No dia 26 de setembro de 1844 foi realizada
uma reunião que levou a formalização da idéia de fundar uma Praça de Comércio
na cidade, a primeira do Rio Grande do Sul. O crescimento do comércio de
exportação e importação pelo Porto do Rio Grande é o fator que explica esta
união de comerciantes locais para equacionar problemas e buscar soluções para a
dinamização das atividades econômicas. Aproximadamente 100 anos atrás ela era
chamada de Associação Comercial da Cidade do Rio Grande. A denominação foi alterada
para Câmara de Comércio da Cidade do Rio Grande em setembro de 1919,
mantendo-se até o presente.
Monte Domecq, ressaltou, no ano de 1916, a
relevância da associação para enfrentar a conjuntura de crise ligada a Primeira
Guerra Mundial e os problemas relativos às pesadas taxas portuárias cobradas
pela Companhia Francesa do Porto do Rio Grande. Segundo Domecq, a então denominada Associação
Comercial da Cidade do Rio Grande era um exemplo a ser seguido por outras
filiações congêneres mostrando a força que dispõe à classe comercial e
industrial, quando bem organizadas e orientadas. Para ele, desde sua fundação,
compreendeu o papel que era chamada a desempenhar como representante de um
núcleo comercial ligado ao único porto marítimo do Rio Grande do Sul, chave de
suas comunicações e intercâmbio com outros estados brasileiros e com portos de
países estrangeiros.
Para a Domecq, a associação buscou defender
os interesses gerais do comércio regional e particulares dos comerciantes e
industriais locais. Historicamente, a melhoria e construção dos molhes da Barra
e do Porto Novo fazem parte das reivindicações. Naquela época uma campanha em
andamento era contra a aplicação das novas taxas do Porto do Rio Grande. “Nesta
luta entre interesses opostos, os da Cie. Française du Port de Rio Grande,
baseados no contrato de concessão e de exploração concedidos pelo Governo
Federal, e os do comércio e da indústria da cidade que pela aplicação das
referidas taxas encontrar-se-ia em situação de inferioridade perante as suas
concorrentes Pelotas e Porto Alegre, a Associação tem envidado os maiores
esforços para conseguir do Governo Federal , ou diretamente da Cie. Française du Port de Rio Grande, uma
alteração das taxas em favor dos importadores e exportadores”.
As altas taxas portuárias foi um dos
principais assuntos regionais que se estendeu até 1919, quando ocorreu a
encampação da Companhia Francesa do Porto do Rio Grande pelo Estado do Rio
Grande do Sul.
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