Porto do Rio Grande em 1908

Porto do Rio Grande em 1908

quarta-feira, 25 de julho de 2018

HOMENS E AREIAS

Rua Marechal Floriano nas proximidades da Duque de Caxias em 1865. Não havia calçamento e a areia incomodoava os transeuntes. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense.  

          A cidade edificada numa Restinga obrigou seus moradores a um contínuo enfrentamento com as areias, os alagadiços e os ventos. O soterramento de casas e a falta de pavimentação exigiam obras públicas e particulares que os poucos recursos financeiros muitas vezes tornavam lentas e que se estendiam por décadas. Uma parte considerável da cidade é constituída por aterros que avançaram adentrando as águas da Lagoa dos Patos e do Saco da Mangueira.

         Consolidar os areais já era um desafio quando o naturalista francês Auguste Saint-Hilaire esteve aqui  por dois meses. Em seu diário escrito no dia 12 de agosto de 1820 ele registrou: “soprou um vento violentíssimo, nuvens de areia extremamente fina enchiam o ar; saí por alguns instantes, sendo muito importunado pela areia que me entrava nos olhos e me cobriam as vestes”. 

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