Rua Marechal Floriano nas proximidades da Duque de Caxias em 1865. Não havia calçamento e a areia incomodoava os transeuntes. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. |
A cidade
edificada numa Restinga obrigou seus moradores a um contínuo enfrentamento com
as areias, os alagadiços e os ventos. O soterramento de casas e a falta de
pavimentação exigiam obras públicas e particulares que os poucos recursos
financeiros muitas vezes tornavam lentas e que se estendiam por décadas. Uma parte
considerável da cidade é constituída por aterros que avançaram adentrando as
águas da Lagoa dos Patos e do Saco da Mangueira.
Consolidar os areais já era um desafio
quando o naturalista francês Auguste Saint-Hilaire esteve aqui por dois meses. Em seu diário escrito no dia
12 de agosto de 1820 ele registrou: “soprou um vento violentíssimo, nuvens de
areia extremamente fina enchiam o ar; saí por alguns instantes, sendo muito
importunado pela areia que me entrava nos olhos e me cobriam as vestes”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário