Porto do Rio Grande em 1908

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sexta-feira, 3 de setembro de 2021

UMA HISTÓRIA DO MAL DOS SÉCULOS

 

A Menina Doente. Edvard Munch (1886). A mãe do pintor morreu de tuberculose e este quadro retrata a sua irmã de 15 anos que também foi vítima da doença. 

Desde a Antiguidade, o “mal dos séculos” ronda a humanidade.

O exame numa múmia egípcia de 4 mil anos, evidenciou decomposição tubercular característica da tuberculose. A bactéria (Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch) está presente no planeta há mais de 6 mil anos.

No século XIX a doença se tornou famosa ao ser associada aos poetas românticos e boêmios que tiveram a vida ceifada ainda jovens.

Tavernas, espaços insalubres de bebidas e fumo, eram sociabilidades perigosas e fatais.

Paciente com tuberculose sendo examinado por médicos no século XIX.

Nos espaços de trabalho, a Revolução Industrial promoveu a difusão da bactéria em escala ampliada. Os operários se aglomeravam em espaços fechados das manufaturas para produzir produtos e trocar respirações e salivas lançadas nos espaços coletivos.

Uma fábrica de reprodução do bacilo de Koch arrastou para o além milhões de operários sem distinção entre homens e mulheres. Destes espaços se difundiu para os lares precários ou confortáveis contaminando os filhos e outros familiares.

O receituário do ceifador se estabeleceu nas sociedades e o cigarro e o charuto foram aliados importantes na transmissão 
do mal que se converteu em epidemia silenciosa e voraz.

 Entre inúmeras histórias de dor e devastação causada pela tuberculose vou reproduzir um relato que escutei recentemente.

Continua... 

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