Easy Rider (Sem Destino) foi clássico da geração hippie. Em menos de dois meses de produção, foram gastos 500 mil dólares e arrecadados 19 milhões de dólares. Sucesso comercial, mas rejeição em muitos estados americanos que chegaram a proibir a exibição do filme devido à utilização de drogas. A estreia foi em 17 de julho de 1969, com direção de Dennis Hopper e trilha sonora que associada aos cenários e diálogos, contribuiu a criação de um clássico entre os cult movies.
As motocicletas são o meio de percorrer as estradas na descoberta do interior americano. Dennis Hooper e Peter Fonda personificam os americanos que não se enquadram na tradição e que encontram um advogado alcoólatra, Jack Nicholson, configurando a trilogia da contracultura. Conhecer os Estados Unidos e suas identidades democráticas e não democráticas, através de suas estradas ligando à costa leste e a costa oeste, continuava a atrair o interesse de literatos e roteiristas de filmes. No interior reside a liberdade nativa não corrompida como no meio urbano? Ou a aversão às mudanças e a diferença? Esta tensão entre o arcaico e a inovação é captada no filme na presença das comunidades hippies e os moradores tradicionais.
Os cenários são um dos pontos altos que lembram o diretor John Ford em suas gravações com cowboys e cavalos em Monument Valley e suas montanhas caricatas. Uma belíssima cena é filmada neste local com Hopper e Fonda em suas motocicletas. Estes cenários definem o road movie, o filme de estrada, que ressalta as paisagens, a narrativa que se movimenta conforme os cenários mudam, a convicção de que o destino final não é a essência mas o que importa é a jornada.
Clássico imperdível e até hoje reflexivo, com músicas que marcaram e influenciaram os anos seguintes na cultura pop. Na trilha sonora estava Bob Dylan, Jimi Hendrix, Steppenwolf com a canção Born to Be Wild entre outras bandas.
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