Acervo: Biblioteca Nacional (Rio de Janeiro). |
O primeiro presidente eleito no Brasil, Prudente de Morais, governou entre 1894-1898. O político paulista representava a oligarquia cafeicultora buscando trazer os civis ao poder e aposentar a República da Espada que marcou os primeiros anos da República com Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto.
Prudente de Morais teve muitas dificuldades em seu governo com crises político-partidárias, oposição florianista, crise diplomática com a Inglaterra, França e Argentina. A Guerra de Canudos ocorreu em seu governo e ele pegou a parte final da Revolução Federalista no Rio Grande do Sul.
A charge de Angelo Agostini publicada no jornal ilustrado Don Quixote de 13 de abril de 1895, remete ao grave conflito entre chimangos e maragatos. Agostini, por meio de sua charge muito incisiva, clama para que o Presidente Prudente de Morais ajudasse na pacificação e na anistia dos revoltosos.
A espada da justiça está perfurando o pescoço da primeira das três onças-pintadas: está escrito "Presidente do Rio Grande" ou seja, Júlio de Castilhos (chimango) que deveria ser derrotado pela intervenção da Justiça.
Angelo Agostini, claramente, tomou partido dos revoltosos maragatos e da representatividade política das assembleias legislativas e não do poder concentrado no executivo (presidentes estaduais).
Prudente de Morais contribuiu para a pacificação e anistia no Rio Grande do Sul. A paz foi alcançada em agosto de 1895. Porém, a vitória foi dos chimangos e o controle do aparelho de Estado no Rio Grande do Sul foi controlado pelos castilhistas-borgistas até 1928.
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