O frio que será muito intenso no Rio Grande do Sul entre a próxima quarta-feira e o sábado pode ter relação com o aquecimento do planeta Terra?
Esta é uma hipótese formulada por pesquisadores da UFRGS e que foi comentada no site da Metsul: “O aquecimento da Terra teria alterado a dinâmica da atmosfera com vento mais fortes. Estes se originam do Oceano Pacífico e podem ter deslocado, segundo estes cientistas, a origem das massas frias para o Mar de Weddell, no outro lado da Península Antártica. Essas massas de Weddel são mais frias por existir maior cobertura de gelo no mar e atingiriam o Brasil em épocas distintas das massas de ar polar tradicionais” (https://metsul.com/corredor-polar-aberto-para-enormes-ondas-de-frio-no-hemisferio-sul/, acesso em 22-07-2021).
Portanto, mudanças na trajetória do ar frio em direção à América do Sul e que no caso do Brasil, se originam no Mar de Bellinghausen, teriam sofrido mudanças ligadas a dinâmica da atmosfera e se deslocaram para o Mar de Weddel.
As temperaturas e as chuvas no Hemisfério Sul, incluindo o Brasil, são impactadas, em parte, pela “Oscilação Antártica” ou “Modelo Anular Sul”. Atualmente, a “Oscilação” está em fase negativa e o cinturão de ventos gelados se desloca para o Norte em direção a linha do Equador, adentrando o Brasil, África do Sul, Austrália, Oceania etc. O resultado são ondas de frio mais intensas e podendo ser mais persistentes, inclusive, se fazendo presente, de forma indesejada, até na primavera.
Mais um indício de que 2021 é um ano “diferenciado” é que nesta semana, a África do Sul registrou suas menores temperaturas desde 1953.
No caso específico dos “mortais” que terão de exercitar a arte da “resiliência” será preciso ampliar ainda mais os cuidados com o aquecimento do corpo e redobrar o afastamento social dentro do “viável” para não alimentar a fome do monstro invisível que tem testado os nossos limites desde março de 2020.
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