Acervo: https://www.albertolopesleiloeiro.com.br/ |
Outro exemplar da pequena coleção de cartões-postais fotográficos da "coleção enigmática" ou "coleção fantasmagórica" típica do uso do papel albuminado (lotes de um leilão em https://www.albertolopesleiloeiro.com.br/).
A qualidade da fotografia dificulta observar os detalhes, pois, a imagem parece estar se esvanecendo como se fosse algo muito antigo. E não necessariamente é tão recuada no tempo. Os leiloeiros, ao se defrontarem com esta técnica fotográfica, já remetiam a datação do lote ao século XIX quando do apogeu da utilização. Porém, o papel albuminado industrial teve início em 1854 e continuou a ser produzido industrialmente até a década de 1930. Poderíamos estar em 1870 e lá por 1880 a fotografia já poderia dar a aparência de ter sido feita um século antes...
"Basta olhar para as provas de albumina para ter uma ideia de como são frágeis. As albuminas que vemos hoje dão-nos apenas uma pálida ideia da sua beleza original, pois a maior parte amareleceu, perdeu muito do contraste inicial e os pormenores mais delicados já não são visíveis. Estamos tão habituados a ver provas de albumina amareladas que associamos automaticamente provas amarelas a fotografia do século XIX" (História das Técnicas Fotográficas https://www.lupa.com.pt/site/ficheiros/09051504258.pdf.).
Voltando para a fotografia do cartão-postal: a etiqueta esclarece que é a "Estação Central" e em caneta com tinta vermelha foi escrito "da Estrada de Ferro. Rio Grande (cidade)". Realmente, é a Estação Central da Estrada de Ferro Rio Grande a Bagé, e foi inaugurada na cidade do Rio Grande em 1884 na atual Avenida Buarque de Macedo na Cidade Nova.
Não há referência de editor, ano, verso do cartão com carimbo ou selo, enfim, não temos pistas. Porém, minha hipótese de historiador é de ter sido editado por volta de 1904.
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