O ceifador rondando uma mulheres com tuberculose. Seu olhar já está perdido num horizonte sem referenciais. Pintura de Richard Cooper. Acervo: Wellcome Library London. |
Após semanas de febre alta e dor lancinante nas costas a
jovem sra. Wali, de 23 anos de idade, procurou um novo médico para tratamento.
A medicação dada pelo Dr. J. não estava dando qualquer resultado positivo. Pelo contrário, o mal estar e as
dores se tornavam cada vez mais intensos.
Médico auscultando a paciente tísica. http://www.ccs.saude.gov.br |
Um médico chegara a cidade de Santa Cruz do Sul em 1934 vindo da Transilvânia. Não! Nada a ver com história de Drácula pois o único vampiro aqui é a tuberculose que vai sugando a energia vital até o esgotamento...
O médico era
um profissional da saúde formado na Hungria chamado Bátor e veio acompanhado de sua
esposa para fixar residência nesta urbe pacata, mas, que experimentava um forte
surto industrial tabagista e a ampliação de seu operariado. A fama do
Dr. Bátor era sua rara especialidade em pulmão e no combate a tuberculose,
fator que atraiu muitos pacientes de várias localidades brasileiras na ânsia de
obterem a cura.
Aparelho de abreugrafia. Inventado por um brasileiro e foi um instrumento fundamental no diagnóstico. http://www.ccs.saude.gov.br |
Após a consulta e os exames presenciais, foi pedido um raio
x do tórax e ao chegar o resultado o Dr. Bátor falou para sua paciente, com o
seu humor húngaro: "o seu tratamento atual vai levá-la diretamente para o
cemitério!" Afirmou, sem rodeios e com o olhar de quem já viu muitas vezes a
morte nos pacientes do Leste Europeu e também nos pacientes brasileiros. A radiografia mostrou que o pulmão
esquerdo tinha uma grande mancha. As bactérias estavam celeremente devorando
aquele pulmão. Era necessário um imediato tratamento com 3 Injeções por dia ao
longo de 90 dias e comprimidos diários por 180 dias!
Era assustador mas finalmente, havia uma esperança para a doença infecciosa mais mortal do mundo!
Continua...
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