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Planta da Vila, Barra e Porto do Rio Grande de São Pedro do Sul. Entre 1755-1762. Acervo: Mapoteca do Arquivo Histórico do Exército. |
O sargento-mor da Praça de Santos, Manuel
Gonçalves de Aguiar em 1721, também defende a construção de uma fortaleza na
entrada da barra do Rio Grande: “A entrada do Rio Grande de S. Pedro é ao
presente dificultosa, por não ter agora entrado na dita barra sumaca alguma
grande; mas será muito fácil a qualquer sumaca ou patacho o entrar nela se
levar bom prático, se governar pelo mapa, que agora fiz desta Costa,
principalmente navegando na monção de setembro até janeiro, do Norte para o
Sul”. As dificuldades para navegação estão presentes desde as primeiras
incursões de exploração da barra o que seria mantido até a atualidade. Manuel
Gonçalves de Aguiar prossegue sua observação: “A altura que tem entre os bancos
fora da barra são de 3 braças, e obra de légua e meia ao mar tem duas braças e
meia de fundo, em um banco que tem, mas não quebra nele o mar, de sorte que
tenham as embarcações perigo nele”. E
faz referência a uma expedição anterior a sua: “eu falei nesta Vila de Santos
com um inglês, e me disse haveria 8 anos, pouco mais ou menos, entrara no dito
Rio Grande com uma fragatinha corrido do tempo, vindo do Mar do Sul, e que
saíra com bom sucesso. Terá este porto, na barra pouco mais de légua, mas
dentro pode estar e andar a maior nau que houver”.[1]
As
informações contidas nestas informações prestadas às autoridades buscando o
reconhecimento do terreno, permite observar as grandes dificuldades enfrentadas
para navegação no canal e edificação de um forte ou presídio que seria a célula
para um povoamento sistemático.
[1]
AGUIAR, Manuel Gonçalves de. Notícias práticas da costa e povoações do mar do
sul In: CESAR. 1981, p. 79-80.
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