Se hoje vivemos a tensão da pandemia, há 80 anos, outro era o desafio a ser superado pelos moradores: a reconstrução após a subida das águas da Lagoa dos Patos.
Revista do Globo, 31 de maio de 1941. |
Entre os dias 4 e 20 de maio de 1941 a população viveu grande apreensão. As águas subiram e cerca de 30% da área da cidade do Rio Grande ficou com uma lâmina de água. Quase quatro mil pessoas foram recolhidas aos abrigos Além das perdas materiais em nível das residências, as perdas
em maquinários, estoques, matérias-primas e estruturas físicas das empresas foi muito elevada. O período de desativação das atividades
acarretou em grandes prejuízos pela não produção e até perda de mercados. Trabalhadores sazonais sem trabalhar não tinham renda.
Assim como os prejuízos aos agricultores, a maioria voltados ao cultivo da cebola, quase sempre foi total nas áreas abrangidas pela enchente. O número daqueles que abandonaram as atividades agrícolas nas ilhas é desconhecido mas certamente foi relevante, pelos
grandes prejuízos sofridos nas chácaras, ampliando o êxodo rural em curso desde as primeiras décadas do século 20.
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