Porto do Rio Grande em 1908

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sexta-feira, 11 de março de 2022

COBRAS E ELIXIRES

 

Diário do Rio Grande, 07-12-1905. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

As propagandas de produtos medicinais eram muito presentes nos jornais. Uma estratégia muito utilizada era conversar com o leitor sobre curas ocorridas a partir do consumo de determinado produto. 

Muitas vezes são médicos ou farmacêuticos indicando um medicamento e afirmando de sua eficiência. Outras vezes, como neste anúncio, é a reprodução de uma suposta carta de alguém que utilizou favoravelmente o produto e está elogiando o responsável ou laboratório. Surge um clima coloquial que aproxima o leitor e se narra exemplos práticos da eficiência. 

Seis pessoas mordidas por cobras foram curadas tomando a Tintura de Plumeria que neutraliza o veneno até de jararaca.  Se há algo de verdade na história seria ótimo. Afinal, o soro anti-ofídico começou a ser feito pelo Instituto Butantan em 1901. As mortes por picadas de serpentes eram elevadas no Brasil. E o acesso ao soro era muito difícil pelas dimensões continentais do país. 

Face a dificuldade para atendimento médico, os remédios ou elixires milagrosos, era uma das poucas esperanças de sobrevivência. Isto garantia um considerável espaço nos jornais e revistas para a publicidade destes produtos. 

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