Porto do Rio Grande em 1908

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quarta-feira, 19 de março de 2025

NO TEMPO PRESENTE DA HISTÓRIA

 


A história não precisa ser um objeto do passado. Pode estar ao seu lado no presente. E obviamente sempre está no presente, mas, se desfazendo continuamente e deixando vestígios. Alguns mais fugidios e outros mais duradouros. Inclusive as experiências da memória, que parecem eternos, vão se desfazendo levados pelo esquecimento. 

O "prolegômeno a toda metafísica futura" é para dizer que passei ao lado de um veículo em chamas na tarde do dia 18 de março, por volta de 17h20. 

Tratava-se de um veículo Duster da Brigada Militar que propagava fumaça e labaredas intensas até virar uma carcaça carbonizada. 

Pairou a dúvida se o tanque de combustível já tinha explodido ou esperava exatamente o momento da passagem do meu carro para ser detonado. O trânsito parava e andava permitindo, quando parava, fazer um clic. 

No primeiro momento imaginei uma intensa troca de tiros com bandidos para o início da combustão. 

Conforme informações vagas encontradas em notícias na internet teria sido uma mangueira de combustível rompida que levou ao incêndio. Consta que ninguém saiu ferido. O sinistro ocorreu no km 21 da BR-392, sentido Rio Grande-Pelotas. 

Eventos que fogem ao cotidiano repetitivo podem ocorrer subitamente/inesperadamente passando a sensação de estarmos num filme de ação e fazendo a história num recorte da vida com personagens desconhecidos. 

Os registros fotográficos são de péssima qualidade mas refletem um momento muito próximo do real. Que passadas várias horas já é um passado registrado num documento visual. 



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