Porto do Rio Grande em 1908

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domingo, 17 de setembro de 2023

A COBRA MAMADORA DO CAPÃO SECO

Echo do Sul, Rio Grande, 28-12-1911. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 
  

   O Echo do Sul do dia 28 de dezembro de 1911 traz uma notícia com um cunho de narrativa fantástica. O jornal traz o informe como sendo um fato ocorrido na zona rural do município do Rio Grande. Julgue o leitor:

"Cobra Mamadora. No Capão Seco. 

O Sr. Camilo Duro reside no Capão Seco, em companhia de sua esposa, d. Maria Mathilde Duro e de um filhinho de poucos meses de idade. 

Há dias para cá, notara o sr. Camilo Duro, a determinadas horas da noite, a existência de um corpo frio no leito, estranhando que nesse instante o filhinho chorava abundantemente, ao mesmo tempo que sua esposa era presa de violentos pesadelos. 

Tratava-se de uma enorme cobra mamadora, que, altas horas da noite, aproveitando-se do sono do sr. Camillo Duro e de sua esposa, penetrava no quarto, e dirigindo-se para o leito, mamava a vontade nos seios de d. Mathilde Duro, ao passo que procurava entreter, a criança, botando-lhe a ponta da enorme cauda na boca. 

A criança, como é natural, enfraquecia a olhos vistos. 

Na noite de domingo para segunda-feira, o sr. Duro, notando a presença do tal corpo frio, acendeu a vela e viu então horrorizado, entre sua esposa e seu filho, o asqueroso réptil, enroscado!

Logo que se viu descoberta, a cobra fugiu, mas foi perseguida e alcançada pelo sr. Duro, quando procurava meter-se por um buraco do assoalho. 

A pau foi morto o terrível animal que media 9 palmos e tanto!". 

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