A
construção do Mercado Público da cidade do Rio Grande foi ordenada em 1841 pelo
Dr. Saturnino de Souza Oliveira, Presidente da Província do Rio Grande do Sul.
Em 1847, este projeto já estava implementado, mas suas dimensões eram pequenas
em relação ao Mercado atual.
Desde
1847 há referência a obras que deveriam ser realizadas para ampliar o Mercado existente
que não comportava o consumo de uma população de 12 mil habitantes no ano de
1852. A ampliação da área do Mercado para os patamares atuais é fruto destas
obras iniciadas na primeira metade da década de 1850.
Em
6 de setembro de 1853, relatório da Câmara Municipal destacava que o Mercado
Público tornava-se mais acanhado à proporção que a população aumentava (...) “desta
forma, em pouco tempo, ele se tornará insuficiente. Ora, tendo a Câmara de
fazer construir um mercado ou banca de peixe, onde este possa ser vendido, com
o asseio que exige a civilização de uma das principais cidades da província,
atendeu como lhe cumpria a estas duas necessidades. O plano da Câmara é: fazer
o mercado do peixe com disposições de ser aproveitado para fazer parte do
aumento do mercado atual, quando as circunstâncias imperiosamente o exijam.
Para levar a efeito este projeto pede a Câmara autorização para despender
3.000$000”.
De
fato, o valor final dos gastos quando de sua conclusão em 1863, superaram 113
contos de réis. O Mercado Velho, durante e após a construção do Novo Mercado,
continuou funcionando na área central até 1888 quando o vazio central ficou
livre sendo utilizado pelos tabuleiros dos feirantes temporários.
O
Mercado, de planta retangular, foi recebendo obras a partir da década de 1940,
concluídas em 1959, as quais descaracterizaram parte de sua arquitetura
original. A parte interna que originalmente tinha a cobertura aberta foi
fechada sendo construídos chalés. A localização do Mercado é junto ao Cais do
Porto Velho e tem uma das faces voltada para a Praça Xavier Ferreira,
denominada popularmente - no século XIX – de Boulevard Rio-Grandense.
Mercado Público entre as décadas de 1910-1920. Acervo: GERODETTI & CORNEJO. |
Mercado Público entre as décadas de 1910-1920. Acervo: Leonardo Barbosa. |
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