À esquerda: superior o prédio da Alfândega e inferior o Quartel General. À direita: Igreja da Conceição e Estação Ferroviária. |
Vistas da cidade das imediações da Santa Casa em direção ao Porto Velho e centro. |
Lado esquerdo: superior Praça Tamandaré e inferior Câmara do Comércio na General Osório. Canto direito o Porto Velho do Rio Grande. Impressões do Brasil no Século Vinte. |
O livro “Impressões do Brasil no Século Vinte”, editado na
Inglaterra por Lloyd's Greater Britain Publishing Company, Ltd. no ano de 1913,
deixou um registro escrito e fotográfico do município do Rio Grande nas
vésperas do início da I Guerra Mundial. Um breve trecho é reproduzido assim
como fotografias que ilustram o livro:
“O município tem uma população total de cerca de 45.000 habitantes, dos
quais 25.000 residem na cidade e subúrbios, ligados por linhas de tramways.
Falando de modo geral, as ruas da cidade são estreitas, á antiga maneira dos
portugueses; estão, entretanto, bem calçadas e muito bem iluminadas.
A cidade possui alguns belos jardins e praças públicas. A Praça
Tamandaré, considerada a mais bela em todo o estado, é margeada de ótimos
edifícios. Entre os mais importantes prédios, notam-se a Intendência, o
Quartel, o Correio, a Alfândega, a Beneficência Portuguesa e a Biblioteca
Pública. Esta última contém cerca de 40.000 volumes e é provavelmente a melhor
coleção que no Brasil se encontra para o Sul de São Paulo. As igrejas, escolas
e institutos de caridade ocupam edifícios espaçosos e de boa arquitetura.
O progresso industrial da cidade tem sido muito notável durante estes
últimos anos, salientando-se principalmente as fábricas de lãs que são das mais
importantes do Brasil. O desenvolvimento da lavoura tem também merecido a
atenção do governo, e a Municipalidade fundou um posto zootécnico, por
intermédio do qual podem os fazendeiros melhorar o seu gado”.
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