Porto do Rio Grande em 1908

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sábado, 11 de junho de 2022

PEDRA DE ROSETA - BICENTENÁRIO

Pedra de Roseta. Acervo: https://commons.wikimedia.org

 No ano de 196 a. C. o decreto de um conselho de sacerdotes estabeleceu o culto ao faraó Ptolomeu V. O que poderia ser um apenas um manuscrito se tornou um registro feito numa estela ou monolito com o objetivo de perpetuar este decreto.

 O monolito de granito negro foi colocado num templo em Sais no delta do Nilo e foi encontrado, fragmentado, em 1799. Foi um soldado de Napoleão Bonaparte o responsável pelo achado que estava na cidade de Roseta também no delta do Nilo. Como as tropas napoleônicas foram derrotadas pelos ingleses, a pedra foi levada em 1802 para Londres e lá permanece até hoje. 

Ela é a peça mais visitada do Museu Britânico. Pesa 760 quilos e possui 112 cm de altura. Se não estivesse fragmentada teria 150 cm de altura. 

O interesse na pedra de Roseta se prende em ter sido lapidada com inscrições plurilíngues: hieróglifo egípcio, egípcio demótico e grego antigo.  O britânico Thomas Young começou os estudos de decifração dos escritos na pedra e o francês Jean-François Champollion construiu um alfabeto de caracteres hieroglíficos fonéticos construindo uma gramática egípcia antiga. O conhecimento perdido referente a decifração de hieróglifos permitiu a leitura de inúmeros documentos na tumbas, templos, papiros etc, possibilitando ampliar as informações para construção da história do Antigo Egito. 

A decifração dos hieróglifos foi possibilitada através da comparação com o demótico e o grego, sendo realizada por Champollion em 1822. Portanto, é o bicentenário de uma realização fundamental para o conhecimento histórico da antiguidade. 

Jean-François Champollion em 1831. Artista Leon Cogniet. Acervo: http://histoire-image.org 

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