Duque de Caxias em 1877. |
No dia do nascimento de Luís Alves de Lima e
Silva, o Duque de Caxias, é comemorado o Dia do Soldado no Brasil. Caxias
nasceu no atual Estado do Rio de Janeiro no dia 25 de agosto de 1803. Era filho
do brigadeiro Francisco de Lima e Silva. Com somente 5 anos de idade ele
ingressou para o Exército chegando ao posto de Marechal de Campo aos 39 anos de
idade. Uma carreira extraordinária que conciliou a vida militar com o homem
público ocupando funções ligadas ao Partido Conservador de D. Pedro II. Na vida política do
Império ocupou importantes cargos como o de Senador vitalício, presidente das
províncias do Maranhão e Rio Grande do Sul. Foi Ministro da Guerra e presidente
do Conselho.
Na vida militar
participou das lutas pela Independência do Brasil, no controle da ordem pública
no Rio de Janeiro, na pacificação dos movimentos provinciais no período
regencial, especialmente, da Balaiada (neste movimento recebeu o título de
Barão de Caxias, em analogia a cidade maranhence onde as tropas rebeledes
estavam agrupadas), além de revoltas em Minas Gerais , São Paulo e Rio Grande do Sul.
Conciliando ação militar com negociações pela pacificação, ele contribuiu para
consolidar a unidade nacional brasileira. Nas ações externas, ele participou
das campanhas platinas do Brasil independente, como a Campanha da Cisplatina.
Em 1866 foi o Comandante-geral das forças brasileiras e, pouco depois,
comandante-geral dos exércitos da Tríplice Aliança na Guerra do Paraguai
(1864-70). Nesta guerra foi um brilhante estrategista obtendo fundamentais
vitórias em Avaí e Lomas Valentinas. Sua destacada atuação foi reconhecida por
D. Pedro II que o agraciou com os títulos de Barão, Conde, Marquês e Duque de
Caxias, sendo o único brasileiro a obter o título de Duque.
A atuação de Caxias no
Rio Grande do Sul foi decisiva para o final da Revolução Farroupilha (1835-45).
A chegada do Barão de Caxias ao Rio Grande do
Sul será um divisor de águas no processo revolucionário. Coordenando as ações
de aproximadamente 22 mil homens, equipamentos e recursos financeiros, Caxias
dispunha de boas condições para desgastar e levar os farroupilhas à assinatura
da paz. Porém a pacificação só foi obtida após mais de dois anos de enfrentamentos e
negociações.
Caxias tomou posse da presidência da
província e do comando militar do Rio Grande do Sul em 9 de novembro de 1842. Desde
1835, o Rio Grande do Sul já tivera 12 presidentes da Província mostrando as
dificuldades do cargo. Por suas experiências anteriores ele já era chamado de O Pacificador. Em seu discurso de posse
na presidência da Província ele afirmou: “Rio-grandenses! Sua Majestade, o
Imperador, confiando-me a Presidência e o Comando em Chefe do bravo exército
brasileiro, recomendou-me que restabelecesse a paz nesta parte do Império, como
restabeleci no Maranhão, em São Paulo e em Minas; a divina Providência, que de
mim tem feito um instrumento de paz para a terra em que nasci, fará com que eu
possa satisfazer os ardentes desejos do magnânimo monarca e do Brasil todo. Rio-grandenses!
Segui-me, ajudai-me, e a paz coroará os nossos esforços”.
Caxias utilizou estratégias para o enfraquecimento
da resistência farroupilha como privá-los do auxílio ou refúgio nas repúblicas
do Prata, plantar a semente da pacificação e obter cavalhadas para garantir a
mobilidade de seu exército, comprando cavalos no Paraguai. O comandante contava
com quase 12.000 praças e 10.000 homens da Guarda Nacional, enquanto os
farroupilhas dispunham de pouco mais de mil homens no ano de 1843. Com uma força
e meios muito superiores ele buscou assegurar o controle de três pontos
estratégicos: as margens do São Gonçalo; as redondezas de Porto Alegre e Rio
Pardo e à margem esquerda do Rio Jacuí. Voltou
a usar uma tática que aplicara durante a Guerra da Cisplatina, em que formava
uma coluna de aproximadamente 1.200 homens. Cerca de 600 homens, montados a
cavalo, avançavam sobre o inimigo e as demais divisões desta coluna lutavam em
função do grupo principal.
Para bloquear os recursos que viesse de Montevidéu para os farrapos, o
governo brasileiro buscou um acordo com Rosas na Argentina e com Oribe no
Uruguai. Como o uso dos cavalos era vital para a guerra na província, não só
por sua topografia, mas também porque essa era a principal força dos
farroupilhas, Caxias juntou o máximo possível destes animais e atacou as
cavalhadas dos revolucionários.
Também atraiu o general da República Rio-grandense Bento Manoel para a causa legalista. Paralelamente, procurou dividir o inimigo, provocando intrigas entre os farrapos. Procurou desgastar e cortas as fontes de abastecimento dos republicanos.
Também restabeleceu as relações comerciais do interior da província com a capital, visando obter a simpatia da população e facilitar o abastecimento do exército. Paralelamente às medidas de Caxias, na Corte o governo decretou um imposto de 25% sobre o charque estrangeiro, como medida de proteção ao charque gaúcho.
Caxias manteve negociações com os líderes farrapos, para estabelecer um acordo de paz. Em agosto de 1844, Bento Gonçalves acatava a pacificação desde que o Rio Grande do Sul fosse aceito como um estado federado ao Brasil, o que foi rechaçado por Caxias. Posteriormente, Bento Gonçalves apresentou novos pontos para a negociação: reconhecimento da dívida interna e externa do Rio Grande; garantia de liberdade para os escravos que haviam lutado nas tropas farrapas; e reconhecimento dos oficiais farroupilhas em seus respectivos postos no Exército Imperial.
As disputas internas na República Rio-grandense fizeram com que Bento Gonçalves se retirasse do cenário revolucionário ainda em 1844. O armistício se veio em 1 de março de 1845 com o Tratado de Ponche Verde assinado entre o Barão de Caxias e o general Canabarro. O tumultuado cenário platino novamente tinha os rio-grandenses ao lado do Império Brasileiro, em parte, graças aos esforços de Caxias. Um de seus escritos dirigido aos rio-grandenses durante a Revolução Farroupilha, já definia as preocupações com os confrontos platinos: “Lembrai-vos que a poucos passos de vós está o inimigo de todos nós - o inimigo de nossa raça e de tradição. Não pode tardar que nos meçamos com os soldados de Oribe e Rosas; guardemos para então as nossas espadas e o nosso sangue. Abracemo-nos para marcharmos, não peito a peito, mas ombro a ombro, em defesa da Pátria, que é a nossa mãe comum".
Também atraiu o general da República Rio-grandense Bento Manoel para a causa legalista. Paralelamente, procurou dividir o inimigo, provocando intrigas entre os farrapos. Procurou desgastar e cortas as fontes de abastecimento dos republicanos.
Também restabeleceu as relações comerciais do interior da província com a capital, visando obter a simpatia da população e facilitar o abastecimento do exército. Paralelamente às medidas de Caxias, na Corte o governo decretou um imposto de 25% sobre o charque estrangeiro, como medida de proteção ao charque gaúcho.
Caxias manteve negociações com os líderes farrapos, para estabelecer um acordo de paz. Em agosto de 1844, Bento Gonçalves acatava a pacificação desde que o Rio Grande do Sul fosse aceito como um estado federado ao Brasil, o que foi rechaçado por Caxias. Posteriormente, Bento Gonçalves apresentou novos pontos para a negociação: reconhecimento da dívida interna e externa do Rio Grande; garantia de liberdade para os escravos que haviam lutado nas tropas farrapas; e reconhecimento dos oficiais farroupilhas em seus respectivos postos no Exército Imperial.
As disputas internas na República Rio-grandense fizeram com que Bento Gonçalves se retirasse do cenário revolucionário ainda em 1844. O armistício se veio em 1 de março de 1845 com o Tratado de Ponche Verde assinado entre o Barão de Caxias e o general Canabarro. O tumultuado cenário platino novamente tinha os rio-grandenses ao lado do Império Brasileiro, em parte, graças aos esforços de Caxias. Um de seus escritos dirigido aos rio-grandenses durante a Revolução Farroupilha, já definia as preocupações com os confrontos platinos: “Lembrai-vos que a poucos passos de vós está o inimigo de todos nós - o inimigo de nossa raça e de tradição. Não pode tardar que nos meçamos com os soldados de Oribe e Rosas; guardemos para então as nossas espadas e o nosso sangue. Abracemo-nos para marcharmos, não peito a peito, mas ombro a ombro, em defesa da Pátria, que é a nossa mãe comum".
Com o fim da Revolução Farroupilha, Caxias continuou
na presidência da Província do Rio Grande do Sul. Em 1851 foi comandante do
Exército do Sul, dirigindo a campanha contra Oribe no Uruguai e Rosas na
Argentina (1852), recebendo então o título de marquês. Nos anos de 1855 e 1856
foi ministro da Guerra, posto que voltou a ocupar em 1861-1862, quando chegou a
marechal de exército.
No final de 1866, na Guerra do Paraguai, recebeu o comando geral das forças brasileiras em operação, e três meses depois o comando geral dos exércitos da Tríplice Aliança. Retirou-se desta guerra em março de 1869. Em 1869 foi condecorado com o título de Duque de Caxias. Faleceu no Rio de Janeiro em 1880. Atualmente os restos mortais do Duque de Caxias, de sua esposa e de seu filho repousam no Panteão a Caxias, construído em frente ao Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste, na cidade do Rio de Janeiro.
No final de 1866, na Guerra do Paraguai, recebeu o comando geral das forças brasileiras em operação, e três meses depois o comando geral dos exércitos da Tríplice Aliança. Retirou-se desta guerra em março de 1869. Em 1869 foi condecorado com o título de Duque de Caxias. Faleceu no Rio de Janeiro em 1880. Atualmente os restos mortais do Duque de Caxias, de sua esposa e de seu filho repousam no Panteão a Caxias, construído em frente ao Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste, na cidade do Rio de Janeiro.
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