Porto do Rio Grande em 1908

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quinta-feira, 13 de julho de 2017

BATALHA NAVAL DO RIACHUELO: 150 ANOS

Um século e meio nos separa de um momento decisivo da História do Brasil. O confronto naval entre o Brasil e seus aliados (Argentina e Uruguai) contra o Paraguai presidido por Solano Lopes. A Batalha Naval do Riachuelo poderia ter mudado o rumo da Guerra do Paraguai (ou Guerra da Tríplice Aliança).
Era o dia 11 de junho de 1865, um domingo, quando as tropas paraguaias (navais e terrestres) promoveram um ataque surpresa contra a frota naval brasileira que era composta por 9 embarcações. Tendo início as 9h25 da manhã, a Batalha estendeu-se até 17h30, com a vitória brasileira e a destruição da força naval paraguaia. Mais cinco anos de combates terrestres se seguiriam até 1870, mas de certa forma, o Paraguai estava fadado a derrota militar após Riachuelo. Os brasileiros tiveram 104 mortos, 142 feridos e 20 desaparecidos; os paraguaios 351 mortos, 567 feridos e 10 embarcações afundadas.

Entre os mortos brasileiros estão dois defensores da corveta Parnaíba, onde ocorreu luta corpo a corpo com paraguaios: o marinheiro de Primeira Classe Marcílio Dias e o Guarda Marinha   João Guilherme Greenhalgh.
O Almirante Joaquim Marques Lisboa (Visconde de Tamandaré), nascido em Rio Grande, era o comandante das Forças Navais do Brasil. Tamandaré indicou o Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva (Almirante Barroso e posterior Barão do Amazonas) para comandar a força naval brasileira no Rio Paraná, cenário onde ocorreu o sangrento confronto.
A Batalha Naval do Riachuelo permanece com uma forte simbologia de criatividade e superação das imensas dificuldades sofridas pelos brasileiros até obterem a vitória. O menino Marcílio Dias - que quando criança corria pelas ruas da cidade do Rio Grande - foi encontrar seu túmulo, acompanhado de centenas de outros marinheiros brasileiros e paraguaios, nas águas do Rio Paraná: era o dia 11 de junho, há 150 anos atrás.
No período presente em que o Brasil está “no purgatório da corrupção”, a morte de tantos homens, não deveria passar no esquecimento mas ser um fator de reflexão sobre que país está sendo gestado.    

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