OS CARTÕES-POSTAIS NA HISTÓRIA

Cartão-postal do prédio da Intendência Municipal na década de 1920. Acervo: Museu da Cidade do Rio Grande. 

        O surgimento do cartão-postal remonta ao século XIX, estando associado ao nome de um vienense, o professor de economia Emmanuel Hermann, da Academia Militar Wiener Neudstadt no antigo Império Austro-Húngaro. Foi no dia 1° de outubro de 1869 que foi lançado o primeiro postal (Correspondenz Karte), uma maneira mais barata para o envio de mensagens curtas. O postal de Hermann tinha o formato próximo das dimensões atuais, porém era todo branco e sem ilustrações. Posteriormente, foi na França que surgiu o cartão-postal ilustrado, sendo o seu criador o livreiro Léon Besnardeau, da cidade de Sillé-le-Guillaume. Esta inovação está relacionada à Guerra Franco-Prussiana (1870-71) e aos milhares de militares que mantinham correspondência com os seus familiares. O livreiro recortou pequenos retângulos de cartolina, aplicando cenas com motivos militares servindo como postal. O sucesso do experimento foi a origem para o cartão-postal próximo ao que conhecemos.  

A história do cartão-postal no Brasil recua a um decreto de 28 de abril de 1880, em proposta do Conselheiro Manuel Buarque de Macedo, Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Os resultados obtidos.na Europa com a inovação que correspondia a uma maneira rápida e ágil de se comunicar, passa a ser utilizado no Brasil desde então.

Os cartões-postais são uma das modalidades de se contar a história e preservar a imagem de lugares que não mais existem ou modificaram-se ao longo das décadas. Eles remetem a momentos congelados no passado e possuem uma forte carga de emoção pois estão no campo das lembranças. A imagem e o texto escrito à mão promovem uma ruptura da distância pairando entre a informação e a emoção nas dedicatórias.

Na cidade do Rio Grande os cartões-postais circulam desde o ano de 1900. Séries de cartões assinados pelas empresas Livraria Americana, R. Strauch/LivrariaRio Grandense, Meira, Regina, Pitombo Lima etc, retrataram as ruas, praças, monumentos, indústrias e prédios da cidade nos últimos cento e dez anos, sendo uma fonte para conhecer a história da cidade.