O
contratador de couros da Colônia do Sacramento Cristóvão Pereira de Abreu, esteve em janeiro de 1737
preparando o terreno onde seria edificado o forte. Em correspondência ao
capitão-general Gomes Freire de Andrade, Abreu demonstra apreensão com a
intensificação da luta em torno de Sacramento e com as dificuldades ligadas ao
forte: “pela pouca confiança que faço da gente que aqui se acha, tomei por
melhor acordo retirar-me outra vez ao passo deste Rio e fortificar-me no porto
da parte do Sul com trincheira e 4 peças cavalgadas por segurar o posto que é o
único para passar animais e por a cavalhada e gado da parte do Norte, deixando
só ficar o que baste para a carga desta sumaca e que hoje se dá princípio para
se continuar com brevidade que foi possível e tão bem alguns cavalos para a
guarda que sempre conservo e para mandar colher mais gado, depois de despachada
a sumaca”.[1]
A
desconfiança com deserções de soldados e infiltração de espanhóis tornam
ansioso o quadro que antecede a chegada de Silva Paes e suas tropas. A
manutenção desta posição pelo distanciamento dos centros de abastecimento como
o Rio de Janeiro também trará problemas para a manutenção da posição.
[1]
ABREU, Cristóvão Pereira de. In: PORTO, Aurélio. História das Missões Orientais do Uruguai. Rio de Janeiro: Serviço
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 1943, p. 365.
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