O Tempo é o depositário de todas as experiências humanas, as
repetições do cotidiano e os acontecimentos que dão novos rumos ao desenrolar
diário da vida de um indivíduo ou de uma comunidade.
Na memória do Tempo
levitam grânulos que transportam não apenas os fragmentos de porções de matéria
formadas da decomposição de rochas, mas também são um ponto de encontro na linguagem de
quem esteve em Rio Grande documentando os últimos quase três séculos de
história: a Areia.
Na memória do Tempo habita o secular deslocamento do
ar que conduz a areia aos olhos, às bocas, aos turbilhões difusos que
encobertam o horizonte e encobrem as moradias. Não há lembrança de Rio Grande
sem o Vento. A melhor definição do Tempo em Rio Grande está no Vento e na
Areia, um ponto de encontro de nascimentos e mortes, entre os séculos XVIII a XXI.
Fotografia do Porto Velho na década de 1910. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.
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