Numa quarta-feira dia
2 de julho de 1947 ás 21h50m, o casal Wilmot está sentado na varanda de sua
casa num bairro de Roswell no Novo México (EUA), quando um objeto oval cruzou o
céu em alta velocidade. Há cerca de 120 km da cidade de Roswell, o rancheiro
MacBrazel e seus vizinhos escutam uma explosão. Na manhã do dia 3, MacBrazel
sai a cavalo pelo rancho Foster e defronta-se com centenas de destroços
constituídos por lâminas de um metal maleável e aparentemente indestrutível.
Ele leva destroços para o seu galpão e observa desenhos e inscrições
desconhecidos impressos nos fragmentos. Somente na manhã do dia 6, o rancheiro
informou ao xerife do achamento e na parte da tarde o Pentágono foi comunicado.
Na manhã do dia 7 todas as estradas e vias de acesso foram bloqueadas por ordem
do Pentágono, iniciando uma operação militar da Força Aérea americana que
realizou a limpeza da área. Especulações de testemunhas afirmando que um disco
voador e três corpos constituiriam a verdade do caso Roswell foi descartada por
autoridades militares que atuaram sob a orientação de Washington, reconhecendo
apenas a queda de um balão atmosférico. A partir de 9 de julho o assunto foi
divulgado pela agência Associated Press
e divulgada mundialmente sofrendo censura e desmentidos do governo
norte-americano.
DISCOS VOADORES
Aparições e registros
referentes à Ovnis (objetos voadores não identificados – que podem estar associados a fenômenos
físicos, químicos, atmosféricos, astronômicos, óticos, psíquicos, de origem terrestre
ou extraterrestre) ou Ufos (Unidentified Flying Object) recuam a antigüidade
oriental e clássica, porém a denominação disco
voador surgiu de uma observação ocorrida em 24 de junho de 1947 quando o
empresário norte-americano Kenneth Arnold, ao sobrevoar as montanhas Casade em
Washington, observou de seu monomotor uma formação de nove objetos que se
deslocavam a mais de 2.000 km por hora. A sua descrição ao jornal do East Oregonian referiu-se a objetos que se
deslocavam como “o faria um prato se lançado sobre a superfície da água”, foi
interpretada pelo jornalista responsável como um “prato voador”, termo que
passou a ser difundido mundialmente como “disco voador”.
Outra ocorrência de
grande repercussão pública foi à queda de um avião Mustang F-51 no estado de
kentuchy, quando o capitão Thomas Mantell morreu após a perseguição de um Ovni
no dia 7 de janeiro de 1948. Num contexto de Guerra Fria entre Estados Unidos e
União Soviética, a divulgação pela imprensa de centenas de observações
posteriores tornou-se fator de preocupação para o governo que criou uma
comissão oficial para estudar os Ovnis, projeto chamado de Sign ou Saucer (cujo
objetivo era recolher, avaliar e distribuir entre as agências interessadas toda
a informação sobre os avistamentos que indicassem perigo para a segurança
nacional). Foi o primeiro de uma série de projetos de investigação dirigidos
pela USAF (Força Aérea dos Estados Unidos). Em 1952 surge o projeto Blue Book – Livro Azul e as Forças
Armadas norte-americanas emitem a ordem 200-5 solicitando que todos os
funcionários do serviço secreto das bases aéreas entrem em contato
imediatamente com o Centro Técnico de Informação Aérea (Atic) quando avistarem
um Ovni.
Portanto, no início
da década de 1950 o assunto estava popularizado e inclusive em Rio Grande,
registrou-se a observação do fenômeno Ovni no dia 25 de março de 1950,
ocorrência inicialmente divulgada em jornal da cidade de Pelotas. O Diário Popular publicou ainda no domingo
que discos voadores foram visto em Rio Grande no sábado, 25 de março, às 4
horas da madrugada: “As duas notícias que iremos transmitir são efetivamente
sensacionais e dadas as suas características passaremos apenas a enunciá-las
sem o calor do comentário que tomou conta de Rio Grande, vejamos – Às quatro
horas da madrugada de hoje, foi avistada, à beira da barra desta cidade, um
disco voador, em forma de prato irradiando forte luminosidade. Foram
testemunhas inúmeros marítimos e pescadores. Às 14:50 horas novamente se
repetiu o caso. Centenas de populares, inclusive este correspondente, viram o
disco, a grande altura, luminoso como alumínio, que riscava o céu em direção de
Pelotas”. No dia seguinte, o jornal Rio Grande reproduziu a matéria com o
título “discos voadores nos céus do Rio Grande” – afirmando que “vem empolgando
a opinião pública universal o fenômeno conhecido por discos voadores, círculos
de intensa luminosidade que vêm aparecendo, segundo informam, em diversas
cidades oferecendo ensejo aos mais desencontrados comentários sem que, até
hoje, tenham os entendidos oferecido uma definição positiva a respeito”.
(Jornal Rio Grande, 27/03/1950). O Correio do Povo publicou que em Rio
Grande, às 14h30m, foi observado “durante mais de trinta minutos uma estrela
brilhante que despertou a curiosidade pública”.
No
mesmo dia 25 foi registrado uma observação em Porto Alegre, aproximadamente às
12h junto a Usina do Gasômetro operários observaram uma “espécie de dirigível”
de grande proporção, de forma elíptica, cor prateada e que voava a grande
altitude. As observações de Ovnis também foram relatadas no dia no dia 29 em
Porto União (Santa Catarina), no dia 30 no Rio de Janeiro “durante muito tempo
na tarde de ontem grande número de pessoas ficaram de nariz para o ar vendo um
disco voador” e no mesmo dia em São Luiz do Maranhão. As especulações e
apreensões voltavam-se a alguma invenção militar desenvolvida pelos Estados
Unidos ou pela União Soviética, no contexto da corrida armamentista nuclear. A
polêmica canalizada para os Ets foi desencadeada ao longo das décadas através
da ação dos ufólogos com relatos ligados a contato imediato de terceiro grau e
abduções.
Porém, a solução para
o mistério estava muito próximo da imaginação dos moradores do planeta
tupiniquim, é o que comprovou o dentista Sebastião Fernandes Lima na matéria “o
disco-voador uma invenção brasileira?” publicada no Diário de Notícias (18/03/1950). Questionado sobre a origem do
disco voador ele implacavelmente afirmou: “sou seu autor, exibindo comprovantes
e o pedido de registro da invenção. Disse que o aparelho pode aterrissar até
numa pequena clareira ou ficar flutuando a uma altura desejada, baseado no
princípio do giroscópio, e que também poderá ser movido a jato ou a motor”, é o
que declarou o insigne brasileiro aperfeiçoador do giroscópio...
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