Porto do Rio Grande em 1908

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quarta-feira, 12 de julho de 2017

60 ANOS DA MORTE DE GETÚLIO VARGAS

Por volta das 8h30 da manhã do dia 24 de agosto de 1954, Getúlio Vargas cometeu o suicídio. O ministro da Fazenda, Oswaldo Aranha, fez a leitura na Rádio Nacional de um trecho da carta-testamento deixada por Vargas e que se tornou um dos mais difundidos documentos da História
do Brasil: “Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada temo. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história”.

Era o fim da Era Vargas, um longo processo político que tivera início com a Revolução de 1930 e que encerrava com o enterro do presidente em sua terra natal São Borja, após ficar 18 anos a frente do governo brasileiro. O tiro disparado por Vargas em seu coração está relacionado a outro tiro, disparado na perna de Carlos Lacerda (seu principal detrator) no dia 5 de agosto. As acusações de que o atentado da Rua Tonelero que feriu Lacerda e matou o major Vaz foi ordenada por Vargas, o levou a uma situação político- institucional crítica muito insuflada pela oposição que buscava sua deposição. A UDN e amplos setores militares exigiam a renúncia do presidente e criticavam o excesso de estatismo e um suposto esquerdismo. Dias antes, Vargas já afirmara que só sairia do palácio do Catete morto! Cumpriu a promessa e provocou com sua morte, uma comoção social jamais vista no Brasil. Manifestações populares foram registradas em várias cidades e mais de 100 mil pessoas desfilaram em frente ao seu caixão O pai dos pobres saía da história para se projetar como um mito que até hoje povoa o imaginário brasileiro.    

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