Porto do Rio Grande em 1908

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segunda-feira, 17 de junho de 2019

180 ANOS DA PRIMEIRA MÁQUINA FOTOGRÁFICA


Em agosto de 1839, o governo francês divulgava uma das mais importantes invenções da humanidade: um mecanismo capaz de fotografar cenas e preservar esta imagem por tempo indeterminado. A fotografia hoje pode ser obtida até com celular e smartphone, mas seu desenvolvimento inicial foi muito complexo. A fixação da imagem era um desafio que envolvia conhecimento de fenômenos químicos que começavam a se desenvolver no século XIX. O francês Joseph Nicéphore Niépce obteve a primeira fotografia em 1826 utilizando uma placa com betume numa câmara obscura.
Primeira fotografia. Niépce, 1826.

          Deixando em exposição por oito horas, Niépce conseguiu uma pálida imagem de telhados, provando ser possível obter uma imagem sobre uma emulsão sensível à luz, porém, faleceu em 1833 sem conseguir fazer novos avanços. Seu sócio, o também francês Louis Daguerre fez a descoberta do processo de fixação da imagem. Em 1835, de forma acidental, ele constatou que os vapores de mercúrio permitiam fixar (revelar) a imagem ao ser exposta por cerca de 30 minutos.
Primeira fotografia com daguerriótipo em 1837.
Isto levou a produção de um meio físico (máquina) que foi adquirida pelo governo francês em troca de uma renda vitalícia para Daguerre. Surgia em 1839 o daguerreotipo que poderia ser usado livremente pelos interessados. O equipamento era constituído por câmara, chapas metálicas, polidor de couro, caixa de madeira para sensibilização da emulsão, caixa de madeira para a revelação das placas expostas e produtos químicos, totalizando mais de 100 quilos de peso.
Daguerriótipo. 
Este kit era acompanhado de um manual explicativo sendo vendidos, apenas em Paris, 2.000 kits no ano de 1846. As dificuldades de manuseio e revelação exigiam muita habilidade e frustraram muitos amadores, mas a curiosidade e a busca de uma profissão fizeram com que apenas nos Estados Unidos, no ano de 1853, havia dez mil daguerreotipo. A imagem gerada era apenas positiva e não podia ser reproduzida (obter cópias), mas o interesse pela fotografia não parou de crescer desde então.
Daguerriótipo pela primeira vez retratando pessoas em área urbana. 

Ficheiro:Paço imperial 1840.jpg
Primeiro daguerriótipo no Brasil. Louis Compte, 1840, Paço Imperial (Rio de Janeiro). 

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