Sobrado dos Azulejos na esquinas das ruas Marechal Floriano com Francisco Marques. Acervo:Biblioteca Rio-Grandense. |
Conforme Antenor Monteiro em seu "Rebuscos", a rua era originariamente
chamada de Beco do Chico Marques. Francisco Marques Lisboa foi um dos
primeiros moradores do então Beco, que tomou o seu nome por morar ele na
embocadura da via pública com a atual Marechal Floriano. O nome Francisco
Marques foi ratificado em Resolução de 16 de abril de 1865. Francisco Marques
era um comerciante português que, por muitos anos, foi arrematante dos serviços
de Praticagem da Barra. Teve a ventura de ser o pai do Almirante
Tamandaré, patrono da Marinha do Brasil. Em sessão da Câmara Municipal de 10 de
outubro de 1849, o vereador José Joaquim Cândido de Macedo propõe que a rua
Francisco Marques termine na rua da Praia, assim como que à frente Sul da rua
da Praia, naquele sítio, faça esquina com a rua da Caridade, hoje Coronel
Sampaio. Em sessão da Câmara Municipal ocorrida em janeiro de 1850,
deliberou-se que a rua Francisco Marques termine na rua da Praia. Os moradores
protestam, porque a queriam aberta até o rio, tendo a Câmara indeferido o
pedido. Na planta da cidade do ano de 1829, o Beco está aberto até o rio.
Em novembro de 1857 os jornais pediam a
abertura da rua ‘...derrubando a casa que se achava atravessada no meio da rua,
entre a Direta e a da Praia’. O Juiz Municipal da primeira vara, Dr. Henrique
Canarim, fazia saber por Edital, que se iria vender em leilão público, no dia 4
de março de 1864 ‘...os materiais das casas demolidas na rua da Praia e beco do
Magano ou rua do Francisco Marques’. Eram uns miseráveis casebres que formavam
o Beco que também era conhecido por Beco do Cacete.
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