Beco do Carmo observando o antigo prédio do Banco do Brasil e a Igreja do Carmo à esquerda. Cerca de 1920. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
Conforme apontamentos de Antenor Monteiro, a Rua Benjamin Constant era chamada de Rua dos Caixões, como crítica, por existirem aí algumas casas feitas com tábuas de caixões e cobertas de palha. Era também conhecida como Rua do Carmo, por ficar na sua embocadura a Igreja dessa invocação. A primitiva Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo, com seu cemitério ao fundo, foi construída em 1800 e concluída em 1809, na face Sul da atual rua Marechal Floriano, do lado Leste, avançando no Oeste para o centro da atual rua, formando o estreito Beco do Carmo, que continuava um pouco mais largo, da hoje rua Bacelar à Paisandu (República do Líbano). Em dezembro de 1928 é terminada a demolição dessa Igreja, adquirida à Mitra Diocesana por duzentos contos de réis.
Em 1839, a Câmara delibera não alargar a rua do
Rosário, hoje Vileta (rua Dr. Napoleão Laureano), “... por ter resolvido abrir
a rua do Carmo”, como propusera o General Soares de Andréa ao fazer a planta da
cidade em 1835. Houve muita desapropriação para conseguir o perfeito alinhamento
que hoje tem essa rua.
Em sessão de
9 de outubro de 1865, a
Câmara resolve dar a essa rua o nome de 16 de Julho, memorando o dia de
1865 em que chegou a esta cidade S. M. o Imperador D. Pedro II, que se dirigia
para a cidade de Uruguaiana, então em poder dos paraguaios. Esta rua, antes da
sua retificação terminava na rua Iataí, hoje Dr. Nascimento, que ha esse tempo
era à frente da Capela do Bomfim.
Por Decreto
de 15 de novembro de 1894 é dado à rua o nome de Benjamin Constant. O
general Benjamin Botelho de Magalhães era professor de matemática, na Escola
Militar do Rio de Janeiro. Propagandista da República foi o Ministro da Guerra
no Governo Provisório e depois passou para o Ministério da Educação. Faleceu em
1891.
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