ |
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Mais uma das preciosidades que são comercializadas no site https://www.oselo.com.br.
É mais uma das empresas que atuou em Rio Grande: a Cordoaria S. Luiz de Annela & Loréa, especializada na produção de cabos de sisal e cânhamo. O mercado principal dos cabos era a navegação.
Um dos sócios foi dos mais destacados empresários de Rio Grande: Luiz Loréa (Itália, 1874 - Montevidéo, 1948).
O envelope da empresa foi enviado em 1934, de Rio Grande para Porto Alegre.
O endereço na Rua Domingos de Almeida ainda preserva parte da estrutura desta empresa.
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O que a "capa" desta carta pode nos dar de informações históricas?
Tenho apenas esta imagem e não o conteúdo da carta!
Ela foi endereçada ao Sr. Firmino Luiz Gomes de Abreu, Almoxarife do Arsenal de Guerra na cidade de Porto Alegre.
O carimbo linear de emissão (em preto) é a cidade portuária Rio Grande. A data é 1 de janeiro de 1840, ou seja, na metade do tempo em que durou a Revolução Farroupilha (1835-1845). Em Porto Alegre foi pago o porte de 40 réis. Ainda não havia selo postal, que surgiu no Brasil em 1843 com o Olho de Boi. A correspondência era enviada e paga pelo destinatário. Como muitas vezes o destinatário resolvia não aceitar a correspondência para não fazer o pagamento, o uso do selo fez com que o porte fosse pago previamente pelo emissor da correspondência reduzindo o prejuízo do Correio.
Estrategicamente, Rio Grande era uma cidade portuária essencial para a chegada, do Rio de Janeiro, de tropas, munições e mantimentos para o esforço do governo Imperial na luta contra os Farroupilhas. O controle imperial da Barra do Rio Grande é fundamental para a circulação dos navios de guerra e da circulação pela Lagoa dos Patos e Lagoa Mirim. O acesso a Porto Alegre por água seria inviabilizado com a perda do controle da Barra do Rio Grande.
O teor desconhecido da carta, hipoteticamente, deve ser o de um responsável militar pela defesa da cidade do Rio Grande e de São José do Norte, pedindo o envio de equipamento militar/munição ou comunicando da chegada de um navio com novos suprimentos para o Arsenal de Guerra.
A carta foi enviada para Firmino Luiz Gomes de Abreu, nascido e falecido em Porto Alegre (1809-1843). A morte está relacionada aos combates farroupilhas? Firmino, conforme inventário, tinha razoáveis posses com 15 escravos e 4 imóveis (rurais e urbanos). Um dos filhos de Firmino, se casou em Porto Alegre com a professora e poetisa Luciana Maria de Abreu (que foi abandonada recém-nascida na roda dos expostos da Santa Casa de Porto Alegre). Luciana foi pioneira na emancipação feminina no RS.
Se o assunto da carta envolveu a segurança da Barra do Rio Grande, encontramos sintonia com a sequência dos eventos que no presente conhecemos e no calor da hora era intuições/precauções e não certezas. Em 16 de julho de 1840, São José do Norte foi invadida pelas tropas farroupilhas lideradas por Bento Gonçalves e Garibaldi. Foram rechaçados pelas forças imperiais. O objetivo farroupilha do controle da Barra do Rio Grande acabou frustrado.
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Esta é uma carta pré-filatélica, ou seja, foi emitida antes do estabelecimento dos selos postais que no Brasil iniciaram em 1843.
Antes dos selos, o controle da correspondência era feito com carimbos.
Esta carta foi remetida do Rio de Janeiro para o Rio Grande do Sul, ou seja, para a cidade do Rio Grande no ano de 1840.
O manuscrito em bico de pena está redigido em francês. Da cidade do Rio de Janeiro foi enviada até o Porto do Rio Grande por uma embarcação à vapor. Como está escrito no canto esquerdo inferior: "vapeur".
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Envelope enviado de Porto Alegre com o carimbo VARIG - Serviço Aéreo no Brazil. Datado de 8 de novembro de 1932.
O destinatário em Rio Grande é Franklin Pêgas na Rua Marechal Floriano n.383 onde estava estabelecida uma loja de fazendas. Esta é a rua mais importante do comércio em Rio Grande.
A correspondência chegou a Rio Grande a bordo de um avião da VARIG que fez a rota Linha da Lagoa, cruzando a Lagoa dos Patos a cerca de 50 metros de altura.
O envelope é da empresa alemã Serviço Aéreo Condor (que voava na esfera nacional), com quem a VARIG (esfera regional) era parceira.
Interessante é o carimbo em rosa que incentiva uma rápida resposta "aérea": "Não me faça esperar, responda via aérea VARIG".
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| Fotografias: Luiz Henrique Torres. 14-03-2025, 01h30. |
Não era sexta-feira 13, porém, a bruxa estava solta!
Céu limpo e excelente para observação do eclipse lunar no início da madrugada. Que noite linda!
Porém... nuvens baixas e rápidas começaram a cobrir o firmamento. Gotículas de chuva começaram a molhar o astrônomo amador. E a Lua foi aparecendo e se escondendo entre as nuvens. Foi se tornando cada vez mais invisível aos olhos. E o luar se fez tragédia shakesperiana.
O eclipse total da Lua acabou sendo um eclipse quase total para o smartphone do observador.
Mas na hora do eclipse total da Lua, o único eclipse que vi foi o do céu totalmente encoberto por nuvens escondendo a atriz principal do espetáculo de hoje:
Certamente, observadores em muitos outros locais tiveram mais sorte.
Iniciando os preparativos para observar a Lua de Sangue ou o Eclipse Total da Lua.
Bateu na trave para ser Lua cheia, eclipse total e sexta-feira 13.
É nesta madrugada da sexta-feira dia 14 de março.
Os equipamentos sucateados e de outras eras foram retirados dos armários. Mas são o suficiente para uma observação detalhada de nosso satélite.
Se o céu continuar limpo, a observação será ótima. Mas basta cobrir com nuvens para comprometer...
Infelizmente, a cobertura visual do evento será medíocre, pois, tentar configurar o smartphone para conseguir boas fotos é muito complicado...
Mais tarde publico o resultado.
Fotografia da Lua às 23 horas deste dia 13 de março:
