Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
Além das festas de salão, se dava muito enfoque ao carnaval de rua, com o desfile de blocos carnavalescos com fantasias e carros alegóricos.
Elogios e críticas eram comuns, inclusive, mais críticas do que elogios à qualidade questionável dos desfiles.
Neste ano de 1897 o "Grupo dos Engrossadores" fizeram um belo desfile com direito a quatro corneteiros a cavalo tocando a Ópera Aída. Eram comum as crianças desfilarem com os adultos. O desfile ocorreu na Rua Marechal Floriano e em frente a Praça General Telles (atual Xavier Ferreira) um orador declamou um "bem arquitetado bestialogico, o qual foi muito apreciado". Bestialógico é um discurso repleto de absurdos e asneiras.
Outros clubes que desfilaram foi o Club Agacha, Congo, Congresso Mina e União. Neste último, "sensaborão metido a espirituoso que em aranzeis grosseiros chegou até a insolência de proferir obscenidades". A matéria mostrou insatisfação por não ter aparecido a polícia para enquadrar o "grotesco pulha" e colocá-lo na cadeia para aplacar a "nevrose dos malcriados". Os jornais normalmente eram diretos em opiniões sobre a moralidade pública. Nesta direção, criticavam os blocos que se formavam de forma mais espontânea, fora dos clubes, os quais recebiam termos pejorativos que eram utilizados popularmente na época: "os princezes, pulhas, bexigas e concomitantemente caterva, apareceram, como sempre, sujos a valer e desenxabidos que davam lástima".
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