Porto do Rio Grande em 1908

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sexta-feira, 3 de setembro de 2021

NAPOLEÃO NO EGITO


Este quadro remete a acontecimentos do ano de 1798 quando da chegada de Napoleão Bonaparte ao Egito. A expedição militar perdurou apenas até 1801 com a derrota francesa para os ingleses. O que sobreviveu foi a divulgação do Egito na Europa e o surgimento da Egiptomania. Foram publicados livros (23 volumes) com informações sobre as pesquisas realizados pelos cientistas que acompanharam Napoleão na invasão do Egito. O nome da coleção é "Descrição do Egito".

O fascínio de Napoleão pelo Antigo Egito se difundiu na Europa e instigou a imaginação ocidental para conhecer a história dos egípcios e inclusive, promover escavações arqueológicas.

A imagem abaixo é um card distribuído pelo extrato de carne Liebig. O ano é 1922 e se buscou retratar (uma releitura) do quadro acima em que se registrou a veneração de Napoleão Bonaparte ao observar o sarcófago e a múmia. Foram feitas muitas alterações da imagem original excluindo personagens; retirando o excesso de areia e pó; se tirou o stress da campanha militar; modificou-se a roupa, aparência e a postura de Napoleão; foi dado um verniz de higienização no cenário e nos personagens; o homem forte segurando o sarcófago é trocado por um menino franzino segurando a tampa do sarcófago; a postura aristocrática dos europeus promove a exclusão de personagens egípcios que estavam no quadro original que se aproxima do realismo do momento histórico frente a uma reconstrução artificiosa produzida no card.  

Card Liebig de 1922. Acervo: Luiz Henrique Torres. 

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