Cartão-postal Santa Maria. Foto Postal Colombo. Acervo: Luiz Henrique Torres. |
Observar o cenário do alto permite trazer o contexto mais amplo da paisagem. Literalmente, amplia os horizontes focados na reprodução rotineira dos espaços e sociabilidades que se convertem na vida cotidiana.
Do alto é possível ver a dimensão do crescimento urbano, a formação geográfica em que os eventos ocorrem, as direções em partem focos de poluição (no caso a maioria das oficinas da viação férrea) e os estilos arquitetônicos com seus arrojos, fragilidades e fealdades.
Um exemplo da relevância dos postais de vista superior ou até aéreos está neste cartão de Santa Maria, a qual, como muitas cidades brasileiras, também recebeu a visita da famosa empresa paulista Foto Postal Colombo.
Este postal fotográfico é fruto da imagem obtida do alto do Edifício Taperinha que recentemente havia sido concluído. Possivelmente, o postal seja de 1959 ou de 1960.
A avenida Rio Branco parece (ilusoriamente) delimitar o perímetro urbano. A visão da formação montanhosa ao fundo faz lembrar que a cidade está edificada dentro de um vulcão... Realmente, vulcanismo não faltou na região só que a mais de 200 milhões de anos.
Santa Maria está numa depressão que torna o verão sufocante. Se situa entre o limite dos derrames basálticos que formaram o Planalto Meridional Brasileiro e a Depressão Central com os terrenos ondulados (as coxilhas) que se estende em direção ao oeste Rio-grandense.
Portanto, teve sua formação histórica ligada de forma mais direta, às culturas do pampa gaúcho e do planalto Rio-grandense.
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