SANTA MARIA - 1970

 

Cartão-postal de Santa Maria em 1970. Editor Paraná Cart. Acervo: Luiz Henrique Torres. 

Este belo cartão-postal de Santa Maria está datado de 7 de fevereiro de 1970. 

A Avenida Rio Branco é um dos locais mais visitados pelos fotógrafos para produzir postais que retratem a dinâmica de uma cidade que em 1970 tinha 125 mil habitantes na área urbana e 32 mil na rural. Este número se ampliava por ser um polo de atração comercial e de prestação de serviços para uma consistente área de abrangência. 

Um aspecto pessoal que me chamou a atenção foi ler a mensagem no verso do cartão (comprado em um leilão) que faz referência a "Bresolin" e a "granja". Não identifiquei a senhora que assinou o cartão mas conheci a família Bresolin. Residi com meus pais e irmã num edifício da propriedade desta família entre 1973-74. Eles tinham uma granja e um aviário.  

Incrível "às voltas ao mundo" que um cartão faz e acabam portando uma mensagem que pode trazer lembranças de vivências reais e não apenas de viagens mentais a partir das imagens impressas.  

  

1953

Acervo: Luiz Henrique Torres. 

 Esta folhinha filatélica marca a Exposição Filatélica Estadual realizada em Pelotas entre 14 e 19 de novembro de 1953. 

A Associação Filatélica Pelotense comemorava os seus 25 anos de fundação (1928-1953). 

BRADLEY EM 1869

Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 

Este era o logotipo utilizado pelo fotógrafo W. S. Bradley em 1869. 

A litografia buscou ressaltar o "requinte" em que estava instalado o estúdio de "photographia" e a frequência de pessoas "elegantes". 

A Rua Pedro II n. 147 é a atual Rua Marechal Floriano. Atualmente este número corresponde a um prédio na esquina das Ruas Marechal Floriano com Fernando Duprat. 

Só para lembrar: Rio Grande do Sul é a cidade do Rio Grande. 

O CHAFARIZ

Cartão-postal da Praça Xavier Ferreira. Acervo: Luiz Henrique Torres. 

 

Este cartão-postal está datado de 19 de janeiro de 1984. Mostra um trecho da Praça Xavier Ferreira com centralidade no chafariz francês das Três Graças. 

É uma imagem de Rio Grande, "a noiva do mar", nos primórdios da década de 1980. 

A edição é da Edicard e Distribuidora Kingcolor Ltda. 

A dedicatória no verso do cartão deseja um feliz 1984. 

Verso do cartão-postal da Praça Xavier Ferreira. Acervo: Luiz Henrique Torres. 

SANTA MARIA - FINAL DOS ANOS 1950

 

Cartão-postal Santa Maria. Foto Postal Colombo. Acervo: Luiz Henrique Torres. 

Observar o cenário do alto permite trazer o contexto mais amplo da paisagem. Literalmente, amplia os horizontes focados na reprodução rotineira dos espaços e sociabilidades que se convertem na vida cotidiana. 

Do alto é possível ver a dimensão do crescimento urbano, a formação geográfica em que os eventos ocorrem, as direções em partem focos de poluição (no caso a maioria das oficinas da viação férrea) e os estilos arquitetônicos com seus arrojos, fragilidades e fealdades. 

Um exemplo da relevância dos postais de vista superior ou até aéreos está neste cartão de Santa Maria, a qual, como muitas cidades brasileiras, também recebeu a visita da famosa empresa paulista Foto Postal Colombo. 

Este postal fotográfico é fruto da imagem obtida do alto do Edifício Taperinha que recentemente havia sido concluído. Possivelmente, o postal seja de 1959 ou de 1960.

A avenida Rio Branco parece (ilusoriamente) delimitar o perímetro urbano. A visão da formação montanhosa ao fundo faz lembrar que a cidade está edificada dentro de um vulcão... Realmente, vulcanismo não faltou na região só que a mais de 200 milhões de anos. 

Santa Maria está numa depressão que torna o verão sufocante. Se situa entre o limite dos derrames basálticos que formaram o Planalto Meridional Brasileiro e a Depressão Central com os terrenos ondulados (as coxilhas) que se estende em direção ao oeste Rio-grandense. 

Portanto, teve sua formação histórica ligada de forma mais direta, às culturas do pampa gaúcho e do planalto Rio-grandense.     

BRESLAU

 

Card Liebig Company's. Acervo: Luiz Henrique Torres. 

Este card encartado nos produtos Liebig Company's (extrato de carne) nos primórdios do século XX, mostra a Rathhaus von Breslau, ou seja, a Prefeitura e Câmara Municipal da cidade alemã de Breslau. 

As referências da existência do prédio recuam a 1299. Ampliações foram feitas até 1510 definindo o estilo arquitetônico retratado no card. No porão está uma taberna de venda de cerveja com mais de 700 anos, o que explica o caneco de cerveja reproduzido no card. 

Breslau foi uma cidade alemã entre 1871 a 1945. No final da Segunda Guerra foi cercada pelos soviéticos, saqueada e incendiada em maio de 1945. O prédio da Prefeitura sofreu muitos danos, especialmente, ocorreu a destruição do telhado pelos bombardeios. Foi reconstruído após a guerra. Os alemães foram expulsos da cidade que passou para o controle da Polônia e teve seu nome alterado para Wroclaw. A ideia foi apagar completamente a presença alemã. 

Hoje é a quarta maior cidade da Polônia e o seu símbolo é o prédio da Prefeitura edificado em estilo gótico tardio. 

Quando este card circulou seria impossível imaginar tantos eventos históricos que modificaram a história destas comunidades. A guerra ceifou a vida de milhões de europeus e levou a destruição de inúmeros prédios e centros culturais seculares. Porém, o Rathhaus sobreviveu e chegou ao presente.         

PARA PESCADORES

Revista Clássicos de Terror, n. 19, Editora Taika, 1977. 

Esta propaganda foi publicada na contra-capa da revista Clássicos de Terror n. 19 da Editora Taika. O ano é 1977. 

Pescador organizado necessitava de um "estojo pesca fácil". 

 Era só preencher os dados pessoais e pedir por "reembolso postal". 

A grande dificuldade, para a maioria, era o pagamento que na época era em cruzeiros: "apenas Cr$180,00". Para comparar: a revista custava Cr$5,00. 

TABULEIRO

 

Acervo: Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

Este jogo de tabuleiro é bastante antigo. Remonta a Revista Brinquedo editada pela Imprensa Moderna no ano de 1933. 

Este jogo era muito comum na infância. Um dado era lançado e o número obtido determinava o número de casas que se avançava. Num olhar rápido me parece que o número 9 era o mais temido neste modelo e talvez fosse decisivo na disputa, pois, o jogador teria de percorrer um longo caminho para retornar ao número 3. Claro, se tivesse a sorte de alcançar o número 13 poderia rapidamente chegar ao 36 e mudar o destino do jogo!

Era uma saudável diversão!

MARTA ROCHA

 

Cenário de fundo Assassin's Creed Origins (Ubisoft, 2017). Miniatura Chevrolet Marta Rocha, 1956 (escala 1:43). Editora Salvat. Acervo: Luiz Henrique Torres. 

A Chevrolet lançou entre 1955 a 1959 a série Task Force ou Chevrolet 3100 que trouxe um design mais moderno para as camionetes (linhas retilíneas e motores v8). Se buscou tornar as camionetes, que eram voltadas ao meio rural, dotadas do conforto de carros de passeio urbano. 

Como brasileiro gosta de colocar apelidos, a camionete recebeu o nome da Miss Brasil 1954: Marta Rocha. A analogia é que Marta Rocha disputou o Miss Universo e ficou em segundo lugar por supostas duas polegadas a mais no quadril. Conta a lenda que a camionete quando observada de frente, possuía um sobressalto de seus paralamas em relação a largura da cabine: as duas polegadas a mais de Marta Rocha! 

JOHN INNES

 John Clarke Innes nasceu em Londres em 1863. Atuou, no Canadá, na década de 1880, como agrimensor e cartógrafo para a Canadian Pacific Railway. Descreveu cenários em que conviveu através de desenhos, ilustrações e publicações em jornais no Canadá e Estados Unidos. Entre as inúmeras pinturas se destacaram as séries "The Epic of Western Canada" e " From Trail to Rail". Faleceu em Vancouver em 1941. 

Innes documentou visualmente personagens e cenários canadense a partir das duas últimas décadas do século XIX. Estas imagens circularam  por muitos países em exposições, nos cartões-postais  e ilustrações em jornais. 

As imagens identificam semelhanças com práticas rotineiras do pampa Rio-grandense que aqui foram registradas em gravuras que recuam ao início do século XIX e em descrições documentais dos primórdios do século XVIII.  

Gravura de John Clarke Innes (1900). Acervo: National Gallery of Canada. 

Gravura de John Clarke Innes (1900). Acervo: National Gallery of Canada. 

Gravura de John Clarke Innes (1900). Acervo: National Gallery of Canada. 

Gravura de John Clarke Innes (1900). Acervo: National Gallery of Canada. 

OS VAQUEIROS

Cartão-postal "Troilene Ranching". Acervo: Luiz Henrique Torres. 

Verso do cartão-postal Acervo: Luiz Henrique Torres. 

 

Este cartão-postal com selo de 2 cents do Correio do Canadá apresenta um carimbo de 1907. 

A série "Troilene Ranching" foi editada entre 1901-1907 com gravuras de John Innes. As temáticas retratam a vida dos rancheiros e os afazeres ligados a pecuária no sul do Canadá.

 Neste cartão os "vaqueiros" estão imobilizando com laços um boi. A legenda remete a "laçando um boi". 

Se tirássemos as legendas e os manuscritos em inglês, poderíamos imaginar um cenário do pampa do Rio Grande do Sul ou do Prata.  

O cartão foi editado por W. O. Macfarlane - Toronto e Buffalo. 

BENTO GONÇALVES DA SILVA

 

Acervo: Luiz Henrique Torres. 

Cartão-postal editado por R. Strauch/Livraria Rio-Grandense. Datado do ano de 1921. 

O monumento-túmulo a Bento Gonçalves da Silva foi inaugurado em 20 de setembro de 1909. 

REVOLUÇÃO FARROUPILHA - 1985

Quando do sesquicentenário da Revolução Farroupilha em 1985, os Correios lançaram um edital com selo comemorativo, envelope e carimbo. 

 O autor da imagem é Guido Mondin (1912-2000) que realizou as 14 telas que compõem a "Saga Farroupilha" que estão expostas na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. 

A imagem retratada na cena é mais uma pintura de Mondin voltada a reconstrução de cenas do decênio farroupilha.  

Edital dos Correios n.28, 1985. Sesquicentenário da Revolução Farroupilha. 
Acervo: Luiz Henrique Torres. 

Envelope com carimbo e selo (1985). Acervo: Luiz Henrique Torres. 

REVOLUÇÃO FARROUPILHA

Acervo: Luiz Henrique Torres. 

O Correio lançou no dia 18 de março de 1945 um selo comemorativo ao "Centenário da Pacificação do Rio Grande do Sul".

O selo impresso em azul no valor de 40 centavos de cruzeiro mostra o Barão de Caxias (Presidente da Província do Rio Grande de São Pedro e representante do Império) estendendo a mão para o General David Canabarro (lado direito) representante farroupilha na assinatura da Paz de Ponche Verde que encerrou o movimento que durou 10 anos. 

 

ANITA GARIBALDI

Envelope, selo e carimbo comemorativos ao sesquicentenário do nascimento de Anita Garibaldi. Acervo: Luiz Henrique Torres. 

Este envelope comemorativo assinala o sesquicentenário do nascimento de Anita Garibaldi (1821) com carimbo datado de 30 de julho de 1971. 

Detalhe do selo e carimbo. 

O selo emitido pelo Correio está acompanhado de três carimbos, sendo dois referente a Exposição do Clube Filatélico de Laguna.  

Verso do envelope. 

Outra versão deste envelope possui o selo do Clube Filatélico do Amazonas e o escudo do Rio Grande do Sul em verde.

Envelope, selo e carimbo comemorativos ao sesquicentenário do nascimento de Anita Garibaldi. Acervo: Luiz Henrique Torres.

GIUSEPPE GARIBALDI

Máximo postal bicentenário de nascimento de G. Garibaldi (2007). Acervo: Luiz Henrique Torres. 

 

Máximo postal emitido em 2007 pelo Grande Oriente d'Italia nos festejos do bicentenário de nascimento de Giuseppe Garibaldi.  

O "Herói de Dois Mundos" é um dos principais personagens nas lutas pela libertação nacional italiana. 

BANDEIRA FARROUPILHA

Coleção Brasiliana, n.10. Simões Lopes Netto. Aproximadamente 1906.
Acervo: Luiz Henrique Torres. 

 

A Coleção Brasiliana foi editada em Pelotas por Simões Lopes Netto sendo composta por 26 cartões-postais reproduzindo símbolos nacionais e regionais brasileiros. O lançamento desta coleção ocorreu em 1906 e temas voltados a brasões, numismática, filatelia, símbolos nacionais, bandeiras da formação histórica brasileira e do Rio Grande do Sul etc, circularam pelo Brasil e viraram peças de colecionismo ao longo tempo. Inclusive, são disputadas no presente.  

O desejo de Lopes Netto era lançar 12 séries de 25 ilustrações. Porém, foi lançada somente a primeira série com 26 unidades. 

Um dos cartões, o de número 10, mostra uma bandeira hipoteticamente utilizada pelos farroupilhas no período de 1838 a 1845. Alguns elementos desta bandeira estão preservados na atual bandeira do Rio Grande do Sul. 

Para facilitar a comparação, reproduzo abaixo as duas bandeiras:  

Detalhe da bandeira. Coleção Brasiliana, n.10. Simões Lopes Netto. Aproximadamente 1906.
Acervo: Luiz Henrique Torres. 

Atual bandeira do Rio Grande do Sul.
Fonte: https://estado.rs.gov.br/midia/imagem/estado-do-rio-grande-do-sul

COSTUMES GAÚCHOS

 

Acervo: Luiz Henrique Torres.

Quando da realização em Porto Alegre da II Exposição Filatélica Argentino-Brasileira (20 a 28 de março de 1992) foram lançados 4 selos com temáticas ligadas a cultura tradicional Rio-grandense. 

 

Os selos, com cores intensas mas que enfatizam o verde, trazem imagens de uma carroça forrada com pele de gado; o gaúcho a cavalo com o laço; uma cena do pampa com uma ema (nhandu - "a corredora em guarani"); o gaiteiro e uma dança tradicional; o passeio de charrete e as vestimentas tradicionais. 

Ao lado dos selos está a reprodução do escudo Rio-grandense. 

Escudo do Rio Grande do Sul. 

GARIBALDI E OS LANCHÕES

 

Cartão-postal "200 anos do nascimento de Giuseppe Garibaldi".
Acervo: Luiz Henrique Torres.  

Este máximo postal (cartão-postal, selo postal e carimbo filatélico, todos com a mesma temática) demarca os 200 anos do nascimento de Giuseppe Garibaldi. 

Cartão-postal "200 anos do nascimento de Giuseppe Garibaldi".
Acervo: Luiz Henrique Torres.

São dois selos diferentes, emitidos em julho de 2007, e num deles Garibaldi está carregando uma bandeira farroupilha. É o episódio do transporte dos lanchões Seival e Farroupilha por 60 km de campos e banhados entre a Estância da Barra na Lagoa dos Patos até a Lagoa/Rio Tramandaí podendo, desta forma, ter acesso ao Oceano Atlântico. Esta é a façanha surrealista dos lanchões colocados em cima de duas carretas puxadas por 200 bois. 

Verso do cartão-postal "200 anos do nascimento de Giuseppe Garibaldi".
Acervo: Luiz Henrique Torres. 

O PAMPA E OS FARROUPILHAS

Aquarela de Jean Pallière. Acervo: Biblioteca Rio-Grandense. 

 

Na "Semana Farroupilha" esta imagem tem muito a dizer da formação histórica do Rio Grande do Sul. 

Um primeiro alerta: aqui é um curral de doma de cavalos na Argentina e não no RS. 

É uma aquarela do artista Jean Pallière que trabalhou no Brasil e se radicou em Buenos Aires. A imagem mostra uma observação de Pallière de uma cena cotidiana da década de 1850. 

Bem poderia ser o Rio Grande do Sul, pois, o pampa Rio-Grandense, Uruguaio e Argentino legaram uma formação cultural voltada a pecuária, a estância e as vivências campeiras. 

A continuidade fiisiográfica do pampa legou traços culturais de aproximações e de economias concorrenciais e também complementares (fronteira de circulação de mercadorias e de constituição de parentescos). 

A economia concorrencial se expressou na Revolução Farroupilha que teve uma de suas principais motivações econômicas no ingresso no Brasil do charque uruguaio por preços mais baixos do que o charque Rio-Grandense. Os farroupilhas queriam uma política protecionista para a economia regional, fixando taxas maiores de importação do charque platino. Porém, os senhores de escravos ligados a economia cafeeira do eixo Rio-São Paulo e os senhores de escravos do nordeste (especialmente, Bahia e Pernambuco) desejavam comprar um charque barato para alimentar os seus escravos. A ausência de avanços foi um dos fatores que levou ao movimento revolucionário. 

Voltando a aquarela de Pallière, ela é pura expressão do pampa que transcende as nacionalidades.  

REVOLUÇÃO FARROUPILHA

 Em comemoração ao centenário da Revolução Farroupilha ocorreu o lançamento pelo Correio, no dia 20 de setembro de 1935, de uma série de quatro selos.  

Os valores foram de 200 réis, 300 réis, 700 réis e 1.000 réis. 

Os temas foram a carga de um cavaleiro farroupilha com espada na mão e lança em destaque; a efígie de Bento Gonçalves da Silva e a efígie de Luís Alves de Lima e Silva (Caxias). 

Quem ainda não conhece estes selos vai ter a oportunidade. 

Selos emitidos em 1935. Acervo: Luiz Henrique Torres

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Bento Gonçalves da Silva. 

Luís Alves de Lima e Silva, Barão de Caxias (a partir de 18 de julho de 1841). 

BOTTICELLI E AS TRÊS GRAÇAS

 

 http://www.googleartproject.com/collection/uffizi-gallery/artwork/la-primavera-spring-botticelli-filipepi/331460/

A pintura de Sandro Botticelli "Alegoria da Primavera" (1482) retrata nove figuras mitológicas num jardim. Fiz um recorte em três figuras femininas: as irmãs Aglália, Tália e Eufrosina. 

As três irmãos remetem a mitologia grega e simbolizam a perfeição e a leveza. Botticelli as associou a fertilidade da primavera que faz despertar as flores. 

À esquerda está Aglália associada a criação, intuição e inteligência; no centro Tália que é responsável pelas flores brotarem; à direita está Eufrosina aquela que traz a alegria. São conhecidas por "Três Graças". 

Estas representações da perfeição e da sensualidade saíram das telas dos pintores e foi colocada em espaços públicos. As três personagens estão há quase 150 anos no centro da cidade do Rio Grande: na Praça Xavier Ferreira, no chafariz francês das "Três Graças". 

Cartão-postal da Praça Xavier Ferreira com destaque no chafariz das Três Graças em 1984.
Acervo: Luiz Henrique Torres. 

AVENIDA RIO BRANCO - SANTA MARIA

 

Cartão-postal da Av. Rio Branco, Santa Maria. Acervo: Luiz Henrique Torres. 

Este cartão-postal fotográfico registrou uma imagem da Avenida Rio Branco, centro da cidade de Santa Maria, avenida que segue até a Estação Ferroviária. 

O cartão não tem identificação de editor e nem datação. Hipoteticamente, considero ser o ano de 1950, com pequena variação para menos ou mais (datação relativa).

 O aformoseamento da avenida é exemplar. O portentoso casario contrasta harmonicamente com a largura de uma das principais artérias da cidade. 

No canto esquerdo se observa o prédio do Colégio Hugo Taylor (antiga Escola de Artes e Ofícios construído pela Cooperativa dos Funcionários da Viação Férrea e inaugurado em 1922) onde realizei meu estágio de Licenciatura em História no ano de 1985. 

Os grandes edifícios, como o Taperinha (construído entre 1955-1959), ainda não haviam se tornado um projeto arquitetônico real que promoveram a verticalização da área central do "coração do Rio Grande".  

CENTRO FILATÉLICO DO RIO GRANDE

 

Cartão-postal de 1956. Acervo: Luiz Henrique Torres. 

Este cartão-postal é muito especial. Comprei sem saber o que havia no verso e a surpresa foi muito boa.

Além de mostrar o prédio dos Correios e Telégrafos inaugurado em 1950 na Praça Dr. Pio, o verso do cartão registrou a realização da Terceira Exposição Filatélica Estadual que foi organizada pelo Centro Filatélico do Rio Grande. 

Este centro foi fundado em 1931 e estava comemorando os seus 25 anos de existência. 

O carimbo é um registro histórico que assinalou a realização da Exposição Filatélica nos dia 7 a 9 de setembro de 1956. O carimbo repousa sob um selo de Monteiro Lobato emitido no ano anterior. 

Cartão-postal de 1956. Acervo: Luiz Henrique Torres.