Cartão-postal com o Chafariz das Três Graças por volta de 1905. Acervo: Walter Albrecht. |
Em Rio
Grande existiram quatro chafarizes franceses, em ferro fundido que foram
adquiridos na década de 1870 e confeccionados na Fundição Durenne, ao norte de
Paris. Com o abastecimento de água feito até então em poços e cacimbas foi
criada em 1872 a Companhia Hidráulica Rio-Grandense. Três chafarizes
sobreviveram ao passar do tempo e mudança de funcionalidades no fornecimento de
água (e falência da Companhia). O da Praça Xavier Ferreira foi instalado em
dezembro de 1874 e é chamado de Chafariz das Três Graças (altura de 6,12m e
3,74m de largura), constituído por três estátuas femininas – as mitológicas
Três Graças: Aglae, Tália e Eufrosina, filhas de Vênus, deusa da beleza e da
graça; formosas, davam-se as mãos como se preparassem para dançar, presidiam às
boas ações e dispensavam aos homens, amabilidade, jovialidade e outras
qualidades que constituem o encanto da vida.
As estátuas
originais das Três Graças foram confeccionadas em mármore em 1566 e estão no
acervo do Museu do Louvre. A arte em ferro possibilitou que os centros urbanos
se tornassem espaços de conhecimento de obras artísticas clássicas que levaram
a aformoseamentos de espaços públicos e de constituição de sociabilidades.
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